Lutando Por Nós escrita por Laís Oliveira


Capítulo 30
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

OK OK OK ISSO TÁ MUUUUITO LOUCO!
Eu entro aqui e dou de cara com tantos comentários e novas recomendações, Deus, vocês não sabem o quanto eu fiquei feliz!
Muuuuuito obrigada NinaDMendes, Leidi e Tha pelas recomendações e pelas palavras lindas, Ceús, eu ganhei meu dia, semana, mês, tudo! KKKKKKK
Vamos parar de enrolação e vamos ao capítulo!
AH, link para a minha nova FIC nas notas finais, heim!



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Recuperei a consciência aos poucos me dando conta que o pior pesadelo de minha vida, afinal, era realidade. Eu podia ouvir sirenes de longe e o som era incomodo para os meus ouvidos. Minha mente trabalhava lentamente e agora eu não me importava com muita coisa, meu bebê estava morrendo e eu não poderia fazer nada para salva-lo.

“Bella, Bella, Anne! Oh meu Deus” Levei alguns minutos para reconhecer a voz. Era Alice. Eu estava encolhida no chão em posição fetal, meus braços em volta da minha barriga tentando a qualquer custo proteger meu bebê, minha pequena vidinha, o segundo fruto de meu amor com Edward, o primeiro fora Anne.

- Bella, abra os olhos, fale comigo! – Essa voz eu poderia reconhecer em qualquer estado, era meu Edward.

Abri os olhos com dificuldade, minha visão estava desfocada, mas eu percebi ainda assim um caminhão de bombeiros apagando os vestígios de fogo que ainda queimavam o carro que fora totalmente carbonizado. Além disso, havia polícia e ambulâncias. Senti déjà-vu.

- Edward – Falei com dificuldade dessa vez encontrando seus olhos. Senti meu mundo girar trezentos e sessenta graus, e agora eu poderia me dar ao luxo de sentir esperanças, Edward estava ali, comigo.

- Meu amor, está tudo bem, eu não vou deixar ninguém machuca-las, ninguém! – Edward falava desesperadamente ao meu lado, ele segurava minhas mãos e suas palavras eram ditas contra o meu rosto.

- Anne... – Falei em uma lufada de ar.

- Ela está bem, Alice está com ela meu amor.

- Eu preciso de um médico, eu estou sangrando Edward, nosso bebê, ele está morrendo, ele está morrendo! – Falei praticamente gritando, pedindo a Deus que ele salvasse o meu bebê.

- O nosso bebê? – Edward perguntou confuso.

- Eu estou sangrando Edward, estou sangrando – Ele olhou na direção de minha calça e percebeu a quantidade de sangue concentrada em meio as minhas pernas – Estou gravida, eu iria te contar no natal, mas ele está morrendo agora, não deixe, faça alguma coisa. Por favor. É nosso bebê, nosso bebê. – Minhas palavras saiam desconcertadas, claramente lutando contra o tempo para que algo fosse feito.

- Oh céus, médicos, médicos, médicos! – Edward gritava desesperado, ele levou as mãos á cabeça e em um único movimento eu me encontrei em seus braços, ele me levava para outro local.

-

A luz incomodava meus olhos. Os abri com dificuldades e a realidade me atingiu mais uma vez como um soco no estomago.  Senti como se tivesse dormido apenas por um minuto, meu corpo estava pesado. Percebi que estava gritando.

- Edward, Edward, Edward! – Gritei em meio aos soluços – Eu quero o Edward! Edward!

- Estou aqui meu amor, eu estou aqui! Está tudo bem. – Senti lábios finos contra minha testa e o agarrei num impulso chorando descontroladamente. Eu precisava senti-lo aqui.

- Nunca mais faça isso comigo minha Bella, nunca mais, você não sabe o quanto eu fiquei louco! Eu te amo tanto, não suportaria te perder! – Edward dizia passando a mão pelos meus cabelos e eu conseguia sentir toda a sinceridade dita ali, meu rosto estava perfeitamente na curva de seu pescoço.

- Me desculpe... – Eu disse ainda chorando e me afastei para poder enxergar seu rosto perfeito, percebi olheiras abaixo de seus olhos. – Edward, nosso bebê, como ele está? Ele ainda está conosco, não é? – Perguntei levando a mão a barriga por puro instinto, rezando mentalmente para que Edward dissesse que nosso bebê estava a salvo.

- Ele está bem meu amor – Edward disse com um sorriso tímido – Se tivéssemos demorado muito... Talvez... Ele não estaria mais aqui. O que importa é que ele está bem agora. Nosso bebê. – Edward disse-me olhando diretamente para minha barriga e pousando a mão em cima da minha.

Alivio, foi tudo o que eu senti. Meu choro retornou e dessa vez fora de alegria. Minha pequena vidinha estava dentro de mim e crescendo.

Quero te ver com um barrigão enorme e sair de casa na madrugada embaixo da chuva para achar frutas fora de época para nosso bebê não nascer com cara de abacaxi ou beterraba com leite condensado”

As palavras de Edward me atingiram de repente e eu comecei a rir debilmente sozinha.

- Posso saber do que está rindo? – Edward perguntou divertido.

- Você dizendo que queria me ver com um barrigão enorme e queria sair de casa de madrugada na chuva para nosso bebê não nascer com cara de abacaxi ou beterraba com leite condensado.

Edward riu roucamente, abertamente e deliciosamente.

- Você vai ficar ainda mais linda com um barrigão enorme. – Ele disse sempre encarando minha barriga, seus olhos transmitiam tantos sentimentos intensos, como amor, proteção e dedicação.

- Não vou não, eu vou ficar feia e gorda, além de ganhar estrias. – Fiz bico.

- Vai ficar a mulher mais linda do mundo, a grávida mais linda do mundo.

Tudo o que eu pude fazer foi sorrir, os músculos do meu rosto doeram com o movimento repentino, não me importei.

- Você ficou dois dias apagada. – Edward disse de repente.

- Como? Que dia é hoje?

- Natal.

- Natal? – Perguntei chocada.

- Sim. – Edward respondeu simplesmente.

- Vá embora! – Falei sem pensar.

- Como é que é? – Ele perguntou incrédulo.

- Hoje é natal, você deveria estar com a sua família trocando presentes e não num hospital.

Edward riu novamente, sua risada era leve e sua expressão era “não acredito que você está me pedindo isso”.

- Eu estou com a minha família, não percebe isso? Só faltou Anne para ela estar completa.

As palavras de Edward me pegaram de surpresa, abri a boca várias vezes, mas nada saia. Então deixei as lágrimas rolarem por meu rosto novamente e um sorriso bobo brincou em meus lábios. É claro que Edward não havia excluido os irmãos, amigos ou os pais da família que ele acabara de citar, ele estava dizendo no sentido "minha família", a família indepentende que nós estávamos formando.

- Onde ela está? – Perguntei depois de exatos trinta segundos.

- Eu não deixei acabarem com a ceia de natal; já estava quase tudo pronto – Edward disse com uma cara de culpado – Então eu pedi para que todos comemorassem e eu ficaria aqui com vocês, até vocês receberem alta. Anne está com eles, mesmo tendo chorado para vir te ver.

- Eles já sabem do nosso bebê? – Perguntei levando a mão novamente a barriga.

- Sim; o médico disse... Quevaiserumagravidezderisco. – Edward disse rapidamente.

- Que? – Não havia entendido muita coisa.

- Vai... Ser uma... Gravidez de risco. Por conta do acidente. Mas se seguirmos tudo certinho vai dar tudo certo, nosso bebê vai nascer grande e saudável.

- Ele vai nascer bem meu amor. – Eu disse pensativa, mesmo com as palavras ditas por Edward eu sentia que nada poderia tirar meu bebê de mim, ninguém poderia machuca-lo; nós iriamos cuidar dele.

Então um pensamento me ocorreu.

- James... – Eu pronunciei com dificuldade.

- Sh! Ele não está mais entre nós, Bella. – Edward disse afagando meu rosto.

- Desculpe Edward, eu o matei, eu não queria! – Falei levando a mão a boca e fechando os olhos, sentindo o peso da realidade novamente.

- Não, Bella! Você não o matou, foi um acidente! – Ele disse tentando me reconfortar.

- Mas eu coloquei a gravata em volta do pescoço dele, eu só queria salvar Anne e o nosso bebê! Ele iria nos machucar, eu tenho certeza! Mas eu não queria matar ele, eu não...

- Exatamente! Anne já nos contou tudo, você não teve culpa! Você fez certo em tentar se defender, se você não tivesse sido corajosa o suficiente vocês poderiam estar... – Edward fez uma careta com o pensamento, ele queria dizer mortas.

- Me desculpe Edward, me desculpe! – Eu disse o abraçando novamente.

- Não precisa se desculpar meu amor, não precisa! Está tudo bem, tudo bem! – Edward apertou-me delicadamente contra o seu corpo.

Imediatamente me afastei para o lado esquerdo da cama e fiz menção para Edward deitar ali ao meu lado. Ele só se sentou.

- Eu... Posso ver sua barriga? – Edward perguntou inseguro.

- Claro que sim.

Eu já estava mais calma e lentamente Edward afastou a manta grossa que cobria meu corpo, senti meu corpo tremer involuntariamente por conta do frio; mas não era incomodo. Resolvi ajuda-lo subindo a camisola feia até embaixo dos meus seios e meu corpo ficou exposto da barriga para baixo, percebi uma calcinha feia ao meu corpo também que mais parecia uma cueca. Broxante.

Edward olhava hipnotizado para minha barriga, um sorriso brincou por seus lábios e eu quis beija-lo ali mesmo, me contive. Ele levou uma de suas mãos até a minha barriga e ficou passando os dedos em circulo, depois as duas mãos pousaram no meu ventre e eu admirava o carinho recebido ali.

- Oi bebê – Edward o cumprimentou esquecendo totalmente da minha presença ali, tive que rir.

- Eu sou o seu papai. Será que você vai gostar de mim? – Bobo, é claro que ele irá gostar de você!

- Bem, se você não gostar de mim em compensação sua mãe é muito linda, sexy, gostosa e essa coisa toda! Ela é a mulher mais linda que eu já vi em toda a minha vida, sério. Tenho certeza que você vai amar ela assim como nós te amamos. E espero que você não se importe com as brincadeiras que nós fazemos sempre sem hora marcada, e ignore também as palavras sujas e os gemidos descontrolados. Vai ser frequente.

Senti meu rosto queimar, indicando que eu estava ruborizando. Não podia acreditar que Edward estava falando sobre isso com nosso bebê.

- Nesses dois dias que a mamãe estava dormindo para vocês dois se recuperarem, eu li bastante sobre bebês como você, e sei que quando você vier ao mundo vai reconhecer a nossa voz; sabe por quê? Porque nós sempre estaremos falando com você. Foi Anne quem me disse isso também. E bebê, você também tem uma irmã linda sabia? Ela é tão doce, gentil, educada e encantadora. Eu tenho certeza que vocês vão se dar muito bem. Bem vindo à família campeão, ou bonequinha. – Edward não parava com os movimentos circularem em minha barriga – E eu já ia me esquecendo! Você já tem dois meses sabia? E a Rose, namorada do seu tio Emmett também tem um bebê na barriga dela, ele completou três meses e é um menino! A diferença de vocês é de um mês, aí eu percebi que quando eu pedi a mamãe em noivado você já estava dentro dessa barriguinha linda.

- Esse papai é um bobão não é, bebê? – Perguntei me intrometendo na conversa particular dos dois – Ele me excluiu dessa conversa, isso é um tremendo absurdo! – Resmunguei fingindo revolta.

- Acho que temos uma mamãe ciumenta. – Edward disse me olhando com sua maré verde penetrante, como se pudesse enxergar minha alma – Viu só?

- Não dê ouvido! Eu não sou ciumenta, só fui excluída!

- Continuando, bebê! Se você for um menino, eu vou te ensinar os truques de como conquistar o coração de uma garota. – Imaginei um mini Edward, garota sortuda! – E se você for uma menininha, não vai chegar perto de garotos até os vinte e nove anos de idade; estamos combinados bebê? Com Anne também é assim, na minha nota mental só depois dos vinte e nove, estou pensando também em fazer uma alteração e aumentar para os trinta!

- Depois eu sou a ciumenta, bebê! Espero que você seja um mini Edward, cabelos acobreados e bagunçados, olhos verdes, vai fazer um sucesso tremendo, heim? – Falei sorrindo.

- Tá vendo? A mamãe me ama! – Edward disse rindo e me deu uma piscadela, se aproximando delicadamente de mim e me beijando nos lábios. Aprofundei o beijo ferozmente.

Quando estávamos quase lá, realmente, quase lá numa cama de hospital, ouvi estouros e soltei um grito de pavor, meu coração veio à boca.

- Edward, o que é isso? – Perguntei assustada.

Ele riu deliciosamente, levantou da cama e se dirigiu a janela. Abriu a cortina e logo em seguida a janela. Os flocos de neve entravam delicadamente janela adentro, e formas eram feitas no céu. Os estouros eram fogos.

- Feliz natal, minha Bella! – Edward disse se deitando ao meu lado e nos cobrindo com a manta grossa cedida pelo hospital.

- Feliz natal, meu Edward! – Respondi o beijando delicadamente na boca.

Ficamos de conchinha deitados na cama apenas observando o céu colorido. Os fogos eram em formas tradicionais, sinos, anjos, frases como “Feliz Natal”.

Quando os fogos cederam e já não eram mais visíveis, eu estava quase dormindo quando senti beijos molhados na curva de meu pescoço e senti minha intimidade completamente molhada.

Virei-me bruscamente para ficar de frente para Edward e terminar o que havíamos começado.

"Era desses momentos que eu estava falando, bebê!" Edward disse por fim pouco antes de se enterrar em mim.


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Notas finais do capítulo

WOW! Eu amei escrever esse capítulo, o Edward conversando com o bebê foi a coisa mais fofa ever!
E a minha nova FIC! Eu já postei o prólogo dela, só para deixar com um gostinho de quero mais, nela não diz muita coisa mas o primeiro capítulo dela - que eu vou postar provavelmente amanhã - está recheado de informações, o link segue:
http://fanfiction.com.br/historia/302254/Fogo_Na_Agua/
Espero encontrar vocês lá também, sim? Beijoss meus amores, até amanhã a noite na outra fic e talvez aqui também!