Dezesseis Anos Depois escrita por Estella


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Preciso de alguém que faça uma capa!!



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            POV Narrador

Aspirou duas ou três vezes antes de ter coragem de descer do táxi torcendo para que não desmoronasse assim que colocasse os olhos naquele que mesmo tendo o abandonado não conseguia despertar seu ódio afinal era seu pai, tinham o mesmo sangue e eram tão parecidos. Até a marca de nascença era a mesma. A única lembrança que sua mãe, Tanya, havia lhe deixado era uma foto do pai e um colar que havia sido um presente de Edward.

Não havia sido nem um pouco difícil achar o paradeiro do pai já que o mesmo era um dos melhores cirurgiões da América. A casa por si só já mostrava o poder aquisitivo do homem que o havia rejeitado, era linda! O jardim, a cor, a arquitetura.

Por sorte o portão estava aberto e o segurança distraído não percebeu a entrada do garoto de cabelos acobreados e olhos verdes. Duas batidas foram suficientes para que um homem de pose autoritária e que mais parecia uma versão madura de Nick abrir a porta, ali, enquanto o vento mudava de direção e gotas de chuva começavam a cair, Nick pôs os olhos no pai, aquele que foi dono de vários dos pesadelos dele enquanto criança.

Quando Edward colocou os olhos verdes por sobre as esmeraldas de Nick, a boca se entreabriu notando a semelhança que os dois tinham:

-Quem é você? Edward perguntou com a voz falhando.

-Seu filho, papai! Nick implicou a voz mais irônica que conhecia.

Passado o choque Nick tinha sido convidado a entrar e agora estava sentado no escritório de Edward, enquanto o mesmo caminhava de um lado para o outro.

-Que história é essa garoto? Viu o pai arquear uma das sobrancelhas.

-A verdade! Há dezesseis anos o senhor engravidou Tanya Denali e cá estou eu.

-Não pode! Eu a convenci a abortar você é um golpista, um órfão qualquer que quer meu dinheiro. As palavras de Edward atingiram Nick como pontadas e sua única reação foi empurrar o copo de água em direção ao pai que desviando fez com que o copo atingisse a parede

-Cale essa boca! Nick tirou o colar do pescoço e o empurrou na mesa, esperando que Edward o pegasse. Quando feito o pai cuspiu novamente acusações:

-De onde você roubou isso?

-Deixe de ser ridículo, Sr. Cullen. Falou de modo arrogante –Eu tenho dezesseis anos, a idade que seu bebê deveria ter. –Tenho o colar e sou a sua cara! E principalmente. Nick tirou a camisa mostrando a marca de nascença que ficava no peitoral esquerdo.

Edward tombou caindo de bunda no chão levando às mãos a cabeça. Até a marca de nascença era a mesma, aquele era sim seu bebê, que ele achava que tinha feito Tanya abortar há mais de década. Os fantasmas do seu passado voltaram todos e seus olhos começaram a lacrimejar

Flashback on Ed’s POV

Tanya era tão linda e me fazia cada dia mais feliz. Naquela tarde ela estava tão inquieta.

-Tany, que houve?

-Ed, eu preciso te contar uma coisa muito séria.

-Que houve meu amor?

-Tô grávida! Senti meu sangue gelar e a pressão ir às alturas

-Como assim? Eu não posso ser pai, meus pais vão nos matar

E como comprovado ao chegar a casa, meus pais com o intuito de proteger meu futuro e o nome da família nos convenceram a abortar e tempos depois Tanya sumiu.

Flashback off

-Por que você apareceu somente agora?

-Tanya me abandonou também, mas quando eu tinha alguns meses minha mãe adotiva me encontrou. Eu vivi com ela até semana passada, quando ela faleceu e eu sem opção vim parar aqui!

-Você tem certeza que não está mentindo?

Rindo por fora, mas destruído por dentro por mais essa desconfiança do pai Nick aproximou-se dele acertando seu rosto em cheio com um soco.

-Desculpe se o seu plano de me matar não deu certo! Cuspiu as palavras e virou-se sentindo ás lágrimas queimarem seu rosto angelical. Era só um menino, que havia sido castigado pela vida.

-Façamos assim, eu tenho um apartamento aqui perto, e você pode ficar lá enquanto explico tudo pra minha família.

-Sem chances, o senhor infelizmente é minha família e eu estou sem condições mentais de viver sozinho, prefiro ficar aqui sem ser amado a isolado em um canto como um bastardo, essa casa de direito é minha e se tentar me expulsar daqui lhe processo por abandono de incapaz.

-Pra quem sabe tais leis, não parece tão incapaz. Por que não me procurou antes?

-Pra quê? Ser tratado do jeito que está me tratando ou ser rejeitado novamente?

-Eu era só um menino, foi mais a pressão dos meus pais!

-Deixe de ser patético, Sr Cullen, o senhor quis me assassinar, quis assassinar o próprio filho. Edward tentou abraçá-lo, mas foi impedido:

-Não precisa disso, nossa relação é extremamente profissional, preciso de teto e comida, não de afeto falso.

-Vou te mostrar um quarto e você toma um banho enquanto conto a história para minha esposa e filho.

-Esse o senhor não quis abortar?

-Ele tem só cinco anos, quando eu tive já era dono do meu próprio nariz.

-Não me deve explicações, Sr Cullen! Quanto menos sua voz atinge meus ouvidos menos meu estômago embrulha.

Edward levou Nick até um quarto espaçoso e bonito e quando entrou o jovem foi direto ao banheiro, tirando a roupa e entrando para baixo do chuveiro permitindo-se chorar como nunca havia chorado em sua vida. Chorar por ter sido rejeitado e por não ter o amor do pai.

Meia hora depois tomou coragem para sair do banheiro vestindo a primeira calça de moletom que achou em sua bagagem, jogando-se na cama sem camisa, o rosto inchado e vermelho das lágrimas recém derramadas.

Viajando em pensamentos, não percebeu quando a porta abriu e uma mulher de cabelo cor de mogno e olhos chocolates entrou batendo o salto no piso.

-A marca é exatamente a mesma! A mulher levou a mão até a boca. –Meu nome é Isabella e sou sua madrasta ao que tudo indica.

-Nick. Curto e grosso como pretendia ser com toda aquela família.

-Sei que está pensando que estou brava por estar aqui, mas não! Eu fiquei muito chateado quando Edward me contou a estória pela primeira vez.

-Já disse ao meu papai que não preciso de afeto falso, Sra Cullen.

-Só Bella e não é falso garoto. Também fui abandonada por meus pais e sei a sensação, entendo que esteja triste com os Cullen, mas eu e seu irmão não temos haver e ficamos felizes que esteja aqui!

-Não consigo acreditar, estou destruindo a família perfeita. Isabella soltou uma risada gostosa e prosseguiu:

-Eu te entendo, passei pelo mesmo, tente perdoar Ed.

-Ele nem quer meu perdão, não me quer aqui. Duas lágrimas caíram, estava parecendo Elena de The Vampire Diaries que chorava toda a hora.

-Claro que quer, só está assustado, todo ano no dia que descobriu que Tanya estava grávida ele se tranca e chora. Nick não conseguia acreditar!

-Olha Sra Cullen, eu preciso dormir.

-Só Bella, Nick. E não esqueça, eu vou estar aqui pra qualquer coisa, como se fosse tua mãe, não é querer forçar nada, só quero fazer com você o que queria que tivessem feito comigo!

-Ok, Bella. Quando Isabella passou pela porta Nick esbravejou e socou o colchão duas vezes.

Por que diabos sua madrasta era tão querida e simpática? E porque diabos ele havia adorado? Tinha jurado odiar aquela família e não iria fraquejar, apesar de que Bella estava correta, ela e o filho não estavam lá quando aconteceu e seria bom ter amigos de verdade para amenizar a dor. Pensando nisso Nick adormeceu!


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Se comentarem posto em breve...



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