POV. BELLE BLACK

Dois dias depois do meu sonho, eu estava deitada em minha cama quando dei por mim e lembrei que deveria estar levantada há muito tempo. Harry, Rony, Hermione e eu deveríamos ir visitar o Hagrid. Pulei da cama e fui acordar Hermione.

_Ei, ei acorda! Estamos atrasadas, vamos logo. – disse chamando-a enquanto colocava uma roupa qualquer por cima.

_Está cedo ainda Belle, volta pra cama. Hoje é sábado. – resmungou.

_Cedo nada, acorda logo antes que eu puxe a sua coberta e... – ia dizendo, mas, fui interrompida.

_Acordei! – disse ela pulando da cama – E nem ouse em puxar minha coberta, eu mato você.

_Então se troca logo. – disse terminando de colocar minha bota e saindo do quarto.

Assim que desci as escadas Rony disse:

_Não acredito nisso, não acredito que deixou o professor Lupin pegar o Mapa do Maroto. – disse Rony, e ao me ver disse - Já era hora. Estávamos indo quase sem vocês.

_Hermione está terminando de se trocar. – avisei.

_Não quero saber dela. – disse Rony bravo.

_Ué? Por que? – quis saber.

_Porque o gato dela matou o Perebas. – falou de cara fechada.

_Como sabe que foi o Bichento? – perguntou Harry.

_Você viu como aquela fera sanguinária o seguia, e agora ele sumiu. Simplesmente sumiu.

_Eu hein. – disse – Harry, como foi que o tio Aluado pegou o mapa?

_Eu estava vendo ele ontem a noite no dormitório e notei que havia um nome que andava por ai, pelo castelo. – disse explicando.

_E daí?

_E daí que esse nome era Pedro Pettigrew. E ele já morreu. – disse – Eu fui conferir se era possível isso, e segui o nome. Só que o Snape me pegou e...

_Espere ai, você saiu andando pelo castelo de madrugada e sem a capa da invisibilidade? Você é burro ou o que? – perguntei.

_Ai... – disse ele desconversando – Ele pegou o mapa só que o professor Lupin chegou e Snape disse que era para ele checar o que havia nele. Então fui até a sala dele e como ele sabia o que era me deu uma bronca e disse que era o meio mais fácil de chegarem até a mim se eu perdesse.

_Francamente, meu tio as vezes não bate bem das ideias... – eu disse.

_Eu não estou nem ai pra esse mapa eu quero o meu rato que o bicho da sua irmã matou. – falou Rony de braços cruzados.

_Você só o perdeu, não é culpa do Bichento que você não cuide de seus bichinhos. – disse Hermione descendo as escadas.

_Ele matou sim! – gritou ele.

Harry e eu reviramos os olhos e começamos a puxá-los para fora do salão comunal e seguimos para a casa do Hagrid, e todo o tempo eles ficaram discutindo, discutindo... Até que estávamos passando pelo corredor que levava até umas colunas de pedra no jardim, muito próximo a cabana do Hagrid, foi então que eu virei para eles e disse:

_CHEGA! – eles olharam para mim, espantados – Parem com essa discursão sem finalidade, vocês estão parecendo dois bebezinhos. Que coisa.

Eles apenas olharam um para o outro e ficaram quietos, continuamos a andar pelo corredor, e assim que conseguimos avistar a cabana vimos o Bicuço preso no jardim do Hagrid.

_Que coisa horrível! – eu disse.

_Acaba de ficar pior. – murmurou Harry apontando o queixo para frente.

Segui seu olhar e encontrei Malfoy e seus capangas, que nos viram. Malfoy deu uns passos a frente e disse:

_Ora, ora, vieram ver o show?

_Para com isso Malfoy! – eu disse.

_Sabe, se ficar boazinha eu até dou a cabeça do bicho, aqui – disse apontando para Bicuço -, para enfeitar o salão da Grifinória. Dou de presente pra você, Belle.

_Como se atreve a falar com ela depois de tudo que lhe causou? – disse Hermione.

_Não falei com você, sua sujeitinha de sangue ruim. – ele não deveria ter dito isso,

Eu peguei minha varinha, nem sei como, e fui até ele dizendo:

_Não fale isso dela, sua barata nojenta, abominável e asquerosa. – e á essa hora ele estava encostado em uma das colunas de pedra com a minha varinha em seu queixo e, ao seu lado, estava seus capangas com cara de medo.

_Belle, não faça isso. Não vale a pena. – disse Rony.

Eu então abaixei a varinha e virei de costas para ele, e foi então que Hermione foi até ele e deu-lhe um belo soco no nariz.

_Isso é por ter magoado minha irmã. – falou sorrindo malvada.

Ele e seus “amiguinhos” saíram correndo, deixando-nos rindo da reação deles.

_Lindo soco. – disse Rony.

_Obrigada. – disse Hermione, sorrindo sem graça.

Fomos então para a cabana do Hagrid e assim que ele nos viu disse:

_O que fazem aqui? Não deveriam estar aqui. O Ministro pode chegar a qualquer momento. – disse olhando a procura deles.

_Viemos dar uma força. – falou Harry.

_Ok. Entrem. – e deu-nos espaço para entrar.

Entramos e sentamos no sofá e na enorme poltrona. Conversamos um pouco sobre o Bicuço e perguntamos se não haveria uma maneira de salvá-lo, mas não, não havia. Achariam que Hagrid o havia soltado e ele pagaria por isso.

_Antes que vão embora tenho uma coisa para você Rony. – disse Hagrid pegando um pote em seu armário.

_Perebas!! – gritou pegando seu rato de dentro do pote.

_Precisa cuidar melhor de seus bichos, Rony. – repreendeu-o Hagrid.

_Acho que deve desculpas a alguém. – disse Hermione.

Rony olhou para ela envergonhado e deu um passo a frente, porém disse:

_Tudo bem, quando ver o Bichento peço desculpas a ele.

_Tem que pedir desculpas a mim! – disse nervosa.

_Ah! – gritamos.

Alguma coisa havia acertado um pote que estava em cima da mesa, e o partido. Peguei uma pedrinha que estava na mesa, e ela tinha o formato de um caracol, logo em seguida Harry disse:

_Ai! – esfregando a nuca, e olhou para o lado de fora, procurando quem havia feito aquilo. – Pessoal, o Ministro está vindo com o Dumbledore.

_É melhor irem. – disse Hagrid abrindo a porta dos fundos.

_Vai dar tudo certo Hagrid. – eu disse.

Saímos pela porta e ficamos escondidos ali esperando que eles entrassem na casa para que saíssemos. Assim que entraram fomos para trás de várias abóboras enormes que estavam no jardim de Hagrid. E ali perto estava Bicuço, triste e preso por correntes. Partia-me o coração vê-lo daquele modo.

Precisávamos arrumar algum modo de soltá-lo.