Sangue Quente - O Contágio escrita por Wesley Belmonte, Jaíne Belmonte


Capítulo 20
Capítulo Vinte


Notas iniciais do capítulo

Pouca ação, mas temos uma grande surpresinha.
:))



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Está amanhecendo, posso ver um leve toque de luz no horizonte, o céu está azul bem escuro com borrões alaranjados entre as nuvens. Faz alguns minutos que entramos em um contorno, pegando uma rodovia Principal que liga praticamente os dois cantos do país. Olho para trás e vejo que Adrian está parando a moto, mas meu pai continua.

– Pai. O Adrian parou lá atrás. – Alerto. Ele freia bruscamente. E coloca a marcha ré e volta. Posso ver que a moto está desligada e Adrian procura um problema nela. Meu pai desce, levando consigo uma lanterna.

Posso ver que Adrian vai ficar sem a moto, ao balançarem a cabeça em sinal negativo. Pelo que posso ler nos lábios de meu pai pede pra ele ficar na caçamba do carro. Adrian chuta a moto. Ele sobe na caçamba e meu pai entra no carro.

– Adrian vai ficar um pouco aqui atrás. – Explica. – Mas como temos pouco espaço na carroceria, vamos ter que procurar algum veículo pra ele. E também não é confortável pra ele lá atrás.

Passam-se duas horas, o sol está ficando cada vez mais forte. Já paramos umas dez vezes na estrada pra verificar os carros que encontrávamos, mas nenhum deles está bom para uso. Posso ver algumas empresas na rodovia, pelo porte de cada uma, tudo indica que temos cidades grandes por perto, e pelo que meu pai diz, é sempre bom ficarmos longe dessas metrópoles. Já tivemos uma péssima experiência em uma delas. Meu pai para o carro, e pede para Adrian dirigir. Ele atende prontamente o pedido.

– Pode deixar. Eu fico na caçamba pai. – Me ofereço. Estou a fim de pegar um ventinho no rosto.

Alguns minutos na carroceria da S10 descubro o motivo de Adrian não querer ficar aqui. O vento que bate é delicioso, mas falta espaço. São muitas coisas aqui. Armas, Granadas, munição, combustível, água, comida, kits de higiene e muito mais. Seria melhor se tivéssemos mais um carro.

Já passou mais três horas, continuamos sem achar nenhum carro. Vejo mais a frente uma pequena ligação na estrada, com algumas placas sinalizando que estamos chegando perto de alguma cidade que nunca ouvi falar. Meu pai vira o carro e segue as placas. Alguns minutos depois posso ver uma pequena cidade. Casas bem cuidadas, praças de lazer. Tudo indica que aqui parece não ter sido afetado pela praga. Meu coração está disparado, quem sabe o vírus sumiu. Primeiro meu pai diz que a outra cidade estava praticamente vazia, não encontramos quase nenhum morto vagando pelas estradas. Adrian para o carro, e desce junto com meu pai.

– Richard, venha junto comigo. – Me chama Adrian. Olho para meu pai, e ele confirma o pedido dele. Desço da carroceria e o sigo, enquanto o restante fica no carro aguardando nossa volta.

– Nossa. Parece que a cidade não foi afetada pelo vírus. – Comento, com um grande sorriso no rosto.

– Não fique tão empolgado. – Responde ele. – Não reparou em nada demais na cidade. Está completamente vazia. Não tem carros nas ruas, e todas as casas foram trancadas. Pelo que percebi a cidade foi totalmente evacuada.

– Mas quando as cidades são evacuadas é um completo caos, não?! – Tento não aceitar as teorias dele. Mas pela percepção aguçada dele é isso realmente o que aconteceu.

– Normalmente sim, mas o que tudo indica é que aqui é uma cidade de pessoas de alto escalão. Pessoas do governo, artistas. – Explica. E depois do que ele diz, vejo que é verdade, as casas são aparentemente simples, mas pelo aspecto do bairro; câmeras e cabines de segurança em cada esquina, portões automáticos, tudo impecável. - Com certeza quando a noticia vazou, os primeiros a serem avisados foram os políticos e pessoas da classe mais alta. Você deu sorte do seu pai descobrir o que estava acontecendo logo no início do caos. – Completa Adrian.

Não sei se sinto raiva ou admiração por ele. Mas de uma coisa tenho certeza, ele vai fazer toda diferença em nossa sobrevivência. Além de ser muito habilidoso com armas é também muito perceptivo. Ele começa a correr de repente, penso que são zumbis atrás de nós, mas logo descubro o motivo de sua corrida, Mais a frente, vejo encostado um carro que todo mundo sonha em ter: Audi A3, Conversível.

– Ganhamos na loteria do apocalipse. – Diz Adrian. E mais uma vez sinto inveja do senso de humor dele.

Procuramos a chave, olhamos em tudo e não encontramos.

– Vou procurar dentro da casa, Não quero estragar essa belezinha fazendo ligação direta. – Comenta Adrian se dirigindo até a casa. Andamos em torno da casa verificando cada porta e janela, tudo está fechado. De repente ele para e chuta a porta de vidro, estilhaços voam para todos os lados. Soa um alarme no mesmo instante.

– Pensei que não tivesse energia elétrica. – Comento com ele.

– Realmente não tem. A casa deve ter um gerador próprio.

Entramos na casa, vejo um Televisor de 75 polegadas na sala, com dois grandes sofás aos lados e uma poltrona reclinável no centro. Vejo em cima da mesinha que ficam ao lado da poltrona uma caneta Montblanc, e dois pares de chaves. Pego as chaves e coloco a caneta no bolso.

– Achei! – Grito para Adrian, que não escuta. O som do alarme dentro da casa é muito alto. Corro com a chave até ele e balanço as duas.

– Bom trabalho! – Exclama Adrian com um belo sorriso no rosto.

Saímos correndo da casa. Quando vemos dois zumbis vindos em nossa direção. Sabia que era bom demais para essas pragas estarem extintas. Ele saca a arma e atira na cabeça dos dois no mesmo momento.

– Nem tentem estragar minha felicidade! – Grita Adrian.

Entramos no carro, Ele liga, e partimos.

Em apenas alguns segundos já estamos de volta onde deixamos a S10.

Vejo meu pai, Misty e Jenna nas portas do carro, todos armados apontando para nosso carro. Levanto e aceno para eles, que abaixam as armas no mesmo instante.

Descemos do carro, Adrian vai falar com meu pai, Misty e Jenna vêm até o carro e começam a alisá-lo.

– Que carro mais lindo! – Exclama Jenna.

– Quero ir nele, posso? – Pergunta Misty, Adrian vira-se e não responde. Continuando sua conversa com meu pai.

Alguns minutos depois já está tudo decidido. Jenna, vai na S10 junto com nossos pais, enquanto Misty, Adrian e eu vamos no A3.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Se tiverem criticas, podem postar também. ;)
2bjs.



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