Lutando Por Nós escrita por Laís Oliveira


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores!!! Como estão? Eu acordei 8h30 só para finalizar o capítulo e revisa-lo uma vez, porque duas não dá, daqui a pouquinho estou indo trabalhar!
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Vocês deram mais um show de comentários no ultimo capítulo, vocês são incríveis, MUITO obrigada pelo apoio ao decorrer dela, e quem ainda é um fantasminha, dá tempo galera! Pretendo escrever mais dois capítulos depois desse!
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Bem, todos vocês já perceberam que eu gosto de um drama, então, está aí... Mas é o ultimo, prometo!
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Ahhhhhh! Eu fiquei TÃO feliz quando eu vi que cheguei a quarta recomendação da fic, obrigada cleinha bieber cullen, eu adorei sua recomendação, eu já ganhei meu dia inteiro!!!
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E o comecinho do capítulo vai dedicado para a Danila, que sentiu falta dos momentos hots entre a Bella e o Edward! Nos vemos nas notas finais! Importante heim!



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POV BELLA

– Edward, por favor! - Implorei o empurrando – Estamos na casa dos seus pais!

– Bella, ”por favor” digo eu! – Ele retrucou.

Edward passeava as suas mãos descaradamente pelo meu corpo o apalpando de todas as formas que conseguia, ora por minhas coxas, ora por meus seios, sem negligenciar meu bumbum. Eu arfava descontroladamente, ao mesmo tempo em que eu não queria que fizéssemos amor na biblioteca de Esme e Carlisle, eu queria que Edward terminasse o que ele havia começado.

Nessa altura ele já havia fechado a porta da biblioteca com um de seus pés me empurrando em direção à mesa que ficava a uns cinco metros dali. Senti meu sexo queimar e pulsar ansiosamente, quando finalmente me vi sentada em cima da mesa senti a boca de Edward lamber, chupar e mordiscar meu pescoço; com certeza deixaria marcas.

Edward empurrou uns livros que teimavam em permanecer em cima da mesa para que eu me acomodasse melhor, eles fizeram um barulho estrondoso ao encontrar o chão e nós rimos de nervoso, alguém poderia escutar. Senti a mão de Edward na minha barriga e gemi, meu gemido mais parecia um grito, eu não precisava de preliminares, eu precisava de Edward dentro de mim. Eu implorava por atrito.

– Bella, mais baixo ou alguém vai vir aqui a qualquer momento. – Edward se esforçou para falar contra meu pescoço enquanto a sua mão livre finalmente trabalhava por baixo do meu vestido, mais precisamente no meu sexo.

– Então, caralho, termina com isso logo, eu preciso... – Falei ofegante com dificuldade de respirar, já sentindo espasmos violentos querendo dominar meu corpo.

Minhas mãos foram da nuca para os cabelos desgrenhados de Edward, logo depois as desci para suas costas, tirando sua camisa de qualquer jeito com facilidade e jogando em algum canto dali. Minhas unhas já arranhavam suas costas de maneira grosseira, eu também queria deixar minha marca. Quando Edward separou nossas bocas em busca de ar, foi minha vez de marca-lo na nuca de todas as formas possíveis. Chupões, mordidas, lambidas, beijos molhados.

– Pra quem... Não queria... Uau! – Edward disse devorando meus lábios mais uma vez.

Então decidi perder o resto da sanidade que me restava naquele momento. Comecei a abaixar o jeans de Edward e senti seu membro rígido contra minha mão. Gemi alto quando gloriosamente encontrei o atrito que eu tanto procurava.

Nada mais romântico do que sexo na biblioteca da casa dos seus sogros.



POV EDWARD

Semana de natal, presentes, festas, família, excesso de amor no ar.

Todos estavam de férias da faculdade. Jacob e Jane haviam viajado para passar as festas de fim de ano com suas famílias, e os pais de Bella já estavam na cidade organizando a bela noite de natal com os meus pais, ceia e todas essas coisas clássicas. Na verdade era Esme, Renée e Alice, Charlie só assistia a jogos dos Yankees com meu pai.

Os dois casos que me trouxeram até LA estavam resolvidos, e se toda essa loucura – a melhor loucura da minha vida – não estivesse acontecido eu provavelmente estaria de volta à New York, mas é claro, lá não era mais o meu lugar.

Os presentes de natal já estavam comprados, embrulhados e esperando para a arde do dia vinte e cinco de dezembro. Como mulheres já são mais complicadas – se assim posso dizer antes que elas tenham um acesso de fúria – Anne e Bella estavam por algum lugar de Los Angeles comprando os presentes para a família. Eu não pude ir com elas – pois me proibiram – então resolvi matar o tempo assistindo um filme qualquer que passava na TV acabo.

Meu celular tocou tirando meu interesse do filme, afinal eu disse para Bella que quando terminasse o que tinha para fazer, eu iria buscar ela e Anne. Elas estavam demorando demais.

– Oi Alice – Atendi o celular que indicava uma ligação dela.

– Edward? – Alice soou do outro lado da linha com a voz estranha.

– Estou aqui – Falei encabulado.

– Tá, tá tudo bem? – Alice perguntou-me estranhamente.

– Sim? – Soou mais como uma pergunta, eu confiava no sexto sentido de minha irmã e sabia que sua voz indicava que ela acabara de ter um deles.

– Ah, é que... É que... Não está tudo bem, Edward.

– Como assim? – Falei rápido demais já sentindo um mini desespero subir pelo meu peito, literalmente me sufocando.

– Eu não sei, mas não está, Edward... Pelo amor de Deus, eu estou com medo. É alguma coisa com a Bella ou a Anne, ou as duas, eu não sei ao certo. Onde elas estão?

– Alice, elas foram comprar os presentes de natal, eu vou ligar para elas tudo bem? – Expliquei a situação.

– Por que você não foi junto?

– Porque eu fui proibido. – Soltei uma risada nervosa e Alice me acompanhou – Eu vou ligar para Bella e em seguida te ligo de qualquer forma, tchau!

Finalizei a ligação sem ao menos esperar uma resposta de Alice; disquei o número de Bella e esperei chamar, mas caiu direto na caixa postal. Mais cinco tentativas e nada. Disquei para Alice.

– E aí Edward? – Alice perguntou ansiosa.

– Caixa postal. – Falei meio desesperado.

– Edward, tem alguma coisa errada, eu sei que tem! – Alice disse também meio desesperada.

– Assim que eu entrar em contato com a Bella eu te ligo, preciso desligar Alice!

– Tchau – Ela disse e dessa vez quem finalizou a ligação fora ela.

Olhei para o relógio que indicava 14h e percebi que Bella e Anne estavam fora a mais ou menos cinco horas. Tudo bem que são garotas, mas Bella não é do tipo que demora uma hora para escolher cada presente; tinha alguma coisa errada.

Olhei pela janela e os flocos de neve já caiam ligeiramente cidade a fora, não pensei duas vezes e peguei meu casaco mais quente e fui em direção ao meu volvo. Eu iria encontra-las.


POV BELLA

– Então querida, acho que o seu papai irá gostar dessa cor. – A vendedora com uma simpatia forçada disse para Anne.

– Mas eu queria na cor marrom, e não preta. – Anne disse com o dedo indicador no queixo – O que você acha mamãe? – Anne disse olhando para mim.

A vendedora olhou para mim com os olhos arregalados, talvez pelo fato de Anne me chamar de mamãe.

– Eu também prefiro marrom, o que você decidir está tudo certo. – Falei sorrindo timidamente para Anne e ela retribuiu.

– Nossa – A vendedora disse abismada, seu crachá dizia que seu nome era Lindsay – Eu achava no máximo que vocês eram irmãs.

– Pois é; ela é minha filha – Falei orgulhosa puxando Anne junto ao meu corpo.

Não era uma mentira, Anne era minha filha de coração, e Lindsay não precisava saber do detalhe que Anne não era minha filha de sangue. Se eu pudesse escolher, Anne teria vindo de meu ventre, eu teria a gerado dentro de mim, teria carregando-a durante nove meses na minha barriga e teria a acompanhado desde seus primeiros dias. Eu choraria a cada consulta ao ouvir seu coração batendo, e Edward estaria ao meu lado, segurando a minha mão e beijando a minha testa. Ela teria sido feita por mim e por Edward. E eu esperaria o tempo que fosse para que esse sonho fosse realizado; só que nós não escolhemos as coisas que a vida nos dá, e é por isso que eu sou extremamente grata a ela por apesar de tudo, ter me dado Edward e me presenteado com Anne.

E não, não é porque Anne não veio de dentro de mim que eu vou ama-la menos. A verdade é que eu só queria recuperar todos os anos de vida dela ao meu lado. Eu queria vê-la dar os primeiros passinhos e ouvi-la dizer as primeiras palavras, queria fazê-la feliz desde sempre.

Mas tudo bem, agora eu tinha um ser minúsculo dentro de mim, e todos saberiam na noite de natal. Exceto Anne, que ficou louca quando eu disse sobre o meu bebê dentro de mim. Ela prometeu guardar segredo e me ajudar a fazer uma surpresa enorme para Edward, ela estava tão animada por ganhar um irmãozinho.

Antes de eu descobrir sobre a gravides eu tive todos os sintomas clássicos, tonturas, enjoos e vômitos. Isso só acontecia durante a manhã quando eu estava no trabalho – sim, eu havia subido de cargo – e então Edward nunca me via praticamente colocar o estomago para fora. Fiz o teste de farmácia quando Edward precisou sair para resolver o seu ultimo caso e quando vi que o resultado fora positivo; fiquei chorando no banheiro mais ou menos uma hora abraçando minha barriga. Não demorou muito para Anne se juntar a mim e chorar também, e sua conversa com o meu bebê foi o momento mais lindo que eu já havia presenciado.

Por um momento eu achei que Anne hesitaria, afinal, quando ela foi adotada pela primeira vez não demorou muito para ser devolvida, pois a “mãe” adotiva conseguiu engravidar. Senti-me como se tivesse cumprido uma missão quando Anne chorou de felicidade junto a mim, ela não tinha dúvidas do amor que eu e Edward sentíamos por ela, ela sabia que nós não éramos assim. Ela nos confiara sua própria vida.


Encontramos a tal carteira que Anne escolheu para Edward em outra loja na cor que ela desejava, depois de almoçarmos em uma praça de alimentação no shopping decidimos ir até outra loja que ficava na mesma rua, era de bebês e Anne cismou que tínhamos que comprar um macacão de presente de natal para Edward também.

Estávamos esperando o sinal abrir para os pedrestes, a neve caia sobre o capuz de Anne e ela olhava encantada para o céu, tentando contar quantos flocos de neve ela conseguia. De repente senti uma presença perturbadora ao meu lado. Não olhei, o medo me dominou completamente e apertei a mão de Anne para sentir ela ali, eu só poderia estar imaginando coisas; coisas estranhamente perturbadoras.

Um braço foi passado em volta de meu pescoço e eu fui obrigada a olhar, e juro, juro que senti todo o sangue correr do meu rosto para a minha cabeça, minha boca provavelmente estava branca e meu rosto completamente pálido.

– Como eu sei que você não vai querer colocar a princesinha em risco, é só fazer tudo o que eu mandar. – Ele disse.

Engoli seco e olhei de soslaio para Anne, ela estava igualmente paralisada e sem uma gota de sangue em seu rosto. Meus olhos arderam e eu assenti para ele, eu teria que fazer o que ele estava mandando.

– Faremos de conta que somos uma família feliz em compras de natal, você será minha esposa e a princesinha será nossa filha, que tal? – Ele disse com a voz divertida, como se estivesse roubando o doce de uma criança.

Eu não poderia fazer de conta, não poderia ao menos imaginar aquela cena nojenta. Anne era minha, era de Edward. Eu pertencia a Edward, e não a ele. Eu não poderia imaginar tal absurdo. Nem nos sonhos mais impossíveis e mais improváveis nós seriamos o que ele cogitou.

Não tive outra reação a não ser concordar e deixa-lo nos conduziu para o sentido contrário, voltando para o shopping e nos direcionando até o piso subsolo, onde se localizava o estacionamento. James ria de satisfação.

– Mamãe... Vamos embora. – Anne disse num fio de voz.

– Mamãe? Que lindo! Agora me chame de papai. – James disse autoritário mudando completamente seu humor, a satisfação foi substituída por uma carranca.

– Anne sem perguntas, vai ficar tudo bem, e não podemos ir embora por enquanto. – Falei engolindo o choro que subia pela minha garganta. Era visível meu nervosismo, eu falava alto demais.

– Eu disse me chame de papai. – James impôs novamente.

– Eu não vou. – Anne respondeu convicta e sua voz soou forte.

James sorriu descaradamente e não disse mais nada.


Eu estava completamente, totalmente desesperada. Eu não poderia demonstrar o estado em que eu me encontrava para Anne, a minha obrigação era demonstrar confiança e lhe transferir o mesmo, meus movimentos estavam concentrados em dizer “vai ficar tudo bem”. Meus passos eram firmes e fortes, determinados. “Como eu sei que você não vai querer colocar a princesinha em risco, é só fazer tudo o que eu mandar.” Mas não era só Anne, agora tinha o meu bebê, tinha uma pequena vida dentro de mim e eu iria proteger meus filhos de todas as formas que me fossem permitidas, e as que não fossem também.

Entramos no mesmo carro preto de alguns meses atrás. Lembrar-me das imagens me causou repulsa, senti todo o almoço se remexer dentro de mim. Anne foi para o banco de trás e eu me juntei a ela jogando as sacolas dentro do carro de qualquer jeito.

– Eu quero você na frente. – James disse olhando para mim.

– E eu vou atrás, eu não vou deixa-la sozinha. – Desafiei-o – Por favor. Eu não vou fazer nada que leve você a nos machucar. Por favor.

– Não confio em você. Frente. Agora. – James disse apontando com a cabeça para o banco do carona, não me movi um centímetro sequer.

James me olhou com fúria nos olhos.

– Tudo bem, vá atrás com a sua filhinha, Isabella. Mas saiba que quando chegarmos ao nosso destino, você – ele fingiu pensar – ou ambas irão sofrer as consequências.

Engoli seco, minha garganta queimava. Eu estava arriscando Anne e meu bebê, eu estava arriscando dois dos três seres mais importantes da minha vida; mas estava fora de questão deixar Anne sozinha e assustada na parte traseira do carro.

Sentei-me atrás do banco de James e puxei Anne junto a mim, ela deitou a cabeça em meu peito e chorou silenciosamente enquanto o carro seguia pelas ruas movimentadas de Los Angeles. Senti-me culpada. Como eu pude ser tão idiota, como eu simplesmente não segurei a mão de Anne e corri para longe dele?

Estaria tudo acabado para nós, agora? Fechei os olhos apertando Anne ainda mais contra o meu corpo a afagando nas costas e senti o liquido quente escorrer por minhas bochechas. Pensei em Edward, relembrei a primeira visita que ele fez para Anne, pensei em nosso primeiro beijo na praia, a primeira vez que nos vimos; na nossa primeira noite de amor, no seu pedido de namoro para mim, nossos passeios, eu sendo apresentada como sua namorada para Esme e Carlisle. Seu pedido de noivado a semanas atrás. Se o destino nos separasse para sempre, eu desejaria ir para outra dimensão me lembrando de tudo o que vivemos, e como magia eu escutei as três palavrinhas que Edward dizia-me todos os dias de manhã que enchiam de alegria “Eu amo você”. Talvez, tivesse acabado realmente para mim, talvez James me matasse e porisso eu estava escutando coisas, mas eu não iria desistir de lutar.

Meu pequeno bebê, minha Anne, meu Edward. Eu estaria lutando por nós até o meu ultimo suspiro.


– Engraçado como as coisas acontecem, não? – James soou ironicamente – Você acabou com a minha vida, Anne era a única saída, o único jeito para mim. – Ele dizia acelerando o carro e devíamos estar a uns 110 quilômetros por hora. Com certeza estava chamando atenção.

– Não, você está enganado – Retruquei sentindo o calor das lágrimas de Anne contra meus dedos – O único jeito para você era o dinheiro dela, ela só vinha no pacote, não é?

James soltou uma gargalhada estrondosa e nós nos retraímos com o som.

– Você é mais esperta do que eu imaginava. – Ele disse simplesmente, como se estivesse contando um segredo.

Olhei para a janela e percebi que seguíamos para o leste, para fora da cidade. Eu já poderia ver a estrada a minha frente sem carros, prédios ou casas. Era apenas a estrada asfaltada e tudo o que lhe cercava eram algumas árvores solitárias e o deserto cor-de-areia, a neve estava por toda a parte.

– Para onde estamos indo? – Perguntei assustada, cada vez nos distanciávamos mais e mais.

– Para longe daqui, baby. – James disse olhando-me pelo retrovisor.

Respirei fundo algumas vezes. Era o fim da linha, não havia mais jeito. Obriguei minha mente a trabalhar, a pensar em uma solução que salvasse ao menos Anne, porque de qualquer forma meu bebê estaria comigo e eu claramente estava marcada. James não me deixaria escapar.

Desabei em um choro abafado e sufocado, eu queria gritar, espernear, socar a cara desse idiota que conduzia o carro cada vez mais para fora da cidade, e agora olhando para trás os prédios estavam tão longe que meus dedos se tornavam maiores que eles.

Eu faria alguma coisa, era minha obrigação.

Empurrei Anne levemente para o lado e ela me olhou confusa, penetrei meu olhar ao dela e ela entendeu claramente, eu estava tentando fazer alguma coisa, “apenas faça o que eu mando”, tentei falar com a voz muda.

Anne se endireitou ao banco e eu gesticulei para o cinto de segurança, ela o pegou discretamente e o travou.

– Por que está colocando o cinto criança? – James perguntou desconfiado.

– Estou com medo, você está indo rápido demais. – Anne respondeu prontamente e a mentira o convenceu; se eu não soubesse da verdade teria convencido a mim também.

Abri a sacola com os pés que eu havia jogado dentro do carro, por um milagre oculto ela não fez barulho que pudesse chamar atenção. Pude observar lá dentro um relógio, um livro de receitas, uma carteira, uma bolsa e uma gravata. Uma gravata.

Ataquei a sacola desesperadamente. “O que você está fazendo Swan?” James gritou e eu não me importei, senti que o carro fora acelerado ainda mais e eu peguei a gravata azul marinho com listras rosa, um rosa bebê quase branco, e levantei-me até minha cabeça tocar o teto do carro. Passei a gravata em volta do pescoço de James a apertei o mais forte que eu consegui. “Vadia” ele gritou novamente.

O carro fazia ziguezague na pista vazia. James mordeu o meu braço e senti uma dor insuportável, como se ele tivesse arrancado um pedaço de minha carne. Gritei, mas a dor não foi o suficiente para fazer-me desistir de lutar. Aliás, nenhuma dor seria o suficiente.

James acelerou o carro e eu apertei a gravada em seu pescoço com uma força que eu até então desconhecia. Ele por sua vez freou o carro bruscamente “Droga, droga, droga” ele gritava sem parar, e então o carro derrapou no meio da pista e ele capotou o que pareciam ser intermináveis vezes. Tudo o que eu consegui pensar no momento foi em Anne e meu bebê.



Abri os olhos, eu estava completamente tonta não conseguindo focar o olhar em nada. A luz do dia cegava-me e eu demorei alguns segundos para perceber o que havia acontecido, onde eu estava. Senti um cheiro muito forte de gasolina e como um surto de adrenalina eu me movi desesperadamente em meio as ferragens. Passei a mão na nuca e a senti melada com um sangue considerável.

Eu tentava ser ágil, mas tudo o que eu conseguia era me mover lentamente, como uma lesma saindo de seu casco. O carro estava de ponta cabeça, passei a mão na nuca novamente que latejava sem piedade e olhei para o lado, Anne estava desacordada e havia um corte em sua testa, talvez ela levasse pontos.

– Anne, Anne, Anne! – Eu gritava chocada, abismada e me sentindo culpada. Se acontecesse alguma coisa a ela era tudo culpa minha. – Meu amor, Anne, acorda! Olhe para mim.

Eu tentava a sacudir violentamente, mas meus movimentos eram lentos e imprecisos. Coloquei dois dedos em seu pulso e senti a pulsação. O cheiro de gasolina se tornava cada vez mais forte, olhei para o lado de fora da janela e percebi uma poça se formando ali. Resolvi trabalhar em seu cinto, quis morrer quando ele não soltava de jeito nenhum. O carro explodiria a qualquer momento.

– Vamos, vamos, vamos! – Eu dizia com a voz embaraçada por conta do choro que se formava em minha garganta.

– Vamos, vamos! – Eu repetia desesperadamente.

Um sinal de Deus é a única explicação. O trava do cinto se desfez no que eu julgo ser a decima terceira tentativa, então comecei a puxar Anne em direção à janela. Existiam cacos de vidro por toda a parte, e por sorte, talvez, ela não se machucaria por conta das roupas grossas de inverno. Depois de alguns minutos a arrastando desacordada, passamos pela janela do carro com muita dificuldade, afinal, ela era pesada e seu corpo desmaiado parecia duplicar o peso.

Arrastei Anne a uns cinquenta metros para longe do carro, e só então me lembrei de que James estava lá dentro também. Voltei cambaleando para o local sem chegar perto demais, o observei desacordado ainda no interior do carro. James poderia ser um psicopata, louco, doente, mas eu era humana, e eu teria que tira-lo dali também.

“Mamãe, mamãe” Ouvi uma voz de longe e demorei alguns segundos para processar que a voz pertencia a Anne, não pensei duas vezes e fui até ela, cambaleando novamente.

Abaixei-me ao seu lado e a envolvi em um abraço, eu precisava senti-la comigo mais uma vez, precisava ter a certeza de que Anne ficaria bem. Ela retribuiu o abraço e começou a chorar possessivamente em meus braços.

– Eu preciso voltar – Falei entre soluços – Eu preciso tira-lo de lá.

– Eu estou com medo mamãe, não vá! – Anne pedia me apertando contra ela.

Percebi que ela estava sonolenta e que poderia perder a consciência de novo a qualquer momento, isso me desesperou.

– Se mantenha acordada, mantenha a sua mente trabalhando meu amor. Eu já volto. Eu te amo. – Avisei-a e tomei a liberdade em fazer o caminho de volta para o carro.

Antes que eu pudesse dar sequer dois passos o carro explodiu violentamente a minha frente, por reflexo eu gritei e levei a mão à boca. James estava lá dentro, ele morreu por minha culpa, eu o matei.


– Mamãe, mamãe! – Anne chamava por mim enquanto eu encarava a cena não acreditando no que meus olhos viam.

Voltei sorrateiramente para junto dela e já sem forças, sentei-me ao lado e puxei para meu colo. Minha visão se tornou turva e meu corte na nuca latejava de forma violenta, então eu cai num choro possessivo.

– Mamãe, liga para o papai! – Anne disse ainda em meu colo com os braços em volta do meu pescoço.

Eu não conseguia nem me lembrar de que havia um celular no bolso interno da minha jaqueta de inverno. Anne se afastou para que eu abrisse minha jaqueta e assim retirasse dali o celular. Ótimo, estava sem carga. Abri o celular e fiquei esfregando a bateria com toda a força que eu pude, talvez por um cinco minutos, e quando o montei novamente o celular milagrosamente ligou.

Disquei “1” na discagem rápida e o celular mal deu dois toques.

– Bella? Bella? – A voz forte e rouca de Edward soou desesperada do outro lado da linha, tudo o que eu conseguia fazer era chorar.

– Edward... – Eu gaguejava em meio aos soluços – Por favor, vem!

– Bella, aonde você está, pelo amor de Deus, Bella! – A voz praticamente gritou, mas não comigo, e sim com a situação.

– Eu não sei ao certo, alguns quilômetros ao leste da saída de Los Angeles. Foi o James, desculpa Edward! – Eu soluçava e comecei a me sentir sonolenta demais, eu poderia dormir ali mesmo.

– Eu já estou na rua meu amor, eu estou indo, vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem! – Ele repetia mais para ele do que para mim.

– O carro capotou, eu consegui tirar Anne e sair também, mas eu não consegui tira-lo de dentro Edward, ele morreu por minha culpa, eu o matei, desculpa! Eu juro que eu não queria.

– O carro capotou? Bella você está bem? Anne está bem? Céus, Bella! – Agora Edward gritava literalmente.

– Oh meu Deus, oh meu Deus! – Gritei desesperada notando uma quantidade de sangue descendo por meio em minhas pernas.

Tu tu tu tu.

E então o celular desligou de vez.

Sangue. Meu bebê. Não podia ser. Não poderia estar acontecendo.

Anne dormia, ou estava desmaiada ao meu lado. E então cai na inconsciência também, rezando para que tudo o que aconteceu fosse apenas um pesadelo e que quando eu acordasse gritando, Edward estivesse ao meu lado me envolvendo em seus braços e sussurrando "Tá tudo bem".



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Notas finais do capítulo

Drama, drama, drama!!! Mas posso adiantar à vocês que a Bella não vai perder o bebê! Eles definitivamente não merecem isso!
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E galera, eu já comecei a trabalhar na minha nova FIC. Tenho o primeiro capítulo pronto. Então me sugiram nomes para a Renesmee. Aqui foi Anne, qual deverá ser na próxima FIC? Se eu gostar, será o nome por sugestão de vocês. E também vou adiantar que a relação das duas vai ser totalmente inesperada e diferente daqui, nada de relação saudável entre as duas... Também vou adiantar que na FIC a Bella terá que encontrar o seu amor perdido pela irmã que ela tanto queria, mas se revolta quando a mãe morre por conta de uma complicação no parto e a partir daí a Bella culpa a Renesmee, e claro, Edward está no meio da bagunça toda! E ele não seria tão bonzinho assim... O meu intuito na FIC é mostrar uma lição de vida.
Também quero saber de vocês, eu escrevo a FIC como essa, no passado, ou no presente? Outro ponto em que estou indecisa.
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Então: Nome para a Renesmee e tempo da FIC, o que vocês me sugerem? Se vocês foram bonzinhos eu posto o primeiro capítulo dela amanhã mesmo! Conto com vocês!!!
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Ah, ia me esquecendo! Também tem a classificação da FIC, aqui foi +16 porque eu nunca escrevi cenas hots, aliás, nunca escrevi uma FIC, e era uma coisa nova para mim. Agora que já estou adaptada com esse meio, quero saber de vocês, eu continuo no +16 ou passo para o +18?
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Sendo assim: Nome para a Renesmee (se vocês quiserem Renesmee também, tudo bem! Haha); tempo da FIC: passado ou presente; e a classificação, +16 ou +18!
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A opinião de vocês conta MUITO para mim, eu preciso de vocês galera, e a opinião de cada um será muito bem vinda! BEIJOS e até o próximo capítulo! Desculpe qualquer erro de português, eu só revisei uma única vez!