Um toque francês escrita por lufelton


Capítulo 19
Capítulo 19- Loucuras cometidas por Loucos


Notas iniciais do capítulo

Aí está o 19, feito com muito carinho.
As coisas vão começar a esquentar... Os próximos capítulos prometem!
E meu capítulo vai em homenagem a todas as meninas lindas que estão lendo! Muito obrigada por estarem gostando e lendo meninas, vocês são uns amores!
Umbeijo.
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/281859/chapter/19

- Onde você planeja me levar? – perguntou Nicolas em tom de preocupação.

- Relaxa! Eu sei o que eu estou fazendo. – assegurei-lhe.

- Espero que saiba mesmo. – ele disse seriamente. – Por que estamos indo em direção à Place Charles de Gaulle?

- Se eu te contar, você vai desistir de ir, e como eu sou uma inglesa muito esperta não vou te contar. – disse, apressando o passo. Ele sorriu levemente de minha colocação. E mesmo sendo pouco, eu pelo menos tinha lhe arrancado um sorriso.

- Bem, chegamos... Bem vindo ao clube Le Duplex! – disse, apontando-lhe.

- Você enlouqueceu? Eles nunca vão deixar você entrar. É menor de idade ainda. – alertou-me.

- E é aí que as coisas se tornam mais engraçadas... Você vai até lá, fala com o segurança e eu entro sem ele perceber. Topa? – perguntei esperançosa.

- Eu não sei... Eu posso ser preso se ele descobrir. – disse, passando as mãos pelos cabelos.

- Vai ficar com medo agora? – provoquei-lhe.

- O quê! Eu não estou... Ah, esquece. Fique perto daquelas grades pretas e quando você ver que ele se distraiu, você entra. – planejou.

- Veja o lado positivo, se nos ferrarmos, vamos nos ferrar juntos. – disse, fazendo-o sorrir.

- Vai logo. – ele apressou-me e eu obedeci. Quando cheguei à grade, fiz sinal para que ele fosse falar com o segurança, e então ele foi. Ao notar que os dois estavam entretidos em um assunto qualquer, eu fui lentamente até a entrada do clube e, finalmente, entrei sem que ninguém percebesse. O lugar estava movimentado, muitas pessoas jogavam conversa fora, ou dançavam sem ter noção do tempo. Mas, todas pareciam despreocupadas. Riam e bebiam sem a mínima culpa. E logo, uma mão encostou levemente em minha cintura, fazendo-me arrepiar.

A mão de Nicolas.

- Não pensei que seria tão fácil. – ele sorriu, ao ver que eu estava hipnotizada em seus olhos.

- Nem eu. – eu sorri em troca e, sem perceber, estávamos nos aproximando. Sem a mínima intenção, como se fosse somente uma força da natureza. Como se isso fosse o certo, fosse o dever, fosse o óbvio que deveria acontecer. Mas, de repente, um rapaz parou entre nós, atrapalhando completamente o momento.

- Une boisson pour le couple. Joyeux Noël – e saiu rindo, nós rimos também, apesar de eu não ter entendido muita coisa, mas sabíamos que ele estava completamente bêbado.

- O que ele disse? – perguntei, ainda olhando para o rapaz bêbado.

- Ele disse “uma bebida para o... Para o casal”. E desejou feliz natal. – e começamos a rir instantaneamente.

- Pode ficar com a minha, eu não bebo. – disse, entregando-lhe a bebida.

- Não? – perguntou e, logo roubou um gole da sua garrafa, dando a minha para alguma pessoa, a qual ele nunca tinha visto. – Vamos. – e me puxou para descobrirmos mais sobre o lugar, pois nós dois ainda não conhecíamos.

Depois de darmos algumas voltas pelo clube, eu instantaneamente avistei uma Pump it up, que significa uma máquina de dança. Nicolas percebeu minha atenção a tal máquina e fez sinal para que nós fossemos até lá. Quando cheguei perto, percebi que havia duas meninas competindo e várias pessoas ao redor torcendo. Porém, uma das competidoras estava sendo arrasada. A outra era realmente muito boa e, quando acabou, ela fez sinal de o quão fácil havia sido.

- Espere-me aqui. – disse a Nicolas e entrei no jogo. A menina me olhou de cima a baixo e fez sinal de que me derrotaria. Eu simplesmente sorri e bati o pé com força no aparelho para que o jogo começasse e também mostrando que eu não estava de brincadeira. Ela sentiu a provocação e então escolheu a música e, logo começamos a dançar. Primeiro, eu saí em desvantagem, mas depois controlei completamente o jogo. Eu não sabia que eu era tão boa nisso, mas certamente era por causa dos treinamentos. Conseguia ouvir as pessoas torcendo por mim e, sem a música ter acabado, a menina havia desistido. Saía de perto enquanto xingava à todos que estavam por perto. Eu saí rindo e levantando os dois braços em forma de vitória e, sem perceber, Nicolas havia me pegado no colo. Levando-me às alturas.

- Você foi ótima. Todos aqueles movimentos. Você estava perfeita. – disse exaustivamente, largando-me no chão.

- Obrigada. – sorri timidamente. Mas logo meu sorriso havia se formado em uma séria face. O segurança estava acompanhado de dois policias, apontando o dedo para mim. Eu, simplesmente, peguei a mão de Nicolas e nós dois saímos correndo. Porém, não havia saída. Estávamos completamente perdidos. Até que eu avistei um pequeno banheiro e guiei Nicolas até lá.

- Ótimo. O que fazemos? – perguntei, enquanto trancava a porta nervosamente. Ele virava de todos os lados, tentando achar alguma alternativa, até que ele avistou uma janela alta e nem tão pequena. E quando menos percebi, ele estava rasgando a sua camiseta.

- Enrola isso na sua mão. – ele disse, entregando-me o pano rasgado. Eu não entendi o que ele estava querendo fazer, mas obedeci a sua ordem. Qualquer coisa que nos tirasse dali era válido. – Agora, suba nos meus ombros e quebre aquela janela com força.

- O quê! Ficou louco? Eu nunca vou conseguir quebrar aquela janela. – disse, olhando assustada para ele. Até que ouvimos vozes de policiais por perto junto daquele segurança e eu, sem esperar, comecei a me escalar nele. Quando cheguei ao topo, olhei para baixo e ele fez sinal para que eu fizesse, pois era a nossa única chance. Então, em um só movimento, eu dei um soco no vidro e ele espatifou-se inteiro no chão, fazendo um tremendo barulho. Logo, a porta do banheiro começou a bater insuportavelmente, como se ela fosse ser arrombada a qualquer momento. Por isso, pulei para a janela quebrada e, quando menos percebi, eu já estava do lado de fora. Ajudei Nicolas a sair e, sem perder tempo, saímos correndo.

- Eles estão atrás de nós, vamos em direção a algum metro. – gritou.

- Nicolas, não tem metro aqui. – eu gritei, ao perceber que não havia nada ao redor. Os policiais estavam vindo e não sabíamos até quando teríamos fôlego para correr. Até que eu avistei um táxi e puxei Nicolas para que ele me seguisse.

- Bonsoir, monsieur! Place de Joffre, s’il vous plâit. – eu disse nervosamente, puxando Nicolas para o carro. O homem nada disse e pisou no acelerador. Eu e Nicolas olhamos para trás e vimos que os policiais pararem de correr instantaneamente, tentando recuperar o fôlego. E Nicolas, sem piedade, mostrou o seu dedo do meio para eles enquanto eu abanava sarcasticamente. Ríamos como nunca. O que acabaria em desastre, acabou em diversão.

- Era isso que você planejava para hoje? – ele disse, ainda rindo.

- Bem, mais ou menos isso. – eu ria, lembrando-me do nosso nervosismo tentando quebrar a janela do banheiro. Quando chegamos, eu e Nicolas repartimos dinheiro para o taxista e, sem perder tempo, entramos no saguão. Tudo estava vazio e silencioso.

- Vamos ao refeitório? – perguntou-me.

- Você leu a minha mente. – sorri e, logo ele me conduziu até lá.

- Não faça nenhum barulho. – ele disse.

- Ah... Eu acho que não, Nicolas. – e subi em uma das mesas. – Você viu como eu dancei? – perguntei, entusiasmada.

- Vi, agora desce daí. Você vai cair. – ele me alertou.

- Não seja b... –e, em poucos segundos, eu estava no chão. Nicolas soltou uma gargalhada e barulhos de passos começaram a se aproximar. Novamente estávamos correndo em direção à saída.

- Quem está aí? – disse uma voz conhecida. A voz que pertencia àquele homem que veio no meu quarto, dizer-me que eu estava atrasada para o meu primeiro dia de aula.

- Esse cara é um chato. – disse Nicolas, rindo. – Vamos pegar o elevador, antes que ele nos veja. – e saímos, sem deixar rastros. Quando chegamos, apertei no número quatro e fomos em direção ao meu aposento.

- Vou ficar sem perna para sempre depois desse tombo. – disse, passando a mão em minha perna, enquanto Nicolas fechava a porta do meu quarto silenciosamente, sem acender a luz.

- Eu avisei. – ele disse rindo. – Mas de qualquer forma, você deveria ter visto. Foi sensacional.

- Idiota. – e deitei em minha cama. – Caramba, estou muito cansada. – disse rindo.

- Que dia. – e deitou-se ao meu lado, rindo. Porém, nada fizemos. Não falamos mais nada e nem, ao menos, rimos. Estávamos deitados na mesma cama e eu suava frio. Eu conseguia escutar a sua respiração, a qual parecia estar fraca. Nós fazíamos de tudo para não nos encostarmos, por mais que isso fosse o que nós mais quiséssemos. Ele respirava muito perto de meu ouvido, deixando-me completamente excitada. Eu me movia, tentando fugir de qualquer tentação e, sem intenção, as nossas pernas se encostaram. Entretanto, ninguém se moveu. A única coisa que eu podia sentir era que ele estava nervoso também, talvez tanto quanto eu.

- Drew. – ele me chamou, fazendo-me tremer.

- O-oi. – respondi, gaguejando.

- Boa noite. – foi tudo o que ele disse.

- Boa... Boa noite. – eu respondi. Virei de lado, para que não pudéssemos nos olhar, mas as pernas continuavam intactas, movimentadas pela energia do toque.

Pelo amor. Pela excitação. Pela loucura que eu acreditava que sentíamos um pelo outro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

UH, sempre na trave esses dois hahaha!
Gostaram?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um toque francês" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.