Após nos amarmos no banheiro, tomamos realmente um banho e fomos nos deitar. Encontrava-me vestida apenas com uma blusa de Edward e ele apenas com uma calça moletom preta. O aquecedor já estava devidamente ligado, mas ainda assim eu queria o calor do corpo dele. Aconcheguei-me em seu peito, sentindo o cheiro de sua pele, que tanto me acalmava.

- Amanhã temos que fazer compras, não tem absolutamente nada para comermos quando acordarmos.

- Não tem absolutamente nada de nada, aqui. Deveríamos vir pra cá com mais frequência. – ele falou, já cansado.

Não prolongamos nossa conversa por mais tempo. Estávamos cansados e precisávamos descansar.

...

Acordei com a luz do Sol batendo em meu rosto. Fuck Me. Como fui me esquecer de fechar a maldita cortina antes de dormir? Tentei levantar, mas o peso dos braços de Edward não permitia que eu me mexesse muito bem. Ele estava me abraçando tão apertado que parecia ter medo que eu fosse fugir. Puf. Até parece que eu fugiria de seus braços. Era mais provável que eu não quisesse sair dali nunca mais.

Tentei me mover mais um pouco e pude encarar o rosto que tanto amo. Ele ressonava tranquilo, seu semblante refletia uma paz e certa alegria. Deus, eu poderia ficar o olhando dormir por horas e não me cansaria. Pensar que quase perdi esse homem em algum momento da minha vida me leva quase ao desespero.Respiro profundamente. Sinto meus olhos arderem. Não quero lembrar momentos ruins. Não quero chorar. Ele é MEU. Droga, estou ficando muito emotiva de novo. Mexo-me mais um pouco. Preciso sair daqui, pois não temos nada pra comer aqui e acabei de ter uma ótima ideia.

Depois de algumas tentativas, finalmente consegui me desvencilhar dos braços do meu namorado sem acordá-lo. Dirijo-me ao banheiro e faço minha higiene matinal. Troco-me depressa. E me encaminho para fora do apartamento.

O tempo em Londres está agradável. Nunca quente, mas, graças a Deus, não está gelado. Um frio agradável. Já conheço a cidade o suficiente para andar sozinha. Bom, sozinha pelo menos por alguns quarteirões, que é exatamente o que preciso andar para encontrar uma Starbucks. Quando minha vez de ser atendida chega, fico rezando para não ser reconhecida. A garota que me atende me olha simpaticamente, mas não parece me reconhecer. Não abaixo o capuz de meu moletom e nem tenho intenção de retirar meus óculos. Faço meu pedido de maneira rápida, querendo desesperadamente sair daqui:

- Quero um Expresso, um Café Frappuccino, dois Chás Earl Grey, quatro Muffins de Blueberry, dois Espresso Brownie de Chocolate meio amargo e dois Toast Peito de peru e queijo.

Depois de tudo pago, voltei quase correndo para o apartamento. Ainda estava cedo, mas eu não gostaria de passar mais tempo sozinha. E nem passaríamos tantos dias assim em Londres. Queria curtir o ‘fazer nada’ junto com Edward. Fui a cozinha, onde peguei uma bandeja e ajeitei o que havia comprado em cima dela. Nunca fui muito romântica, mas hoje eu queria demonstrar um pouco do meu amor por ele. Caminhei lentamente até nosso quarto retirei as roupas com as quais havia saído e vesti um short com alguma blusa dele. A bandeja permanecia em cima da mesinha de cabeceira e resolvi deixa-la ali até acordá-lo por completo. Escalei a cama e montei sobre seu corpo. Aproximei-me de sua orelha e dei uma leve mordida.

– Bom dia, meu amor. Acho que está na hora de acordar, hum?! – falava enquanto fazia leves carinhos em seus cabelos. – Amor. – passei a beijar-lhe o pescoço e fui subindo pela mandíbula, bochecha, nariz, olhos e finalmente... boca.

Ele riu com os lábios encostados aos meus. Agarrou minha cintura e manteve nossos corpos colados.

– Bom dia, Bella. – sua voz era rouca pelo sono. Ele olhou para o relógio e continuou – Porque já estamos acordados às 9h da manhã?

– Acordei cedo e não consegui voltar a dormir. Trouxe nosso café da manhã – fui tentando me levantar, mas seus braços me apertavam cada vez mais forte. – Ed, se você não me soltar, nosso café irá esfriar e eu realmente não quero tomar meu expresso frio. Você sabe como eu detesto isso. – tentava me desvencilhar dele e, após algum esforço meu, ele rolou os olhos e me soltou.

Edward levantou e foi em direção ao banheiro, enquanto eu depositava a bandeja em nossa cama. Após sua volta, ele depositou um singelo beijo em meus lábios e o olhou o que tinha na bandeja.

– Isso parece bom. Você foi ao Starbucks sozinha? – limitei-me a balançar a cabeça afirmativamente, enquanto mordia um muffin. – Achei que você tivesse algum receio de andar só por aí. – ele foi pegando qualquer coisa e comendo.

– E tenho, mas estamos realmente sem nada para comer aqui. E, bem, eu gostaria de trazer seu café na cama – falei um tanto tímida, enquanto ele abria um grande sorriso.

– Hum, minha mulher tão gostosa e tão romântica. – respirou profundamente e parecia pensar um pouco, quando continuou – Acho que posso me acostumar com isso. Fique a vontade para trazer meu café na cama todos os dias.

– Não se acostume, Sr. Cullen, eu estou te bajulando apenas hoje, porque não gostaria de ficar mais tempo acordada aqui sozinha.

Ele bufou e sorriu. Continuamos nosso café em meio a conversas frívolas, somente curtindo a companhia um do outro.

...

– Porque você não usa a droga do GPS? – perguntei já um tanto irritada. Estávamos rodando há algum tempo no bairro onde estávamos morando.

– Porque eu não preciso de um. Eu sou daqui, honey, ainda sei andar por minha própria cidade.

– Edward, estamos rodando há pelo menos 20min e já passamos pela mesma rua 3 vezes. Você pode até ser um maldito inglês, mas já fazem alguns bons anos que você não mora aqui. – ele bufou irritado – Até o sotaque você tem perdido. Você provavelmente é o inglês mais fake que a Inglaterra inteira já teve.

– Cale sua maldita boca de uma vez, Isabella. Estou tentando me concentrar. – minha vez de bufar.

– Idiota!

– Estúpida.

Depois de mais 5min, conseguimos encontrar o tal mercado.

– Eu falei que não precisava de um GPS.

– Se você tivesse usado um, provavelmente já estaríamos voltando para casa. – falei enquanto saia do carro. Sabia que agora nossa pequena discussão encerraria.

Compramos tudo o que necessitávamos e fomos carregando tudo em direção a saída do local. Eu já estava cansada, estressada e realmente gostaria de poder vegetar durante esses dias que passaríamos em Londres. Um flash de repente dispara.

– Que merda é essa?- falei pra mim mesma, bastante irritada. Edward também pareceu se irritar.

Vi um indivíduo saindo rapidamente de nossa frente. Merda. Era esse tipo de coisa que me tirava do sério por causa da grande atenção em torno da Saga. Fomos mais rápido em direção ao carro, guardamos tudo e, sem falarmos nada fomos em direção ao nosso apartamento. A tensão dentro do carro estava instalada, eu podia sentir que a qualquer momento Edward iria colocar tudo para fora, ele agora estava só pensando em tudo o que aconteceu e em tudo o que gostaria de dizer.