Listen To Your Heart - RK escrita por Paula


Capítulo 6
Capítulo 6




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Levantei-me da cama, peguei meus óculos de graus e meu livro e segui em direção à cobertura do apartamento. Ali sim, eu conseguiria relaxar. O fato de Londres não ter um Sol forte fazia com que eu pudesse me sentar ali e aproveitar a vista em plenas 3:30 p.m.

...

Senti beijos sendo espalhados por todo meu rosto. Pude ouvir sua risada quando me mexi levemente. Ele se aproximou de minha orelha e deu uma mordida no local. Ainda próximo, falou:

- Sabe, você fica realmente sexy de óculos – e depositou um beijo casto em meus lábios.

Sorri, mas ainda evitava abrir meus olhos.

- Hum... o que você quer?

- Amor, há quanto tempo você está dormindo aqui em cima? – só agora abri os olhos e pude perceber o que havia acontecido.

- Eu realmente não sei – fui me levantando ainda desnorteada – estava lendo e não notei que estava com sono suficiente para dormir aqui.

Dirigi-me para a porta que daria acesso ao apartamento novamente. Eu sabia que ele estava me seguindo, por isso continuei:

- Você comeu alguma coisa? Que horas são?

- Eu comi, sim. Não precisa se preocupar, mamãe – sei que agora mesmo ele estava revirando os olhos – E já são quase 8h da noite.

- Fuck Me! – resmunguei baixinho, mas sei que ele ouviu pela leve risada.

Senti novamente seu corpo se aproximar do meu e tentei ser mais rápida, mas foi inútil. Antes de chegarmos a porta de nosso quarto ele havia me puxado pela cintura em direção ao seu corpo.

- Se você continuar implorando assim, juro que não penso duas vezes e faço o que você tanto pede. – bufei e tentei me desprender de seu abraço. – Sério, amor, se te fodesse a cada vez que você usa essa expressão você não andaria há muito tempo – ele me largou, mas deu um tapinha em minha bunda.

- Que merda, eu dormi demais. – fui me despindo e me dirigindo ao banheiro. – A propósito, você não me disse o que queria. Porque me acordou?

- Você queria que eu te deixasse congelando lá fora a noite inteira?

- E só sentiu minha falta agora?

- Vi você pegar seu livro e subir. Sabia que iria relaxar à sua maneira lá por cima, então em algum momento da minha tarde eu também adormeci. Te procurei e como não te encontrei, imaginei o que teria acontecido e fui te chamar.

Ele me olhava tomar banho, mas em momento algum fez menção de entrar e se juntar a mim. Percebi, assim, que seu cabelo estava molhado. Ele já havia tomado seu banho. Ficamos alguns minutos em silêncio. Continuei meu banho.

- Você ainda está muito cansada ou irá descer quando o pessoal chegar aqui?

- Não me sinto mais cansada. Quem virá? – notei que ele me encarava malicioso. Levantei uma sobrancelha.

- Marcus, Sarah, Grace, Sam e Matt. – dito isso ele se levantou. – Sabe, você é muito gostosa para o seu próprio bem.

Resolvi não responder sua provocação. Eu podia não estar cansada, mas não sei por que, não queria transar. Eu jamais o negaria, claro, mas agora eu não estou no clima.

- Irei descer, sim. – falei enquanto saía do Box.

Ele se aproximou e comecei a sentir um calafrio. È claro que meu corpo responderia, mesmo eu estando sem vontade alguma há um segundo atrás. Fui salva pela campainha, que resolveu tocar no momento em que ele pousava seus lábios em meu pescoço.

Suspirando e logo após, xingando a mãe de todo mundo, Edward saiu do banheiro e eu permanecia apenas sorrindo da cena.

...

A noite foi extremamente agradável. Comemos, bebemos e conversamos muito, colocando todos os assuntos em dia e escutando música. Claro que, tendo 3 cantores dentro da casa naquele momento, eles não deixariam de nos presentear com uma performance exclusiva. Meu namorado terminou bêbado demais para continuar o que havia começado no banheiro e, de alguma forma, fiquei grata por isso.

O dia que se seguiu também foi bem agradável. Rever os amigos e familiares de Edward o deixara bastante contente e, consequentemente, a mim também. Sei o quanto ele sente falta de sua cidade natal e de todas as pessoas que ele ama e que permanecem em Londres. Seguimos recebendo e fazendo visitas e, foi assim que, finalmente, nos sentimos relaxando depois de tanto tempo.


Dia 20 de novembro

Acordei sentindo uma dor incômoda em meu baixo ventre. MERDA. Isso só pode significar uma coisa: MINHA MESNTRUAÇÃO CHEGOU!

Levantei-me já xingando pela forma como acordei. Será que não dava para acordar de maneira pior?! FUCK ME! Estava com raiva, mas, não querendo acordar Edward, saí da cama devagar e fui em direção ao banheiro e, claro, como eu bem sabia, lá estava ela. Fiz minha higiene matinal e saí em direção à cozinha.

Não sei como não havia percebido todos os sintomas da minha TPM ali. Acho que estava tão envolvida com todo o lance do final da saga que até esqueci que ela voltaria. Como fico enjoada durante essa época, me fazendo inclusive comer pouco em alguns momentos, resolvi somente tomar café, mas comecei a preparar um desjejum decente para Edward, afinal, ele não sofria dos mesmos problemas que eu, então não o castigaria por isso, já que se o permitisse fazer sua própria comida, ele comeria torradas e só.

Estava tão envolvida em meus pensamentos que me assustei ao ouvi-lo falar:

- Com tudo o que vinha acontecendo contigo nos últimos tempos e, principalmente, depois das notícias sobre bebês espalhadas por aí, eu comecei até a ter esperanças de que nossa criança finalmente estaria chegando, mas vi seu pacote de absorvente aberto dentro do banheiro. – ele se sentou em um banco, na bancada da cozinha. – E olhando bem para sua cara agora, está tudo mais do que explicado. Sua TPM voltou com tudo esse mês, amor. Nunca mais pensei que veria absorventes seus em minha vida.

Eu não havia virado para encará-lo. Continuei terminando de preparar seu café da manhã. Calamos-nos por algum momento e fui terminando de arrumar a mesa. Ouvi-o levantar-se e se dirigir a mesma. Depois de tudo pronto, peguei minha xícara de café e fui ao seu encontro.

- Bom dia, bebê – falava enquanto me sentava em seu colo.

- Hum... bom dia! – dei-lhe um beijo. – eu acho...

Ele riu.

Olhei fundo em seus olhos. PORRA, ele é meu! Estávamos nos encarando. Ele com um sorriso no rosto e, eu, tenho certeza, que estava com cara de boba.

- Te amo! – ele arqueou uma sobrancelha.

- UAU! Você realmente menstruou ou está tentando me contar que está grávida? – ele falava divertido. Dei uma tapa em seu braço.

- Coma, Edward! – beberiquei meu café.

Ele puxou meu rosto, prendeu nossos olhares novamente e sorriu.

- Eu também te amo, Bella. – e nos beijamos.

Edward logo começou a se servir, alegando estar faminto. Continuei apenas bebendo meu café e cheguei a experimentar um pouco dos ovos com bacon que havia preparado para ele. Após algum tempo, finalmente respondi às suas provocações desde que ele havia acordado. Gravidez era um assunto que me deixava um tanto desconfortável ainda.

- Você sabia que eu não poderia estar grávida. – arqueei uma sobrancelha, um tanto em dúvida. – Eu tomo as injeções, lembra?! – ele fez careta.

- Nunca se sabe quando uma mulher irá esquecer. E, se bem me lembro, você trocou ou trocaria as injeções, estou certo? – afirmei com a cabeça – então...

Interrompi seu pensamento com um beijo.

- Amor, eu só troquei, mas não parei. – ri.

- Se me lembro bem, você trocou exatamente porque disse que queria facilitar as coisas para nós quando decidíssemos ter o nosso bebê. – era lindo vê-lo se referindo ao nosso bebê, ainda inexistente. Não pude resistir e beijei-lhe novamente.

- E já comecei a me arrepender dessa decisão. – ele fechou a cara e pareceu chateado, o que me levou a fazer um carinho em seus cabelos – Não por não querer facilitar nosso bebê quando estivemos preparados, amor, mas porque voltei a menstruar e, Gosh, eu me sentia maravilhosamente bem não o fazendo. – fiz um biquinho de tristeza. Comecei a me perceber um tanto carente.

Edward abriu um sorriso, mas logo pensou em algo que o fez ficar sério novamente.

- Se você não se sente a vontade assim, prefiro que volte a tomar a mesma injeção de antes.- ele virou o rosto – Não se sinta pressionada por mim ou por toda a situação que aconteceu.

Do que ele estava falando, mesmo?

- Edward, olhe para mim! – puxei seus rosto de modo rude e ele não mostrou resistencia. A tristeza em seu olhar era óbvia. – Primeiro, você sabia que eu estava mais propensa a esquecer quando tinha que tomar aquele MALDITO remédio de 3 em 3 meses. Inclusive o esqueci algumas vezes. – eu estava perdendo o controle.

Respirei fundo e tentei continuar.

- E até onde me lembro, essa foi uma decisão NOSSA, e foi bem antes de toda aquela merda acontecer. Não havia trocado logo a injeção e ainda não menstruava porque tive que esperar os MALDITOS 3 meses do efeito da antiga injeção e meu corpo ainda teve que se adaptar a troca de medicamento. – eu sabia que estava começando a perder o controle, mas continuei – Meus sentimentos relacionados a você ou a vontade de ter um bebê NOSSO não diminuíram, Deus, muito pelo contrário, só tenho cada vez mais certeza do que quero.

Levantei-me de seu colo. Estava me sentindo tão frágil agora. Meu estresse diminuía, mas meu desespero começou a aumentar. Até quando e onde aquilo atrapalharia minha vida?!

- Por favor, não coloque toda essa maldita história em nosso meio novamente. Isso é a única coisa pela qual te imploro. – não consegui mais segurar minhas lágrimas. – Faça disso nosso passado, nos liberte disso... por favor.

Percebi que eu estava tremendo. MERDA! Corri em direção ao quarto e joguei-me na cama. Desabei a chorar. MERDA, MERDA, MERDA. Seria sempre assim? Essa história sempre estaria no meio, atrapalhando nossa felicidade? Será que eu não poderia mais viver em paz, sem ninguém realmente tocar mais nesse assunto ou me julgar? E essa droga de menstruação... FUCK ME!





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