- Volta aqui Elena, seu Damon está te esperando. - Disse alguém.

   - Como é? - Parei de correr, mas não me virei para eles.

   - Isso mesmo Elena, seu querido Damon está com a gente. 

   - Você está mentindo.

   - Vem com a gente e vê se estamos, ou nunca mais verá ele.

   - Vocês são ridículos. - Disse virando para eles. - Me matem agora, estou à aberta, ou querem me torturar. Provavelmente é o que vão fazer comigo assim que outra pessoa me encontrar. - Coloquei a mão na cintura.

   - Na verdade não. - Disse o mais baixo. - Meu nome é Klaus e queríamos uma aliança.

   - Eu ouvi vocês antes de me encontrarem. - Disse cruzando os braços.

   - Sinto muito ter ouvido isso. - Disse o mais alto. - Meu nome é Alaric, aliado de Klaus.

   - Cadê a dupla de vocês?

   - Por ai. - Disse Klaus olhando para a floresta. - Depois a gente os acha. Se não morrerem. - Ele disse me olhando. - Vem com a gente ou não?

   - Cadê Damon? - O ignorei.

   - Ferido. - Ele sorriu e Alaric revirou os olhos.

   - O que vão fazer comigo?

   - Te levar até ele.

   - Só isso?

   - Sim. - Alaric disse olhando para Klaus, não para mim.

   - Tudo bem. - Soltei os braços. - Vocês na frente.

  Caminhamos por um tempo até chegarmos ao riacho que atravessei quando corria deles. Pegamos um barco que estava parado e Alaric foi o controlando até chegarmos a determinado ponto da ilha.

   - Onde ele está? - Perguntei saindo do barco que parou na margem direita.

   - Entra na floresta à sua esquerda e segue até chegar à um penhasco, vire a esquerda e verá vários galhos juntos, como se estivessem em cima de uma pedra, dê a volta por ele e entre. Encontrará Damon lá.

   - Vocês têm algum remédio?

   - Acho que já ajudamos demais o inimigo.

   - Mas onde vocês encontraram armas?

   - No centro da floresta. Está a uns 10 quilômetros de onde você vai.

   - Direita ou esquerda?

   - Direita. Mas não se esqueça, a sua direita, é a esquerda dos outros.

   - Obrigada. - Disse colocando as mãos nos bolsos de trás.

   - Podemos nos encontrar de novo? - Perguntou Alaric.

   - Quem sabe. - Não olhei para eles, mas vi que Klaus emitiu um barulho ao sorrir.

   Acenei para eles por trás e adentrei na mata. As árvores eram quase as mesmas, algumas laranjeiras sem frutas.

   - Que fome. - Falei enquanto andava. - Bem que podia achar algo para comer. - Disse e me segurei na árvore para respirar fundo.

   Abri os olhos e me assustei quando vi duas meninas paradas de costas para mim.

   - Rebekah, estou morta. - Disse a morena.

   - Sua inútil. - Disse a loira de cabelo liso. - Estamos aqui para matar, não para morrer.

   - Mas estamos andando à muito tempo.

   - Eu sei April, mas precisamos achar Klaus e Alaric.

   - Eles nos abandonaram desde o primeiro jogo.

   - Tô ligada. - Ela disse e se virou para onde estava. Me escondi atrás da árvore. - Falou a loira andando até mim.

  Contornei a árvore enquanto ela tentava me achar, quando dei a volta completa, saí correndo e me dei de cara com a morena.

   - Indo para algum lugar? - Ela disse com as mãos na cintura.

   - Sim. - Disse e saí da frente dela.

   Corri até chegar a um ponto onde elas não estavam mais à vista. Andei mais um pouco até achar o penhasco. Olhei para os lados e vi a pequena pilha de galhos formando um pequeno telhado e aparecendo como se estivesse em cima de uma pedra. Contorne-o e me deitei para passar pelo pequeno espaço que tinha entre os galhos e o chão.

   - Damon? - Chamei-o.

   - Elena? - Alguém disse no fundo da terra. 

   - Onde você está Damon?

   - Aqui atrás. 

   - Espere que estou indo até ai. - Falei e me arrastei um pouco mais.

   - NÃO. - Ele gritou rouco. - Isso é uma armadilha.

   - Como? Eles me disseram que me queria como aliada.

   - Sério? Me disseram também. Nem para mudar de estratégia.

   - Mas achei aquele Alaric tão legal. - Disse.

   - Só parece. - Ouvi ele se arrastar até o sol e saí dali para encontrar ele. - Depois que você entra aqui, não tem como sair mais. - Ele colocou a cabeça pra fora. - É muito fundo.

   - Preciso te tirar daí.

   - Não tem como. 

   - É claro que tem. - Me levantei e comecei a tirar os galhos. - Inteligente. - Falei ao tirar os galhos e ver que era barro com água seco. - Difícil de quebrar. - Falei subindo em cima dele e tentando pular uma vez.

   - Não vai dar certo. - Ele gritou. - Já tentei por aqui de baixo.

   - Tudo bem. Eu preciso de uma espada. - Falei descendo e olhando as rachaduras. - Se eu rachar mais, isso desce. 

   - Desmorona tudo em mim. - Ele disse.

   - Não é tão grosso assim.

   - Mas onde você vai achar uma espada?

   - Eu vou conseguir Damon, de um jeito ou de outro.

   - Tudo bem, mas quero que você descanse. Aposto que está andando a muito tempo.

   - Realmente e daqui a pouco chega a loira e a morena.

   - Quem são?

   - As companheiras de Klaus e Alaric.

   - Eles não estão nem ai para elas.

   - Eu não ligo também não, contanto que fiquem longe do meu caminho. - Falei me levantando do chão. - Vou buscar a espada.

    - Cuidado, um passo errado, e você morre. - Damon falou e meu coração se apertou.

    - Pode deixar. Fique quieto ai dentro. - Disse e saí andando para a direita.

   Caminhei toda a tarde tentando achar alguma coisa a minha frente, mas havia apenas floresta e mais floresta.

   - Indo à algum lugar? - Perguntou alguém no meu lado esquerdo, à 5 metros de distância.

   - Sim e você? - Me virei e vi a loira do cabelo grande que fugi.

   - Não, vou ficar por aqui mesmo. - Ela falou pegando o bastão e o controlando com a mão.

   - Nem eu. - Falou a morena de cabelos enrolados do meu lado esquerdo mexendo duas bolas de aço com pontas afiadas.

   - Tudo bem. Vocês tem armas. - Disse olhando para frente. Avistei um pequeno espaço a frente com uma nave de metal aberta.

   - E vamos acabar com você. - Falou a loira e saí correndo até o espaço a minha frente. 

   - Volta aqui, sua vadia. - Disse alguém.

   - Vem me pegar garota. - Falei sorrindo para mim mesma e chegando no espaço aberto. No meio dele, ficava a nave que estava aberta para pegar as armas, porém a loira me segurou pela camisa e saiu me empurrando para dentro da mata com a blusa me enforcando. Chutei sua barriga e consegui me soltar para correr pra dentro da nave.

   Cheguei na porta, mas não havia nada para me ajudar a subir. Olhei as paredes e vi que elas tinham degraus. Segurei em um e pulei no outro debaixo dele fazendo com que eu escalasse a parede. Ao chegar no lado da porta, adentrei-a e vi tudo escurecer e todos os espaços se fecharem.

   - Puta merda. - Falei e me preparei para lutar.