O Resplandecer Da Luz escrita por Ninguém


Capítulo 32
Cap. 29 A batalha do fim


Notas iniciais do capítulo

Bem... aí está capítulo fresquinho pra vocês.
Espero que gostem.



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A batalha do fim

- O selo de Greco ainda permanece na mesma forma? Ainda está na Terra??? – Eros perguntava chocado com a informação que Alíris partilhou. – Não! Não é possível!

- Sim é. – respondeu ela, seriamente. – momentos antes da explosão de luz, ele conseguiu se libertar e se afastou de você a uma distancia segura. É claro que seus ferimentos foram severos e meu irmão se encontra inativo por hora, apenas esperando o corpo se regenerar. Mas é tudo uma questão de tempo.

Eros agora balançava a cabeça na negativa deixando as emoções de fracasso e impotência toma-lo.

- Não... eu... eu falhei? Não... não!!! – o rapaz levou as mãos ao rosto, esfregando a cara. – não era para ser assim... eu deveria ao menos tê-lo impedido.

- Do meu ponto de vista. – morte voltou a falar. – você literalmente fez tudo o que pode, sacrificou sua vida numa ultima tentativa desesperada, era só o que lhe restava naquele momento.

O rapaz fitou o velho.

- Somos regidos por ações... se falharmos não irá importar o quanto tentamos... o resultado determinará somente o que é. – Eros levou uma mão a cabeça. – o... que? O que eu disse?

- A verdade por trás de todas as ações físicas. – respondeu Alíris. – a vitória ou o objetivo só pode ser alcançado através das tentativas que vão te tornando mais apto... mas se você desistir, se não alcançar o que deseja... o resultado não existirá e ninguém irá dar a mínima quantas vezes você tentou. Apenas a vitória, apenas o propósito cumprido é o que conta. A questão aqui Eros... é se você está disposto a tentar uma ultima vez... estará disposto a arriscar uma ultima chance em pró de seu propósito desde que era Sorhe?

O rapaz encarou a mulher de vestido branco, estreitando o olhar desconfiado.

- Uma ultima chance? Do que está falando? Eu morri... meu corpo foi desintegrado... não há como eu voltar... pelo menos não sem perder minha memória e levar anos até nascer e crescer...

- Entendo. – Morte se interpôs na conversa. – vai propor de usar aquilo. Realmente você se tornou parte da alma dele Alíris, a ponto de ser cordial e complacente com a causa do humano, ao querer mostrar como usar o núcleo central de conversão.  

Eros virou a cabeça na direção do velho, e então depois voltou-se para Alíris.

A mulher ergueu a mão direita com a palma aberta e uma pequena esfera branca apareceu.

- Agora que eu me fundi com a sua alma eu tenho acesso ao que chamamos de núcleo central de conversão da alma. Você sabe o que é isso?

- Claro que sei. – ele respondeu rapidamente. – é a fonte que dá massa a energia da alma que sustenta o corpo humano... é como se fosse um conversor de energia, convertendo força pura em energia química para a divisão celular após a fecundação do óvulo. Foi a base do meu estudo da fonte de energia que sustentava a matéria humana... – Eros parou de falar arregalou os olhos. – ah mais que ótimo! Até quando vou ficar fazendo isso?

- A inteligência de Sorhe em você será muito útil neste momento – disse o selo. – sim... a alma é uma fonte de energia pura que cria o corpo, mas para isso ela precisa deste núcleo... que converte a energia em células que se dividirão e formarão o coração do bebê.  É por isso que o coração se torna o símbolo da criação... o símbolo do amor por que é o primeiro órgão que a energia pura da alma cria. – Ela fechou a mão e a esfera desapareceu. – ok, agora preste muita atenção. Eu preciso que você saiba que esse conversor é basicamente a sua fonte de energia vital... é ele que o mantém vivo enquanto está em estado... corpóreo. Quando a alma encarna... ela usa todo esse núcleo para a formação da vida, e então depois a alma trata de regenerá-lo durante todo o seguimento em estado físico. Ou seja... esse conversor é consumido até desaparecer, no momento em que você nasce só que e com o passar dos anos, a alma dentro do corpo vai restituindo ele... vai recriando-o para que possa reencarnar novamente após desencarnar.

Eros compreendia tudo, e isso o assustava.

- O seu núcleo está intacto. – continuou ela – o que quer dizer que poderá reencarnar quando quiser... mas é claro que terá de passar por todo o processo de nascer e tal. Eu posso mudar isso.

- Mudar? Como?

- Minha energia é densa... sou capaz de criar sóis... criar universos inteiros... então também posso criar um corpo em estado físico para que você ande pela Terra mais uma vez... eu vou abastecer seu conversor com tanto poder que ele irá quebrar as leis universais e irá sozinho começar a divisão celular criando um corpo, e eu vou continuar abastecendo-o até que você atinja a idade adulta. Resumindo... um processo que levaria anos, levará horas.

Eros arregalou os olhos já esboçando um sorriso de ânimo, só que rapidamente sua face se fechou.

- Porém? Sempre tem um outro lado.  

- Sim. – admitiu Alíris. – o que estou propondo fazer irá acarretar em danos a sua alma. O conversor será forçado a um nível que não poderá se regenerar num período de... hã... vejamos... se eu usar a escala em anos... eu diria que ele só começaria a se reconstituir em duzentos mil anos terráqueos. Por isso preciso que entenda... podemos voltar para Terra agora... posso te dar um novo corpo e permanecer nele para ajuda-lo na batalha contra Greco... mas será a ultima vez. Se for derrotado não poderá mais voltar até que esse período de tempo passe e receio em lhe dizer , quando passar será tarde demais e eu não terei mais um propósito por que o seu se perdeu, logo  irei para meu local de origem e sua alma transitara o universo esperando o núcleo se regenerar.

Eros ficou calado, ponderando as informações... sua mente estava a mil... conseguia pensar em dezenas de coisas ao mesmo tempo.

- Quantos selos ainda estão na Terra? – ele perguntou.

- Doze. – Alíris respondeu com um olhar desconfiado. – em que está pensando?

- Se essa for minha ultima chance, não poderei falhar... por isso preciso de um plano que derrote não só Greco, mas todos os selos... e eu já sei exatamente o que fazer. – ele sorriu. – Tenho que reconhecer que essa inteligência recém adquirida é bem útil mesmo.

Morte e Alíris se entreolharam desconfiados.

- Quer se engajar num confronto contra o selo em Greco e ainda sim derrotar os doze selos na Terra? – morte perguntou com estranho. – na ultima batalha você mal deu conta de três. O que está planejando?

- Algo que Greco nem perceberá... até que esteja acabado. – falou ele num sorriso maior ainda. – Alíris... faça isso. Vamos voltar para a Terra.

Na madrugada, Helena dormia profundamente após tomar um calmante. A explosão de luz e o recente desaparecimento de Aquiles a deixaram nervosa, mesmo que Marcos e o tal de Adalbert Smith dizendo que Aquiles apenas foi embora, ela sabia que havia algo a mais.

Já haviam se passado oito dias e a médica não conseguia acreditar no que havia acontecido... pior, ela não conseguia esquecer Aquiles. Tudo isso somado a estranha situação deixaram Helena muito estressada. Nisso Amanda lhe deu um dos seus fortes remédios para dormir e a bela doutora repousava em sua cama no apartamento, aparentando um rosto de paz que não tinha há dias.

Surgindo de um canto escuro, Eros apareceu no quarto caminhando em direção a cama. Parou bem ao lado e curvou-se a fim de olhar Helena mais de perto. Causava-lhe uma angustia sem precedentes, ter que deixa-la... ele adoraria poder viver mais, poder casar-se com ela.. constituir uma família... envelhecer ao seu lado. Mas estes eram sonhos impossíveis, para ele. Eros faria de tudo para protege-la, para que Helena possa viver todo o esplendor de sua vida.

- Sinto muito por qualquer dor que te causei. – disse ele sussurrando. – eu te amo Helena... saiba que te amarei até meu ultimo suspiro. – o rapaz inclinou-se e beijou sua testa. – Adeus.

De pé no meio do oceano Atlântico, Eros observava as estrelas e não conseguia parar de pensar em um padrinho que não era o seu. Assim como não conseguia parar de pensar nos pais e em Helena... as memórias de Sorhe estava se misturando a de Eros, e por mais confuso que fosse... o rapaz sentia-se bem, sentia que estava de fato chegando ao fim... que tudo terminaria em breve e da maneira que ele melhor poderia fazer.

Dúvidas?” a voz de Alíris soou em sua cabeça.

- Não. – disse ele num sorriso. – apenas estou apreciando as estrelas uma ultima vez e me permitindo ser tomado pela nostalgia. Parece que foi ontem que toda essa confusão começou... parece que foi ontem que eu decidi desistir de ser uma pessoa para me transformar em outra... mas que no fim...

Percebe que é de certo modo, a mesma.” Alíris completou.

Eros sorriu enquanto olhava para as mãos sob a armadura azul reluzente.

- Esqueci de te agradecer por moldar meu corpo como eu era antes. E bem... agradeço por manter os músculos.

Nem me lembre disso Eros! Eu poderia te dar qualquer corpo... você poderia ser o guerreiro mais lindo que já andou por essa Terra... Aquiles, Páris... nenhum outro portaria a grandeza que você teria... mas você quis o seu antigo corpo. Ao menos os músculos ficaram. Poxa! Isso é frustrante...”

Eros deu várias risadas.

Então ele ficou mais sério e ergueu a espada.

- Hora de começarmos.

O rapaz ergueu a lâmina para cima e toda a armadura juntamente com a espada aumentaram o brilho externo lançando uma rajada de energia azul para o céu formando uma nebulosa brilhante que se espalhou rapidamente em contornos esféricos afastando as nuvens como uma imensa barreira circular.

***

Greco emergia das profundezas em rápida velocidade impulsionado pelo desejo de finalmente aproveitar a liberdade e cumprir com os seus próprios objetivos. Ele não achou que demoraria tanto para regenerar o corpo, e sabia que a batalha contra Eros foi de longe a mais perigosa que teve... ( se é que poderia chamar aquilo de batalha) ele baixou a guarda achando que o rapaz já estava derrotado, e por causa da sua arrogância quase perdeu tudo o que havia conquistado.

Mas Eros está morto! Agora só me resta cuidar dos outros selos... mas preciso manter um deles vivo e na atual forma, para estabilizar minha energia.”

O selo atingiu a superfície, se levantando e fixando o pé na agua salgada como se estivesse na terra.

E minha vida começa agora!” pensou ele num sorriso, respirando fundo.

- Você está fedendo a peixe. – a voz masculina veio por trás do selo.

Ele arregalou os olhos ficando paralisado por alguns segundos, Greco reconhecia aquela voz... o selo virou-se devagar e viu algo que não poderia ser verdade, não poderia ser possível.

- Não... não... – o selo ainda não acreditava.

- Olá coração. – disse Eros numa postura relaxada, com a espada no ombro. – sentiu saudades?

O selo ficou parado, olhando ao redor. Estava tentando decidir se era mesmo uma realidade possível, se ele estava mesmo na Terra... mas pela água em seus pés e a brisa que tocava sua pele era mais do que evidente que estavam num mundo físico e que o homem  poucos metros a frente era mesmo Eros. Pois além de ter a mesma face de quando foi confrontado com Greco, o ser humano continuava com aquela estranha energia dentro de si. Uma energia que o selo até hoje não sabe dizer o que é.

- Realmente é você. – disse o selo fechando as mãos em punho. – não sei como é possível que esteja de volta, eu vi seu corpo se converter em energia e queimar.

- Ah... aquilo? – Eros sorriu. – foi um truque legal né? Não vou te contar como eu fiz por que sabe né? Um mágico nunca revela seus segredos.

Com aquele senso de humor arrogante, o selo teve certeza de que era o mesmo Eros.

- Não sei como voltou, não sei o que você é... mas tenha certeza que se precisar mata-lo mil vezes... eu o farei de bom grado.

Eros sorriu, abaixando a lâmina da espada que tocou a ponta na água.

- Mil vezes? Não... esta será a ultima vez para mim. E para você também.

O selo/Greco o encarou por alguns momentos, verificando se não era mais de uma de suas infames piadas.

- Está falando sério? Bem... se for verdade mesmo o que diz... então garanto que de minha parte haverá empenho e felicidade para derrota-lo. Pelo visto será realmente como imaginei... teremos uma batalha final e decisiva onde o vencedor herdará a Terra.

Eros assumiu uma face de tristeza, retirando o sorriso do rosto por um momento.

- Sim, teremos nossa ultima batalha. Mas você já perdeu.

- O que quer dizer?

Eros então voltou a sorrir e um elmo energético azul se moldou em sua cabeça, no mesmo instante que grandes asas abriram-se em suas costas.

- Prepara-se. Por que isso aqui irá se transformar num caos.

Quando o selo pensou em perguntar o por que, sua cabeça automaticamente virou-se para o lado. Não sabia como ou por que, mas de repente sentiu a presença de dois selos se aproximando deles rapidamente.

O caos era a palavra perfeita para expressar o cenário. Em um segundo Eros levantou voo enquanto Greco era acertado por um selo que vinha em alta velocidade, não sabia da onde ele veio, mas isso não importava... o alvo principal era Eros, os outros selos deveriam ser fáceis de derrotar.

Um pensamento que foi traído pelos acontecimentos que se seguiram. O selo em Greco ativou sua energia elevando ainda mais o âmbito de seu poder, isso lhe deu aquela forma diabólica e tenebrosa, mas permitiu derrotar facilmente um dos selos que investira contra ele. Não houve tempo para pensar num por quê, já que uma rajada de água o desestabilizou de seu equilíbrio jogando-o vários metros longe. Enquanto deslizava pela superfície aquosa, o selo podia ouvir forte estrondos e luzes iluminarem o ambiente escuro da noite que cortavam o espaço acima de si... não estava havendo apenas uma batalha de selos. Haviam mais.

Ele se pôs de pé e procurou se estabilizar a fim de observar dois selos se engajando violentamente apenas há alguns metros dele. Ainda podia ouvir explosões de longe que levantavam ondas sobre ondas na água, dificultando manter o equilíbrio.

- Mas o que está havendo!?

O selo sabia que eram poucas as chances de vários selos se engajarem assim num espaço pequeno... não era coincidência aquilo. O que Eros fez?

Greco não conseguiu encontrar o garoto, ele tentou procurar pelos céus por que vira o rapaz com asas, mas não conseguia ficar quieto e focar a visão já que sempre vinha um novo selo sedento por destruição em seu encalço.. Greco os derrotava facilmente, embora não estar gostando da atual situação.

Socos, chutes, rajadas de energia eram tudo o que se podia fazer, eram tudo o que se via em meio ao caos da batalha. O selo em Greco avançou contra um dos oponentes que brilhava na cor verde, e se chocou com o mesmo de forma violenta o arrastando por km escorregando na água.

O selo do soldado deu um soco forte que fez a outra criatura voar para longe de si.

Será que aquele moleque ensandeceu? Tanto selos reunidos assim poderá despertar mais volume de energia e assim  explodir todo esse mundo!”  pensou ele correndo em direção ao selo verde, já em posição para destruí-lo.

O ataque direto foi mortal. Greco explodiu seu adversário em luz e no instante que jogou o corpo de lado, sentiu um baque violento pelas costas e voou forte pelo horizonte até se chocar com nada.

A dor da pancada foi superada pela curiosidade. O selo havia se chocado com alguma coisa sólida, no entanto tudo o que conseguia enxergar era o horizonte negro do oceano. Desligando-se da batalha por um momento, ele caminhou para frente com o braço esticado e então seus dedos tocaram em algo.

- Mas... o que é isso? – ele tocou com as duas mãos. – é... é uma parede?

O selo ouviu um berro atrás de si e quando virou-se, o adversário já estava quase em cima pronto para desferir um golpe certeiro, mas foi parado por uma lâmina que havia perfurado suas costas aparecendo a ponta no peito. Após a explosão de luz o corpo começou a afundar na água enquanto Eros aparecia.

- Que ironia não é? Você fez a mesma coisa por mim da ultima vez que nos vimos... é claro que era só para você ter a oportunidade de me matar.

O rapaz afundou a lâmina da espada na água salgada lavando o sangue, e depois desfez o elmo de energia.

- O que foi que fez? – o selo perguntou sério.

O rapaz arqueou as sobrancelhas e levou uma das mãos ao queixo.

- Olha... vou dizer a verdade... você tá bem feinho com essa aparência. Acho que são os chifres... ou os olhos vermelhos... talvez seja a pele escamosa... ah vai! É tudo mesmo... eta forminha medonha viu!

O selo cerrou as mãos em punho olhando para os lados e para cima... a calmaria havia regressado a noite no meio do oceano.

- O que foi que você fez!? Onde estamos?

- Onde? No meio do nada, sobre as águas salgadas de um belo horizonte longínquo e negro. Mas relaxa, sei ao que se refere. – Eros abriu os braços – bem vindo ao fruto de um pleno conhecimento sobre energia aplicado na prática. Eu não dei um nome ainda... gostaria muito de por cúpula do trovão... mas já existe, então fica somente... A cúpula. Bem pobre e sem criatividade, eu sei, mas dada as circunstâncias não consegui pensar num nome legal. 

- Uma cúpula? – o selo olhou para cima.

- Sim. Ela é feita da sobreposição de partículas de anti matéria que ficam condensadas nos átomos de hidrogênio. Bem complexo e chato... por isso farei um resumo. Usando o poder do selo eu consegui isolar toneladas dessas partículas que existem no hidrogênio da atmosfera... depois de isoladas eu as condensei juntas formando um película de energia pura no formato de uma cúpula. E uma coisa interessante sobre as partículas de anti matéria é que elas tem a capacidade de absorção de poder... qualquer tipo de poder... e quando me refiro a poder, quero dizer a energia em qualquer estado... seja térmica, pura, condensada ou física... ao entrar em contato com a película ela é imediatamente absorvida. Bem legal não é?

O selo ficou ponderando a situação.

- Você... criou uma cúpula para conter os ataques dos selos... evidentemente pensando em proteger o seu país e seu mundo caso algum deles liberasse mais poder do que o seguro.

- Correto.

- Mas... como sabia que os selos viriam até este local? Como tanto foram reunidos?

Eros deu de ombros.

- Eu não diria tantos... só restavam doze.

O selo ficou em silêncio fitando o rosto animado de Eros.

- Você...? Você... atraiu todos pra cá?

- Pela minha contagem, sim. E foi até decepcionante... eu imaginava combates mais violentos... só que somente três dos doze haviam evoluído podendo liberar mais energia... os outros eram todos fácies de derrotar.

- Como?

- Conhecimento. – Eros respondeu. – não vou te explicar tudo, mas recentemente eu descobri muitas coisas sobre mim que... é meio bizarro até, a questão é que era só isso que eu precisava... com conhecimento auxiliado pela energia do meu selo... foi tudo relativamente simples.  No pico desta cúpula eu criei uma antena de energia, e ela estava espalhando toneladas de minha força pelo espaço atraindo todos os selos, que por força da atração estavam no Brasil. Afinal, você sabe que eles se atraem por causa de suas energias– ele suspirou. – quem diria que seria simples no final. Está acabado.

O selo parecia não ter ouvido bem, aquilo não poderia estar acontecendo...

- Não! – ele gritou. – você está mentindo!!! Isso é um blefe!!!

Eros sentiu o sangue que escorria pelo canto da boca e nariz, e o limpou com a mão livre.

- Não é não. Devido a todo esse meu esforço meu corpo não vai resistir muito tempo mais, afinal a energia continua sendo venenosa pra mim. – ele encarou o adversário – Se  acha que estou mentindo, se acha que isso tudo é um blefe... vamos lá. Acabe comigo agora.

O selo então foi pego numa jogada arriscada. Se fosse verdade o que o rapaz dizia então no momento que o matasse... ambas as energias iriam se purificar. Mas se fosse mentira...

O selo em Greco avançou contra Eros o pegando pelo pescoço já o erguendo no ar, como fez na praia dias atrás.

- Você está mentindo!!! É uma mentira imunda de um ser humano imundo e inferior!

Eros começou a rir, mesmo tendo a garganta pressionada.

- Se você... se.. você... soubesse o...o  que eu passei... até chegar nesse momento... sabe...saberia que meu sorriso é de...é de um vitorioso. Eu venci.

O selo berrou e o arremessou de lado, Eros chocou-se contra a superfície da água e deslizou vários metros até parar deitado olhando o céu negro cheio de estrelas.

- Não... você não venceu!!!

Eros se pôs de pé com dificuldade, já tossindo sangue. Aparentemente o gasto de poder foi demais.

- Não venceu! – o selo dava gargalhadas. – não! Eu tenho o dom da liberdade... posso ir pra muito longe de você! Só preciso me manter afastado... assim viverei como quero!!!

Eros desistiu de ficar de pé e sentou com o traseiro na água.

- Ai, ai... – o rapaz ria. – inteligência não é muito seu forte não é? Está cúpula funciona como uma armadilha para ratos... ela atrai os selos e no momento que eles entram... não saem.

- Seu tolo! – o selo gritava rindo, numa mescla de desespero e prepotência. – eu tenho mais poder do que pode imaginar! Posso romper essa cúpula sem fazer esforço!

- Aham. – Eros fechou os olhos. – e você realmente não achou que eu não teria pensado nisso? – ele os abriu. – as partículas de anti matéria absorvem energia... e se tornam mais densas... ou seja, quanto mais forte for o ataque... mais forte será a defesa. Ela não pode ser destruída.

O selo então retirou aquele sorriso doentio da face, e começou a se preocupar.

- Você! – ele correu até Eros e o pegou por uma das placas da armadura o erguendo. – você pode desativá-la!

- Talvez. – Eros respondeu numa malicia estranha.

- Desative-a agora! A não ser que queira ficar preso comigo aqui por toda a eternidade!

O sorriso do rapaz aumentou.

- Não teremos tanto tempo. Eu não estava brincando quando disse que você já havia perdido no momento que apareceu diante de mim...

- O que quer dizer? – o selo temeu cada palavra de sua pergunta.

- Quando os primeiros raios da alvorada atingirem a cúpula... centenas de milhares de lâminas como a da minha espada irão aparecer nas paredes e todas serão lançadas ao centro de um só vez acertando tudo. Não há espaço para desviar... foi uma ideia preventiva caso eu não conseguisse derrotar todos os selos antes do sol nascer. Este lugar será meu túmulo e será a sua purificação.

A criatura arregalou os olhos.

- Não....! Não! Não! E não!!!! – ele chacoalhou Eros no ar.

- Ow! – disse o rapaz após ter parado. – eu não sou danone para você ficar me balançando!

- Desfaça a cúpula! – o selo ordenou.

O rapaz de armadura hesitou por um instante e depois disse.

- Podemos negociar.

- O... o que? – ele o pôs na água.

Eros ajeitou a armadura fazendo drama, como se o selo a estivesse desarrumado.

- Eu posso pensar em desfazer a cúpula, mas antes quero falar com Greco.

O selo estreitou o olhar, Eros estava planejando alguma coisa... infelizmente por causa do curto prazo, ele teria de arriscar.

- Certo. Mas será nos meus termos. – ele estendeu a mão como se esperasse um cumprimento.

- Explique.

E selo esboçou um sorriso estranho.

- Aperte minha mão e sua mente será transportada para dentro da de Greco, você poderá conversar com ele sob meus domínios... não o quero tentando mais nenhuma gracinha.

Eros fez uma expressão de drama.

- Me magoa que você não confie em mim, apesar de nossa história juntos. – ele deu de ombros – que seja então.

Eros apertou a mão do selo e então sua visão foi encoberta por uma escuridão total.


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Notas finais do capítulo

Como eu disse nas notas finais do capítulo passado. Eu gostaria que nesta reta final todos que lerem o capítulo deixasse um comentário, para eu saber se estão realmente gostando ou se estão achando a fic fraca.
Depois desse cap, serão apenas mais 2.
Até o próximo, no fim de semana que vem. ;)



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