Blood Promise Por Dimitri Belikov escrita por shadowangel


Capítulo 9
Capítulo 09




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Eu realmente tinha outras tarefas para serem feitas, que foram dadas por Galina, mas eu mesmo podia definir minhas prioridades. Ninguém, nem mesmo ela podia me controlar. E despertar Rose era o meu maior objetivo no momento. Primeiro, eu não tinha a intenção de levar esse jogo com ela durante muito tempo, segundo, Galina tinha me dado apenas uma semana para finalizar tudo. E isso podia atrapalhar meus planos, já que não deixaria que qualquer pessoa se metesse nos meus negócios.

Eu tinha que começar a agir, e tinha que ser rápido. Então, permaneci de guarda, esperando Rose acordar, mesmo sabendo que isso poderia durar minutos ou horas, já que não pretendia acordá-la eu mesmo. Era contraditório isso. Uma pessoa que tinha toda uma eternidade pela frente, preocupada com o passar do tempo. Isso me deixava ainda mais irritado com Galina e tudo que se relacionava a ela. Somente o foco nos meus objetivos não me deixava acabar com ela de uma vez por todas.

Da poltrona onde eu estava podia ver Rose bem. Ela ainda dormia alheia ao perigo que a observava. Por algum motivo que eu não sabia qual, eu queria deixa-la dormir. Era como deixa-la exposta. Eu gostava daquela vulnerabilidade. E, acredite, em sem tratando de Rose, isso era raro.

Apesar de estar concentrado na leitura, eu tinha parte das minhas atenções também nela e de tempo em tempo eu a checava. Eu podia ser mais forte do que ela, mas não podia lhe dar chance de usar o elemento surpresa contra mim. Eu mesmo a treinei para aproveitar qualquer vantagem que surgisse. Ela era corajosa demais e usaria qualquer oportunidade que tivesse contra mim, eu sabia bem disso e gostava disso. Envolvido pela leitura, não senti que muitas horas haviam passado até perceber seu movimento rápido, levantando da cama. Mesmo assim, continuei com meu livro, na esperança de ao menos terminar o parágrafo que eu estava lendo.

“O que você está fazendo aqui?” A voz dela era brava, embora ainda grogue.

“Esperando você acordar.” Respondi e tive que reler a mesma frase, para não me perder com a estória. Percebi que ela caminhava até a sala onde eu estava, embora ela ainda se mantivesse afastada de mim.

“Parece meio chato.” Ela disse, se apoiando contra a parede.

“Não tão chato,” eu levantei o livro, mostrando para ela. “Eu tinha companhia.”

Ela me olhou com uma leve intriga em suas expressões, mas não disse nada. “Você dormiu por muito tempo,” acrescentei. Ela olhou rápido na direção da janela, mas não disse nada. “E você comeu,” provoquei, sentindo uma leve e rara diversão em mim.

“Sim, bem, eu sou louca por perpperoni,” ela disse irritada. “O que você quer?”

Vendo que não conseguiria ler mais nada e que Rose era mais interessante do que a estória de velho oeste que havia me distraído, coloquei o marcador na página e descansei o livro na pequena mesa de centro.

“Ver você,” respondi diretamente.

“É mesmo? Eu pensei que a sua única meta era me transformar em uma morta-viva.”

Esse não era o caminho que eu queria para aquela conversa, então eu fingi deliberadamente que não tinha ouvido. “Você não cansa de ficar sempre em pé?”

“Eu acabei de acordar. Além disso, se eu consigo passar horas jogando móveis por aí, ficar um pouco em pé não é grande coisa.”

“Sentar também não é uma grande coisa, eu já lhe disse antes, eu não vou machucar você.”

“Machucar é um termo meio subjetivo,” ela respondeu e caminhou destemida até uma poltrona que estava na minha frente. “Feliz agora?” Ela disse, enquanto sentava. Eu pude olhar seu rosto e feições. A lembrança que eu tinha de sua beleza me veio e ela parecia estranhamente melhor do que eu entendia por beleza.

“Você continua bonita, mesmo depois de dormir e lutar,” olhei para os vestidos jogados no chão. “Você não gostou de nenhum deles?”

“Eu não estou aqui para brincar com você de me vestir. Roupas de marca não vão repentinamente me convencer a entrar em um grupo de Strigois.”

Eu a encarei e a analisei por um momento. Esse não era o caminho, obviamente não iria conseguir nada com Rose assim. Ela era determinada e essa era uma das características dela que eu mais gostava, mas realmente odiava quando essa determinação era usada contra mim. Ela não cederia. Ela não confiava em mim, se ela fosse despertada assim, isso tudo só aumentaria e, claramente, não poderíamos trabalhar juntos no futuro sem confiança.

“Por que você não confia em mim?”

Ela me encarou de volta, com olhar de descrença “Como você pode perguntar isso? Você me raptou. Você mata pessoas inocentes para sobreviver. Você não é mais o mesmo.”

“Eu sou melhor que antes, já lhe disse. E os inocentes...” eu dei de ombros. “Ninguém é realmente inocente. Além disso, o mundo é feito de predadores e presa. Aqueles que são fortes conquistam os que são fracos. Isso é parte da ordem natural. Você costumava estar por dentro disso, se eu me lembro corretamente.”

Na escola, Rose era fascinada por aulas e livros de Biologia. Eu sabia que ela encontraria uma certa lógica nesse meu argumento. Ela desviou o olhar do meu e eu tive certeza que acertei nesse ponto.

“Isso é diferente,” ela disse.

“Mas não do jeito que você pensa. Porque beber sangue seria tão estranho para você? Você viu Morois fazendo isso. Você deixou um Moroi fazer isso.”

Outro ponto para mim. Eu mesmo tinha presenciado Lissa se alimentando de Rose na noite as trouxe de volta à Academia. Hábitos vampirescos não deviam ser questionados nessa conversa.

“Eles não matam,” ela soltou.

Ah, a morte... esse era o melhor argumento de todos...

“Eles não sabem o que estão perdendo. É incrível,” eu suspirei, fechando os olhos, deixando aquela sensação me tomar. “Beber sangue das pessoas... assistir a vida delas enfraquecendo e sentir ela se derramar dentro de você... é a melhor experiência no mundo.”

“Isso é doente e errado,” ela disse, com repugnância.

Seguindo um impulso, fui até Rose, usando toda rapidez que eu tinha, de modo que a tive em meus braços. Era a hora de derrubar todos esses pensamentos que Rose tinha a respeito de Strigois. Falando daquela forma ela apenas estava repetindo o que outras pessoas achavam e seguindo estúpidos padrões impostos.

“Não, não é. E aí que você tem que confiar em mim. Você amaria isso. Eu quero estar com você, Rose. Realmente estar com você. Nós estaremos livres das regras que os outros colocam sobre nós. Nós podemos ficar juntos agora – sendo os mais fortes dos fortes, conseguindo tudo que nós quisermos. Nós podemos ser tão fortes quanto Galina. Nós podemos ter um lugar assim como esse, todo nosso.”

Eu soltei meus planos para ela como uma avalanche, na esperança de convencê-la, mas ela ainda me olhava com horror refletido em todas os traços do seu rosto.

“Eu não quero nada disso,” ela disse firmemente, mas eu podia sentir que seu corpo não lutava mais contra mim. Nós estávamos muito próximos e eu podia sentir seu calor contra minha pele e seu cheiro inebriante.

“Você não me quer?” Perguntei com um leve e divertido sorriso. “Houve um tempo em que você me queria.”


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Notas finais do capítulo

Gente, desculpem a demora em postar, mas é que de fato estou bem sem inspiração... mas não pretendo abandonar minha fic (até pq esse é o meu livro preferido de toda a série), nem que seja aos trancos e barrancos, eu termino!
Obg pela paciência!
Bjs