Capitulo 2 – Cervejas e Contrato

Pov. Edward

– Sr. Masen, Tanya Denali esta aqui e disse precisar falar com o senhor – a minha secretaria disse ao entrar na minha sala depois de dar dois toques na porta, e somente bufei deixando os papeis que analisava de lado e a encarei.

– Mande-a entrar Victoria! – disse a ela que somente assentiu e saiu logo em seguida.

Eu não sabia o que Tanya fazia aqui, um dos nossos combinados era nunca aparecer na sede da empresa, ninguém poderia saber sobre nossa relação.

– Entre! – disse ao ouvir duas batidas na porta e logo que ela se abriu revelando a loira morango com roupa cinza escura e bolsa vermelha impecável. Pelas roupas estava nítido que ela havia acabado de sair do trabalho.

– Bom dia Edward! – ela disse entrando lentamente na sala como se analisasse uma presa antes de dar o bote.

– É Masen, Srta Denali. – disse me levantando e lhe indicando o sofá negro de couro no canto da sala.

Tanya era a típica vadia que tenta – somente tenta- ser vingativa, como eu sabia disso? Eu simplesmente sabia cada trauma ou segredo de cada funcionário meu. E com Tanya não era diferente.

– O que deseja hoje Tanya? – lhe perguntei ao me encostar-se à mesa de vidro e cruzar os braços, hoje não havia paciência para o FBI.

– Tenho muitos Edward! – ela falou com a voz manhosa e isso me fez revirar os olhos.

– Se veio aqui somente para capricho seu, peço que se retire, pois tenho muitos problemas – disse lhe dando as costas e voltando pra minha cadeira atrás da mesa e a ouvi bufar.

Sorri.

Tanya era previsível.

– Newton e Mallory fracassaram na missão! – Tanya disse agora em um tom profissional e sorri a ela.

Aquela noticia não era nada nova para mim, afinal havia sido eu mesmo a humilhar o imbecil do Newton.

– Isso eu sei Tanya, já que fui eu mesmo que fiz o serviço.

– Cullen e Swan estão com o cão chupando limão azedo com os agentes, convocaram reunião urgente com as equipes. – Tanya disse enquanto limpava as unhas.

Aquilo me deixou irritado, enquanto eles preparavam para me pegar ela estava ali na minha sala cuidando das unhas.

Vadia.

– O que faz aqui e não no FBI Denali? – perguntei raivoso e ela me olhou sinicamente e sorriu.

Hoje vai ter churrasco de vaca.

– A Swan mirim me deu folga, não poderia dar bandeira e depois descubro com Carmen o que eles planejaram.

– Agradeço pelas informações Tanya, mas tenho assuntos para resolver! – disse lhe indicando a porta e ela somente sorriu.

– Tchau Sr. Masen. – ela disse me mandando um beijo antes de sair da minha sala.

Bufei irritado.

Tanya era um estorvo na minha vida, as informações dela eram sempre incompletas e nada uteis, o fato dela querer vingança da Swan mirin como ela fala é tão bobo e mesquinho que tinha vontade de afoga-la na própria hipocrisia.

Eu precisava relaxar e descobrir qual era o próximo truque dos agentes para me prevenir, não iria deixar que aqueles imbecis metidos a fodões acabassem com meu império e destruíssem meu nome.

Jasper deveria saber como me ajudar, ele sempre sabia desde que nos conhecemos quando ainda éramos crianças.

– Victoria chame o Sr. Whitlock a minha sala, imediatamente disse ao telefone e pude ouvir o som de teclas do outro lado da linha.

– sinto informa-lo, mas o Sr. Whitlock esta em reunião com alguns fornecedores – Victoria me informou e tive que morder minha língua para não mandar os fornecedores para o inferno.

Agradeci a Victoria e pedi que assim que a reunião acabasse ela chamasse Jasper.

Fiquei ali na minha sala com o silencio me acolhendo durante horas, a minhas costas nova York continuava movimentada enquanto o sol começa a se por e Jasper ainda não havia saído da reunião.

Cansado da espera e com assuntos para resolver hoje a noite, arrumei minhas coisas e sai dali.

Victoria estava a sua mesa jogando paciência no computador a assim que meu movimento em frente sua mesa chamou-lhe a atenção ela se arrumou em um rompente e corou.

– Eu ja vou indo e você pode ir descansar também! – disse e ela somente assentiu, fui direto ao elevador privativo para não correr o risco de algum empregado da empresa se questionar o que um mafioso fazia por ali.

Afinal a construtora que era administrada por mim e Jasper era somente uma fachada para minha verdadeira vida, ficar o dia todo atrás e uma mesa assinando papeis e analisando plantas não era coisa pra mim.

Tanto que Jasper era o que trabalhava em todas essas questões na empresa, graças a ela a construtora Witsons era uma das maiores da America, encobrindo e despistando meus crimes.

Assim que cheguei ao subsolo fui direto para meu porshe verde escuro e joguei a maleta de couro no banco ao meu lado e sai da empresa cantando pneus.

Eram mais onze e quarenta da noite quando parei em frente a grande boate de um velho amigo meu, James era conhecido das ruas e assim como eu, preferiu ganhar dinheiro de uma forma fácil e rápida.

Diferente de mim que mantinha uma grande construtora como fachada para meus negocio, James era dono de uma rede de boates e bares pelo mundo, mas por algum motivo – acredito eu que seja jogo ou mulheres – ele estava com dificuldades financeiras e como um grande amigo que sou resolvi ajudar.

Sorri com a ironia do meu pensamento.

– Antonhy Cullen! – disse ao segurança e o vi checar na grande lista que havia em sua mão.

O segurança somente assentiu me dando passagem pela grande porta da boate de onde já podia se ver as luzes negas inundando o ambiente juntamente com a musica altíssima.

Algumas mulheres que passavam por mim me avaliavam de cima a baixo e somente lhes sorria torto, por mais que estivesse ali por negócios eu poderia me divertir depois.

– Edward! – ouvi James me gritar e assim que olhei na direção de sua voz pude ver o loiro sem camisa e calça de couro lhe abraçando as pernas e a sua volta varias garotas de mini saias e topes estavam a sua volta o alisando e sorrindo manhosas.

– James, como estas? – perguntei assim que o cumprimentei e sorri para as mulheres a sua volta. James somente deu de ombros.

– Aqui não é lugar para esse assunto! – disse ele e somente concordei e pedi uma bebida enquanto James se despedia de suas mulheres que reclamaram, mas logo nos deixaram a sós.

Sigo James pelo grande espaço cheio de gente dançando e bebendo e aos poucos o som alto vai diminuído e a movimentação vai ficando para trás enquanto nos aproximamos de um grande corredor escuro. James abre uma porta do seu lado direita e me convida a entrar na grande sala que é seu escritório.

– Pronto aqui esta a salvo das mulheres. – James brinca enquanto caminha ao sofá no canto da sala e sorriu da piada.

– Então é preferível voltar não acha? – digo entrando no clima agradável que ele coloca entre-nos, James e ri e eu somente sorrio.

– Nunca negando ao mundo para o que veio!

– Virei mafioso e não bicha, meu caro amigo! – digo e James somente concorda.

– Mas vamos falar de negócios sim! – James diz com a voz mais seria e sua expressão também esta mais profissional e concordo com ele.

James procura nas gavetas de sua mesa alguns papeis e assim que os acha sorri calmamente. Fiquei ali bebendo minha bebida que havia pegado no bar enquanto James relia os papeis que estavam em suas mãos.

– O que me ofereceu é muito gentil Edward! – James disse e soube que o contrato já estava assinado, ele não havia um porque para recusar minha oferta generosa.

Havia lhe mandado a proposta a três dias atrás, no dia James parecia muito contrario a venda de algumas de suas boates e bares nas redondezas de nova York e algumas do mundo.

– Gosto de ser gentil com os amigos. – disse dando de ombros e ele sorriu.

– Mas ainda acho pouco comparado ao valor de lucro rentável que essas 26 das minhas melhores boates pode lhe oferecer. Elas valeriam bem mais do que quatro bilhões não acha? – tomei um gole do minha bebida e sorri fraco, seria óbvio que James tentaria tirar proveito aumentando o valor de seus estabelecimentos, mas eu também não esta disposto a pagar mais do que elas valiam realmente.

– Antes de lhe mandar as propostas analisei o valor de cada imóvel junto com especialistas e sinto lhe dizer que esta é a proposta final.

– Então acho que não devo assinar – James diz e eu nego com a cabeça, ele havia entrado em um campo minado onde eu comandava tudo a minha volta, ele não teria chance de ganhar.

– Você não terá escolha James, se quiser continuar com suas mordomias é claro! – digo enquanto caminho ate o frigobar que ele mantém no escritório ao lado do sofá.

Pude ouvir James arfar com minha reação e sorri, eles sempre entravam no terreno desconhecido se achando capazes de jogar conforme as regras, mas se esqueciam que aquele jogo não havia regras.

– você decide! – disse assim que voltei a ficar e frente a sua mesa e lhe entregando uma cerveja que ele logo tomou um grande gole me fazendo sorrir mais.

James logo pegou uma caneta na primeira gaveta de sua mesa e assinar o contrato me entregando ele em seguida.

– É por isso que somos amigos, ate mais James.