Klaus tirou o casaco e o jogou na cama. Havia duas opções em sua mente: procurar por Katherine, que seria perder um bom e precioso tempo. E ele odiava perder tempo. E havia a segunda opção, sacrificar Elena, fácil, rápido e prático.
Teria que enfrentar meia dúzia de vampiros e isso seria fácil, até divertido. Só que havia um porém, Klaus não gostava de perder tempo, mas se fosse com Katherine ele abriria uma exceção. Para ele não havia nada mais divertido que ver Katherine fugindo dele.
Era mais que crueldade, obsessão..
_Fico com a primeira opção. – Disse para si mesmo.

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(POV-Elena)

_Elena, vou te levar para um esconderijo.
_Como assim? Pra onde? O Klaus com certeza irá me achar. – Olhei pra ele com toda insegurança se transformando em lágrimas.
_Calma. – Stefan deu meio sorriso rígido, tentando me tranquilizar. Ele desviou o olhar e disse alto: _Damon.
Olhei para Damon que tinha no rosto uma expressão fria, quase sem emoção. Só havia preocupação, pelo menos era o que consegui identificar. Elaine vinha logo atrás, de mãos dadas com Damon. Eu não queria, mas aquilo, aquele afeto entre os dois, me deixou desconfortável.
_Diga.
_Lembra daquele lugar que você ficava?
_Eu ficava em muitos lugares, irmão. – Mesmo naquela situação ele era sarcástico e isso me deixava nervosa.
Stefan suspirou lentamente e disse:
_Quando fui falar com você sobre Katherine.
Elaine se mexeu e sua expressão era incrédula. Damon ficou rígido, arqueou uma sobrancelha e olhou para Elaine.
_Então Damon, se lembra? Estou pensando em levar Elena pra lá.

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(POV-Elaine)

Não era muito fã de Stefan, mas também não tinha nenhum ressentimento contra ele. Até aquele momento. Minha vontade era de lhe dar um soco bem dado. Era egoísmo pensar em mim com Elena correndo perigo, mas o ciúme era inevitável. Afinal, a meia hora atrás eu estava com Damon lá, eu havia delirado de prazer com ele e ele havia havia dito “Meu, e se quiser, o nosso refúgio.” Seria agora o dela e disso eu não tinha dúvidas.
Damon ainda me olhava pedindo minha opinião. Dei um sorriso forçado.
Ele voltou a olhar para Stefan.
_Eu me lembro. Pode leva-la pra lá.
As palavras foram ditas rapidamente, mas pareciam ecos em minha cabeça. Soltei da mão de Damon e sai da cozinha. No corredor a porta do quarto de Klaus estava aberta, mas ele não estava lá. Tinha que avisar os outros sobre a fuga de Elena, mesmo querendo ir pro quarto e desabar na cama. Me virei e tomei um susto.
_Te assustei? – Damon me olhava atentamente.
_Sim.
_Porque saiu de lá?
“Talvez porque você vai hospedar a garota que você ama no nosso lugar”– Respondi mentalmente.
_Essa não é uma pergunta inteligente, Damon.
_Eu sei. – ele segurou em minhas mãos – Por favor, não quero que fique chateada. – a voz dele era de veludo. Ele tocou meu rosto com ternura e eu quase desabei em seus braços. Quase.
_Estou bem.
_Está mesmo? Porque parece que..
_Damon, precisamos ir. – Ele foi interrompido por Stefan, que parou ao seu lado. –Antes que Klaus..
_Klaus não está aqui. – apontei pro quarto vazio. – E não sinto a presença dele.
_É verdade. – Damon relaxou um pouco. Stefan não.
_Ótimo, assim temos tempo pra levar Elena, com certeza ele foi atrás de Katherine. – Stefan respondeu tenso.
Damon assentiu.
_Então vamos, temos que avisar os outros e pedir para tentarem encontrar Katherine. – Stefan virou as costas e saiu.
_Vamos. – Damon se virou e fiquei parada.
_Eu não vou.
_O quê? – Ele se virou pra mim, me olhando intensamente.
_Não vou, vocês podem dar conta disso.
_Dar conta? – Ele estava começando a se irritar.
_Não foi nesse sentido Damon. – Eu suspirei, estava cansada fisicamente e psicologicamente.
_Tudo bem, eu entendo. – Ele me deu um beijo na testa e se foi.
Parecia protetor, mas naquele momento aquele gesto só me deixou mais esgotada.
Fui pro quarto e desabei sobre a cama.

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(POV-Elena)

Eu estava no carro de Stefan quando ele entrou. Damon chegou logo em seguida com um olhar nada amistoso dizendo:
_No meu carro.
_Pra que? Você vai na frente e eu te sigo. – Stefan disse impaciente.
_Bom, vamos recapitular, irmão. – Damon estava sério, mas irônico. Ele se aproximou do capo e colocou as mãos sobre o capô. – Klaus foi procurar Katherine, mas sem dúvidas está com um olho aqui, caso não encontre a vadia a tempo. Dois carros fora chamaram sua atenção irmãozinho!
_Tem razão.
Eu já estava saindo do carro, Damon abria a porta da frente do seu carro e fui me sentar.
_Elena, no banco de trás.
_Tu-tudo bem. – “Droga” Havia gaguejado pela surpresa.
A um atrás, ele faria questão de se sentar ao meu lado.. parecia que ele estava realmente apaixonado por Elaine.
E parecia realmente que algo dentro de mim havia se partido após esse gesto.

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(POV-Elaine)

Estava pegando no sono até a porta ranger, alguém estava entrando no quarto. Pulei da cama automaticamente com os punhos cerrados.
_Calma El! – Caroline levantou as mãos.
_Que susto! Pensei que fosse.. – Parei de falar.
_Que fosse? – Ela me olhou curiosa.
_O Klaus, a Katherine... – Menti.
_Hm, Bom. Eu e Tyler vamos procurar Kath, a vadia. Quer ir?
Pensei em duas possibilidades. Eu poderia ficar ali, naquela casa sinistra sozinha, ou poderia ir procurar Katherine e se desse sorte acha-la e dar um belos sopapos nela.
_Eu vou. – Me animei.

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(POV-Elena)

Eu olhava Stefan e Damon sucessivamente, eles estavam sérios e imóveis, apenas com uma ruga de preocupação ficada em suas testas.
_Acha que Klaus vai achar Katherine? – Damon que que quebrou o silêncio finalmente.
_talvez sim, talvez não, Katherine é muito ardilosa.
Damon deu uma risada curta e quase sem humor.
_Para onde vamos? – perguntei tentando não parecer tão impaciente.
_Quando chegarmos você verá. – Damon respondeu rapidamente.
Stefan não se manifestou, no fundo eu sabia que ele gostava desse abismo que se formava cada vez mais entre mim e Damon.

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(POV-Elaine)

Procuramos pelas rodovias, divisas, bairros duvidosos e até hospitais, mas “Kath Vadia” não estava em nenhum local.
_É parece que ela evaporou. – Disse Care.
_Como sempre. – Tyler completou com uma voz entediada.
_Nós vamos acha-la. – Suspirei frustrada. – Vocês podem me deixar na mansão Salvatore?
Caroline se virou com os olhos cerrados, seus olhos diziam: “O que você vai fazer?”.
_Vou pegar algumas coisas que preciso lá. – Expliquei.
_Então casa dos Salvatore. – Tyler disse já cantando pneu.

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(POV-Elena)

_É aqui? – Olhei em volta, só havia árvores sinistras.
_Sim. – Damon desceu primeiro já nos direcionando.
Stefan abriu a porta pra mim e sai.
_Vamos! Nem parece que são vampiros. – Damon disse lá da frente.
E das árvores sinistras que rodeavam o local surgiu uma casa as escuras, um chalé.
_Vamos entrar logo. – Stefan me apressou um pouco.
Entramos e as luzes se acenderam. A casa era espaçosa, aconchegante e colonial. Aqueles móveis eram de um ou dois séculos atrás.
_Há vários quartos, escolham o que quiserem menos o de porta preta. – Damon disse autoritário.
_Está bem. – Stefan respondeu. Pegou a minha mão. – Elena, você vai ficar aqui até acharmos Katherine.
_Não tem muito tempo, Stefan. – Damon ressaltou.
Era um fato, a cada minuto que se passava e Katherine continuava sumida eu ficava mais perto da morte.
_Vamos encontra-la, eu prometo. – Stefan disse baixo em meu ouvido – Damon, temos que vasculhar todos os lugares possíveis. Só que Elena não pode ficar sozinha. Pode ficar com ela por enquanto?

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(POV-Elaine)

Tyler e Caroline me deixaram na mansão e voltaram as buscas novamente.
Eu voltaria para casa de Klaus com meu carro depois que pegasse minhas coisas.
Entrei na casa assustadoramente silenciosa. Meu senso de alerta estava em alta e a cada passo que eu dava para encontrar o interruptor mais o alerta aumentava.
Uma mão gélida agarrou meu colarinho, levantando-me e me jogando no chão. Tentei me levantar, mas um pé me prensou no chão. 
Pelo cheiro do perfume, forte, marcante e meio enjoativo, eu já sabia quem era: Katherine.
_Ora, Ora, quem veio me visitar! – Ela disse em um tom de puro deboche.
_Sabe, eu não sei o que você é mais. – Disse arfando.
_ O que mais? – Ela repetiu intrigada.
Nesse momento peguei com agilidade o tornozelo dela e a joguei no chão, pulei em cima dela, prendendo seus pulsos em minhas mãos.
_Se é mais burra ou esperta do que pensei. – Respondo sorrindo.
_Com certeza mais esperta, sua cretina. – Katherine me deu uma cabeçada.
Eu cambaleei e cai de lado, Katherine se levantou meio tonta e eu me pus de pé rapidamente, peguei em seu cabelo e a joguei pra trás. Ela se chocou contra um armário que agora estava em pedaços. Peguei em sua garganta e a imobilizei completamente.
_Porque veio se esconder aqui? - Perguntei.
Ela não respondeu, apertei mais sua garganta.
_Deixe me ver.. - - Falei sorrindo – é tão estúpido que pensou que ninguém viria até aqui. – Eu ri sem humor.
_Não. – Ela disse com dificuldade, afrouxei um pouco a mão. – Queria pegar algumas roupas e cair fora.
Fiquei em silêncio e um trovão anunciou a tempestade prestes a cair.
_ O que vai fazer? – Ela me perguntou ao me ver pegando o celular.
_ Salvar a vida da Elena. – já estava discando o número de Damon, mas pensei bem e disse: _ Onde será que está o número de Klaus?

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(POV-Elena)

Stefan já havia ido. Damon ficava lá fora rondando o chalé como um cão de guarda. Ás vezes entrava pra me ver. Mas eu permaneci intacta no sofá de frente para a lareira.
Era tão irônico. Eu era um imortal, mas estava a beira da morte. Mais contraditório impossível.
Os trovões e raios que anunciavam a chuva caíram em forma de uma grande tempestade.
Damon entrou e ligou a luz.
_Tudo bem? – Me perguntou.
_Sim. – Respondi me levantando com os braços cruzados no peito.
A luz piscou.
_Droga de chuva! – Ele olhou pela janela e parecia desconfortável.
_Damon. – Disse.
_Sim? – Ele virou me encarando.
_Parece desconfortável. – Me aproximei. – Parece que está trancando com a pior coisa do mundo.
A luz piscou novamente.
_Eu? Desconfortável? – Ele arqueou uma sobrancelha. – Me diga o que é a pior coisa do mundo.
Abri a boca, mas a luz apagou de vez e um trovão, o mais forte e mais alto que já ouvi em toda minha vida, ecoou parecendo cair sobre a casa. Praticamente pulei sobre Damon assustada, o abraçando com medo.
Fiquei parada, tensa. “O que acabei de fazer?” – perguntei a mim mesma. Ouvi a respiração de Damon acelerar e seu coração disparar. O meu fez o mesmo.
Tomei coragem e me afastei dele. O encarei na escuridão. Um raio clareou o local e respondi á pergunta dele.
_Eu.
Ele me olhou fixamente e então nossos lábios se tocaram com ferocidade.