– Vamos ver nerd. Vamos ver. Mas, se quer ajudar tanto vá à delegacia e faça o que eu disse. Ok?

– Ok. Eu vou. Mas, vamos comer logo que nós dois estamos com muita fome. Não é bebê? É sim papai, é sim!

O que? Ele ficou louco mesmo, está até falando pelo bebê. E pra ser sincera, eu me assustei com o jeito que o tonto do Freddie falou. PAPAI? No que essa criatura está pensando?

– Papai? Desde quando você é pai dele?

– Ehh... Não sei... Mas... Por enquanto serei o pai dele. Ele precisa de uma imagem masculina por perto – ele ficou sem graça pelo que fez e mudou de assunto – É melhor comer logo. Vou à delegacia daqui a pouco.

– Tudo bem! Vamos comer, já está esfriando.

Comemos e o nerd foi se arrumar para sair. Vou esperar ele voltar para saber tudo depois vou para casa. Está decidido!

– Sam... Já vou! Mas, antes, você precisa saber que a Carly viajou furiosa com você e até disse que era pra você ligar para ela assim que pudesse para escutar “poucas e boas”.

– Vlw, nerd, por avisar! Vou ligar agora pra ela. Se for pra escutar, vou escutar logo!

– Eh... Você vai contar pra ela sobre o bebê?

– Não sei. Acho que não. Tenho até medo de contar, ela vai surtar e mandar entregar ele as autoridades. Não! É melhor contar quando ela chegar, até lá, vou tentar resolver tudo.

– Você quis dizer “vamos tentar resolver tudo”, não é?

– A gente vê isso depois, nerd! Agora vai logo.

– Ok, ok!

E ele se foi. Sobramos eu e o... Meu Deus! Tenho que colocar um nome nesse garoto. Mas antes, vou ligar para a Carly. Espero que ela não grite muito!

Ligação ON

– Alô, Carly?

– Sam, sua... sua... Por que você não foi se despedir de mim, em? Eu esperei até 22:00h Sam, dez horas! E nada de você. Que amiga você, em? Vamos me conte, me conte logo o que aconteceu?

– Se você me deixar falar eu conto... Bem... Desculpa por não chegar a tempo, eu dormi demais. Desculpa mesmo, Carlynha!

– Tudo bem, Sam. Eu te desculpo, mas eu quero você me esperando no aeroporto quando eu voltar ouviu?

– Como assim? Aeroporto? Você não foi de carro?

– Pois é. Daqui de Yakima eu vou para o Brasil com o Spencer... Ahhh, parece que ele conseguiu entrar em uma exposição importante de lá e eu vou junto. Ele está tão animado e, eu também estou já me disseram que lá tem vários garotos lindinhos. Vai ser ótimo!

– Aii Carly, só você mesmo! Mas, quando vocês chegam?

– Eu acho que daqui a um mês e alguns dias talvez, depois eu ligo para dizer quando exatamente.

– Ok!

– E ai, amiga? Alguma novidade?

– Eh... Novidade? Não, não, nenhuma novidade, nadinha, tudo na mesma! – Nesse instante o bebê, que está no meu colo bagunçando meus cachos, dá uma risadinha alta. OMG!

– Sério? Você parece estranha... E o que foi isso? Sam?

– Carly, vou desligar, trás presente pra mim, tá? Tchau. Vou sentir saudades. Beijo!

– Sam, mas o que foi isso?

Ligação OFF

E desliguei. Nossa! Essa foi por pouco. Se ela soubesse do bebê, era capaz de desistir da viagem para vim ver o que está acontecendo com seus próprios olhos.

Olhei pro bebê e parece que ele vê graça em tudo. É estranho dizer isso, mas os olhinhos dele parecem tanto com os do Freddie. Isso é loucura, muita loucura, mas parece mesmo. Principalmente, agora, quando está sorrindo.

Deixa isso pra lá! Melhor vê se tem algo pra comer!

Freddie:

Cheguei à delegacia e perguntei o que a gente combinou, mas não tive sucesso, ninguém esteve procurando bebê nenhum. Não sei se o policial que me ajudou acreditou na mentira, mas disse que até o final das férias me manteria informado sobre o assunto.

Agora estou indo para casa, dá a noticia a loira demoníaca e encontrar o pequeno Freddie Junior. É... Eu sei que é estranho, parece que eu casei com a Sam e tivemos um filho. Mas, pensando bem, não seria de todo mal. Claro, a loira ia surtar se ouvisse isso, mas... Deixa pra lá!

Cheguei e encontrei a Sam brincando com o bebê no colo dela. Já disse que eles são lindos juntos?

– Oi.

Sam olhou pra mim ainda rindo, não aguentei e sorri de volta.

– Oi nerd! Como foi lá?

– Bem, não estão procurando por ele ainda, mas o policial ficou de me avisar se “aumentar o número de abandonos e crianças desaparecidas” até o final das férias de verão. Então, o que a gente faz?

– Uhmm. Eu não sei você, mas eu vou pra casa, já fiquei muito tempo aqui repirando o mesmo ar que você.

– E o bebê?

– Vai comigo, oras!

– Mas... mas... Vocês vão voltar?

– Claro que não! Por que nós deveríamos?

– Eu não sei! Talvez, por que estamos juntos nessa?!

– Você de novo com isso? Eu já disse que o bebê é responsabilidade minha e não sua.

– Mas, eu já disse meus motivos, e eu quero ficar com ele também.

– ahhh Nerd idiota! Ele vai ficar comigo e está acabado.

– Eu não concordo!

– arghh. Mas, de qualquer forma eu preciso ir pra casa. Minhas coisas estão lá e não aqui.

– Tudo bem, eu vou com vocês!

– O QUE? Agora eu preciso de guarda-costas? Deixa de ser abusado seu nerd.

– E você vai deixar de ser cabeça dura?

– Eu não sou cabeça dura. Você que é um demente.

– Loira demoníaca.

– Nerd burro.