Dezesseis Anos Depois escrita por Estella


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Preciso de uma capa



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Acordou com os pássaros cantando e o sol refletindo a janela do quarto, depois de algum tempo impulsionou-se a sentar na cama levando as mãos ao cabelo rebelde procurando despertar e principalmente tomar coragem para descer. Fez sua higiene e vestiu uma camiseta, calçando os chinelos e descendo para o primeiro andar da casa. Antes disso, observou um bilhete em cima da mesinha do quarto, logo em seguida lendo-o:

            “Nick, quando acordar desça para tomar seu café. Todos os empregados da casa já estão avisados da tua presença e sabem que é filho de Edward. Eu e ele estamos no hospital, trabalhando. Teu irmão está ansioso para te conhecer, mal dormiu. Trate-o com carinho, por favor! Com amor, Bella”

            Nick sorriu sinceramente como não fazia há tempos depois que leu, guardando o pequeno bilhete ao bolso. Desceu devagar, arrastando os pés pelos degraus da escada, ao chegar a baixo, tomou o rumo da cozinha deparando-se com uma mesa de café farta. Sentou-se pegando uma torrada qualquer e levando-a a boca, fazendo o mesmo com um copo de suco de laranja. Depois de alimentado pegou o copo e direcionou-se a pia a fim de lavar o copo, quando sentiu alguém puxando a barra da sua camisa. A criança era linda, tinha os cabelos escuros da Isabella, mas os olhos tão verdes quanto os de Edward, a pele clara e as bochechas bem rosadas. No geral a imagem cuspida de Edward, mas os traços de Bella estavam ali.

            -Você é meu imão? Perguntou falando errado, sem perder a fofura que continha sua voz.

            -Sou sim, pequeno. Nick, prazer. Disse sorrindo.

            -E eu sou Bruno, plazer é meu. Disse rindo e corando, com duas frases a pequena criança tinha me conquistado.

            -Quantos anos você tem? Sorri torto pro meu irmãozinho.

            -Cinco. Disse mostrando com os dedos.

            -Sr Nick, não precisa lavar isso. A empregada surgiu ofegante –e você mocinho, como foge de mim?

            -Não tem problema algum lavar Dn. Maria. Ela havia dito seu nome ontem, quando me levou o copo de água. –e é só Nick.

            -Ok, patrãozinho. Riu –a babá do Bruno se demitiu, pois conseguiu uma bolsa em uma faculdade britânica e então estou me desdobrando.

            -Deixa que eu fique com ele. Ela pareceu surpresa e assentiu, peguei Bruno no colo e fui em direção á sala.

            -Vamos assistir TV, mano? Corou como se pedisse permissão pra me chamar assim.

            -Claro maninho. Sorriu jogando a cabeça pra trás.

            Depois de horas discutindo qual desenho era o melhor, o convenci a assistir Bob Esponja. Ele ria enquanto assistia sem retirar nem por um momento a cabeça do meu colo. Simpático, amoroso e carinhoso comigo. Como Edward Cullen podia ser pai daquele anjinho? Depois de quatro episódios, convenci-o a dar uma volta pela cidade. Caminhei até a cozinha falando com Maria

            -Maria, vou levá-lo para passear, ok?

            -O Sr. Cullen, deixou dinheiro e um doa carros à disposição caso o senhor saiba dirigir?

            -Vamos ligar pra Deus e perguntar se ele sabe, pois senhor é só ele. Eu sei dirigir sim.

            Maria me alcançou a chave e o dinheiro enquanto gargalhava. Subi levando Bruno comigo, me troquei logo em seguida colocando outra roupa no meu irmão.

            -Aonde vamos mano? Tentou arquear a sobrancelha

                        -Tomar sorvete maninho! O que acha? Bateu palminhas enquanto balançava os pés.

                        -Posso tomar de chocolate e doce de leite e morango?

                        -Tudo bem, mas é um segredo nosso coisa de irmãos. Não quero Bella brava comigo por estar te entupindo de besteiras

                        -Coisa de imãos, mano. Esticou o mindinho como um juramento e em seguida pediu para que eu o carregasse nos ombros. Eu conhecia bem New York já que havia feito trabalhos de modelo aqui, inclusive uma moça disse que eu faria muito sucesso, que apesar da pouca idade tinha um corpo bonito e um rosto lindo, mas eu não pude aceitar nenhuma proposta já que minha mãe estava no auge da doença. Depois de acomodar Bruno na cadeirinha da Mercedes, dirigi pelas ruas do centro a procura da minha sorveteria predileta. Quando a encontrei me pus a estacionar retirando-o da cadeira dando minha mão para o mesmo segurar. Lá dentro pedi tudo que Bruno quis, mimando-o com tudo que podia, devido ao poder que ele tinha sobre mim.

                        -Enquanto se lambuza que tal falar dos Cullen? Não parecia certo retirar informações de Bruno, mas eu estava curioso.

                        -Vovô Carl e Vovó Esme são demais, ele é doutor e ela cozinha muiiiiito bem. Ele contava enquanto fazia expressões faciais. Por que eles não foram um amor comigo? Por que coagiram meu pai a me tirar? –Tio Emmet e Tia Alice são imãos do papai, ele é mais velho e ela mais nova. E eles? Por que não haviam ajudado o irmão? Tia Rose se casou com o tio Emmet e Tio Jasper com Alice, mas só o papai tem filhos. Tentei esconder de Bruno as lágrimas, mas ele era esperto e percebeu.

                        -Diz onde dói mano que eu dou um beijinho para sarar.

                        -Isso nem seus beijos podem sarar maninho. Mas aceito um aqui. Apontei para a bochecha e ele se levantou vindo dar um beijo estalado.

                        -Podeliamos ir ao parque? Ele me olhou pidão –é que papai e mamãe sempre trabalham daí quase nunca vou lá.

                        Depois de pagar, levei Bruno ao parque mais próximo que achei e comecei a brincar de pega-pega com ele. Ele riu, corria e ás vezes se abraçava em mim sem razão alguma.

                        -Queria que meus pais não trabalhassem tanto! Abriu um super bico

                        -Maninho, eles te amam e fazem isso pra te dar uma vida boa. Ele descruzou os braços e assentiu, logo em seguida

                        -Mas agora eu posso ficar contigo de manhã e de tarde quando eles não estão né?

                        -Claro que sim Bruno. Concordei com a cabeça.

                        -Te amo mano! Enlaçou meu pescoço com as mãos

                        -Também te amo maninho. Limpei a lágrima que caiu em ter um Cullen me amando. Sem afeto falso ou forçado -agora vamos para casa, que ta tarde.

                        POV Narrador           

                        Ao chegarem a casa cumprimentaram Maria que disse que Edward e Isabella estariam chegando em minutos e o almoç então seria servido. O mais velho subiu, deixando Bruno em sua cama, enquanto banhava-se e trocava de roupa. Depois levou o mais novo á seu quarto e o banhou, notando que ele também tinha a marca de nascença. Sentiu um aperto no peito lembrando-se das inúmeras vezes que quis arrancar a sua. Depois de secar o irmão, Nick o vestiu e desceu com o mesmo no colo para assistir TV.

                        -Agora vamos assistir Fan Boy e Chun Chun? Nick odiava aquele desenho

                        -Ah não! É chato. Tentou argumentar.

                        -Por mim, mano. Bruno fez bico.

                        -Coloca logo maninho.

                        Enquanto Bruno colocava o DVD Nick acomodou-se no sofá deixando um espaço para o irmão. O que menos fizeram foi prestar a atenção no desenho, pulavam, riam, brincavam, faziam cosquinhas um no outro e conversavam. Só pararam quando viram Edward e Bella os observando fazendo com que Bruno corresse em direção a eles.

                        -Boa tarde Nick. Bella sorriu vindo até o mais velho e lhe beijando a bochecha.

                        -Oi Bells. Bella bagunçou seu cabelo.

                        -Boa tarde filho! Edward disse para Bruno enquanto Nick assistia TV.-estou falando com você, Nick. Ops!

                        -Filho? Achei que fosse médico e não comediante! Boa noite Sr Cullen. Todos os rostos se fecharam, Bella ficou com a cara triste, pude ver uma lágrima caindo dos olhos de Edward antes que ele se virasse e Bruno alheio a tudo olhava para todos os lados.

                        -Vamos tomar um banho, filho? Edward pegou a mão de Bruno.

                        -Já tomei, papai!

                        -Maria te deu? Bella questionou

                        -Meu irmão me deu, nós saímos para passear e passamos toda a manhã juntos.

                        -Obrigada pela preocupação Nick!

                        -Capaz Bells, meu irmão é a coisa mais fofa do mundo.

                        Eles sentaram e Nick se pôs a conversar com Bella, Edward nem ousou, pois quando o mesmo tentou Nick o cortou. Quando Maria os chamou para almoçar Bruno inventou que Nick que tinha que ajudá-lo e o mais velho aceitou de bom grado.

                        -Nick? Edward arqueou a sobrancelha

                        -Fale, Sr Cullen! Ele remexeu na cadeira incomodada pelo modo que eu o estava chamando.

                        -Terá uma janta lá na casa dos seus avôs em tua homenagem

                        -Então terei o prazer de conhecer a quadrilha que planejou meu assassinato?

                        -Sejamos coerentes, nós erramos, mas queremos teu perdão.

                        -Que querem nada! Não sei pra que tanto amor se ontem me chamou de mentiroso duas vezes.

                        -Eu estava assustado! Você é meu filho e eu te amo. Edward grudou os talheres na mesa levantando-se. Nick fez o mesmo

                        -E infelizmente é recíproco. Mas eu não posso me dar ao luxo de demonstrar amor por alguém que atentou contra minha vida e viveu feliz depois disso

                        -Eu sempre senti tua falta!

                        -Mentira Sr Cullen, aposto que nem me queria aqui.

                        Edward se levantou e foi em direção ao escritório trancando-se lá. Eu sem forçar permiti chorar ali mesmo. E só me levantei para não assustar mais ao Bruno. Beijei o topo da cabeça dele abanei pra Bella e fui pra cama. Feliz pelo amor do irmão e triste pela relação que tinha com o pai, Nick adormeceu logo depois das duas da tarde.


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Notas finais do capítulo

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