Inimizade Amorosa escrita por Nat Rodrigues


Capítulo 23
Sou enganada por meu "namorado"


Notas iniciais do capítulo

Holla, que tal? Sei que devia ter postado mais rápido e tals, mas ontem eu postei da outra fanfic hihi, sorry... Queria agradecer de verdade a todos que favoritaram, e comentaram! Realmente eu não mereço leitores como vocês... Bem, muito obrigada, e BOA LEITURA!!



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– Isa! –falou Beck e veio ao meu encontro, enquanto Daniel apenas a seguiu sem falar nada.

. - Oi! –falei retribuindo o abraço. – Como estão as coisas? –perguntei.

- Bem, bem, estão bem. Mas e você, mocinha, como está indo com a recuperação? –perguntou se sentando ao meu lado na cama, não dando espaço para Daniel me cumprimentar. Porque ela fez isso? Credo, que possessiva!

- Lentamente... –falei e ri um pouco. – Ainda não me lembro de muitas coisas... –terminei de falar com um olhar triste. – E você, Daniel? Como vai? –perguntei dirigindo meu olhar para ele.

- Não muito bem, mas estou levando... –respondeu olhando para o chão. Estranhei sua reação. Poxa, ele veio me visitar, e fica nesse baixo astral todo? Achei que significava algo pra ele (ta estou exagerando, mas dane-se, percebi que sou exagerada faz tempo).

– “Não está muito bem”? –Beck repetiu meio irônica. – Esse aqui chegou a ficar tão preocupado quanto a sua mãe! Tentou de todo jeito vir aqui todos os dias pra te ver, mas o médico barrou ele. Pensa na insegurança que ele estava de você não lembrar-se dele? –ela falou rindo.

- Beck! –Daniel disse corando, que fofo! – Para! –pediu mais bravo. Tive que rir da situação, e acabei corando também, e ele percebeu, oh droga!

- Fico feliz que se preocupou comigo, digo... Não que eu queria alguém preocupado, é só que... Hum... Deixa quieto. –falei me embolando com as palavras. Desde que ele tinha entrado no quarto eu não olhei “diretamente” nele, ou melhor, não reparei nele. Ele era ainda mais bonito do que em foto, e seu rosto preocupado e abatido fazia com que eu tivesse vontade de levantar-me e abraçá-lo a força, sentir seu calor. Idiota, eu sei. Mas quando estamos apaixonados viramos completos idiotas.

- Meu Deus, vocês ainda continuam fofos juntos! –Beck disse rindo, e me lembrei que ela é uma das pessoas que mais gosta de me zoar com Daniel.

- Rebeca! –Daniel repreendeu de novo, agora um pouco mais alterado. –Para, por favor... –pediu com cara de cachorrinho.

- Hum... Mas... -comecei a dizer, mas parei. - É... Como posso dizer isto...? –perguntei meio baixo para mim mesma. Como eu ia fazer pra perguntar se éramos namorados? Tipo, iria ficar estranho se seu falasse, “Ei, somos namorados, não é?” Até porque, se não formos, eu ia sentir muita vergonha! E agora que ele está aqui minha barriga parece que virou o Polo Norte, e minhas mãos o deserto do Saara.

- Mas, hum, eu já tive... Am, como posso dizer? Um, sei lá... Namoro com você? –perguntei olhando para ele, e depois direcionei o meu olhar para seus all stars. Eu devia estar parecendo um tomate de tão vermelha, e tenho certeza que fiquei roxa de vergonha quando os dois começaram a rir da minha cara.

- Parem de rir! Eu não me lembro de nada! E a Beck ficou falando e eu achei que... –comecei a falar e os dois riram mais ainda- Ah! Parem de rir de mim! Isso é Bullying! –acrescentei cruzando os braços e ri um pouco com eles.

- Ta. Paramos. –Beck disse rindo um pouco ainda. - Não Isa, vocês não... –começou a dizer, mas Daniel a cortou.

- Sim, começamos a namorar no dia em que você... Bem, que você sumiu. –disse tentando olhar em meus olhos, mas meu olhar estava pregado no chão. – Mas como sabe disso? Digo, se lembrou de alguma coisa? –perguntou. Levantei o olhar para eles. Beck tinha uma expressão estranha no rosto, enquanto Daniel tinha um sorriso malicioso.

- Sim, mas não quero falar sobre isso. –disse afundando a cara no travesseiro enquanto morria de vergonha. Esse menino quer me matar, só pode!

- Hum... Vai, me diz! O que lembrou? –falou Beck cutucando minhas costas. Tirei a cara do travesseiro, e olhei séria para ela.

- Eu não quero passar mais vergonha! E vocês não vão rir de mim de novo! –falei com voz de criança birrenta.

- Prometo de mindinho que não vou rir! –falou Beck dando o mindinho dela. Às vezes parece que ela tem a mesma idade que a minha, quando na verdade é bem mais velha.

- E eu estou curioso para saber... –acrescentou Daniel ainda com o sorriso malicioso no rosto. Ai Jesus Cristo, eu to falando, esse menino ainda vai me matar de tanta vergonha que eu to sentindo!

- Hum... –falei enrolando enquanto procurava alguma lembrança sobre eles para mudar de assunto, mas nada veio. Droga de amnésia – Eu... Olha, não vou mentir, mas também não vou contar tudo. –disse olhando para a janela.

- Vai, conta logo! Esse “legal” do meu irmão não tinha me contado que tinha rolado algo entre vocês. Vai conta! –pediu Beck animada, até de mais pro meu gosto. Vai, Isabela, cria coragem e fala! –me ordenei em pensamento.

- É que bem... Quando vi algumas fotos e um vídeo, meu coração deu um pulo, sabe? E bem, me lembrei de algumas coisas de quando éramos crianças, e deduzi... –falei olhando agora para Daniel, e este sorria de orelha a orelha. E é claro que omiti que a segunda lembrança que tive foi a de nosso beijo.

- Então você admite que me ama? –ele perguntou ainda sorrindo. Fiquei meio desnorteada com a pergunta.

- Eu... Am... É, né... –falei agora voltando o olhar para o chão.

- Ai que fofo! –Beck disse sorridente, mas um sorriso que nem se comparava com o de Daniel. Sorri com seu comentário, e levantei só um pouquinho o olhar para poder olhar nos olhos azuis eletrizantes de Daniel, e baixar o olhar logo depois sorrindo tímida. Credo, estou parecendo uma personagem de uma história clichê! Mas a verdade é que meio que sou mesmo...

O Silêncio reinou por um minuto inteiro, até que Beck se levantou, e disse:

- Tudo bem, já entendi, vocês querem privacidade! –riu e saiu do quarto, mesmo com meu protesto para ficar. Logo depois Daniel puxou a poltrona e se sentou perto de minha cama.

- Então, vai me contar qual foi a sua lembrança...? –perguntou sorrindo. Olhei para minhas unhas, de repente elas se tornaram tão interessantes.

- Porque quer saber...? –perguntei olhando para seus lindos olhos.

- Porque é importante para mim, contando que você nunca tinha admitido antes que me amava... Pelo menos não diretamente. –falou retribuindo o olhar.

- Não? Nossa, porque? –pergunto espantada. – Digo, se nós namorávamos... –expliquei-me e ele sorriu divertido.

- Porque sempre foi orgulhosa de mais para admitir! –ele fala e solta uma risada. Sei que não era para me ofender com aquilo, mas estou um tanto sentimental de mais, então, bem, fiquei emburrada.

- E você? –falei meio grossa. – Alguma vez já disse que me amava? –perguntei. O sorriso de seu rosto diminuiu um pouco. Tooche! –pensei vitoriosa. Caraca, como eu sou criança...

- Bem, admito que não, mas já tentei. Mas sua reação era sempre tão... É... “Barraqueira”! –ele disse e riu.

- Por quê? –perguntei estranhando.

- Bem, sei que não lembra, mas quando eu quase te beijei pela primeira vez só faltou você me espancar! E quando o beijo finalmente rolou, você ficou brava comigo falando várias baboseiras sobre eu não gostar de você de verdade, e eu só te querer como um troféu e etc... –ele respondeu dando de ombros. – Até pedir ajuda a um escritor fantasma você pediu! –ele falou e riu.

- Pedi ajuda a um escritor fantasma...? –pensei alto. – Mas e como você sabe disso? –perguntei estranhando. Seu rosto perdeu o sorriso ele ficou sério de repente.

- Bem... Tenho uma coisa que eu nunca contei a você. Já publiquei um livro, e você conversou comigo achando que fosse qualquer outra pessoa. Você se abriu pra mim, e me chamou (xingou) de Traste Infeliz várias vezes. Foi difícil ouvir aquilo e defender você falando que eu era realmente um Traste Infeliz, mas foi assim que descobri que era correspondido. Mas então você se engraçou com outro cara e eu por raiva te ignorei... Quando estava tudo bem entre a gente, e estávamos amigos, você é sequestrada. -Ele resume e tento aderir a tudo que ele disse. Não me lembro disso, de ter falado com um escritor fantasma, mas se ele diz...

- Ah, e tem mais uma coisa que nunca te contei. O livro que escrevi foi para você... –ele disse e sorriu. Percebi que nossas mãos estavam muito próximas, então por um ato de coragem a segurei, dando incentivo que ele me explicasse o porquê dele ter escrito o livro.

- Pra mim? Mas... Por quê? –perguntei sorrindo.

- Porque não suportava mais o fato de que nem amigos éramos, então escrevi uma história onde os principais eram amigos desde a infância, diferente de nós dois que sempre brigávamos, e que no final o mocinho ficava com a mocinha, porque sempre pensei que este era um final impossível para nós dois, então quis imaginar como seria se tudo fosse diferente... –ele disse e foi à vez dele ficar com vergonha.

- Mas uma coisa não se encaixou... Você disse que quando finalmente viramos amigos eu fui sequestrada. Mas faltou a hora em que começamos a namorar... –falei começando achar estranho. Será que ele mentiu pra mim para curtir com a minha cara? De reflexo larguei sua mão.

- Calma! –ele disse pegando em minha mão de novo, mas continuei com a carranca no rosto. – Viu? Já vai aprontar um barraco! –ele disse e começou a rir, mas como viu que eu não o acompanhei me olhou sério, e levantou da poltrona se aproximando mais de mim.

- Você só está curtindo com a minha cara, não é? –perguntei manhosa quase começando a chorar. Já disse, e repito, tenho certeza que estou na TPM.

- Você realmente acha que eu não te amo? –perguntou, mas não esperou resposta alguma, pois logo após me beijou. ME BEIJOU. A sensação foi maravilhosa, como se uma explosão de fogos de artifícios estivesse acabado de começar, e não tivesse prévia de termino. Fiquei meio perdida em meio aos sentimentos que me reanimaram, e era como se hoje o dia tivesse amanhecido cor de rosa. Exagerada, eu? Nunca. – E agora, ainda acha que não te amo? –perguntou após nos separarmos. Sorri e balancei a cabeça falando que não.

-Toc. Toc. Hum... Olá.... –disse uma voz vinda da porta nos atrapalhando. Daniel rapidamente se afastou de mim, constrangido por ter sido pego no flagra me “agarrando”.

- Oi... –respondi meio chocada ao ver que era Roberta. – Como vai? Entre. –falei sorrindo. E Daniel estranhou minha reação, só não sei o por que.

- Obrigada. –ela disse e entrou tímida no quarto. Mais porque tanta cerimônia? Nós não somos melhores amigas...? Ou brigamos e eu não me lembro?

- Como está se sentindo? –perguntou meio distante da cama, sem ir me cumprimentar. E reparei que ela também ignorou a presença de Daniel ali.

- Ro, aconteceu alguma coisa? –perguntei com a voz triste. – Estamos brigadas? –perguntei, mas ela não me respondeu apenas olhou para o chão. –Não me lembro... – contei triste.

- Bem, vou indo, tchau. –disse Daniel dando um pequeno beijo em minha testa e saindo do quarto. Logo depois que saiu e fechou a porta, Roberta começou a chorar e veio correndo para perto de mim, e se agachou perto de minha cama.

- Me perdoa Isa? Por tudo que eu já fiz de errado? Por ter te julgado e não acreditar na sua palavra? Eu... Eu... –ela começou a dizer enquanto se acabava em lágrimas.

- Ro... –comecei a falar, mas ela me impediu, continuando:

- Eu... Eu não devia ter brigado com você, mas coloquei o orgulho na frente... Mas, aí, quando... Quando eu soube que você quase morreu, eu entrei em desespero... Mas estava com muita vergonha de vir aqui... Até que... Até que não aguentei mais e vim lhe ver... Me perdoa? –ela suplicou já de pé, pois enquanto falava ficou gesticulando com a mão, uma coisa que sempre faz quando está nervosa com algo. Segurei suas duas mãos e sorri para ela.

- Claro, eu nem me lembro o que aconteceu! –falei rindo um pouco e a abracei. Depois de um tempo ela se acalmou, e se soltou do abraço.

- Amigas? –ela perguntou estendendo a mão.

- Claro. –respondi sorrindo e a abracei novamente. Logo depois começamos a conversar, e fui me lembrando de algumas coisas que antes não lembrava, como por exemplo uma discussão nossa no shopping por causa do Daniel. E então várias, e várias lembranças começaram a surgir, me dando uma tremenda dor de cabeça.

- Ai... Eu... Ai... –falei colocando a mão na cabeça. E então tudo começou a girar, e eu já não ouvia nada que vinha de fora. Logo depois a visão também falhou e eu desmaiei. De novo, credo, meu cérebro é muito fraco, nem lembrar de fatos da minha vida cotidiana ele aguenta!


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Ficou bom, ficou ruim..? E ahh, só parei nessa parte, porque talvez o proximo cap será o ultimo antes do Epílogo, e terá também um cap extra, que depois explico como vai funcionar... Bem, é isso, obrigada por ler! Beijos!E ah, se puderem dar uma passadinha em uma fanfic de uma amiga minha, é esta: http://fanfiction.com.br/historia/330672/Em_Busca_Da_Velha_Alice/. Eu particularmente adoro a escrita dela... Enfim, é isso, beijosss!!