Blood Promise Por Dimitri Belikov escrita por shadowangel


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Gente, esse é mais um cap criado por mim, não existe essa parte no livro, por isso, não procurem rs.

E lembrem-se, Strigois não tem sentimentos, por isso, não existe romantismo entre Dimitri e Galina kkk (só interesse)
;*



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Apesar de saber que tinha uma tarefa longa pela frente – a de convencer Rose a se tornar um Strigoi – e saber que tinha pouco tempo para isso, não pude deixar de ir atrás de Nathan. Eu sabia para onde ele iria, no momento em que ele saiu daquele quarto. E, realmente, ele poderia atrapalhar muito meus planos. Galina não tinha sido fácil de ser convencida a deixar que Rose fosse minha prisioneira e, a qualquer momento ela podia mudar de ideia e terminar com aquilo ela mesma. E quando eu digo terminar, não seria necessariamente transformar Rose em um Strigoi.

Passei o mais rápido que pude para a sala onde Galina costumava ficar. A propriedade era enorme, com muitos e muitos ambientes, mas ela sempre preferia o mesmo. Não precisei me aproximar muito da porta para ouvir o gruindo de Nathan.

“Ela pode nos levar a garota Dragomir!” A voz dele era carregada de ambição e ansiedade. “A última Dragomir! Sabe o que isso significa?

Eu parei silenciosamente junto à porta, esperando para ouvir a resposta de Galina, que não veio. Ela estava considerando as palavras de Nathan e isso não era nada bom. Eu tinha que intervir.

“Rose jamais nos levaria a Vasilisa Dragomir. Ela lutaria até a morte para impedir que chegássemos até ela. E, acreditem, Rose é muito boa, ela faria um belo estrago.” Disse com plena convicção, ao entrar na sala. “Qualquer que seja a sua ideia sobre isso, é estúpida.” Falei apontando ameaçadoramente para Nathan, no entanto, minhas palavras eram perfeitamente aplicáveis a Galina.

“Chega.” A voz de Galina saiu fria e autoritária, porém baixa. “O plano de vocês dois se complementam.” Ela prosseguiu, ainda sem qualquer emoção. “Ela nos levará para princesa Dragomir assim que for despertada.”

Eu senti uma ponta de ira surgir em mim. De forma nenhuma eu seria usado para Nathan conseguir o que queria. Se existir alguma vantagem em capturar Lissa, obviamente essa vantagem seria para mim, embora nada relacionado a famílias da realeza me interessasse, no momento. Se Nathan já tinha a convicção que eu deveria viver para servi-lo, ainda mais com a possibilidade do meu plano o ajudar a conseguir glória e fama. Eu tive que usar todo meu autocontrole para não terminar com aqueles dois naquela mesma hora, única coisa que me impedia era Rose presa naquele quarto. A presença dela ali me deixava vulnerável. Meus pensamentos foram cortados quando Galina levantou rapidamente da poltrona onde ela estava e veio até mim.

“Eu estou tendo muita paciência com essa situação, Dimitri. Paciência que nem eu sabia que era capaz de ter, mas que eu sei que não durará por muito tempo. Por isso, trate logo de fazer o seu trabalho e despertar aquela maldita dhampir.” Ela falou, apertando fortemente meu queixo com sua mão direita. “Você não pode imaginar do que eu posso fazer, caso você não cumpra com suas promessas. Estou correndo um risco, e todo risco requer um retorno. E eu terei meu retorno, de uma forma ou de outra, entendido?” Ela soltou meu queixo, mas continuou de forma ameaçadora. “Uma semana. Você tem uma semana para terminar com isso, caso contrário não somente ela estará morta.”

Ela ainda me sondou por poucos momentos, enquanto eu lutava para me manter imparcial. De alguma coisa tinha que valer tantos anos aprendendo a ter controle. Embora todos os meus sentidos exigiam que eu respondesse tudo o que ela falava usando a força, eu permaneci estático, mantendo meu rosto neutro, segurando seu olhar, até que ela se voltou para Nathan, sem demonstrar muita importância para ele.

“Estes planos são, antes de mais nada, meus planos. Não ouse atrapalhar, ou seu destino será o pior que eu puder lhe dar.”

Nathan não ousou dizer qualquer coisa. E, em minha mente, a imagem dele morto, foi algo que realmente me agradou. Eu quase podia sorrir com aquele pensamento. Quase. Galina ainda desfilava entre nós dois com aquele ar superior e destilando ameaças. Melhor do que a imagem de Nathan morto era a de Galina morta.

“Eu tenho certeza que os dois têm muito trabalho para fazer, em vez de perder tempo com essa estúpida dhampir.” Ela se virou para Nathan, de forma raivosa “você, trate de ir acompanhar aquele carregamento que está sendo distribuído. Não vou aturar nenhum prejuízo a mais nesse negócio.”

Nathan a obedeceu prontamente e saiu, mas tanto seu olhar quanto sua respiração pesada, antes de deixar a sala, diziam que ele não gostava nada das ordens e nem do tom que foi usado por Galina. Mas ele era fraco perto dela, e sabia que não teria a menor chance de sobrevivência se a enfrentasse. Diferente de mim, ele não tinha outra opção, a não ser cumprir o que ela ordenava.

Quando ficamos sós, ela voltou-se maliciosamente para mim, com aquele olhar de possessão que eu conhecia bem. Desde o primeiro momento que encontrei Galina aqui na Rússia eu soube que teria essa vantagem sobre ela. Eu consertei minha postura, e me coloquei numa posição que evidenciava toda minha altura. Aquilo não parecia intimidar Galina, que aproximou mais e me deu um gélido sorriso, que jamais alcançou seu olhar.

“Como dizem, mesmo?” Ela olhou para cima, apertando os olhos, fingindo pensar. “Ah, em fim sós.”

Ela se aproximou mais e correu os dedos pelo meu peito. Ela me avaliava de forma desejosa, mas longe de ser romântica. Era como se eu fosse seu objeto, sua posse. Eu dei um sorriso tão frio quanto o dela, mas meus pensamentos eram outros. Ao contrário do ela pensava, ela era minha presa e eu o predador. E tudo isso era parte do meu plano de destruí-la. Diante desse pensamento, senti meu desejo aumentar. Não por ela exatamente, mas pelo que ela representava e tudo que ela tinha. A mão dela continuava me percorrendo, cada vez mais forte. Sem querer prolongar mais aquilo, peguei rapidamente ela pela cintura e a beijei com força. Todo corpo de Galina respondeu àquele gesto, deixando claro para mim que ela estava em minhas mãos.

*****

Parei por alguns momentos, antes de digitar o código de segurança da porta. Tudo estava estranhamente silencioso. Desde que havia chegado, sempre podia ouvir o barulho de objetos quebrando. Era esperado, visto que se tratava de Rose e ela jamais ficaria quieta e conformada. Eu mesmo havia lhe ensinado a usar tudo que pudesse como arma e era o que ela fazia. Eu multipliquei a minha atenção e abri a porta vagarosamente, esperando qualquer ataque vindo dela. Meus olhos varreram o quarto e por um segundo o espanto me tomou. Rose estava deitada na cama. Eu me aproximei rapidamente e a chequei. Não, não havia nada demais. Aparentemente, ela apenas dormia. Olhei em volta do quarto. Novamente, alguns móveis danificados. Mas nada podia efetivamente podia ajuda-la a sair dali. Olhei com satisfação que ela havia comido toda comida que eu tinha mandado levar para ela. Era um bom sinal de que Rose estava cedendo em algum ponto, ainda que mínimo. Mas minha satisfação acabou quando vi as roupas jogadas no chão. Quantas vezes imaginei Rose vestida nelas?

Eu tinha pegado aqueles vestidos em uma loja caríssima. Não tinha sido uma das piores tarefas que Galina me dava – de saquear lojas de grife e conseguir roupas para ela – mas não era algo que eu me agradasse em fazer. Separar alguma coisa para Rose era o mínimo que eu podia fazer para tornar tudo menos desagradável. Certamente tudo cairia muito bem nela e isso me enchia de motivação. Ela iria usar aquelas roupas, mais cedo ou mais tarde.

Caminhei novamente até a cama e observei Rose por um longo tempo. Mais uma vez, uma lição perdida. Como ela podia ficar tão vulnerável assim, em um lugar que não conhecia e repleto dos seus maiores inimigos? Quantas e quantas vezes eu a ensinei ser atenta e vigilante? Eu podia acabar com ela agora mesmo, sem que ela pudesse sequer assimilar o que estava acontecendo.

Eu me abaixei e toquei numa mecha de seus cabelos que se espalhava pelo travesseiro. Eram macios como eu me lembrava. A sensação deles contra a minha mão era incrível. “Roza, Roza...” sussurrei. Ela se mexeu um pouco e deu um suspiro longo, trazendo um pouco do seu cheiro até mim. Senti minha garganta queimar desejando seu sangue e me afastei o mais rápido que eu podia. ‘Não, ainda não, Dimitri.’ Disse para mim mesmo.

Eu me sentei em uma das poltronas e tentei me controlar. Novamente, minha capacidade de manter o controle estava sendo testada. Lembrei que tinha um pequeno livro que eu estava lendo. Sempre a leitura que ajudava a distrair minha mente. Sempre as histórias de velho oeste que me fascinavam.


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