~=~

(POV-Elaine)

_Por favor Elaine, não me entregue. Não quero...
_Morrer? – Completei. – Você está morta á muito tempo.
Ela ficou em silêncio, estava fraca, já eu estava alimentada.
Liguei para Klaus e ele atendeu no primeiro toque.

“Olá Klaus.”
“Aonde ela está?” – Ele foi hostil e direto.
“Na mansão Salvatore”

Ele desligou. Apertei um pouco mais a garganta de Katherine que tinha um pouco de temor nos olhos.
_Você é uma contradição ambulante, Elaine. – Katherine deu um meio sorriso.
Olhei para ela esperando ela continuar.
_ Você só está sendo agressiva.. – Ela parou se engasgando e afrouxei a mão novamente. – porque quer descontar sua raiva em mim, porque sou idêntica a ela, a Elena.
O silêncio tenso pairou até que me defendi.
_Não fale asneiras. Elena é minha irmã.
_ A irmã que tem o coração de Damon. – Ela disse devagar quase me torturando com aquelas palavras, mas não demonstrei o estrago feito deixando transparecer minhas emoções.
_ Cala boca, você não sabe o que diz. Está desesperada. – Afirmei.
_Mesmo que Damon sinta algo por você, não é mais forte que o sentimento dele por Elena. Admita. – Ela continuou me ignorando.
Aquelas palavras foram como um tapa em meu rosto, mas me mantive com a expressão transparente.
_Admita você. Teve os dois em suas mãos, mas foi muito egoísta para escolher um e acabou sem nenhum.
_Isso é um fato. – Ela concordou. – Mas Elena nunca os manipulou, e mesmo assim tem os dois. Pelo menos, é o que acho. – Ela riu rouca.
Eu queria bater na cara dela até deforma-la, mas a porta se abriu em um estrondo.
Klaus estava ao meu lado dizendo:
_Eu cuido do resto.

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(POV-Elena)

Damon pegou em minha cintura com força e eu entrelacei meus dedos em seu cabelo com destreza.
Eu não tinha mais controle sobre mim, só queria.. ele.
Cruzei as pernas em sua cintura e ele me prensou na parede. Ele passava as mãos descontroladamente pelos meus cabelos e eu delirava.
Parecia que a cada toque dele eu derretia. Ele era tão feroz e selvagem.. Já Stefan era..
_Stefan!
_Elaine!
Falamos ao mesmo tempo. Nossos olhos se abriram arregalados de arrependimento. Ele se afastou e eu me soltei.
Recompus-me envergonhada e sentindo repulsa de mim mesma. Eu havia chegado aquele ponto com Damon. Uma traição consumada.
Nós havíamos traído Stefan e Elaine e agora só uma coisa se passava pela minha cabeça: Iriamos contar a eles?

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(POV-Elaine)

Klaus se certificou que Katherine não estava mais com nenhuma gota de verbena e a hipnotizou. Para se certificar a amarrou com cordas “especiais”.
Fui no carro dele caso ela tentasse fugir. Ele nem agradeceu, mas já esperava por isso.
No trajeto eu pensava no que Katherine havia dito. Eu não queria, mas sabia que tudo que ela havia dito era verdade. Pura e cruel verdade.

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(POV- Elena)

_E agora Damon? – Perguntei desolada.
_Não sei. – Ele suspirou, parecia mais frustrado que eu.
_Devemos contar. – Disse baixo.
_Mas não queremos. – Ele completou com um meio sorriso no rosto.
Bufei e revirei os olhos. O celular dele tocou.
_Pronto. – Ele disse olhando pra mim.
_Quem é? – sussurrei.
_Oi Elaine, vocês encontraram Katherine. Ótimo.
“Ótimo, pelo menos isso” Pensei.
Damon desligou e voltou a colocar o celular no ouvido.
_Stefan, encontraram Katherine.
Meu coração disparou, Damon era imprevisível e podia contar tudo a Stefan a qualquer hora.
“Vamos deixar Elena escondida, só por precaução.” – Ouvi a voz de Stefan dizer.
Damon assentiu e logo depois desligou.
_Você ficará aqui, Stefan virá pra ficar com você.

_Tudo bem. – Respondi o olhando. – E conte a Elaine porque não vou esconder nada de Stefan.

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(POV-Elaine)

Finalmente chegamos a casa de Klau. Olhei de relance no relógio e já se passavam da uma da manhã.
Entramos e todos estavam reunidos na sala, menos Stefan, Elena e Damon.
O local pairava tensão, todos querendo estrangular Katherine.
_Cadê o resto? – Klaus perguntou para cada rosto presente na sala.
Ninguém respondeu e ele deu uma risada baixa e ameaçadora concluindo. Pegou Katherine pelo braço e sumiu no corredor.
Quando saiu, parecia que os outros haviam voltado a respirar novamente.
_Aonde eles estão? – Bonnie perguntou num sussurro.
_Um local seguro. – Respondi, não iria dar mais detalhes.
_Você está um caco! – Care se aproximou de mim tirando a sujeira grossa do meu cabelo.
_Era isso, ou a vadia escapava.
_você saiu no braço com ela? – Tyler perguntou empolgado
Assenti.
_Queria ter visto! – Ele disse rindo.
Todos riram, mas eu não estava de bom humor. Parecia que havia um CD riscado de Katherine na minha cabeça.
_Vou tomar um banho. – Respondi já indo pro quarto.
A porta de Klaus estava fechada e eu me perguntei o que ele estaria falando e fazendo com Katherine. Mas isso não era problema meu.
Entrei no meu quarto, fui tirando a roupa e a porta se abriu. Me virei, era Damon.
_Oi. – Disse.
_Oi. – Ele respondeu e sorriu, parecia tenso.
_ Como está Elena?
_ Bem, Stefan está com ela agora.
O silêncio pairou. Não iria falar sobre a conversa com Katherine, mas a briga..
_Onde encontrou Katherine? – Ele perguntou me olhando.
_Na sua casa.
Ele balançou a cabeça em forma de reprovação.
_Digamos que tivemos um pouco de dificuldade em captura-la. – Gesticulei com a mão para minhas roupas e meus arranhões.
Ele se aproximou e toucou minha face.
–Muito bom.
Sorri, mas logo disse.
_ O que houve? – Perguntei o olhando.
Ele suspirou lentamente, se afastou um passo e disse:
_ Sabe que não sou de enrolação, então vou direto ao ponto. – Seus olhos me prendiam. – Eu e Elena nos beijamos.
Abri a boca, mas não consegui falar.

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(POV-Elena)

Stefan rodeou o chalé como Damon, mas não havia nenhum “amigo” de Klaus a espreita.
Ele entrou e eu não podia adiar.
_Stefan preciso te contar... – Parei, reuni forças e disse por definitivo. – Eu e Damon nos beijamos.
_ O que? – Eu vi a fúria reunida em seus olhos junto com a decepção que fez meu coração se quebrar.

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(POV-Elaine)

_Preciso tomar um banho. – me virei e ele segurou meu braço. – Me solta! – Disse pausadamente.
Ele hesitou, mas me soltou. Fui para o banheiro e me tranquei. Me escorei na porta até cair sentada no chão, derrotada.
_Precisamos conversar. – Disse a voz de Damon meio abafada pela porta.
_Não. Sai.
_Elaine... – Ele tentou.
_Damon, agora não, por favor. – lágrimas começavam a rolar no meu rosto e ele saiu.
Sempre que meus raros e desastrosos namoros acabavam eu me sentia mal, mas um pote de sorvete e um filme resolvia parte das coisas, dessa vez era diferente., eu estava chorando, era tudo intensificado.
Era como se tivessem jogado meu coração em um lixo qualquer e não senti vontade de busca-lo, ele continuava sangrando.
Imagens deles dois se beijando com todo amor que sentiam um pelo outro passavam dolorosamente na minha mente.
Liguei o chuveiro e me encolhi no box. Pela primeira vez não queria ser imortal, queria morrer.
Se havia uma certeza, era que o que havia entre mim e Elena havia acabado.

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(POV-Elena)

_Eu e Damon.. – Repeti.
_Não sou surdo. Estou indignado...
_Stefan, foi só um beijo. – Disse tentando acalma-lo – Eu te ...
_Cala. Sua. Boca. – Ele disse devagar, estava com os punhos cerrados.
Nunca vi ele daquele jeito.
_ Por favor, entenda...
_Entender? Você disse que não o amava, mas olha o que fazem quando estão sozinhos! – ele pegou a mesa de centro da sala e tacou contra a janela.
Fiquei parada, sabia que ele não iria me machucar, mas sua fúria estava estampada em seu rosto. Seus olhos estavam negros.
Me aproximei, mas ele saiu como um raio pelo buraco onde era a janela.
_Stefan! – Gritei para o nada.
Eu não podia perdê-lo. Ficar sem ele, era como ficar sem a vida.

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(POV-Elaine)

Já havia amanhecido o sol apontava no horizonte. Me troquei, amarei meu cabelo em um rabo e sai.
Todos estavam dormindo. Nem sinal de Damon, ainda bem.
Sai e peguei o carro de Caroline. Sabia onde iria, e sabia muito bem o que fazer.
Percorri a estrada como louca, até chegar a uma estradinha de terra e ao chalé de Damon.
Estacionei o carro e segui confiante, raivosa e vingativa.

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(POV- Elena)

Sentei no sofá e fiquei fitando o buraco.
Abaixei a cabeça e senti uma presença pesada no ambiente.
Me virei e meu coração parou.

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(POv-Elaine)

_Olá. – Disse olhando para ela, senti que estava com a respiração presa.
_Elaine, precisamos conversar. – Elena se levantou do sofá.
_Claro. – Disse séria.
_Eu não.. – Não deixei ela falar, em um momento de fúria minha mão voou no rosto dela.
_Não queria? – Completei. – Mas fez Elena! Manipuladora, egoísta, cretina, mentirosa! Está bom, ou quer mais?
Eu já não conseguia mais controlar minha raiva.
_Só foi um beijo! – Ela tentou se explicar, justificar, isso me deixou pasma.
_Mentirosa! Você não consegue admitir nem pra si mesma. Você ama Damon! É pior que Katherine!
_Não sou, Elaine, você sabe que não sou. – Uma lágrima começou a escorrer em seu rosto, mas a raiva mascarava a pena.
_Elena não pode ficar pulando de Stefan pra Damon! Está magoando os dois! É assim que aprendeu, cansou de um passa pra outro? – Perguntei irônica.
A mão dela se levantou em direção ao meu rosto mas a segurei.

_ Poderia te machucar, mas quero que morra de culpa sozinha. Você acabou com a única coisa que me fazia completa e acabou com Stefan também. – Eu soltei sua mão e ela caiu em lágrimas sem me dirigir mas nenhuma palavra.
Sai do chalé, eu tive vontade de quebrar qualquer coisa a minha frente, mas o buraco na janela indicava que Stefan já tinha feito.
_ Mas uma coisa. – olhei pra ela – Não me considere mais sua irmã, aliás, acho que nunca considerou. – Sai do chalé.
Entrei no carro e lágrimas agora lutavam para cair, mas as obriguei a secarem. Aquilo não ia doer pra sempre, eu ia me recuperar.

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(POV-Stefan)

Corri o máximo até estar distante daquele chalé, daquele maldito chalé, distante de todos.
Era impossível não pensar em Damon e Elena (minha Elena) se beijando.
Sabia que Damon tentava sempre conquista-la , mas ela sempre resistia.
Nosso amor não significava nada pra ela?
Ele sempre o evitou e agora é só ficarem sozinho que acontece uma coisa dessas. Tudo desmorona?
Elena não pensou na própria irmã, ela não era assim quando era humana, ela jamais faria uma coisa dessas.
Pensei em como Elaine estaria, Damon era ótimo em decepcionar pessoas. Eu não podia acreditar que Elena também estava se tornando como ele.
Minha cabeça estava á mil. Perguntas e mais perguntas que me faziam ter mais raivas.
Só havia uma certeza: Damon iria pagar.

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(POV-Damon)

_Damon onde estão? Quero os quatro aqui agora. – Klaus estava impaciente.
_Não sei. – Respondi calmamente.
_ Será que vou ter que pegar um por um? – Agora a voz dele era ameaçadora.
_Já estou indo papai. Não quero ficar de fora.
Klaus suspirou irritado e desligou.
Damon se levantou da grama. Já eram 8:30 am. Não sabia onde estava Stefan, nem Elaine. Mas Elena sabia que continuava no chalé.
Eu me sentia culpado por Elaine, já por Stefan era outra história.
O ritual seria as 18:00hr, ainda havia tempo para acertar as coisas. O pior era que eu nunca melhorava as coisas, só sabia piorá-las.
Vários pensamentos rodavam na minha cabeça, mas só conseguir me firmar em um nome:
_Elena.

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(POV-Elena)

Já havia chorado o bastante. Eu me sentia culpada, mas não podia ficar abalada pra sempre. Não podia ser humilhada e pisada, ainda mais pelas pessoas que eu amava.
Estava na hora que acabar com aquilo. Era uma vampira e não precisava me esconder, não ia mais ficar no chalé, ele me deixava mais culpada ainda. Iria enfrentar tudo, até as consequências do meu ato de cabeça erguida.
Peguei meu casaco e sai. Estava decidida e não fugiria nunca mais.

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(POV-Damon)

Estacionei o carro na estradinha de terra. Desci e avistei Elena caminhando para fora do chalé, ela estava distraída.

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(POV-Elena)

Eu estava confiante e parecia ter criado um escudo a minha volta, um escudo que ninguém poderia quebrar. Ninguém exceto Damon, assim que o vi encostado em seu carro o “escudo” desmoronou.
_ o que está fazendo aqui? – Parei cruzando os braços.
_ Te esperando. – Ele respondeu sério.
_Pra que? – Disse incrédula.
_Pra entrar no carro! – Disse impaciente, desencostou do carro e abriu a porta pra mim.
_Eu vou a pé. Em menos de um dia acabei com meu relacionamento, minha irmã me odeia só por ficar alguns minutos com você.
_Nada disso foi legal pra mim, mas temos que resolver isso juntos. Certo? Todos juntos.
_Tá. – Respondi indo para o carro. Eu estava muito fraca para ir correndo e minha sede estava queimando minha garganta.
No caminho, ali com Damon, me perguntava se ele sentia mesmo algo por Elaine, ou estava adorando a situação.

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(POV-Elaine)

Não queria ir pra casa de Klaus. “Dane-se ritual, dane-se a vida de Elena” Pensei.
Agora, eu realmente queria que Katherine fugisse. Era errado e egoísta, mas a raiva havia congelado meus sentimentos bons, estava a um passo de desligar a humanidade. Por um momento pensei se viraria uma estripadora como Stefan, caso fizesse isso.
Acelerei, chegando á 180 km/h. A pista estava molhada, escorregadia e sem nenhum carro.
Pisei no acelerador com força, jogando meu corpo pra frente quando freei bruscamente.
_Stefan! – Gritei.
Ele estava no meio da pista. Descontrolado era a palavra para descrevê-lo.
_Elaine – Ele se aproximou da minha janela e tive medo, seus olhos eram tenebrosos.
_ Você está bem? – Perguntei abrindo a porta e saindo do carro.
Ele deu um sorriso sem humor.
_ Como acha que estou? Já soube? – O sorriso havia sumido do seu rosto.
_Sim. – respondi com os olhos baixos.
_Não parece abalada. – Ele se aproximou.
_Cada um reage de uma forma, Stefan. – Ele pensou por um momento em minhas palavras.
_ Ele não podia ter feito isso, ela era minha Elena. – Ele disse com a cabeça baixa, sendo extremamente obsessivo em suas palavras.
_Só foi um beijo. – Cuspi aquelas palavras querendo parecer indiferente.
_Se fosse só isso.. – ele riu rouco – é apenas o começo, Elaine. – Ele se sentou sobre o capo do carro agarrando os cabelos, perplexo.
_Se for pra ficarem juntos... – Parei, não iria terminar aquela frase. Doía em mim só de imaginar.
_Você não aceita! – Ele explodiu. – Pare de ser hipócrita.
_É. – Disse calmamente aceitando o que ele havia dito. – Eu estou irritado, furiosa. Pensei que ele ..
_Te amasse? – Ele completou rindo.
_Também pensei que a Elena fosse fiel. – Retruquei.
O riso desapareceu. E o silêncio se estabeleceu entre nós, mas foi cortado pelo celular.

“Que foi?” – Atendi grossamente.
“Aonde estão? Quero vocês aqui agora.” – Klaus parecia ter ignorado minha falta de educação.
“Eu não vou” – Disse decidida -“Não precisam mais de mim”
Olhei para Stefan que pegou o celular da minha mão.
“Nós já estamos indo.”– Stefan disse ignorando meu olhar.
“Stefan” – Klaus disse em um tom zombeirão–“Vocês fazem troca de casais?” – Ele riu com humor.
Stefan desligou sem responder á gracinha. Deslizou para o meu banco e disse tranquilamente:
_ Entra.

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(POV-Elena)

_Esse não é o caminho para a casa de Klaus. – Afirmei.
_Estou com fome e você também. – Damon não tirou os olhos da estrada.
O pior é que era verdade, minha boca implorava por sangue.
_Vamos para uma floresta. – Disse.
Ele olhou pra mim.
_Estou ofendido. Desculpe, mas não caço coelhos.
_Muito engraçado. – Sorri sem humor. – E eu não caço pessoas.
Ele freou bruscamente. Estávamos em um impasse novamente.

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(POV-Elaine)

Chegamos na casa de Klaus, eu e Stefan não trocamos nem dez palavras durante o trajeto.
_Stefan, acho melhor não contarmos para os outros...
_Sim, claro.
Ele me cortou mais uma vez, isso já estava virando hábito dele. E eu odiava isso.
Entramos na casa e os olhares se voltaram para nós.
Notei que Caroline arregalou os olhos.
_A onde estavam? – A voz de Klaus surgiu do corredor.
_Estamos aqui, é o que importa. – Stefan respondeu.
_E os outros dois que faltam? – Klaus perguntou.
_Não sei. – Respondi impaciente.
Klaus urrou nervoso.
_Klaus, são 9:30 ainda, temos bastante tempo ainda. – Caroline tentou ajudar.
Ele olhou pra ela, que abriu um grande sorriso depois olhou de mim pra Stefan com o sorriso desaparecido.
_Quero eles aqui até as 13:00h. – E se retirou.
_Eles estarão. – Respondeu Bonnie por todos.
_ Vou para meu quarto. – Disse escapando de perguntas e olhares curiosos.
Entrei, peguei minha mala e comecei a guardar minhas coisas. Não fazia sentido eu ficar naquele quarto.
_O que está fazendo?
Me virei, Caroline me olhava perplexa.

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(POV-Elena)

_Damon, eu não mato pessoas. Ponto.
_Tudo bem, então morra de fome. – Ele saiu do carro e eu fui atrás dele.
_Será que pode ser menos egocêntrico? – Disse pegando em seu braço e o virando.
_ E você, será que pode ser uma vampira de verdade? – Ele perguntou irônico.
_Nunca chegamos á um acordo, você é egoísta demais.
_Sim. – Ele olhou em meus olhos. – Sou tão egoísta que vivo preocupado com você, vivo te salvando. E o que eu ganho? Nada, Elena, nada.
_Nunca pedi pra me salvar. – Rebati.
_E é por isso que está morta agora.
Se ele me desse um soco, seria menos doloroso.
Ele voltou para o carro e fui também.