Nos olhamos apreensivos, e se aquilo fosse uma armadilha? A coisa poderia ficar séria, Grover deu um passo a frente.

— Eu vou pessoal, sou o protetor não é mesmo?

— Ei, cuidado- falei e ele sorriu. Grover colocou a mão lentamente, nada aconteceu por um tempo, até que Percy apontou para uma pedra.

— Ei, olhem lá- ele disse, nós olhamos e uma fenda estava aberta, sorrimos e entramos.

***

A caverna era escura e horripilante, estava totalmente empoeirada, não deva ser visitada há tempos, espirrei um pouco, mas me concentrei na missão. Tudo ali parecia horripilante e uma armadilha que poderia nos matar.

O caminho era difícil e trapaceiro, tropeçávamos constantemente e quase derrubávamos todo mundo, Grover ia na frente, logo atrás Percy, Annabeth e eu. Tudo estava calmo até dois lobos aparecerem a nossa frente, eles eram gigantes, eram escuros e babavam, seus olhos eram vermelhos e agonizantes.

— Odeio lobos... – murmurei pra mim mesma, um lobo avançou contra mim, acho que ficou ofendido, preparei Warrior e investi contra ele, o lobo foi mais esperto e mordeu meu braço, a dor invadiu meu corpo, minhas pernas bambearam, me mantive em pé e investi novamente, o lobo conseguiu se esquivar e me jogar contra a parede, minha cabeça doeu e minha vista embaçou, a ferida passou a doer ainda mais.

O lobo veio em minha direção, procurei por Warrior, mas ela estava muito longe, não conseguiria alcança-la agora, olhei para o lobo e num piscar de olhos ele se desfez em pó, Annabeth estava com sua faca levantada e o rosto suado.

— Obrigada- sussurrei e ela sorriu.

— Vai ficar me devendo- ela disse entre risos e pegou um frasco, despejou néctar sobre a minha ferida, no inicio ardeu, mas logo depois a dor passou e eu me senti melhor, enfaixei a mordida e me levantei, peguei Warrior e bebi um pouco d'água.

— Essa foi por pouco- Grover disse ao meu lado e riu- vamos continuar pessoal!

— Todo mundo está bem?- Percy perguntou e assentimos.

Continuamos andando, por um longo tempo a caverna parecia normal, mas o caminho ficou mais difícil. A única maneira de atravessar um grande abismo sem fim que me lembrou do tártaro, era uma ponte velha e nada confiável.

— Eu vou à frente- Annabeth disse- e vocês vêm logo atrás.

Ela seguiu na frente, quando estávamos a um metro de distancia ela fez sinal para que fossemos, eu fui indo cautelosamente, a ponte balançava e rangia a cada passo. Annabeth se desconcentrou, ela balançou e se desequilibrou quase caindo no abismo, mas eu pulei e segurei sua mão.

Percy me ajudou a trazê-la de volta, a encostamos na parede, ela respirava ofegante e seu olhar estava assustado.

— Obrigada Annie, já me pagou sua divida- ela disse quando estava mais calma. Sorri.