Capitulo 39 – Determinação e Admiração

 

 

 

...

 

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Kevin caminhou para arena calmamente. Ele não enfrentava desafiantes aos domingos, ainda mais desafiantes que haviam acabado de chegar na cidade. Sempre pedia para eles descansarem por pelo menos uma hora, mas a recém-resgatada parecia não ligar para ter quase morrido congelada na nevasca.

 

A menina até aparentava estar bem, mas notava-se um pouco dos efeitos que o frio intenso havia feito. Joy já havia decidido ajudar a menina e analisava o que poderia fazer por ela assim que a luta acabasse. Por ela a luta nem aconteceria daquela forma tão repentina, ainda mais sem a presença de Julia para servir de juíza, mas a desafiante parecia ter ganho a atenção de Kevin ao usar o modo clássico de desafios.

 

A tarde agradável que Kevin e Joy já estava perdida. Mesmo que a menina não tivesse desmaiado em meio a nevasca os pokemons desgastados na batalha precisariam de cuidados.

 

 

— Minha juíza está... - Kevin parou ao ver que a menina esticou a mão e mostrou três dedos. E logo depois mostrou três pokebolas. - Será três contra três, mas um de cada... - Kevin não teve chances de continuar ao ver que um Chimeco havia saído da pokebola.

 

 

Um suspiro e Kevin fez sinal para Beartic entrar na arena.

 

 

:: “Não está cuidando dela mesma e está negligenciando as regras pondo em risco os pokemons. Devo terminar rapidamente com ela ou lhe dar as chances de lidar com o gelo e a pressão do tempo?.” :: Kevin observou o estranho pokemon que estava a frente dele.

 

 

Chimeco era um pokemon psíquico. Seu corpo era pequeno e constituído de uma cabeça pequena e o restante do corpo lembrava uma fita que balançava no ar. A voz era melodiosa e realmente era um pokemon que passava uma ideia de calmaria.

 

 

::” Nunca vi um pokemon psíquico com esse. Vou deixá-la fazer os primeiros movimentos para ver se ela percebe que está... aquilo que ela esta pegando na mochila é uma flauta?” :: Kevin estava tendo uma surpresa após outra.

 

 

A menina agora havia pego uma flauta dentro da mochila. Tratava-se de uma flauta transversal metálica. Ela tocou uma nota e de repente Chimeco usou o Ataque Psíquico contra Beartic. O pokemon não teve chances de desviar e foi lançado contra a parede. A menina tocou outra nota e agora o pokemon criava uma esfera de energia negra a sua frente.

 

 

— Pokemon poderoso com tempo de reação incrível. - Kevin cerrou os punhos. Não esperava que ela usa-se a flatura para comandar o pokemon, significava que uma batalha musical poderia ocorrer. - Mas isso aqui é um ginásio de gelo. Beartic, Soco de Gelo. - Disse Kevin dando a dica de que ela precisaria mostrar alguma pericia para com o tipo gelo e não apenas tentar abater os pokemons. -

 

 

Beartic socou o chão ao mesmo tempo que Chimeco lançava seu Bola das Sombras. O efeito do Soco de Gelo era arrasador e inesperado, mesmo para quem já o conhecia. Mas para a desafiante a surpresa de ver grandes estacas de gelo surgirem no chão indo a caminho do seu pokemon a deixaram atordoa. As estacas bloquearam a Bola das Sombras e ainda acertaram a Chimeco em pleno ar.

 

 

O pequeno pokemon caiu no chão, ainda consciente. Ele arfava e resmungava a menina tocava uma nota repetidamente na flauta, mas nada acontecia.

 

 

— Chimeco é muito forte nos ataques psíquicos, mas a defesa corporal dele é muito pequena. O brilho que seu Chimeco tem é próprio do pokemon, por isso engana fácil sobre a defesa. - Kevin parou alguns instantes vendo ela recolher o pokemon. O olhar dela estava determinada, mas um pouco aérea, como se não tivesse escutado nada que Kevin falava.

 

 

Kevin olhou para Joy que deu de ombros. Ela não sabia exatamente o que estava rolando na cabeça prejudicada da menina. Joy viu surgir uma Jigglypuff. Uma pokemon rosada e redonda, com pequenos pés e mãos. Do tipo normal ainda não apresentava grandes problemas para o tipo gelo.

 

 

— Soco de Gelo! - Comandou Kevin um pouco incerto.

 

 

Aquele era o segundo pokemon no estilo musical que a menina usava. E aquela flauta lhe dava ainda mais ideia daquilo. Felizmente ela não chegava a tocá-la de uma forma aberta. O que fazia Kevin estranhar a estratégia da menina. No certo havia alguma inexperiência ainda na joranda.

 

 

Kevin viu a menina usar uma nova nota e rapidamente trocar para outra. A pokemon rosada começou a inflar seu corpo e de repente estava flutuando pelo ginásio logo a pokemon rosada estava usando o Hiper Voice que destruía as estacas de gelo que seguiam para ela.

 

Hiper Voice era como ondas sonoras, super potentes que além de causar dano ainda deixaria o pokemon confuso quanto aos comandos que estivessem sendo dados por seu treinador. Alguns acreditavam que na verdade ele estaria surdo temporariamente.

 

 

Beartic estava atordoado. Só não havia sido novamente arremessado contra a parede porque fincou as patas dianteiras e traseiras no chão.

 

 

— Essa foi boa. - Kevin admitia, ela tinha alguma habilidade.

 

 

Menina tocou mais uma nota e a pokemon começou a cantarolar. Era a Canção de Ninar da Jigglypuff. O resultado sempre era adormecer, dependendo do pokemon poderiam todos no ginásio adormecer, mas por algum motivo, não estava tendo efeito. A menina parou confusa e viu Beartic socar o ar. Era uma invocação da Tempestade de Neve, o que fez a pokemon vir a baixo, completamente congelada.

 

 

— O Canção de Ninar não funcionou por causa do Hiper Voice usado... - Kevin parou sua explicação sobre a surdez temporária do pokemon a menina parecia não escutá-lo. Ele ficou observando-a durante alguns instantes enquanto ela ia pegar a pokebola para recolher sua pokemon. - Se ela lançar o terceiro pokemon dessa forma eu vou detoná-la... - resmungou Kevin, mas de repente a menina pareceu tremer.

 

 

Ela cambaleou e rapidamente caiu desacordada no chão.

 

 

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A claridade chegava a machucar a vista. O cheiro do local não enganava, ela estava em um quarto do Centro Pokemon. Um movimento de corpo e percebeu que havia algo preso a sua seu braço. Olhando para o lado pode ver a bolsa de soro pendurada numa haste metálica e o pequeno tubo plastico que ia até seu braço. Percebeu que era melhor aguardar até que a enfermeira Joy viesse vê-la.

 

Suspirou tendo as lembranças de todos os acontecimentos. A decisão de se tornar uma treinadora. A dificuldade em ensinar o pokemon a responder aos sons de sua flauta, a dificuldade de conseguir se fazer entender pela caminho. A escolha de Jotho como destino para poder conhecer a pessoa que a inspirava.

 

Havia sido um caminho difícil até Mahogany. Tantas dificuldades que desistir e esconder-se parecia sempre o caminho mais fácil. Mas, inspirar-se nas ações de Kevin parecia ser a força que a menina sempre possuía. Ela se perguntava se teria sido Kevin que a encontrara em meio a neve. Não esperava que a nevasca a acertasse antes de chegar a cidade, mas não ter experiencia com aquele tipo de terreno e clima só poderia ter resultado naquilo. Por sorte sentia que não havia nada de muito errado com ela, mas até ali e admitia que havia sido imprudente de sua parte desafiar Kevin assim que despertara. Mas, não havia outra forma, queria aquilo há muito tempo e não poderia dar-lhe tempo de conhecê-la. Queria um tratamento igual. Queria testar suas habilidades e limites em pé de igualdade.

 

 

A menina olhou para a porta e segundos depois ela se abriu. Joy entrou no quarto e sorriu dizendo qualquer coisa que a menina não pode entender. Joy tirou um pouco do sorriso, ficando constrangida pelo silencio da menina e a menina constrangendo-se por não entender a enfermeira.

 

 

— Olha, eu acho que você poderia ter um pouco mais de educação com as pessoas. - Diz Joy para a menina que olhava para ela, mas nada dizia.

 

 

Joy revirou os olhos incrédula com tudo aquilo. Ia sair do quarto quando a menina segurou em seu braço. Joy a olhou e viu que ela queria dizer alguma coisa, mas parecia que não conseguia.

 

 

— Será que perdeu a voz por causa da nevasca? - Joy retirou de seu aventou uma pequena lanterna. - Abra a boca e mantenha aberta. Vamos ver o que tem na sua garganta. - Mas a menina permaneceu imóvel. - Diga A. - A menina abriu a boca na mesma proporção que Joy. - Não parece nada de errado. Estranho já que pegou a nevasca. - Joy afastou-se da menina durantes alguns instantes. - Você não quer falar ou não pode falar? -

 

 

— Ela não pode nem te escutar. - Diz Kevin da porta.

 

 

Joy virou-se de sobressalto. Imaginava que o menino ainda estivesse no computador tentando identificar quem era a misteriosa desafiante. Após trazem-na para o centro e a colocarem no quarto, Kevin voltou ao ginásio para pegar as coisas da menina e depois iria pesquisar com a Associação de Batalhas quem era ela. Esperava que ela não fosse uma encrenca e sim apenas uma pessoa difícil de se lidar.

 

 

— Já conseguiu entrar em contato? - Perguntou Joy. - Como assim ela não pode me escutar? Ela está sob efeito do Hiper Voice? -

 

 

— Não precisei entrar em contato. - Kevin mostrou a pokeagenda da menina. - Quando fui guardar a flauta dei de cara com a pokeagenda, - Kevin caminhou até Joy deixando a bolsa da desafiante junto à porta. - Veja. -

 

 

Kevin mostrava a Joy a pokeagenda da menina. Era um modelo bem diferente dos conhecidos. Parecia um celular da do tipo Iphone. Tinha algumas funções bem diferentes das habituais.

 

 

— Olhe essa opção. - Disse Kevin.

 

— Modo Deficiente Auditivo Ativo. -Leu Joy. - Como assim? -

 

Kevin passou a opção ativa para inativa e pediu a identificação da pokeagenda.

 

 

“Essa pokeagenda é propriedade da treinadora Meilin Lee, da região de Chin. Meilin é uma treinadora surda muda.”

 

 

Joy piscou algumas vezes. Já havia escutado falar da região de Chin e de suas tecnologias avançadas para o mundo pokemon. No entanto, jamais havia ouvido falar sobre treinadores com necessidades especiais viajando tão longe. Eles na verdade sequer se credenciavam. O único que ela conhecia era Thor, Mestre Pokemon que possuía deficiência visual.

 

Um bater de palmas. Kevin e Joy se olharam e viraram-se para a cama onde estava Meilin. A menina estava observando os dois mexendo em sua pokeagenda. Ela já havia feito várias gestos para chamar a atenção deles, mas ainda não havia conseguido. Resolveu bater palra chamar a atenção dos dois.

 

 

— Acho que ela quer a pokeagenda. - Comentou Joy vendo-a com a mão estendida na direção do parelho.

 

 

Kevin esticou a agenda para ela que rapidamente teclou algumas coisas e esticou de volta para eles. Os dois aproximaram-se viram que ela havia escrito algo na tela. A tela dizia que ela sentia muito pelo trabalho que estava dando e o comportamento que ela havia ficado empolgada ao encontrar Kevin.

 

 

— Vamos precisar de papel e caneta. - Comenta Joy com Kevin.

 

 

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:: “Ela ensinou os pokemons a reagir conforme o toque de sua flauta. Isso é incrível. Apesar do som da flauta poder ser bloqueada facilmente, é impressionante que ela tenha vencido Kombat usando só três pokemons. Achei que ela iria fazer uma melodia e assim seus pokemons seriam comandados pela música, mas no caso dela ela apenas usa os sons da flauta para dizer o que quer. Eles aprenderam que um DO corresponde a determinado ataque deles. Sempre que escutam o DO atacam. Isso da a ela sete tipo de movimentos apenas. Sem grandes variações ou mesmo estratégias. Ela só pode pedir para que eles façam determinado movimento.”:: Kevin não acreditava que aquilo poderia ser real.

 

 

Era noite e Julia, J, Kevin e Meilin jantavam no Centro Pokemon. Evitavam conversar devido a Meilin não escutar e assim não se sentir excluída. No entanto, todos estavam admirados com a força de vontade da menina.

 

Ela não tinha muitas posses e se dispôs a vir a Jotho só para conhecer Kevin Maerd Júnior, a pessoa que a inspirou com a ideia de comandar um pokemon por outra forma que não fosse falas. O treinador que usou de musica para combater Marjori Star em pé de igualdade e ainda demonstrou ao mundo que com poucos ataques um pokemon poderia fazer muito.

 

Realmente Meilin não tinha muitas opções de ataque. Ela não podia tocar uma musica na flauta, já que ela não tinha ideia de como era uma música. Mesmo seguindo uma partitura, ela não sabia se o som estava saindo corretamente. Dependia apenas dos sons diferentes que acreditava conseguir fazer com a flauta. Limitava-se ás sete notas básicas.

 

Assim como limitava-se a poucos ataques, defender-se era ainda mais complexo. No geral ou seus pokemons desviavam por si mesmos, pois ela não conseguia reagir com tanta velocidade. Era preciso ver o ataque, entendê-lo, pensar na evasiva certa e comandar apenas com um som a tempo de o pokemon desviar. Seus adversários tinham muito mais chances de acertar seus ataques, do que a qualquer outro.

 

A força de vontade da menina era tudo que ela tinha para fazer sua vida mudar. Não fosse ver que era possível, por meio dos feitos de Kevin, talvez ela estivesse em casa sendo tratada como uma coitada. Por isso desafiou Kevin assim que o viu e quis lutar com ele sem que ele soubesse de suas deficiências. Não queria caridade, queria reconhecimento. Queria que ele reconhecesse suas habilidades.

 

Reconhecimento que Kevin e todos ali possuíam, cada um de sua forma e que apenas aumentava ao saber da história dela. Kevin reconhecia que ela tinha potencial, principalmente porque ela já possuía uma insignia. Ela havia enfrentado Dante Kombat e saído vitoriosa. Como era algo que Kevin muito questionava, ainda mais levando em conta os pokemons que ela possuía, todos com desvantagens contra lutadores.

 

 

Meilin olhava para os lados até que começou a fazer gestos impacientes. Ninguém entendia bem o que ela queria, mas a mesma coisa que a incomodava, incomodava os demais.

 

 

— Será que ela quer saber onde está a Joy? - Perguntou Julia. - Ela só falou que estafa sem fome e sumiu dentro do Centro Pokemon. -

 

— Nesses dias tenho visto que ela não come muito, mas sempre fica na mesa conosco. - Comentou J que tirou um bloco de anotações de seu traje da policia esticando para Meilin junto com uma caneta. - Aconteceu algo Kevin? -

 

 

Kevin fez que não com a cabeça e logo viu que Meilin escrevia a pergunta, onde está Joy.

 

 

— Vá procurá-la Ju. - Disse Julia. - Vamos passar um tempo com a Meilin para ver como podemos ajudá-la a melhorar suas habilidades para te derrotar. -

 

— Por que isso não soa tão bem quanto parece? - Ri Kevin levantando-se e indo em direção a cozinha do refeitório.

 

 

Meilin observou aquilo. Ela havia entendido que ele iria procurar a Joy, mas não entendeu porque procuraria na cozinha se ela havia ido para o outro lado quando anteriormente.

 

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Era uma sala ampla onde deveria ter uma televisão. Mas, infelizmente a televisão havia sido danificada durante a invasão e tudo era mais urgente do que uma televisão para a sala de descanso do Centro Pokemon. Com carpete beje e alguns sofás espalhados, O local realmente era um bom ambiente para passar algum tempo. Apesar do aquecedor ligado, a janela estava aberta, permitindo que a luz dos postes entrassem por ela.

 

Encostada na janela olhando para o céu cinzento estava Joy um tanto quanto perdida em pensamentos. Ela não havia percebido que Kevin havia entrado na sala, muito menos que ele havia encostado ao seu lado, na janela, até que gemeu de frio.

 

 

— Desculpe não jantar com vocês, mas... - Joy murmurou sem graça. - Está ai há muito tempo? - Disse ela desistindo de dar qualquer justificativa para sua ausência na mesa.

 

 

Kevin sorriu e estendeu a mão para ela. Na mão continha algo parecido com um doce de festa. Uma tentativa de brigadeiro. Joy abaixou os olhos e pegou o doce levando-o até a boca. Uma mordida e metade tinha ido.

 

 

— Se não der certo como prefeito ou nas outras carreiras do mundo pokemon, pode ganhar a vida com doce. - Murmurou joy. - Você fez esse para hoje a tarde, não foi? - Perguntou a menina.

 

— Trouxe para a sobremesa da janta, já que os planos foram por água abaixo. - Kevin olhou-a por alguns instantes. - Mesmo você não jantando achei que você merecia algo para adoçar seu dia. -

 

 

Joy baixou os olhos levando a boca a outra metade do doce. Ela não queria encarar muito a Kevin naquele momento. Estava envergonhada pela crise inicial de ciumes que teve e ainda desapontada pelo dia ter acabado e eles não terem podido fazer nada juntos.

 

 

— Sou eu ou você fica desconfortável quando alguém está correndo atrás dos seus sonhos? - A voz de Kevin assustou-a naquele momento. Era uma pergunta que ela não esperava.

 

 

Joy olhou para ele sem entender. Ele permanecia olhando-a sem demonstrar muita pressão, chegou até mesmo a desviar o olhar e passar a olhar pela janela, vendo a escuridão da noite de Mahogany e o anuncio de mais uma nevasca.

 

 

— Mais ou menos. - Ela suspirou. - Está tão na cara? -

 

— Que existe algo errado está bem visível. Só não sei se realmente é isso. - Kevin permaneceu olhando para a janela. - Quando J surgiu eu já desconfiava, pelas coisas que conversávamos. Mas, quando você foi lendo a história de Meilin seu rosto transparecia um incomodo que eu me preocupei. - Kevin parou. - Tipo... -

 

— Eu sou como você. Não sei o que quero fazer. O problema é que não posso fazer outra coisa sem ser enfermagem. Isso é tão injusto, tão... - Joy estava se exaltando um pouco. Suspirou para se acalmar. - Eu queria poder fazer as coisas por mim sabe. Ou pelo menos para mim. Ao menos os meus desejos bobos. -

 

— Desejos bobos? - Kevin olhou para sorrindo.

 

— Nem vem! - Disse Joy constrangida. - Não vou contar! -

 

— Tudo bem. - Kevin preparou-se para sair. - Mas, eu não posso realizar um desejo que eu não sei qual, certo? -

 

 

Joy riu naquele momento e virou-se para fechar a janela para segui-lo para o refeitório.

 

 

— Realize os seus. - Disse a menina. - Se bem que se realiza-se um dos meus seria ainda mais espe... - Joy não conseguiu terminar de falar. Ao se virar Kevin a beijou de surpresa.

 

 

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Se havia algo sobre Meilin Lee que deixava todos admirados era que ela estava quase a todo momento radiante. Não demonstrava a tristeza que normalmente se encontrava em pessoas com alguma deficiência, em especial quando precisavam enfrentar alguma dificuldade.

 

 

— Queria muito saber como foi a batalha dela contra o líder Kombat. - Comentou J. - Por que não liga para ele e pergunta? - J olhou para Kevin esperando que ele atendesse o pedido.

 

 

Kevin já tinha tido aquela ideia, afinal também estava curioso. Mas, não era uma boa coisa a se fazer. Se ele o fizesse estaria em um choque de interesses. Kevin estava como líder, mas também já estava classificado para a Liga de Prata como treinador. Meilin estava procurando se classificar e desta forma a pesquisa iria ser desleal, pois lhe daria mais vantagem sobre ela numa eventual batalha na liga.

 

 

:: “ Mas, não é difícil imaginar como ela havia se virado. Certamente o Chimeco foi abatido rapidamente, mas deu a ela a visão dos lutadores. O Canção de Ninar abateria um ou dois pokemons, dependo da velocidade empregada na batalha. E esse terceiro pokemon dela é realmente essencial para ela.”:: Kevin estava curioso quanto ao terceiro pokemon de Meilin.

 

 

Era uma espécia de monstro roxo para azul, de pele dura e com grandes orelhas e uma grande boca. Bípede e medindo mais de um metro de altura era um monstro voz, usando de vibrações de onda como principal forma de ataque. Era o único pokemon da surda muda que parecia se comunicar com ela.

 

Kevin observava ela treinando, enquanto ele treinava o grupo aquático que literalmente estava em guerra. Meilin tocava uma nota e Loudred, o pokemon de grande voz, dizia se estava legal ou não. Incentivava a ela a fazer notas em sequencia criando uma harmonia.

 

 

— Parece loucura, mas eu acho que ela sabe o que está tocando. - Disse J. - Percebe que quando ela está de olhos fechados e Loudred está confirmando que ela está certa, ela parece estar embalada no som da musica? -

 

— Mas, isso seria impossível, ou talvez... - Kevin parou por alguns instantes. - Vibrações? -

 

— Acredito que sim. Ela pode não escutar o som. Mas pode senti-lo. O som é uma vibração de onda, ela pode não escutar, mas sente como está a vibração. E como ela não tem dois dos sentidos os demais devem ser muito aguçados. Tanto que mesmo sem conhecer corretamente a afinação de uma nota, ela poderia dizer que a vibração de uma nota está correta ou não. Porque ela vai dizer que a vibração está boa ou não. -

 

— Está explicado porque você era excelente no que fazia. - Riu Kevin. - Não quero te enfrentar em uma batalha. -

 

 

Os dois pararam de conversar ao ver que Meillin tocava uma melodia completa na flauta e Loudred estava aplicando diversos tipos de ataque com isso. Mas, Kevin havia reparado que um de seus pokemons havia parado de guerrear e agora estava escutando a melodia e cantarolando junto.

 

 

— Ela não pode … - Kevin foi falar com sua Lapras, mas resolveu não falar e apenas observar. Meilin não percebia a Pokemon acompanhando-a, ao que parecia, a vibração dos sons de Lapras não pareciam chegar até ela. Apenas Loudred havia notado, mas continuava praticando socos, chutes, evasivas e outros ataques.

 

 

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Era terça feira e uma segunda partida entre Meilin e Kevin aconteceria. Desta vez Julia estava lá para ser a juíza e a arquibancada estava com um número de pessoas que o ginásio ainda não havia recebido. Joy havia convidado um grupo de alunos para assistir a batalha.

 

Para Joy ajudar Meilin era uma forma de se desculpar por qualquer constrangimento que possa ter lhe causado em sua chegada. Uma forma de agradecer pela intromissão na tarde especial que ela teria com Kevin, em especial porque percebeu que talvez Kevin não tivesse reais intenções de beijá-la durante a tarde, só tendo tomado coragem durante a noite.

 

O publico poderia deixá-la assustada, mas era a oportunidade dela superar essa parte. Os alunos estavam orientados a não fazerem algo que a desencorajasse, já que estavam lá para fazê-la aprender a enfrentar o público.

 

 

Julia estendeu duas bandeiras e olhou para Meilin que acenou com a cabeça que estava pronta e ciente das regras. Logo olhou para o irmão que também fez sinal de que estava pronto.

 

 

As pokebolas ganharam o ar liberando cada qual seus pokemons. Kevin iria começar com Delibird a ave bípede e marrom. O pokemon parecia animado em batalhar. Seu adversário era Jigglypuff.

 

 

A flauta de Meilin começou a ser tocada. Sete notas para comandar e o primeiro movimento foi inflar a pokemon balão que do alto preparou o Hiper Voice.

 

 

— Tempestade de Neve. - Kevin calmamente comandou já esperando que seu movimento fosse mais rápido e assim como contra Beartic, o pokemon adversário viesse ao chão congelado.

 

 

Mas, as camadas a tempestade apenas impediu o ataque fazendo a pokemon ficar zonza, de tanto ir de um lado para o outro no ar do ginásio. Como estava como um balão simplesmente foi jogada de um lado para o outro.

 

 

:: “Estratégia inteligente. Começar com a Jigglypuff que pode batalhar tanto nos céus, quanto em solo. Inflada ela absorve os ataques reduzindo parte do seus danos. Partir para impedir a comunicação do pokemon com o treinador para obter vantagem, transformando a sua fraqueza em força. Ela realmente tem potencial.”:: Kevin observava Meilin um pouco apreensiva, percebia ela incerta do que fazer.

 

 

Um novo toque de flauta e agora Jigglypuff começava sua Canção de Ninar, ainda flutuando pela arena. No entanto, Delibird havia levantado voo e partido no ataque rápido sobre um comando quase instantâneo de Kevin ao identificar o inicio da Canção de Ninar.

 

 

Julia levantava as duas bandeiras indicando empate. A plateia aplaudia reconhecendo que aquilo fora inesperado. Os dois pokemons estavam caídos no chão do ginásio, um adormecido e o outro inconsciente.

 

 

:: “ Ele arrancou um empate de uma derrota certa. Ele é incrível. Eu sequer consegui acompanhar com os olhos a velocidade daquela ave. Achei que a defesa aumentada, por estar inflada, fosse suficiente para ao menos resistir a um ataque.”:: Meilin recolhia sua pokemon pensativa. Ela olhava a plateia aplaudindo e imaginava se eles estavam torcendo para ela ou para Kevin.

 

 

::”Os adversários dela tem um grande problema de não poder saber o tipo de ataque que vai vir até que ele esteja acontecendo. Delibird é veloz e conseguiu chocar-se contra ela antes de adormecer. Ela deve estar questionando a defesa dela, certamente está levando em conta apenas a força e a defesa, não está levando em conta o fator velocidade que aumenta a força do impacto.”:: Kevin observava atentamente a desafiante.

 

 

Kevin teve dúvidas quanto ao ataque que deveria realizar ao identificar o Canção de Ninar. Se estivesse em uma batalha como treinador ele iria usar o furacão que além de fazer Jigglypuff parar de cantar, iria anular o som inicial. Seu pokemon ficaria um pouco sonolento, mas seria o melhor contra ataque que seu pokemon poderia estar fazendo. Sua adversária rosada não teria grandes chances de sair do tornado por habilidade, apenas por muita sorte. No entanto estava como líder e até o momento a Meilin estava lidando com o gelo, com o tempo e preservando a vida, logo ele não tinha que usar de toda a sua habilidade. Então a dúvida ficava entre deixá-la executar corretamente o ataque ou confrontá-la. Ainda era o primeiro pokemon da menina, era preciso que ela mostrasse um pouco mais. Confrontar foi a escolha para que ou o pokemon resistisse e assim ganhasse, ou a treinadora fizesse algo e assim reverte-se.

 

 

— Jynx eu preciso de sua ajuda. - Kevin lançou a pokemon primeiro que sua adversária e fez um sinal de reverência para ela, tentando indicar que iria lhe dar uma vantagem.

 

 

Meilin respirou fundo e olhou o relógio. Haviam se passado apenas 4 minutos. A primeira rodada havia sido extremamente rápida. Ela poderia segurar a batalha um pouco mais. Pensou em usar Loudred, mas Jynx também tinha sua porção psíquica, além da de gelo. Seu pequeno Chimeco sabia 3 movimentos, porque ela só tinha sido capaz de ensinar três. Psíquico, Bola das Sombras e o Canção de Ninar. Ensinou-o uma quarta nota que era um comando para desviar. Talvez ela pudesse fazê-lo aprender uma técnica nova, no meio da batalha, assim como Kevin fazia.

 

 

A pokebola de Chimeco foi liberada. Julia abaixou as bandeiras liberando para a batalha.

 

 

— Comecemos com o Nevoeiro. - Kevin comandou o movimento querendo mudar a dinâmica da luta.

 

 

A luta seguia como a anterior, o que resultaria numa provável vitória dele. Meilin era do tipo de ataques a distancia. Ataque após ataque, baseando-se sempre em manter a luta equilibrada, isso quando ela não seguia para o Canção de Ninar. Depois de muito pensar Kevin havia entendido que fora assim que ela ganhará de Dante Kombat.

 

A família do ginásio dos pokemons lutadores adorava um treinador que fosse para cima, ataque após ataque e ainda demonstrasse preservação da vida. Com o estilo totalmente ofensivo Meilin ganhou a simpatia do líder demonstrando, além da preservação da vida, um espirito lutador para lidar com pokemons lutadores.

 

 

A mudança de tática de Kevin servia para que Meilin mostra-se um pouco mais além de apenas ataques diretos. Um treinador precisava de mais do que atacar de frente, principalmente porque o atacar de frente não dava vantagem alguma a ela naquele momento. Para isso o Nevoeiro faria ela ter outro desafio que se superado lhe habilitava para com o lidar com o gelo. O problema era que o Nevoeiro estava encobrindo todo o ambiente e não apenas a arena. Ninguém mais via nada.

 

 

:: “ Droga. Eu não posso escutar, não posso falar e agora não posso ver. Apesar de a luta não está sendo tão intensa o desafio aqui é muito puxado. Ao que parece preciso enfrentar as habilidades de gelo e não esquecer o cronometro. Não deixar o cronometro me pressionar é a chave. Se eu fizer isso meus pokemons se machucam.”:: Meilin entendia os três desafios, mesmo sem se dar conta de que existiam três desafios. No entanto, ela não sabia como lutar naqueles condições.

 

 

— Se não fazer nenhum novo movimento eu faço. Neblina! - Comandou Kevin.

 

 

Kevin coçou a cabeça depois de alguns instantes. Meilin não podia escutá-lo, só percebeu que Kevin havia feito um movimento quando o nevoeiro no local ficou mais forte. Ela tocou uma nota e de repente Kevin percebeu que Chimeco estava cantando. Ele deu um pequeno sorriso.

 

 

::”Nevoeiro é uma técnica que impede que meus status sejam mudados. Não há golpe que diminua minha defesa ou qualquer coisa desse gênero. Além disso também não pode bloquear algum tipo de golpe. O neblina é muito semelhante, no entanto cura o que já foi afetado. São duas ótimas habilidades contra o Canção de Ninar. Jynx não tem com cair no sono devido a isso.”:: Kevin percebia que Meilin estava confusa. Ela dependia exclusivamente de sua visão para lutar, agora ela estava completamente perdida.

 

 

Meilin sentia a pressão enquanto o tempo passava e a neblina não se dissipava. Tocou uma nota, tentando o Psíquico, mas o movimento não acertou Jynx devido a distancia e a posição. Ela não teve ideia do que ocorreu. Era como se estivesse soprando a flatura em vão, já que não conseguia ver o efeito de seu ataque. Tentou o Bola das Sombras, mas teve o mesmo efeito.

 

 

— Jynx, use confusão e leve Chimeco até sua treinadora. Mas deixe-o inconsciente. - Kevin não queria comandar aquilo, mas haviam se passado 10 minutos e nada mudava naquela situação. Ele no geral já teria comando uma surra no Chimeco, mas sabia que no primeiro ataque que ele levasse ele teria a mira correta de Jynx e poderia atacar.

 

 

Meilin assustou-se ao ver saindo da neblina seu pokemon, rodeado de uma energia azul, completamente desmaiado. Amenina estendeu os braços para pegar o pokemon e estremeceu. Aquilo parecia um pesadelo. Já havia sido derrotada antes. Derrotas onde não conseguiu sequer dar um golpe. Derrotas onde seus pokemons saiam bem machucados. Porém, aquela batalha era a pior que já tivera. Percebia que seu adversário não estava dando tudo de si, talvez aquele fosse o trabalho de um líder, mas em nenhuma outra batalha chegou a sentir-se impotente. Sem chances de revidar.

 

 

:: “ Eu não posso vencer isso... Já não falo. Já não escuto. Como lutar num campo de batalha as cegas? E porque meus movimentos não estão funcionando?”:: Meilin tremeu enquanto recolhia Chimeco. Sua tremedeira fez deixar sua flauta cair. Ela se abaixou para pegar e logo sua pokeagenda caiu de seu bolso, mas ela não percebeu.

 

 

Meilin ficou abaixada, ainda fingindo recolher a flauta, enquanto seus olhos enchiam-se de lagrimas. Uma lagrima caiu e foi justamente em cima da pokeagenda. Ela fechou os olhos com força para segurar as lagrimas. Ela não queria chorar na frente de todos. Não havia chorado em nenhuma batalha ainda, não choraria naquela. Não na frente da pessoa que havia inspirado. Mesmo ele sendo o causador da batalha mais tortuosa para ela.

 

 

::”Eu vou desistir.”:: Ela preparou-se para levantar, mas seu joelho tocou a pokeagenda fazendo ela perceber que ela havia caído. Ela pegou-a e foi retirar a lagrima que estava nela e então percebeu que na tela estava falando sobre o movimento neblina e nevoeiro.

 

 

Meilin conhecia a propriedade da pokeagenda de analisar os ataques, mas não conseguia acompanhar a velocidade das batalhas para ler as informações e batalhar. No geral os treinadores que usavam a pokeagenda nas batalhas escutavam as informações para não retirarem os olhos dela.

 

 

::”Foi por isso que a Canção de Ninar não funcionou. É essa nevoa! Aqui diz que se o pokemon não puder se orientar por dentro dela, ele certamente perderá a batalha. Eu sei como fazer um pokemon ficar desorientado.”:: Meilin respirou fundo e ergueu-se completamente. Julia já estava ao lado dela para verificar se ela tinha condições de continuar, mas não precisou de muito para perceber que o espirito dela havia se renovado.

 

 

— A terceira rodada irá começar. Meilin está liberando seu pokemon. - Gritou Julia retornando a sua posição na lateral da arena.

 

 

Kevin já sabia qual era o terceiro pokemon mesmo sem vê-lo. Escutou a flauta e pode escutar um barulho de uma tentativa de golpe. No entanto, o barulho veio crescendo assustadoramente e de repente toda a nevoa foi dissipada e Jynx era arremessada contra a parede do ginásio.

 

 

— Hiper Voice. - Comentou Kevin balançando a cabeça e observando se Jynx tinha condições de continuar.

 

 

::”Eu usei o hiper voice para afetar os ouvidos da Jynx e deixá-la desnorteada. Com os ouvidos excelentes de Loudred ele poderia encontrá-la na neblina e atcá-la sem que ela conseguisse se defender, já que estaria surda. Nunca pensei que o hiper voice fosse dissipar a neblina também.”:: Meilin via as pessoas na arquibancada comentando surpresas quanto ao movimento. Ela não tinha ideia do conteúdo dos comentários, mas tinha certeza de que não eram coisas ruins.

 

 

Julia havia sinalizado que Kevin havia decidido recolher Jynx e que ele continuaria agora com Slowbro.

 

 

::”Aquele foi um ataque impressionante. Ela usou as habilidades auditivas apurados do pokemon dela para identificar onde Jynx estava e aproveitando que estava tudo a cegas deu um golpe certeiro e quase indefensável. Confesso que não teria evitado-o em uma situação normal e que a melhor opção seria retirar Jynx para que ela se recuperasse, ao menos da tonteira, já que duvido que da surdez houvesse tempo habil.”:: Kevin observou a irmã sinalizar o inicio da ultima rodada e viu, restavam apenas 7 minutos.

 

 

 

Kevin não teve tempo para comandar. Uma nota foi tocada na flauta transversal. E ele já havia assimilado aquele som. Loudred novamente estava realizando o Hiper Voice. Slowbro foi arremessado contra a parede completamente zonzo.

 

 

::” Essa não. Confuso daquele jeito ele vai usar o Confusão ou o psíquico com força total.”:: Kevin observou seu pokemon indeciso. Não podia retirá-lo porque ele tinha que defender o ginásio, mas certamente havia ficado encurralado.

 

 

Loudred correu para cima enquanto Meilin arriscava uma melodia com a flauta. Socos e mordidas iam sendo feitos enquanto Slowbro defendia-se escutando um zunido chato no ouvido, não sabendo o que fazer para defender-se. Sua cabeça ia doendo a cada movimento que fazia.

 

 

— Lá vai! - Gritou Kevin.

 

 

Slowbro Começou a brilhar seus olhos e e jogou Loudred para o outro lado da arena com extrema força.

 

 

::” Impressionante. É o único pokemon dela que consegue partir para o físico sendo comandado por aquela melodia. Ela não para de tocar nesse momento. Ela está determinada a ganhar e faltam 3 minutos.”:: Kevin estreitou os olhos examinando rapidamente os dois pokemons. Loudred poderia continuar enquanto Slowbro estava começando a dançar.

 

 

— Como é? - Kevin olhou para ele incrédulo. - Ele está escutando a melodia da flauta? -

 

 

Confuso Kevin percebeu que a flauta parou e fez um único som. O som que indicava o Hiper Voice. O golpe era extremamente veloz para se esquivar e as ondas sonoras eram indefensáveis para a maioria dos pokemons. Essa repetição de ataques não podia levá-la a vitória.

 

Ela havia ido muito bem, mas Kevin agora tinha que decidir o que fazer. Ele tinha tempo o suficiente para um comando, mesmo que pouco eficiente. Não poderia simplesmente deixar seu pokemon ser acertado. NO Geral, seria o momento dele como treinador apelar para técnicas psíquicas que lhe garantiriam anular o ataque, mas como líder precisava fazer isso com um movimento de gelo, movimento que ele naquele momento não tinha disponível. Nenhum golpe de gelo poderia parar aquele tipo de ataque. Pelo menos não sendo lançado muito depois do inicio dele.

 

Como um bom líder ele faria como fez contra Jyglipuff. Dara a chance de pokemon ou treinadora mostrarem suas habilidades saírem vitoriosos naquela disputa. Ele confrontaria o ataque e deixaria para que a resistência dos pokemons, ou a habilidade da desafiante,

 

 

— Raio de Aurora! - Gritou Kevin o mais alto que pode.

 

 

Era uma questão fácil para Kevin. O Raio Aurora era um raio de luz gelado que aproximava-se da velocidade da luz. Enquanto o Hiper voz vinha pouco coisa acima da do Som. Com isso o Raio Aurora, mesmo tendo sido lançado depois, chegou ao seu alvo ao mesmo momento, principalmente porque não foi dissipado como a maioria dos golpes seria, já que era luz.

 

Novamente sendo arremessado contra a parede Slowbro desta vez perdia a consciência. Era duro aguentar dois ataques daquele sacudindo o seu celebro e manter-se consciente. Loudred era acertado pelo ataque de boca aberta recebendo o ataque direto na garganta caindo no mesmo instante.

 

 

::” Um ataque daqueles, levando-o dessa maneira congelaria tudo por dentro do pokemon. Talvez eu não devesse ter atacado.”:: Kevin suspirou. Parecia que teria ferido Loudred de uma forma inesperada. Não imaginou que o pokemon boca grande iria engolir o ataque daquela forma.

 

 

Julia erguia a bandeira sinalizando vitória de Meilin. Kevin levantou a sobrancelha sem compreender enquanto Meilin pulava animada, mesmo sem saber como havia vencido.

 

 

Kevin recolheu Slowbro agradecendo-o pela batalha e observou um pouco mais Loudred caído. Não ele não estava congelado como Kevin achava ele apenas com a boca dormente. O ataque não acertou o fundo da boca e sim os lábios. Ele estava consciente, cansado e esgotado, mas consciente. Caiu devido ao pedo do gelo em seu labios que levava para frente.

 

 

Obsevando agachado próximo ao pokemon Kevin agora entendia o fato ocorrido. Olhou para a irmã rapidamente que conversava com algumas pessoas da arquibancada, certamente explicando o que ocorrera. Jjoy se paroxiamva para que pudesse levar as pokebolas para o centro pokemon e assim oferecer tratamento aos pokemons desgastados.

 

 

:: “Minha irmã conseguiu ver esse movimento na velocidade que ocorreu?”:: Pensativo o jovem líder Maerd não sabia ao certo de que era possível ver o ataque do ângulo que a irmã estava, muito tempo na velocidade que tudo aconteceu.

 

 

Os pensamentos no entanto eram cortados pela aproximação de Meilin. Kevin levantou-se sorrindo e esticando a mão para ela cumprimentando-a logo estendeu a insignia para ela junto com um pedaço de papel.

 

 

Meilin sorriu pegando a insignia e logo abrindo o pedaço de papel que estava escrito “Parabéns pela Conquista!”

 

 

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Foi uma aula de determinação e superação que jamais alguém poderia dar a alguém. Meilin Lee era uma treinadora completamente limitada, mas uma pessoa sem limites.

 

Será que sou capaz de superar os limites e derrotar a Estilo de Poder e aos demônios?