Shooting Star escrita por valeriafrazao


Capítulo 17
Capítulo 16 – Vivendo a Segunda Chan




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- Você acha mesmo que tudo que fizemos de alguma forma vai dar certo agora? – Ela me perguntou enquanto fitávamos maravilhados o céu azul escarlate que se erguia sobre nossas cabeças.

- Oh pequena, você se preocupa demais. – Respondia enquanto avistava um pequeno pássaro realizar sua travessia sobre o firmamento azul, ele pareceu sorrir de volta e se foi.

Virei-me para encará-la, mas ela estava com os olhos fixos em suas mãos, retorcendo-as em pura ansiedade, eu não podia culpá-la, estava tão ansioso quanto, esperava que aquilo que iniciamos quando nos conhecemos pudesse mesmo dar certo.

No inicio achei que era loucura, mas assim que soube do destino que uma das pessoas mais importantes da minha vida teria, não pensei duas vezes e fomos pedir autorização para o nosso [i]plano[/i], e inacreditavelmente ela nos foi concedida assim que explicamos tudo.

Olhei mais uma vez suas mãos, enquanto ela mesma travava uma batalha entre elas tamanho o nervosismo que pairava sobre o ar, hoje seria o grande dia.

Levei minhas mãos a sua em um gesto de tentar acalmá-la, seus olhos me fitaram neste exato momento e eu apenas sorri carinhosamente.

- Não se preocupe pequena, tudo vai dar certo, tenha certeza de que não foi tudo em vão.

- Mas já se passaram dois anos, será que... – Ela deixou as palavras morrerem ali, mas não precisava ler mentes para saber qual seria sua pergunta.

- Olha, fizemos nossa parte e sabemos que tudo vai dar certo, agora só precisamos deixar as coisas acontecerem. – Ela pareceu se convencer e finalmente desgrudou as nervosas mãos.

- Acho que você esta certo, não esta?

- Sim, mas já esta começando veja. – Apontei para o nosso local de observação, uma pequena poça d’água jazia no chão com pequenos tremores.

É, tudo iria dar certo.

 

Capitulo 17 – Vivendo a Segunda Chance.

New York, 29 de Dezembro de 2009.

POV Bella

16:50 horas. Minha mãe iria me matar.

- Isabella Marie Swan, saia desse quarto agora ou eu irei arrancá-la daí pessoalmente.

Olhei mais uma vez para o relógio em minha escrivaninha, que me dizia que eu estava completamente atrasada, mas eu simplesmente não consegui parar de fazer o que estava fazendo.

Olhei mais uma vez a montanha de livros sobre a mesa e fiz um muxoxo quando me levantei abandonando-os ali.

Caminhei até a porta do meu quarto pé ante pé, pensando comigo mesma que se Reneé ainda estivesse na parte inferior da casa eu ganharia alguns minutos.

Abri a porta sorrateiramente como se estivesse cometendo o pior dos pecados, olhando para o lado da escada primeiro na esperança de que minha mãe ainda não tivesse começado a subir, sorri quando percebi que ela ainda não estava por ali.

Cedo demais.

Quando meus olhos voltaram-se para o lado contrário ao corredor encarei minha mãe furiosa. Droga.

- Você sabe que horas são mocinha, estamos completamente atrasadas.

- Desculpe mãe, eu já estava indo, mas perdi a hora. – Falei sem graça.

- O que raios você estava fazendo dentro deste quarto menina? – Ela me perguntou eu fitei meus pés, completamente sem graça, então suspirei vencida abrindo a porta para dar-lhe perfeita visão.

Renné correu os olhos pelo cômodo observando, primeiramente ela não notou nada fora do lugar até que a verdade a atingiu quando ela olhou para minha escrivaninha, todos os meus livros empilhados desorganizadamente e o caderno aberto sobre a mesa.

- Ah mãe, você sabe o quanto eu gosto... – Ela fitou os livros perplexa.

- Mas você está de féria Bella, não pode largar um pouco estes livros?

Percebi que estava corando e baixei meus olhos mais uma vez para fitar meus pés.

No ultimo ano eu havia entrado para a faculdade de Literatura de Londres e eu estava simplesmente apaixonada com tudo que estava aprendendo, quando as férias chegaram eu confesso que fiquei um pouco triste então decidi revisar todo o conteúdo nas férias.

Minha mãe vivia brigando comigo por causa disso, dizendo que eu deveria sair um pouco mais e que acabaria como uma velhinha cheia de gatos se não me desse à chance de conhecer alguns garotos, mas eu pouco me importava Jane Austen* e Shakespeare com certeza era muito mais interessante do que aqueles garotos que não queriam nada além de sexo na faculdade.

*Famosos escritores da literatura inglesa.

- Sabe do que você precisa Isabella?

Eu a encarei já sabendo o que viria, ela havia me dito aquilo desde que as férias começaram.

- Você precisa de um namorado, ou vai enlouquecer como um dos personagens dos livros que você lê.

Fiz uma careta para ela enquanto rumava quarto adentro pegando meu casaco e minhas chaves, não estava afim de ter aquela conversa com  minha mãe novamente.

- Ok mamãe, você não disse que estávamos atrasadas? Alice vai nos matar se não estivermos lá no horário.

- Oh meu Deus, Alice! Quase me esqueço dela.  – Reneé disparou para o seu quarto voltando com seu casaco e bolsa e saiu me arrastando escada a fora para não nos atrasarmos.

Antes de fechar a porta avistei o relógio da nossa sala que ficava pendurado na parede sobre a lareira.

17:05. Alice iria me matar.

Já estávamos dentro do carro, minha mãe pediu para que eu dirigisse, ela nunca gostou muito de usar a antiga picape de papai, mas com a tralha que Alice carregou quando viajou não haveria como usar nosso outro carro.

Enquanto seguíamos a caminho do aeroporto eu pensava em minha irmã e em como nossa relação havia mudado nos últimos anos.

Alice havia viajado há apenas dois meses, ela havia conseguido um intercambio para Paris através de um curso relacionado à moda que estava fazendo. [i] Bem a cara dela [/i].

Mas a baixinha levava jeito com a coisa, na ultima semana de seu curso ela foi uma das contempladas para passar uma semana em New York para a semana da moda.

É desnecessário dizer que a baixinha simplesmente pirou.

Ela me ligava todas as noites para me contar de todas as novidades, todas as modelos e estilistas famosos que elas estava conhecendo e como aquilo era simplesmente tudo que ela queria para a vida dela.

Minha mãe e eu estávamos orgulhosas dela e no próximo ano ela iria iniciar sua faculdade no que ela mais queria fazer em sua vida.

Minha mãe no inicio ficou um tanto preocupada com a carreira que ela escolhera, mas Rose fazia o mesmo curso e estava se dando bem, então minha mãe relaxou a respeito.

E por falar em Rose.

- Ai meu Deus mãe, esquecemos de pegar Rosalie, ela vai nos matar.

Minha mãe riu da forma como eu falei desesperada, mas ela não conhecia Rose quando era deixada para trás em alguma coisa.

Minha melhor amiga tinha um coração enorme, mas quando aborrecida a melhor coisa a fazer era se esconder, a loura virava uma fera.

- Acalme-se Bella, eu liguei pra ela, disse que estávamos atrasadas e pedi que ela nos encontrasse lá.

Respirei aliviada enquanto olhava o relógio no painel da minha picape.

17:15. Alice definitivamente iria me matar.

Pisei mais fundo no acelerador, ouvindo a caminhote ranger, não era seu forte viver a vida ao estilo “Velozes e Furiosos", mas eu precisava acelerar se não quisesse ser assassinada por uma anã.

 

POV Edward.


Sras. e Srs. Bom dia. Meu nome é Lee e sou uma das comissárias deste vôo. Em nome do Comandante Black e da Europa Air Lines, dou as boas vindas a bordo do Boeing 737-700 vôo 1437 com destino a Londres.

Durante a decolagem, o encosto de sua poltrona deve ser mantido na posição vertical, sua mesa fechada e travada. Observem os avisos luminosos de afivelar cintos de segurança Em caso de despressurização...

E eu definitivamente desisti de prestar atenção ao que a aeromoça a nossa frente falava, já havia muito com o que me preocupar.

Estava indo para Londres com Emmett e eu mal sabia o que iria fazer lá ao certo, já que ele passaria a maior parte do tempo ocupado com o curso que ganhara.

Mas para o meu irmão tudo que importava é que eu precisava desta viagem em minha vida, já que passava a maior parte do meu tempo enfurnado dentro de casa e de lá saia apenas para a faculdade, segundo suas próprias palavras.

O fato de eu estar estudando com tanto afinco pareceu surpreender mais a minha família do que a mim mesmo. Pelo que eu sabia deles, estes imaginavam que demoraria muito mais para superar a morte de Tanya e bem a verdade é que meu luto durou cerca de um ano.

Não posso dizer que não sofri no ano seguinte, mas a lembrança do sonho que eu tivera com ela estava sempre em minha mente como se me dissesse o tempo todo para que eu seguisse em frente.

Às vezes eu tinha outros sonhos com ela e com o passar do tempo, pareceu-me como se mantivéssemos a nossa relação viva através dele, mas não mais como um casal e sim como bons amigos, era como se ela mantivesse aquela conexão através dos meus sonhos para me lembrar que eu não deveria desistir de minha própria vida.

Não foi apenas o sonho que me fizeram pensar desta maneira, mas a sensação de que havia algo que eu estava perdendo depois de acordar de todos eles, como se há volta pra realidade me fizesse perceber que faltava algo em minha vida, algo muito importante.

Então decidi apenas deixar a vida correr o seu curso e aos poucos eu seguia caminhando sobre ela a esperava do que eu havia perdido.

Quando entrei para a faculdade de Medicina no ultimo ano, foi uma surpresa grandiosa para toda minha família já que eu estava fazendo um suspense enorme sobre o curso que escolheria.  

Carlisle transbordou de emoção quando soube que teríamos um segundo médico na família, e quando eu digo transbordou é isso mesmo que quis dizer, por pouco só faltou lançar fogos de artifício por todo o bairro, ele jamais imaginou que eu fosse querer uma carreira como essa, e eu por minha vez sustentei a idéia, por que tudo que eu queria era de alguma forma poder ajudar pessoas que tivessem o mesmo problema de Tanya.

De alguma maneira me consolava o fato de poder no futuro tratar pessoas que tivessem leucemia, mesmo sabendo que na luta contra essa doença eu perderia algumas batalhas, mas quando decidi pela Oncologia eu sabia que essa era minha forma de agradecer a Tanya por tudo que ela fizera para mim e então lá estava eu neste ultimo ano estudando meu primeiro ano em Medicina.

Mas foi então que as férias do primeiro ano chegaram e com elas um Emmett estupefato por que havia, através de sua faculdade, ganha um curso em Londres.

Meu irmão estudava arqueologia em Washington e era um dos melhores alunos de sua classe o que lhe deu o direito a este curso ao qual agora me fazia segui-lo como acompanhante neste avião.

- Desculpe, você pode pedir a ele para abaixar sua janela, o sol esta vindo diretamente contra o meu rosto. – Uma voz de fada, que estava sentada ao lado de Emmett chamou minha atenção, fazendo-me virar para observá-la.

Ela tinha olhos castanhos de um profundo chocolate, muito bonitos por sinal, sua pele branca contrastava perfeitamente com seus cabelos negros, um pouco mais escuros que seus olhos.

Olhar para ela me levou para um estado de torpor, que eu nem conseguia ao menos imaginar o por que.

Fiquei ali, parado por algum tempo, a encarando, enquanto Emmett repetia seu pedido e eu mal dava atenção ao que ele dizia, já que havia escutado perfeitamente quando ela pronunciou as palavras pela primeira vez.

De alguma forma eu tinha a ligeira sensação de que nos conhecíamos, mas eu não conseguia lembrar de onde ou como.

Ela manteve o olhar em mim de forma surpresa, até eu perceber que para ela eu deveria estar parecendo um louco pela forma como eu a encarava, virei-me para minha janela abaixando a pequena cortina para que o sol fosse impedido de entrar e tocar o seu rosto.

- Obrigada. – Ela respondeu e se recostou novamente no seu assento enquanto levava aos ouvidos os fones de seu iPod.

Fique um tempo pensando, de onde eu a conhecia, seu rosto era tão familiar.

Sem que percebesse passei meu braço por cima de Emmett que agora parecia dormir tranquilamente, enquanto eu tentava discretamente cutucar nossa vizinha de assento.

Cutuquei a pequena que ainda mantinha seus fones nos ouvidos, no inicio ela me pareceu um tanto irritada com a forma como eu a tirei do seu momento particular e então ela sorriu esperando pelo que eu queria.

- Sim. – Ela pronunciou calmamente.

- Desculpe-me, mas eu... Eu não te conheço?

Ela me encarou por alguns instantes, como se também parecesse entender do que eu falava, mas por fim suspirou vencida, ela também não se lembrava.

- Acho que não... Não me lembro de você.

- Ah... Me desculpe, devo estar confundido você com alguém. – Disse sem jeito.

- Humm... – Ela apenas disse e eu voltei a me recostar no assento.

- Talvez você possa conhecer minha irmã, algumas pessoas tem essa sensação de familiaridade quando me conhecem. - Já estava fechando meus olhos quando agora foi sua voz que chamou minha atenção.

- Como se chama sua irmã? – Perguntei curioso e enquanto desencostava mais uma vez de meu acento, ela imitou minha posição enquanto conversávamos por sobre o Emmett que agora parecia dormir em um sono profundo.

- Ela se chama Isabella, mas nunca a chame assim ou ela te mataria, ela gosta de ser chamada de Bella. – Ela disse fazendo uma careta engraçada e eu ri da forma como ela falou de sua irmã.

O engraçado foi que a familiaridade que senti com o nome de sua irmã foi mil vezes maior do que a que senti quando eu a vi, era como se aquele nome explicasse muito de mim, ou eu conhecesse muito dele, estranhamente sorri ao pensar nisso.

- Bella...  – Disse fitando apenas o encosto do banco a minha frente.

- Sim, você a conhece? – Ela perguntou.

- Acho que não, não me lembro de ninguém que tenha este nome. – Ela fez um muxoxo engraçado enquanto me encarava, parecia decepcionada por alguma razão, não entendi o porque.

- Você é de Londres? – Ela me perguntou ainda virada para mim.

- Não. – Respondi sussurrando quando Emm se mexeu sobre a poltrona. – Somos de New York. – Apontei para Emmett. - Ela já estava fechando seus olhos quando agora foi minha voz que chamou sua atenção. – Você é de Londres?

- Sim, eu moro em Londres, estou voltando pra casa. – Ela disse mantendo o sorriso e ainda sussurrando.

Ela parecia ser uma garota legal, também era muito simpática, pena que eu não a conhecesse, mas como estava indo a Londres seria bom conhecer alguém da cidade, talvez assim não me sentiria tão deslocado quando Emm saísse para suas aulas.

E com esse pensamento me dei conta que não havia perguntado seu nome.

- Desculpe, acho que não perguntei seu nome.

- Ah, claro que mal educada eu sou, me chamo Alice Swan, muito prazer. – Ela disse estendendo a mão sobre Emmett eu repeti o gesto estendendo a minha para ela.

- O prazer é meu, Edward Cullen.

O avião sofreu uma pequena turbulência e da forma como estávamos, de mão dadas, fomos lançados por sobre um Emmett que nem se moveu.

- Caramba, ele dorme. – Ela disse assim que o avião estabilizou e voltamos a nossas posições.

- Você nem imagina o quanto. – Disse sorrindo.

O resto do vôo passamos conversando. Alice realmente era uma garota bem legal, ela me contou o que estivera fazendo em NY e sobre sua família.

Eu disse a ela que nunca tinha vindo a Londres e ela me disse que poderia me apresentar a cidade junto com sua irmã e sua amiga, prometi a ela que tentaria levar Emm e Jasper, o único cara do curso de Emmett que eu conhecia.

Seria um longo vôo e eu estava feliz em ter sua companhia.

 

POV Bella

17:25.

Dei uma ultima checada no relógio enquanto parava a picape no estacionamento do aeroporto.

Reneé e eu disparamos para o saguão a espera de uma Alice carrancuda, mas não encontramos nada.

- Bella! – Ouvi o som familiar da voz de Rosalie e sorri para minha amiga que agitava as mãos em meio ao aeroporto para que pudéssemos vê-la.

Ela estava sozinha então talvez Alice ainda não tivesse chegado.

Nos cumprimentamos rapidamente enquanto eu observava por trás de Rose o painel de chegada dos vôos.

- Não se preocupe, Alice é esperta, ela sabia que você se atrasaria então mentiu o horário de chegada em 10 minutos. – Rose nos informou notando a preocupação evidente nos olhos de minha mãe e eu, por Alice ainda não estar por ali.

- Ah. – Suspirei aliviada. Mas eu mataria aquela baixinha por mentir pra mim assim.

  

POV Edward.

Atenção senhores passageiros com destino a Londres, nosso vôo encontra-se no horário e dentro de 5 minutos estaremos chegando a solo Londrino, conforme o horário previsto para as 17:30 hs.

Peço a todos que a partir deste momento permaneçam sentados em suas poltronas, elevem seus acentos na posição vertical e apertem seus cintos.

A  Europa Air Lines agradece a todos a preferência e deseja aos senhores uma excelente estadia em Londres.

- Nossa, já estamos chegando, nem senti a hora passar. – Alice disse enquanto recostava seu assento conforme a solicitação da aeromoça.

- Eu também não, você é uma excelente companhia Alice. – Disse enquanto olhava Emm que ainda dormia, definitivamente não sei como ele consegue dormir tanto.

Alice riu enquanto encarava Emm.

- Não é melhor acordá-lo? Estamos quase pousando.

- Acho que sim. – Disse enquanto dava leves cutucadas em meu irmão que pareceu assustado antes de perceber onde estava.

- Não fui eu, não fui eu.

- Ok Emm, não foi você, agora aperte os cintos, estamos pousando. – Disse gargalhando sendo acompanhado pela risada de Alice.

- Quem é a baixinha? – Emm perguntou e notei Alice fechar a cara em uma carranca.

Só meu irmão mesmo para falar dessa forma de alguém que não conhece. Dai-me paciência Deus.

- Emm essa é Alice Cullen, Alice esse é meu irmão Emmett, ela é de Londres.

Emmett esticou a mão para cumprimentá-la e Alice desamarrou a cara enquanto o cumprimentava de volta.

O avião finalmente começou sua descida e nos ajeitamos em nossos assentos.

POV Bella

Passageiros do vôo 1437 Nova York – Londres o desembarque ocorrera pelo portão 3, retirem suas bagagens na esteira 7 e tenham um bom final de tarde.

O alto falante ecoavam por todo o aeroporto e sabíamos que finalmente Alice havia chegado.

Dirigimos-nos ao portão 3, conforme havíamos ouvido que seria a saída para aquele vôo e ficamos lá aguardando até que Alice saísse.

POV Edward.

- Vamos não sejam bobos, quero apresentar minha irmã e minha mãe para vocês. – A baixinha, que agora eu sabia odiar o apelido, puxava Emm e eu pelo aeroporto, sinceramente eu não sabia de onde, com aquele tamanho todo, ela conseguia tirar forças para isso.

- OK Alice, mas se você continuar nos puxando assim, o mínimo que vai acontecer é cairmos e não sei se haverá muito a ser apresentado.

Ela sorriu pela maneira como eu falei, nos soltando logo em seguida.

Eu a conhecia a tão pouco tempo, mas já gostava dela.

Alice parou em frente ao portão, procurando pela sua mãe e irmã e nós a observamos enquanto ela fazia isso, foi então que Emmett fixou seus olhos em um ponto enquanto seus olhos brilhavam.

- Uau! – ele exclamou. – Acho que acabo de conhecer a mulher da minha vida.

Alice e eu olhamos para ele que apontava discretamente na direção de uma loura belíssima parada em frente ao portão de desembarque.

- Rose! – Alice exclamou e saiu em direção da loura correndo saltitante enquanto deixava para trás suas bagagens.

- Ed, acho que você fez uma belíssima amizade neste vôo. – Ele disse em um tom risonho enquanto se referia a Alice e o fato dela conhecer a tal loura que agora sabíamos se chamar Rose.

- Vamos Emm, pare de reclamar, vamos até lá... e ah.. Você carrega as bagagens dela.

Pisquei para o meu irmão que me olhava com um olhar furioso, enquanto caminhava na direção onde Alice havia ido, mas não demorou muito para que eu parasse no meio do caminho assim que avistei o ser mais lindo que já tinha visto.

Emmett passou por mim, agora abarrotado de malas e parou ao meu lado fitando a mesma direção que eu.

- Ela é linda não é. – Ele disse e eu acho que se referia a loura.

- Sim. Ela é linda. – Respondi, mas meu olhar mirava em outra direção.

Abraçada a Alice, estava o que eu só poderia concluir ser sua irmã.

Cabelos longos até a cintura desciam em cascatas por suas costas, os olhos castanhos como de Alice, mas mais intensos, mais vividos, lindos...

Eu perdi a fala, o ar e o chão, era como se a sensação de perda que tivera nos últimos dois anos tivesse desaparecido por completo.

Ela olhou em meus olhos por um único momento e foi o suficiente para meu coração disparar e eu sabia que estava exatamente no lugar onde deveria estar.

 

POV Bella

Verde.

Minha cabeça estava inundada por um brilho verde, como se esmeraldas tivessem sido jogadas diretamente em meus olhos.

O verde mais lindo que eu vira na minha vida e ele parecia me hipnotizar, o engraçado foi a forma como senti que isso pudesse ser um deja vu.

Uma sensação de repetição tomou conta de mim, mas eu só poderia estar louca, eu nunca havia visto olhos tão lindos como estes em toda minha vida, porém agora eles estavam exatamente em minha frente.

Alice já havia se desenroscado do meu pescoço e estava falando alguma coisa, mas eu simplesmente não conseguia prestar atenção ao que ela dizia, até vê-la caminhar na direção daqueles olhos e voltar trazendo eles consigo.

Corei ao perceber que estava o encarando por tempo demais desviando meu olhar para outro ponto, mas isso só piorou as coisas, percebi que estava olhando diretamente para seus cabelos que eram de um tom cobre que nunca vira em minha vida, mas lá estava de novo a sensação de repetição.

Me sentindo tola demais em ficar observando o estranho a minha frente abaixei meus olhos, mas nossos olhos se cruzaram mais uma vez. Droga, eu deveria estar mais vermelha que um tomate sentindo as minhas bochechas queimarem como estava sentindo.

- Edward, essa é minha irmã...

- Bella... – Ele sussurrou e senti meu nome sair de sua boca como mel e eu gostei daquilo, mas depois de um segundo a realidade me veio, mas não me preocupei em saber como ele sabia meu nome.

Alice riu discretamente enquanto me apresentava de volta.

- Bem, como você já sabe o nome dela, Bella, este é Edward.

Ele estendeu sua mão a minha frente e eu tremia enquanto esticava a minha em sua direção. Me xinguei mil vezes por isso.

Quando minha mão tremula finalmente tocou a sua, todo meu corpo foi tomado por uma corrente eletrica.

Uma sensação gostosa tomou conto do meu corpo, como se o resto do mundo a minha volta tivesse sido anulado. Naquele momento parecia que haviamos apenas nos dois ali.

- Por que eu sinto que já conheço você? – Perguntei não querendo parecer tola demais com a pergunta boba.

Ele sorriu. Um sorriso torto que fez o ar fugir de meus pulmões por alguns segundos até perceber que não estava respirando.

- Engraçado, eu ia te dizer exatamente a mesma coisa.

- Bella olha! – O mundo reapareu a minha volta quando o som da voz de Rose rompeu aquele pequeno momento que Edward e eu haviamos formados

Com muita relutancia desviei meus olhos para o teto do aeroporto, que era completamente feito em vidro.

Nunca antes havia reparado em como aquele lugar ficava bonito a noite, era perfeito pra ver todas as estrelas que brilhavam no céu, mas especialmente uma me chamou a atenção.

Um ponto reluzente cortava o azul Londrino.

uma estrela cadente.

- Façam seus pedidos. – Minha mãe gritou euforica para todos nós.

Percebi que minha mão ainda estava na de Edward, mas não reclamei , a sensação era maravilhosa e parecia que ninguém ao nosso redor estava notando, então por que não deixa-la um pouco mais ali.

Enquanto todos fitavam o céuatravés do telhado senti um alito quente soprar em meu ouvido.

- Faça seu pedido Bella. – Ele me perguntou e inacreditavelmente eu não corei.

Desviei meus olhos para os seus e fiz o meu pedido. Ninguém precisaria saber o que era, mas naquele momento tudo que eu queria era que ele se realizasse.

 

POV Edward.

Como a vida é engraçado, em um dia você tem tudo e então no outro você simplesmente não tem nada e ai você começa a se deixar levar pela vida a fim de que ela por si só se resolva e então, em um belo dia, onde você acredita que tudo esta bem as coisas simplesmente ficam melhores.

Infinitamente melhores.

Eu conhecia Bella há menos de 5 minutos, mas a energia que sentir colidir contra mim no momento em que eu fitei seus olhos  não havia como explicar, e agora tocando sua mão delicada eu poderia jurar que estava no paraiso.

As pessoas ao nosso redor pareceram não perceber esta conexão imediata. Emmett estava muito entretido com Rose, a loura que ele havia se interessado assim que bateu os olhos e me perguntei se ele estava sentindo o mesmo que eu naquele momento.

Não. É claro que não, por que nem mesmo eu conseguia descrever o que estava sentindo.

Alice também não estava mais prestando atenção a nós, mas eu sabia que ela havia notado uma tensão ali quando se retirou sutilmente para falar com sua mãe.

Ficamos ali por não sei quanto tempo ao certo nos encarando até que a loura chamou nossa atenção que podia ser vista pelo teto do aeroporto.

Bella olhava maravilhada, mas sua mão não havia saido da minha e não pude deixar de me sentir feliz com isso.

Me aproximei dela, temendo que ela me achasse ousado demais para isso e pedi para que ela fizesse seu pedido. Ela me encarou novamente e  eu acredito que o tenha feito silenciosamente, eu fiz o mesmo.

A estrela havia sumido do céu e notamos que todos haviam voltado as conversas, mesmo contra minha vontade decidi entao soltar sua mão para não atrairmos a curiosidade dos presentes.

- Então acho que é isso não é? Hora de nos despedirmos. – Alice se aproximou de nós e eu tive que me conter para não demonstrar o quão chateado fiquei por ela roubar aquele momento de mim.

 Bella se afastou sem tirar os olhos de mim e Emmett se prostou ao meu lado observando Rose.

- Você gostou mesmo da  irmã da baixinha não foi? – Meu irmão questionou-me sem tirar os olhos das duas partindo.

- Não seja bobo Emm, eu mal a conheço. – Disse fingindo falsa irritação, a verdade é que eu estava realmente impressionado demais com Bella para assumir.

- Sei. – Meu irmão respondeu zombeteiro enquanto continuavamos a fitar as garotas partindo.

Bella olhou para trás uma ultima vez e sorriu.

Naquele momento eu sabia que o meu pedido estava apenas começando a se realizar.

***

- Ai meu Deus, será que deu certo? – Perguntei a ele aflita, assim que obervamos os dois se despidirem no aeroporto.

- Claro que sim, mas pare de quicar dessa maneira, parece uma criança. – Charlie me respondeu com um tom zombeteiro e ao mesmo tempo paternal.

Fiz uma careta enquanto mostrava-lhe a lingua. Charlie riu.

Definitivamente eu era um criança.

Ficamos um tempo em silêncio enquanto pensamos em tudo que haviamos feito durante todo esse tempo. A forma como nos unimos para vermos as pessoas a quem amavamos se tornarem felizes.

Quando disse a Charlie a história de Edward e ele me contou a de Bella, imediatamene decidimos que seria bom uni-los.

A vida havia lhes tirado tudo, mas estavamos dispostos a juntos darmos a ambos uma segunda chance.

- Você acha que agora eles serão felizes? – Charlie me perguntou e notei uma lágrima escorrendo por seus olhos.

- Claro que sim. – Parei um minuto pensativa enquanto analisava minha resposta. – Sabe Charlie, achei que tudo estava perdido quando ela desistiu de tudo e foi até o cemitério.

Senti Charlie estremecer.

- É, eu também, mas nada teria dado certo se não fosse por você Tanya, ou deveria chama-la de Gabrielly? – Charlie disse enquanto encarava-me sorrindo.

Apenas sorri de volta, pensando que aquela havia sido a melhor ideia que eu havia tido.

- Você nunca me disse por que escolheu esse nome Tanya?

Senti meu rosto corar, mas me dispus a confessar  o por que da escolha do nome.

- Enviada de Deus. – Disse dando de ombros.

- O que? – Charlie perguntou confuso.

- Gabrielly significa enviada de Deus, foi assim que me senti quando decidi dar um pouco de alegria a vida desses dois, mesmo que para isso eles tenham sofrido tanto no processo.

Charlie olhou-me paternalmente mais uma vez e então sorriu.

Ficamos ali, parados, pensando em tudo que viria pela frente, a forma como haviamos agido e tudo que tinhamos feito para retribuir as duas pessoas mais importantes de nossas vidas um pouco daquilo que elas nos deram em vida.

Deus, em toda sua sabedoria, sabe a hora certa de tudo. Na longa viagem que é a vida ele nos permitiu viver, sermos felizes e simplesmente amarmos, mas mais que isso ele nos deu pessoas especiais.

Pessoas que sofreram, que choraram e que hoje sorriem.

Nunca nos arrependeriamos de nossas decisões e eu estava feliz em saber que Edward teria um novo amor em sua vida, assim como ele pediu quando avistou pela primeira vez aquela estrela cadente.

Consegui a permissão do Senhor para que Bella voltasse a vida não foi uma tarefa facil, mas mesmo Ele estava feliz com o resultado.

Para os dois tudo não passou de um sonho,  mas para nós tudo não passou de uma busca pelas suas felicidades.

Sim, a vida dos seres humanos  é assim, tão engraçada. Sempre a busca por algo e nos esperavamos, Charlie e eu, que a busca de Edward e Bella não estivesse nem perto do fim, mas ao menos, tinhamos feito nossas partes quando demos a eles um caminho a trilhar.

Mas nada disso seria possivel sem a fé que ambos tinham em si mesmo. Existe um ditado biblico que diz que a fé move montanhas. No momento em que ambos desejaram um grande amor, não foi a estrela que lhes concedeu o desejo, mas sim a fé que ainda tinham em sim mesmos e principalmente a fé que tinham no... amor.

 

 Musica 2: http://www.youtube.com/watch?v=zJL7qXwRkaU 

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Ok meninas, esse foi o ultimo capitulo de SS, espero que realmente tenham gostado.

Primeiramente tenho que pedir desculpas por todas as vezes que demorei a postar, mas trabalhar e escrever não é uma coisa fácil definitivamente.

Mesmo assim vocês foram as melhores leitoras do mundo, sempre tão fieis e dedicadas, o ultimo capitulo dedico a vocês do fundo do meu coração.

Ainda haverá um epilogo, afinal tenho certeza que todas gostariam de ter sua dose de Beward estendida pelo menos por mais um capitulo, estarei postando ele na próxima semana e talvez seja bem mais curto que os ultimos capitulos, mas acho que vão gostar.

Um beijo especial no coração de todas e quero que saibam que amo mto, mto, mto vocês....

Bjs Mil

Val

 

 

 

 

 

 


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