Dezesseis Anos Depois escrita por Estella
Notas iniciais do capítulo
Preciso de alguém que faça uma capa!!
POV Narrador
Aspirou duas ou três vezes antes de ter coragem de descer do táxi torcendo para que não desmoronasse assim que colocasse os olhos naquele que mesmo tendo o abandonado não conseguia despertar seu ódio afinal era seu pai, tinham o mesmo sangue e eram tão parecidos. Até a marca de nascença era a mesma. A única lembrança que sua mãe, Tanya, havia lhe deixado era uma foto do pai e um colar que havia sido um presente de Edward.
Não havia sido nem um pouco difícil achar o paradeiro do pai já que o mesmo era um dos melhores cirurgiões da América. A casa por si só já mostrava o poder aquisitivo do homem que o havia rejeitado, era linda! O jardim, a cor, a arquitetura.
Por sorte o portão estava aberto e o segurança distraído não percebeu a entrada do garoto de cabelos acobreados e olhos verdes. Duas batidas foram suficientes para que um homem de pose autoritária e que mais parecia uma versão madura de Nick abrir a porta, ali, enquanto o vento mudava de direção e gotas de chuva começavam a cair, Nick pôs os olhos no pai, aquele que foi dono de vários dos pesadelos dele enquanto criança.
Quando Edward colocou os olhos verdes por sobre as esmeraldas de Nick, a boca se entreabriu notando a semelhança que os dois tinham:
-Quem é você? Edward perguntou com a voz falhando.
-Seu filho, papai! Nick implicou a voz mais irônica que conhecia.
Passado o choque Nick tinha sido convidado a entrar e agora estava sentado no escritório de Edward, enquanto o mesmo caminhava de um lado para o outro.
-Que história é essa garoto? Viu o pai arquear uma das sobrancelhas.
-A verdade! Há dezesseis anos o senhor engravidou Tanya Denali e cá estou eu.
-Não pode! Eu a convenci a abortar você é um golpista, um órfão qualquer que quer meu dinheiro. As palavras de Edward atingiram Nick como pontadas e sua única reação foi empurrar o copo de água em direção ao pai que desviando fez com que o copo atingisse a parede
-Cale essa boca! Nick tirou o colar do pescoço e o empurrou na mesa, esperando que Edward o pegasse. Quando feito o pai cuspiu novamente acusações:
-De onde você roubou isso?
-Deixe de ser ridículo, Sr. Cullen. Falou de modo arrogante –Eu tenho dezesseis anos, a idade que seu bebê deveria ter. –Tenho o colar e sou a sua cara! E principalmente. Nick tirou a camisa mostrando a marca de nascença que ficava no peitoral esquerdo.
Edward tombou caindo de bunda no chão levando às mãos a cabeça. Até a marca de nascença era a mesma, aquele era sim seu bebê, que ele achava que tinha feito Tanya abortar há mais de década. Os fantasmas do seu passado voltaram todos e seus olhos começaram a lacrimejar
Flashback on Ed’s POV
Tanya era tão linda e me fazia cada dia mais feliz. Naquela tarde ela estava tão inquieta.
-Tany, que houve?
-Ed, eu preciso te contar uma coisa muito séria.
-Que houve meu amor?
-Tô grávida! Senti meu sangue gelar e a pressão ir às alturas
-Como assim? Eu não posso ser pai, meus pais vão nos matar
E como comprovado ao chegar a casa, meus pais com o intuito de proteger meu futuro e o nome da família nos convenceram a abortar e tempos depois Tanya sumiu.
Flashback off
-Por que você apareceu somente agora?
-Tanya me abandonou também, mas quando eu tinha alguns meses minha mãe adotiva me encontrou. Eu vivi com ela até semana passada, quando ela faleceu e eu sem opção vim parar aqui!
-Você tem certeza que não está mentindo?
Rindo por fora, mas destruído por dentro por mais essa desconfiança do pai Nick aproximou-se dele acertando seu rosto em cheio com um soco.
-Desculpe se o seu plano de me matar não deu certo! Cuspiu as palavras e virou-se sentindo ás lágrimas queimarem seu rosto angelical. Era só um menino, que havia sido castigado pela vida.
-Façamos assim, eu tenho um apartamento aqui perto, e você pode ficar lá enquanto explico tudo pra minha família.
-Sem chances, o senhor infelizmente é minha família e eu estou sem condições mentais de viver sozinho, prefiro ficar aqui sem ser amado a isolado em um canto como um bastardo, essa casa de direito é minha e se tentar me expulsar daqui lhe processo por abandono de incapaz.
-Pra quem sabe tais leis, não parece tão incapaz. Por que não me procurou antes?
-Pra quê? Ser tratado do jeito que está me tratando ou ser rejeitado novamente?
-Eu era só um menino, foi mais a pressão dos meus pais!
-Deixe de ser patético, Sr Cullen, o senhor quis me assassinar, quis assassinar o próprio filho. Edward tentou abraçá-lo, mas foi impedido:
-Não precisa disso, nossa relação é extremamente profissional, preciso de teto e comida, não de afeto falso.
-Vou te mostrar um quarto e você toma um banho enquanto conto a história para minha esposa e filho.
-Esse o senhor não quis abortar?
-Ele tem só cinco anos, quando eu tive já era dono do meu próprio nariz.
-Não me deve explicações, Sr Cullen! Quanto menos sua voz atinge meus ouvidos menos meu estômago embrulha.
Edward levou Nick até um quarto espaçoso e bonito e quando entrou o jovem foi direto ao banheiro, tirando a roupa e entrando para baixo do chuveiro permitindo-se chorar como nunca havia chorado em sua vida. Chorar por ter sido rejeitado e por não ter o amor do pai.
Meia hora depois tomou coragem para sair do banheiro vestindo a primeira calça de moletom que achou em sua bagagem, jogando-se na cama sem camisa, o rosto inchado e vermelho das lágrimas recém derramadas.
Viajando em pensamentos, não percebeu quando a porta abriu e uma mulher de cabelo cor de mogno e olhos chocolates entrou batendo o salto no piso.
-A marca é exatamente a mesma! A mulher levou a mão até a boca. –Meu nome é Isabella e sou sua madrasta ao que tudo indica.
-Nick. Curto e grosso como pretendia ser com toda aquela família.
-Sei que está pensando que estou brava por estar aqui, mas não! Eu fiquei muito chateado quando Edward me contou a estória pela primeira vez.
-Já disse ao meu papai que não preciso de afeto falso, Sra Cullen.
-Só Bella e não é falso garoto. Também fui abandonada por meus pais e sei a sensação, entendo que esteja triste com os Cullen, mas eu e seu irmão não temos haver e ficamos felizes que esteja aqui!
-Não consigo acreditar, estou destruindo a família perfeita. Isabella soltou uma risada gostosa e prosseguiu:
-Eu te entendo, passei pelo mesmo, tente perdoar Ed.
-Ele nem quer meu perdão, não me quer aqui. Duas lágrimas caíram, estava parecendo Elena de The Vampire Diaries que chorava toda a hora.
-Claro que quer, só está assustado, todo ano no dia que descobriu que Tanya estava grávida ele se tranca e chora. Nick não conseguia acreditar!
-Olha Sra Cullen, eu preciso dormir.
-Só Bella, Nick. E não esqueça, eu vou estar aqui pra qualquer coisa, como se fosse tua mãe, não é querer forçar nada, só quero fazer com você o que queria que tivessem feito comigo!
-Ok, Bella. Quando Isabella passou pela porta Nick esbravejou e socou o colchão duas vezes.
Por que diabos sua madrasta era tão querida e simpática? E porque diabos ele havia adorado? Tinha jurado odiar aquela família e não iria fraquejar, apesar de que Bella estava correta, ela e o filho não estavam lá quando aconteceu e seria bom ter amigos de verdade para amenizar a dor. Pensando nisso Nick adormeceu!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E aí o que acharam? Se comentarem posto em breve...