- Eu já pensei nisso. Ele dorme na minha cama com você e eu... Eu me viro por aqui.

- Como assim “Ele dorme na minha cama com você”? Eu tenho que ir pra casa. E...

- E... Nada. Você dorme com ele na minha cama, é de casal, tem bastante espaço, mas se ele dormir só pode cair, e você não quer isso, quer?

- Claro que não, mas...

- Sam, mas... Nada. Tá muito tarde, e sua mãe nem vai perceber que você está aqui, ela vai achar que você está na Carly.

- Ok... Você venceu dessa vez. Mas, eu não trouxe nada pra tomar banho e dormir. Não posso dormir assim.

- Isso é fácil. Você vai tomar um banho agora, enquanto eu tento fazer essa criaturinha dormir. E eu te empresto um pijama meu. Pode pegar no meu guarda-roupa.

- Tudo bem, nerd, eu vou!

E fui, tomei um bom banho e por consequência, fiquei com o cheiro do Freddie. Que por sinal é muito agradável! Quer dizer, é horrível! Ahhhhhh... A quem eu quero enganar? O cheiro do nerd é uma loucura. E, ele também não é de se jogar fora e agora que ele cresceu e entrou na academia, ele está bem gostoso!

Para com isso Sam!

Sai do banheiro e fui procurar o tal pijama. Nossa só tem listras aqui. Credo! Ahh tem um com bolinhas. Que Nerdisse... Mas, vai ser esse mesmo. Vesti-me e fui pra sala, encontrei o bebê acordado brincando com os botões da camisa do Freddie e o bocó quase cochilando.

- NERD... Foi o bebê que te colocou pra dormir agora?!

- QUÊ? Nada disso, só... só estava... Estava fingindo pra ver se ele seguia o exemplo. Só isso!

- Nossa que esperto... kkk... Mas, Fredward, ele é um bebê, ele não sabe decifrar suas ideias geniais. Na verdade, ninguém sabe!

- Tá Samantha. Agora toma, tenta você o fazer dormir.

- Pode deixar.

Ele tava indo em direção ao quarto, mas parou e disse.

- Se achar melhor pode vim logo pra cama, vai que ele dorme mais rápido e você deve esta cansada também.

- Eu vou já, já nerd.

- Ok... eh, Sam...Eh... Você ficou bem bonita com esse pijama – Fiquei vermelha com essa, tenho certeza. E sem saber o que dizer. Droga!

- Vlw, Freddie. Quer dizer... É melhor você ir logo.

- Okay...

Arghh... Que nerd bobo. Me deixando envergonhada desse jeito. Como ele ousa!

Deixa pra lá. Melhor eu ir logo pra cama, por que esse mocinho aqui não quer dormir mesmo. Coloquei o bebê bem no meio da cama e deitei de um lado. Comecei a balançar ele pra ver se dorme, mas ele só faz rir. Pelo menos não está chorando, já é alguma coisa. Ele não dorme, mas eu já estou quase capotando. Olhos fechando. Fui!

Freddie:

Terminei meu banho, estou vestindo uma calça de moletom, que costumo usar sempre. E não paro de pensar, em como esse dia foi longo e estranho.

1º Minha mãe foi viajar para cuidar da minha tia;

2º Carly e Spencer, também viajam para Yakima;

3º, e mais confuso, a Sam acha uma criança no lixo?! Muito estranho e triste quem tem coragem de fazer isso com uma criança que nem dois anos tem. Eu acho! Como a própria Sam disse, alguém com coração muito ruim!

Mas, agora eu preciso dormir, estou morto. Vou entrando no quarto e me deparo com a imagem mais difícil de acreditar e fofa, que eu já vi. Sam e o bebê na minha cama. Nossa, como são lindos juntos.

A Sam, também, com 17 anos ficou tão gostosa, todas essas curvas que ela ganhou. Nossa! Mesmo com meu pijama, que é o que mais detesto, ficou linda... Mas, um risinho baixo me chamou a razão.

Ele não dorme, não?

- Dorme lindinho, por favor!

Só faz rir. É loucura eu dizer isso, mas o risinho dele parece tanto com o da Sam, mesmo que ela não sorria muito, são tão raros que eu já guardei na minha mente. E parece mesmo. Deixa pra lá... Amanhã, vai ser um longo dia, ainda bem que é domingo, preciso dormir.

- Acho que vou ficar aqui mesmo com vocês. Você se importa bebê? – Ele deu outra risadinha linda – Acho que não!

Eu fiquei ninando ele até... Até, dormi!

Sam:

Nossa que sonho mais louco que eu tive. Achei uma criança, Carly viajou e tive que ser ajudada pelo Fredward Benson. Que loucura!

Mas, o que é isso na minha cara? Parecem pezinhos?!

- OMG! Então, não era um sonho? – Disse ainda com os olhos fechados.

- Não! – Ouvi a voz do nerd.

Peguei os pezinhos que estavam no meu rosto e me sentei. O bobo do Freddie estava segurando o bebê e colocou-o para sapatear no meu rosto. Até que foi engraçado, o bebê não para de rir.

- Admito que é a primeira vez que acordo assim!

- É engraçado, como ele se diverte!

- É mesmo. Mas, nerd... O que eu faço com ele? É estranho, mas eu já me apeguei a ele e tenho medo do que possa acontecer com ele. Vão mandar ele pra algum orfanato e se... Se não cuidarem bem dele lá, e...

- Calma Sam! Provavelmente, é o que vai acontecer com ele mesmo. Mas, eu também não quero que ele sofra ou aconteça algo de ruim, eu me apeguei a ele, também. E, é por isso que temos que pensar no que vamos fazer.

- Eu sei, mas eu não quero abandonar ele em qualquer lugar que pode ser tão ruim quanto está no lixo, né?!

- É...

O silencio se estalou no quarto. Só quando o mau cheiro invadiu minhas narinas, que eu voltei a si. O mau cheiro vinha de ninguém mais, ninguém menos que o bebê. Com certeza ele sujou toda a roupinha do nerd. Nós nos olhamos e olhamos pro bebê que estava com uma cara de culpado e nós rimos.

Claro, que eu obriguei o nerd a dá um banho no bebê, que mesmo resmungando foi. E, em troca eu estou fazendo o café pra gente. Fiz o que pude fazer, já que aqui só tem coisas “saudáveis” e fiz o leitinho do... Agora, me toquei que o bebê não tem nome, nem uma idade certa, nem nada...

- Já fez o café da manhã? Estou faminto, esse mocinho me deu trabalho. Sam? Está ai?

Freddie balançava a mão na minha frente e eu voltei ao normal, se isso for possível.

- ahhh Oi.

- Você está bem?

- Claro nerd! Só que eu estava pensando, que você vai poder ajudar. Você poderia ir à delegacia e tentar descobrir alguma coisa. Sabe... Descobrir se tem alguém procurando pelo bebê.

- Eu até poderia ir, mas se perguntarem o “por que?” eu vou ter que contar que tem um bebê na minha casa que eu não sei de onde veio?

- arghh Nerd bobo! Sei lá, inventa. Diz que é pra um trabalho de férias para escola. Qualquer coisa. Diz que precisa saber quantos casos de abandono são feitos por dia, sei lá!

- É uma ideia boa mesmo, mas... Sam... Se ninguém estiver procurando por ele... eh... Nós vamos ficar com ele?

- Claro que não! Eu que vou ficar com ele. Me dá ele aqui.

- Não!

- O que? Como não?

- Eu quero ficar com ele também. Eu gosto dele, já me apeguei e eu sinto que ele gosta de mim também.

- Pode até ser, nerd. Mas, eu que o encontrei, ele é minha responsabilidade agora...

- Não me importa, eu vou ajudar e vou cuidar dele também, você querendo ou não!