Melany acorda e vai tomar café, quando vê uma notícia na teve que a deixa enjoada. Ela larga o café para prestar atenção na notícia.

-   “Várias pessoas foram encontradas mortas em uma floresta, os corpos que já foram reconhecidos eram de pessoas que já estavam desaparecidas à anos e outras mais recentes. Não se sabe ao certo o que aconteceu, mas se sabe que todos passavam por uma estrada escura logo ao lado da floresta, onde se encontrou muito sangue espalhado. As investigações continuam e …”

Melany desliga a televisão apavorada, e se assusta com a hora. Enfia o café da manhã na boca e sai com muita pressa para não chegar atrasada na escola.

Ao entrar na sala de aula se depara com uma cena, que se ela estivesse sozinha naquele momento com Cristhofer ela o mataria. Ele estava sentado do lado de Ashley conversando e rindo com ela. Só restara um lugar ao lado de um menino novo na sala. Ele era meio intrigante e pálido.

-   Posso me sentar?

-   Claro!- disse ele cabisbaixo.

-   Então… qual é o seu nome?

-   Matthew.

-   Bom… de onde você é?- disse ela sem graça pela pergunta.

-   Eu sou de Londres.

Sem assunto ele refaz as perguntas de Melany.

-   Qual é o seu nome?- pergunta ele tranquilamente.

-   Melany!- disse ela sem graça.

Matthew deixou escapar um sorriso.

-   Que foi?!- disse ela meio sem graça ainda.

-   É que… bom esse era o nome da minha última namorada.

A cara de Melany foi parar no chão. Até agora ela estava meio sem graça, mas já ficou totalmente sem graça. Nesse instante entra na sala a professora de filosofia Jordana. Ela era a professora mais esquisita de todas, tinha um óculos “fundo de garrafa” meio amarelado e falava num estilo meio paz e amor. Tipo a professora Triloney do Harry Potter.

Melany olha para o lado e vê Cristhofer e Ashley ainda conversando. Aquela cena dava muito nojo mesmo em Melany, porém ela sabia se controlar.

            O sinal tocou e finalmente a aula acabou. Todos saem da sala.

-   Então tchau, né?!- e ela deu um abraço em Matthew meio sem jeito e muito sem graça.

-   Então até!

-   Ah! Me passa o seu telefone.

-   Claro!- exclamou ele sem entender-. Aqui está- ele entrega para ela um cartão com o seu telefone e deixa escapar outro sorriso misterioso.

-   Que foi dessa vez?- indagou ela sem entender agora qual o motivo do risinho.

-   Nada. É só que… eu nunca tinha dado meu cartão pra ninguém como você antes.

-   Valeu! Até então.

-   Até- eles se abraçaram novamente, porém dessa vez mais normal do que antes.

Melany caminha em direção a Cristhofer com uma vontade de estrangulá-lo.

-   O que você estava fazendo com aquela idiota?- questionou ela com muita raiva.

-   Nada. Só estávamos conversando, nada demais- afirmou ele achando que já havia acabado a discussão.

-   Sério?!- disse ela em um tom irônico com muito sarcasmo-. Parecia que vocês eram namorados.

-   Que isso?- indagou ele sem reação.

-   Que isso o que?- disse ela com a voz mais branda.

-   Isso de você ficar gritando e questionando com raiva.

-   Desculpa! Quando vi vocês dois minha vontade era de matar os dois- disse ela mais calma agora-. Você sabe tanto quanto ela que eu não gosto daquele projeto mau acabado de Barbie, acho ela metida e prepotente.

-   Ela não é, basta você conhecer ela primeiro.

Os dois se sentam aliviados por terem concluído a discussão, só que desta vez Melany fez uma pergunta que deixou Cristhofer desmoronado:

-   Onde vocês se conheceram?

Ele inventou várias desculpas, mas só uma quase convenceu Melany, porém ela fingiu que acreditou, não havia engolido esta história de que suas mães se conheciam.