Faltava pouco tempo para todos os escolhidos pelas autoridades se apresentarem na porta do céu. Com isso já se formava uma pequena multidão perto do local, que ai, com o passar do tempo, aumentando com o número de curiosos.

Rukia corria para conseguir chegar na hora, e era acompanhada por Kaien, com quem tinha se encontrado no caminho...

- Mais rápido Rukia, se não nós não iremos! – falou o moreno provocando a baixinha que estava poucos metros atrás dele.

- Fique calado e corra mais! – retrucou.

Os dois, para sorte conseguiram chegar na hora exata em que as autoridades se apresentaram.

Todos ficaram em silencio para ouvir o que o Mestre de todas as autoridades iria dizer para os presentes.

- Todos sabem que há algum tempo foi identificada uma estranha energia, porém poderosa, na região do Japão, no mundo dos humanos. – disse – Todos você foram separados em duplas e foram indicados para uma das regiões do país humano, Japão! Aqueles que foram escolhidos pelas autoridades, que se apresentem perante o portão do céu!

O líder dos anjos esperou que um pequeno grupo se formasse perante o portão, depois prosseguiu.

- Vocês! Escolhidos pelas autoridades te noção que seu dever é achar e destruir o demônio?

- Sim, senhor! – disseram todos os anjos escolhidos de uma única vez.

- Ótimo! Sem mais delongas, abram o portão!

Então, 2 anjos muito grandes e truculentos se aproximaram do portão que dava pra o mundo dos humanos e começaram a abri-los. Pela força que faziam, era claro que as portas místicas do céu possuíam um peso monstruoso.

Quando os portões se abriram os anjos se posicionaram, abrindo suas asas e começando a planar.

- Vão! Cumpram com sua missão! E que Deus esteja com vocês! – falou finalmente Yamamoto.

Logo todos os anjos escolhidos começaram a atravessar os portões e a ir para o mundo humano.

Rukia e Kaien haviam sido informados que deveriam ir para uma pequena cidade japonesa conhecida como Karakura.

Eles voavam entre as nuvens graciosamente. E logo avistaram o mar do Japão, não demorando a chegar ao pequeno país.

Os anjos então começaram a se espalhar rapidamente, cada um indo para sua cidade.

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Na casa de Karin e Yuzu, Ichigo,  olhava asa meninas fazerem o jantar que lhe haviam prometido. Ele nunca vira humanos fazerem a própria comida, porque geralmente observava aqueles que compravam sua comida já pronta, ou que lanchavam e lanchonetes e restaurantes...

- Meninas? – falou o demônio.

- O que foi Ichigo-sama? – respondeu Yuzu.

- O que é isso que você está contando?

- Ah! Isso? É cebolinha! Nós estamos fazendo um jantar muito caprichado para o senhor...  Por isso estamos nos esforçando tanto e preparando tudo cuidadosamente...

- Bem... Devo estar atrapalhando vocês, eu não me importo de não ficar caprichado... Não tem problema nenhum...

- Que nada... A verdade é que eu e yuzu adoramos cozinhar para as pessoas... Por isso esta sendo um prazer para nós fazermos isso para o senhor, Ichigo-sama... – disse Karin.

- Isso é bom... – respondeu, sem tirar o olho do que Yuzu estava fazendo.

- Hahaha! - riu a menina.

- O que foi? – perguntou o demônio.

- É que você ficou franzido de um jeito muito engraçado quando eu virei a cebolinha na panela... Foi divertido ver sua cara desse jeito...

- Ahn... – foi o som que saiu da boca do demônio que havia ficado rubro com o comentário da menina.

Isso fez com que esta risse mais com a cara dele.

As meninas, mesmo estando concentradas no que faziam, não tiravam uma coisa da cabeça: “Ele é diferente... Ele é bom!”, pensavam.

- Bom já esta quase pronto! Só falta terminar de ferver o arroz e assar o peixe...

De repente a campainha da casa começa a tocar.

- Yuzu atende por favor? – disse Karin.

- Já to indo... –respondeu a outra menina.

Quando yuzu atendeu a porta se deparou com uma jovem de cabelos negros bem curtos e que era um pouco menor que Ichigo.

- AH! Tatsuki-chan! Que surpresa! – disse a garota.

- Yo Yuzu! Tudo bem? – respondeu.

- Claro! Você quer entrar?

- Só vim fazer uma visitinha... E deixar isso daqui na sua casa... – falou indicando um pote – Minha mãe preparou e pediu que eu trouxesse um pouco para vocês comerem... É

Um pouco de sopa de batatas com legumes...

- Obrigada! Vem, nós estamos preparando o jantar e seria bom termos mais gente!

- Obrigado, mas eu não quero incomoda-las...

- Não! Tudo bem! Nós até estamos com visita hoje, não vai fazer mal vir mais gente... – disse Yuzu puxando Tatsuki para dentro da casa e fechando a porta logo em seguida.

- Ta eu fico... então quem veio visitar vocês?

Yuzu conduziu Tatsuki até a cozinha, onde as duas se depararam com Ichigo ajudando Karin com o jantar.

- Yo Karin... Yo...ahn... Estranho... – falou ao se aproximar deles.

- AH! Tatsuki-chan! Tudo bem? – respondeu a morena se virando para cumprimentar-la.

- Yo, sou Ichigo. Prazer... – disse o demônio se virando assim como Karin, e estendendo a mão para a visitante.

Tatsuki apertou a mão do demônio e repentinamente sentiu um calafrio medonho percorrer-lhe a espinha.

- S-sou Tatsuki, prazer.... – disse – Então o que você é da Karin e da Yuzu?

- Eu? – disse o demônio.

- Claro bobo!

- Um conhecido... Apenas isso.

- Só? Pra elas tarem fazendo um almoço desses deve ter mais alguma coisa... Afinal elas só fazem um almoço muito caprichado quando tem alguém muito especial na casa delas...

- Sério? Não sabia que vocês tinham esse costume, que intrigante...

- E ainda diz que conhece as duas... Afinal de onde você é? Nunca te vi na cidade, e muito menos na escola...

- Ahn... – falou sem ter em mente uma desculpa dessa vez.

- Ele acabou de se mudar... É um conhecido nosso que veio morar em Karakura vindo de outra cidade... – interrompeu Yuzu.

- Uhn... sei... – falou Tatsuki ainda meio desconfiada – Se é novo na cidade, você deve começar o colegial logo... afinal pela sua cara dá pra vê que você tem mais o menos a minha idade...

- Serio? Pareço tão novo assim? – disse Ichigo.

- Você é mais velho? Quantos anos tem?

- Tenho... tenho... 16 anos.

- Então parece que você também esta na mesma série que eu...

- Uhn...

- Tenho que ir meninas... Até! – disse se virando para as garotas e depois voltando seu olhar para Ichigo – Nos vemos amanhã na escola, novato...

- Mas eu... – tentou questionar, porém Yuzu o impediu.

- Não discuta com a Tatsuki-chan... É melhor seguir o que ela fala, se não, você pode acabar apanhando dela...

Quando a jovem saiu da casa deles, Ichigo olho assustado para as meninas.

- Essa não! O que eu vou fazer? – falou em desespero.

- Acalme-se Ichigo-sama... Vamos arranjar um jeito de te levar para a escola amanhã...

- Esse não é o meu maior problema... como vou fugir do inferno para vir aqui amanhã? E o que meu pai vai pensar das minhas visitas ao mundo dos humanos? Tenho medo de todas as respostas...

- Olha, vamos fazer o seguinte: amanhã você vem para cá e vai para a escola fingindo ser um humano, depois pensamos no que fazer... – sugeriu Karin.

- Pode ser... Só tem mais um problema: como vou ir para escola sem aquelas coisas que vocês chamam de uniforme?

- Ichigo-sama você pode se transformar... Ai fica fácil, é só você imitar a roupa da escola de Karakura. – disse Yuzu.

- Ta, vou fazer isso amanhã... Bem acho melhor jantarmos agora, depois resolvemos o resto...

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Rukia e Kaien haviam acabado de chegar na casa que os anjos usavam como base naquela cidade.

Os dois estavam cansados por causa do vôo longo que tiveram.

- Rukia, amanhã nós teremos que nos infiltrar entre os humanos para vasculhar a cidade... temos que descansar hoje. – falou Kaien.

- Está bem, só que não gosto do plano... – disse a garota ajeitando uma das camas.

- Não reclama baixinha... Sabe que assim é muito mais fácil nós procurarmos pelo demônio... – respondeu – Apenas repassando: vou arranjar um emprego humano para mim e você vai para o lugar que eles estudam...

- Saco...

- Reclamando de que agora?

- Porque vou ter que ficar presa dentro de uma sala com humanos o dia inteiro! Você sabe muito bem!

- Ta, ta... eu sei... Mas essa é a nossa missão, e nós temos que cumpri-la...

- Então vamos logo dormir!

Os dois anjos se ajeitaram em suas camas e caíram em um sono profundo.

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Que destino aguarda seres tão diferentes?

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