Dezesseis Anos Depois escrita por Estella


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Vocês podem achar o capítulo bobinho, mas prestem bem atenção.
Ele é necessário!
Dedico esse capítulo á minha co autora JaNeves



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Anteriormente:

-Mentira Sr Cullen, aposto que nem me queria aqui.

                        Edward se levantou e foi em direção ao escritório trancando-se lá. Eu sem forçar permiti chorar ali mesmo. E só me levantei para não assustar mais ao Bruno. Beijei o topo da cabeça dele abanei pra Bella e fui pra cama. Feliz pelo amor do irmão e triste pela relação que tinha com o pai, Nick adormeceu logo depois das duas da tarde.

                                                                                                         

Nick acordou na madrugada do outro dia abismado com o tempo todo que tinha dormido, já eram cinco da manhã. Resolveu aproveitar o tempo que tinha pra arrumar as roupas no closet, uma hora depois de feito abriu a janela do quarto e desceu em direção á sala. Maria estava a postos já, fazendo o café da família.

                        -Já Maria? Nick perguntou risonho.

                        -Já são seis horas, Edward e Bella descem ás sete, daqui um pouco estão descendo. E você patrãozinho, que faz de pé há essas horas?

                        -Você viu a hora que dormi ontem? Acho que estou ficando doente, só sei dormir, comer e chorar. Respondeu bem humorado

                        -Isso tudo vai passar, um dia você vai perceber que realmente algumas feridas não fecham, mas podem ser muito bem tapadas com o amor e o carinho do dia a dia.

                        -Obrigado Maria, e aí quer ajuda?

                        -Se você souber fazer um bolo, quero sim. Maria riu descrente:

                        -Eu sei é fazer o melhor bolo de chocolate do mundo, Bruno vai adorar!

                        -É o bolo predileto do teu pai. Resolvido que não ia chorar por mais essa coincidência respondeu de maneira humorada:

                        -Pensando bem, é melhor eu passar na farmácia pra comprar um purgante pro bolo, dará um sabor especial.

                        -Bobo, faça o bolo! Maria ralhou com Nick que levantando as mangas do blusão começou a preparar a massa. Depois o recheio e por fim a cobertura. Colocou no forno quinze minutos depois de ter começado a preparar esperando os trinta minutos para assar.

                        -Como faz com tanta naturalidade? Maria estava curiosa.

                        -Não há o que eu não saiba fazer na cozinha, minha mãe adotiva ensinou tudo que sabia e ela era profissional, a melhor das redondezas de Forks.

                        -Além de bonito, ainda sabe cozinhar. Se não tivesse o quádruplo da tua idade casava contigo.

                        -E eu ficaria muito honrado. Nick entrou na brincadeira.

                        Depois de o bolo estar feito, ajudou Maria a arrumar as mesas e depois foi para a sala esperar o pai, a madrasta e o irmão, que segundo a empregada, acordava na mesma hora dos pais. Por que era para Nick tão difícil perdoar Edward, mesmo depois que o pai disse que sempre sofreu e o amou? Talvez isso viesse com o tempo ou de alguma ação inesperada. Ou talvez nunca viesse!

                        Percebeu que não estava mais sozinho quando Bruno veio correndo em sua direção pulando em seu pescoço:

                        -Oi mano! Como ta? Dormiu bem? O enxurrou de perguntas.

                        -To sim maninho, só estava com sono.

                        -Papai e mamãe pediram para eu te levar pra cozinha. Levantou-se tentando cobrir a minha mão com seus dedinhos e saiu me arrastando.

                        -Bom dia Bells. Beijei sua bochecha.

                        -Bom dia, meu anjo. Era por esses momentos que eu queria que Bella fosse minha mãe, qualquer mínima demonstração de carinho dela fazia com que eu vibrasse por dentro.

                        -Bom dia Sr Cullen! Desejei olhando dentro dos olhos verdes do meu pai.

                        -Pode não me chamar assim? Pediu sem me responder.

                        -Do que quer que eu te chame, então? Porque se ele achava que eu o iria chamar de pai estava muito enganado.

                        -Já que não quer me chamar de pai, me chame de Edward. Pelo menos posso fingir que temos uma relação de pai e filho e tu me chamas assim só brincando, ou porque está decepcionado como eu fazia.

                        -Você destruiu a chance de termos uma relação! Há quanto tempo não chama seus pais de pais? Ri com a redundância.

                        -Posso ter destruído antes, mas hoje você que está. Faz dezesseis anos.

                        Nick engoliu seco e sorriu por dentro por imaginar que Edward poderia ter parado, pois os mesmos arquitetaram seu aborto, não iria demonstrar, mas podia garantir que desde que estava ali era a primeira vez que seu pai tinha despertado algo bom nele.

                        -O bolo está maravilhoso, Maria! Bella disse dando a segunda garfada.

                        -Muito mesmo. Edward elogiou pegando o segundo pedaço.

                        -Não fui eu quem fez. Maria disse sorrindo.

                        -Como assim não foi? O pai de Nick rebateu.

                        -Fui eu. Disse levando o copo de suco à boca,

                        -Sabe cozinhar? Bella arqueou a sobrancelha e Bruno bateu palminhas. Edward só olhava-me atento.

                        -Perfeitamente! Minha mãe adotiva era cozinheira profissional, sei tudo que ela sabe. E ela sabia.

                        Edward sorriu jogando a cabeça pra trás e Bella jogou ás mãos tetos vibrando:

                        -Obrigado Senhor, isto é um sinal. Chega de comida de restaurante nas férias da Maria. Dizendo isso à madrasta arrancou risadas de todos no cômodo;

                        -Sou um menino prendado. Nick assentiu depois de falar.

                        -Nick, nós vamos entrar de férias hoje, são trinta dias, quinze vamos passar aqui para arrumarmos nossas vidas, já que não da pra fazer nada quando se está trabalhando. Os outros quinze vamos viajar para Europa. Edward finalizou.

                        -Ah, que legal! Nick estava destruído por dentro já que não havia sido convidado.

                        -E queríamos muito que você vá conosco! Edward terminou o discurso decorado arrancando um sorriso do filho mais velho.

                        -Eu vou sim. Nick não pretendia perdoar o pai nem nada do tipo, mas talvez não precisasse ser tão extremista, claro que iria ter suas crises existências, mas não iria deixar de ir a Europa para ficar em casa sozinho por orgulho.

                        -Temos outra coisa pra te pedir, Nick! Bella tomou a palavra

                        -Fale madrasta. Antes de falar ela sorriu.

                        -Bruno tem consulta de rotina e bem na hora nós dois estaremos em cirurgia, isso nunca aconteceu. Leva ele pra nós?

                        -É mano, leva eu pra eles. Nick gargalhou.

                        -Levo sim, maninho. Mas tem que jurar na frente dos teus pais que não ficará fazendo biquinho pra comer todas as besteiras que quiser.

                        -Bruno Swan Cullen, você fez isso? Bella se fez de brava.

                        -É que era solvete, mamãe.

                        -Sorvete, filho! Edward o corrigiu.

                        -Que horas é a consulta?

- Ás 10 da manhã, no mesmo hospital que trabalhamos! Ed o respondeu.

                        -Ok, depois eu o deixo aqui e vou a uma mulher que tinha me oferecido um emprego de modelo há algum tempo atrás.

                        -Qual o nome dela? Bella questionou.

                        -Não me lembro, tenho o cartão na carteira. Ela disse que eu tinha um corpo bonito e um rosto lindo que a lembrava alguém. Nick disse relembrando a entrevista.

                        Depois de tomarem o café, Bella e Edward se despediram, a primeira com um abraço e o segundo com um aceno já que foi ameaçado quando chegou muito perto. Nick depois de muita insistência conseguiu ajudar Maria com a louça e quando feito ajudou Bruno com um dos inúmeros quebra cabeças de desenhos animados que ele tinha. Eram 09h15min quando o adolescente tomou banho vestindo uma roupa casual e telefonou para a moça que havia lhe oferecido emprego:

                        -Sra Hale, é Nick, o adolescente que tirou as fotos dos jeans. Lembra-se?

                        -Como poderia me esquecer? Suas fotos fizeram muito sucesso. Há que devo a honra?

                        -A oferta de modelar para sua linha está de pé?

                        -Claro, tem como passar ás 11h30min aqui, já tenho um projeto em mente.

                        Conversou mais um pouco e se despediu da jovem estilista. Nick sempre gostou de tirar fotos e precisava de algum dinheiro para não se tornar tão dependente do pai e madrasta. Quando foi chamar Bruno no quarto tomou um susto ao ver o irmão vestido de homem aranha:

                        -Não pretende ir assim ao hospital não é?

                        -Deixa, mano. Um super bico se fez em seu lindo rosto

                        -Eu vou contar até trinta e te quero lá em baixo com roupa de gente.

                        Bruno fez um beiço fofo, mas assentindo entrou no quarto. Quando vestido desceu ao encontro do irmão entrando no carro. O hospital era grande e definitavemente só gente rica era atendida lá. Não fora difícil achar a sala do pediatra que já estava avisado que Nick era o filho mais velho de Edward, a princípio era sim só exame de rotina que seriam aplicados em Bruno para ver se tudo corria bem.  Enquanto retiravam o sangue do pequeno Nick conversou com o médico que o disse que Edward era oncologista e diretor do hospital e Isabella a melhor cardiologista do hospital.

                        -Seu pai sentia muito sua falta. Nick abriu a boca em espanto antes de responder.

                        -O senhor sabe nossa história, Dr. John?

                        -Só John. Edward é meu melhor amigo, Bruno meu afilhado,

                        -Explicado. Nick assentiu. –o senhor é legal, mas não sei se posso perdoar meu pai.

                        Quando o médico ia retrucar Bruno voltou todo sorridente.

                        -Deu dindo!

                        -Sentiu dor?

                        -Claro que não, sou grandão. Bruno disse como se estivesse magoado com a desconfiança do médico.

                        -Qualquer estresse com Edward, me ligue. Ficarei feliz em ajudar o primogênito do meu melhor amigo. Eu perdi a família e Ed é o mais próximo que tenho.

                        -Vou ligar mesmo, John.

                        -Que tal tio John? Riu com sarcasmo, mas seus olhos brilhavam para que Nick o chamasse assim.

                        -Ok tio John.

                        Despediram-se do doutor e partiram em direção á casa em uma conversa animada, Bruno conseguia tirar tudo de ruim de Nick, incluindo toda a angústia que carregava pelos Cullen, mas uma hora sempre voltava. E com força total. Pelo menos Edward tinha um amigo que ficou encantando pelo mais velho. Em dois dias, Nick tinha conseguido um irmão, uma mãe postiça e um tio emprestado. Por enquanto estava de bom tamanho. Mas o que mais o encantava foi o jeito torto e explosivo do pai quando disse que o amava e sempre sentiu falta. Era uma pensa que só aquilo não bastava! Quando chegou a casa beijou a bochecha do irmão e seguiu ao estúdio de Alice Hale.

                        -Tenho hora com a senhora Hale!

                        -Nick? A secretária perguntou e eu assenti algum tempo depois eu estava entrando.

                        -Nick, querido, quanto tempo! Está ainda mais bonito.

                        -Muito obrigado, Sra. Hale.

                        -Só Alice. O que te traz a New York?

                        -Vim morar com meu pai e estou a fim de trabalhar.

                        -Tem uma nova campanha, importantíssima, da Calvin Klein que seria perfeita para você, topa?

                        -Claro!  Nick riu. Alice bipou a secretária e pediu:

                        -Traga o contrato que estava preparado.

                        Segundos depois a secretária surgiu pela porta alcançando o contrato:

                        -Aqui está, Sra. Cullen. Neste momento era como se Nick tivesse gelado até onde não deveria ser possível gelar.

                        -Cu-llen? Perguntou gaguejando.

                        -Sim, meu nome de solteira é Alice Cullen.

                        -Irmã de Edward Cullen?

                        -Você o conhece? Alice o respondeu com outra pergunta.

                        -Ele não lhe contou alguma novidade ultimamente, alguém com dezesseis anos que veio do mundo dos mortos, especificamente do mundo dos abortos.

                        -Não acredito por isso você se parece com ele. Ela estava abismada. –Você é Nick?

                        -Eu mesmo, titia! Falando de jeito irônico destruindo o sorriso que estava pra surgir no rosto de Alice.

                        -Sei que está magoado com nossa família, mas. Nick a cortou

                        -Mas nada, suspenda este contrato, não quero contato com ninguém dessa família.

                        -Seja razoável, faz tanto tempo, nós nos arrependemos.

                        -Arrependimento não apaga minhas noites de pesadelos e lembranças ruins. E se levantou jogando o contrato contra a tia indesejada. Por mais novo que ela fosse na época poderia ter encorajado o irmão, o ajudado, todos foram cúmplices de sua morte arquitetada. Pode ouvir a tia gritando antes de sair atordoado do prédio dando a partida no carro desejando que um dia seu pai curasse aquela ferida.

                        E a promessa de não mais chorar havia sido rompida! Se de conhecer a tia mais nova tinha desmoronado, imagina quando conhecesse os avôs que são os principais culpados? Mas por outro lado ele queria ir até onde conseguisse, para talvez um dia perdoar esta família, ou pelo menos o pai.

                       

                       

                        “Só nunca se esqueça que desculpas ensaiadas podem curar uma alma sofrida, se quer o perdão faço-o por merecer!”

                       

                       


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Notas finais do capítulo

Preciso de reviews, faz com que eu me inspire, faz com que qualquer um se inspire. Por favor!



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