Percy Jackson Na Arena escrita por Vitória


Capítulo 56
Ódio


Notas iniciais do capítulo

Heeeey! Estou de volta com mais mil e umas desculpas. Eu sei, estou demorando mais que o normal. Pois é, bloquei de criatividade misturada com preguiça é uma doença séria que atinge 9 em cada dez escritores de fic. Sou uma azarada que pegou desse mal, MAAAAS, agora eu já to melhor e acho que o próximo vai sair mais rápido. Semana que vem, talvez? Bom, sem mais delongas, o cap que mais me doeu ao escrever. Cara, deu um aperto no coração escrever as últimas palavras...



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P.O.V Percy

— Thalia! Atrás de você! — Grito alarmado. Felizmente, a garota me ouve e consegue virar para trás no momento exato em que um Pacificador sem arma, tenta a atingir com a faca. Ela consegue aparar o golpe e bate em sua cabeça com Aégis. O Pacificador cai no chão e acredito que ele não vá acordar tão cedo. Thalia levanta a cabeça e sorri para mim.

— Valeu, Cabeça de Alga. Agora vê se presta atenção na sua própria luta. — Eu sorrio de volta, levantando a arma em minhas mãos e atirando em todos que estão de branco.

O plano era descer a 400m de mansão e se esgueirar sem chamar atenção até lá, mas é óbvio que deu tudo errado. Assim que Clarisse dá um passo a frente de onde estávamos escondidos, um alarme soou e um holofote caiu sobre nós. Sem pensar duas vezes, Clarisse atirou nos primeiros pacificadores que já preparavam as armas. Assim, nós seis saímos do esconderijo e atiramos em tudo pela frente. Aos poucos, os Pacificadores foram chamando reforços. Nós conseguimos contê-los, mas, se eles continuarem aparecendo na mesma rapidez com que são mortos, seremos vencidos.

— Thalia, Clarisse! Nós precisamos sair daqui. Agora.

— Vão! — Clarisse grita. — Vão agora quando dou cobertura pra vocês, só não façam nada estúpido quando eu estiver longe. A sorte é que parece que todos os Pacificadores da cidade estão aqui, então o caminho estará mais limpo pra vocês. Vão seus babacas.

Eu troco olhares com Thalia, nos quais traçamos um plano silencioso. Ela se esgueira pela esquerda e eu pela direita, tomando cuidado para ficar fora da linha de visão dos Pacificadores e atrás de Boggs, que atira sem errar uma vez. Consigo sair sem maiores incidentes, apenas um pacificador que fazia patrulha em uma esquina. Quando me vê, ele entra em estado de choque. Miro em suas pernas e atiro, quando me aproximo, bato em sua cabeça com a arma.

Encontro Thalia do outro lado, e sem dizer nada, nós continuamos nosso caminho em direção à mansão. Vamos andando, nos escondendo atrás dos escombros e saindo quando julgamos ser seguro. Quando viramos uma esquina, finalmente avistamos a mansão. Ela é exatamente como eu me lembrava, do desfile de abertura dos Jogos Vorazes. A sacada onde o presidente fazia seu discurso está vazia, mas aberta. A única brecha da fortaleza.

— Como nós vamos entrar aí? — Thalia pergunta assombrada. Ela está olhando em direção às ruas e os portões, cheios de Pacificadores. Percebo que alguns andam em linha reta e dando meia volta, como se tivessem fingindo que estão no controle, mas na verdade não fazem ideia do que fazer.

— Eles estão com medo. — Digo — São os recrutados de última hora. Aqueles lá atrás são treinados. Esses aqui foram chamados por causa da guerra iminente e estão aí só para colocar medo. Aposto que assim que nos aproximarmos, sairão correndo.

— Bom, não podemos contar com isso. — Thalia replica. — Se tiver um aí que saiba atirar, já era. Precisamos de uma brecha.

— Ali, está vendo? — Aponto para a sacada. As cortinas balançam com o vento. — Acredito que seja o escritório do presidente. Precisamos chegar até lá.

— Como? Voando? A não ser que você tenha um pégaso no bolso, nós precisamos de outra ideia.

— Isso! Thalia, pense. Se aqui tem semideuses perdidos, porque não teria criaturas mitológicas. Será que eu consigo chamar um pégaso?

— Tente. — Thalia diz descrente. — Mas vá rápido, não sabemos quanto tempo eles poderão aguentar. Logo sentirão nossa falta. — Eu assinto. Não podemos deixar tudo nas mãos de Clarisse, Paula, Gale e Boggs. Eu fecho os olhos, tentando me concentrar. Hey, tem alguém aí? Pégasos, podem me ouvir? Precisamos de ajuda, por favor. Nada. Vamos, vamos. Eu sei que vocês estão aí. Eu abro os olhos, meio que desistindo, mas finalmente ouço uma voz em minha mente.

E porque faríamos isso, senhor?

Porque, se fizerem, vocês terão uma chance de liberdade. De finalmente pararem de se esconderem. Nós estamos lutando contra esse sistema, vamos reverter a situação.

Ouço um relincho, mais nada. Não tenho certeza se concordaram em ajudar, até que Thalia grita.

— Percy! Funcionou! — Ela ponta para o céu, onde dois pégasos cinza vêm em nossa direção. Felizmente, eles são silenciosos e nenhum Pacificador olha para o céu. Eles pousam ao nosso lado. Sintak, Senhor. Diz o que parece mais velho, abaixando para eu subir em suas costas. Leslie, senhora. O outro, ou outra, se apresenta para Thalia, que olha para mim confusa, somente ouvindo um relinchar.

— Ela diz que se chama Leslie e você pode subir nela. — Thalia olha cuidadosa para o animal e sobe em suas costas. — Você vai ficar bem. Ela não vai te deixar cair. — Eu garanto. Thalia apenas morde os lábios e fecha os olhos quando os cavalos levantam voo. Estamos no meio do caminho e ninguém olha para o cu. Estou confiante que conseguiremos chegar sem sermos vistos, até que alguém grita.

— Cavalo voador! — Os Pacificadores olham para cima descrentes e arregalam os olhos. Estou preparando a armas para começar a atirar, quando eles jogam as armas no chão e começam a correr. Viro-me para Thalia, sorrindo, mas ela ainda está de olhos fechados.

— Bom saber que posso contar com você — resmungo. Os cavalos finalmente pousam na sacada e Thalia desce depressa.

— Nunca. Mais. — Ela diz olhando para mim.

— Ah, vamos. Comece a bolar um plano de fuga então, porque não sei como sairemos daqui. — Ela me fuzila com os olhos e eu sorrio. Viro-me para os cavalos. — Podem ir. Prometo que quando tudo isso tiver acabado, nós vamos encontrar um lugar para vocês.

Obrigada, senhor. Leslie diz antes de levantar voo. Sintak vai logo atrás.

Se precisar é só chamar, senhor.

— Hora de ir. — Digo. Thalia vai à frente, observando a sala.

— Parece vazia, vamos. — Nós entramos na sala que, para minha surpresa, não é um escritório e sim um quarto. Luxuoso, devo ressaltar. O cheiro de rosas e sangue é notável e eu começo a respirar pela boca, evitando vomitar. — Vamos logo, esse lugar me dá náuseas. — Thalia diz indo em direção à porta sem fazer barulho. Ela para antes de abrir, tentando captar o mínimo som, e , sem ouvir nada, ela abre a porta. O corredor está surpreendente vazio.

— Eu acho que não tem ninguém aqui em cima. Devem estar lá em baixo. — Sussurro, sem saber se posso falar em voz alta. Thalia assente caminhando para a escada.

Ela para no primeiro degrau.

— Se tiver alguém lá em baixo, seremos alvos fáceis. — Apesar disso, ela começa a descer as escadas, evitando fazer o mínimo de barulho possível. A casa parece abandonada. Lá em baixo, não há ninguém. É uma sala de estar, com dois sofás enormes, um tapete magnífico e a maior TV que já vi na vida. Thalia segue caminho, andando até uma porta no final do salão. Ela é a coisa mais simples da casa, se madeira marrom. Finalmente, ouço alguma coisa. Uma voz. Do presidente.

— Ele está ali. — sussurro. Thalia balança a cabeça em sinal de afirmação.

— Algum plano completamente genial e idiota ao mesmo tempo?

— Nós abrimos a porta rápido e atiramos em tudo o que vimos pela frente. — Sorrio. Thalia retribui e recua, apontando para a porta com uma reverencia debochada.

— Você primeiro.

Eu respiro fundo e abro a porta com a arma já pronta e o dedo no gatilho. Mas não atiro. Só há duas pessoas na sala: O presidente Snow, sentado atrás de uma mesa com os cotovelos na mesa,olhando para a porta com um sorriso debochado e uma pessoa na cadeira a frente dele, que está de costas para mim. Quando a cadeira gira, meu coração dá um pulo no peito.

— Annabeth... — Ela está acabada. Linda, mas acabada. Seus olhos esquerdo está roxo, e há olheiras profundas no seu rosto. Seu cabelo está liso e ensebado, como e não houvesse sido lavado há anos. Apesar disso, suas roupas são limpas e novas, além de sua expressão não ser de cansaço, mas sim de fúria ao olhar para mim. Fúria, não. Ela já esteve furiosa comigo. Isso é pior. Ódio. Ela está com ódio de mim. Viro-me para o presidente. — O que você fez com ela?

— Eu posso responder por mim mesma, Percy Jackson. — Ela diz com desprezo na voz. — Ele não fez nada, apenas me mostrou a verdade.

— Annabeth. O que aconteceu com você? — Thalia pergunta. — O seu rosto...

— Não está muito pior que o seu, Thalia. — Annabeth retruca.

— A conversa está ótima, mas temos mais o que fazer. — O presidente interrompe. — Eles me disseram pra ir atrás de vocês, mas eu disse que não era preciso. Na verdade, quem teve a brilhante ideia de esperar foi a querida Annabeth. — Ele sorri para ela. E ela retribui. ELA RETRIBUI! — É uma pena que Katniss não tenha vindo junto. Mas, acredito que ela também virá, para salvar seus queridos amigos.

— Você não vai nos prender. — Ele ri.

— Eu já prendi. — E aponta para a porta, que é aberta brutalmente por cinco pacificadores, três deles trazendo Clarisse, Gale e Paula. Olho para Gale, fazendo a pergunta com os olhos. Ele balança a cabeça e olha para baixo. Boggs morreu. — Ah, sim. O comandante morreu. Até quando deixarão que outras pessoas morram por vocês, filhos de deuses?

Olho para Thalia. Deixe-o falando. Transmito a mensagem com o olhar, que ela entende.

— Como, como conseguiu que Annabeth fosse para o seu lado? — Ela pergunta.

— Oh, não foi difícil. Eu apenas disse a verdade, não é querida? — Annabeth sorri novamente para ele e assente. Eu faço um careta e viro-me para Gale. Ele está desarmado e suas mãos estão presas com algemas. O Pacificador não olha para mim, e Snow continua respondendo as perguntas de Thalia.

— Vocês fizeram exatamente o que ela disse que faria. Estou realmente impressionado com os pacificadores que deixei patrulhando, eles fizeram tudo direitinho! Só estou um pouco surpreso de como conseguiram entrar. Cavalo voador, foi o que ouvi.

— É. Por aí. — Thalia diz. — Mas nós vamos reverter isso. Annabeth é inteligente. Aposto que ela mostrou bastante resistência.

— Você consegue se soltar? — Pergunto para Gale sem emitir som. Ele assente.

— Porque você insiste em dizer que a forcei? Eu só disse a verdade. Esse hematoma foi um pequeno acidente, não é minha querida?

Faço a mesma pergunta para Clarisse, que revira os olhos. Minha única preocupação é Paula, mas, quando me viro para ela, sua expressão é determinada.

— Eu consigo. — Ela move os lábios. Eu dou um sorriso encorajador e me aproximo de Thalia.

— É claro. Eu fui tão boba, caí da escada. — Annabeth diz e dá uma risadinha no final. Observo a cena com um misto de desprezo e tristeza.

— Nós precisamos pegar ela, tem que haver um jeito de reverter isso. — Sussurro para Thalia.

— Eu sei. No três?

— No três. — Confirmo. — Você não venceu, Snow.

— Um.

— Venceu o que? Essa guerra é completamente desnecessária, vocês sabem disso. Nós podemos chegar a um acordo.

— Você não vai continuar no poder.

— Dois.

— Ah, isso não é um problema. É essa sua intenção? Poder? Tudo o que eu quero é paz para todos, não me preocupo com o poder.

— É verdade. Tudo o que Percy sempre quis foi poder. — Annabeth diz prestativa. Eu ignoro as palavras, forçando a me lembrar de que não é ela que diz isso.

— TRÊS! — Thalia grita. Tudo acontece ao mesmo tempo e rápido demais. Gale dá uma cabeçada no pacificar e, com as mãos nas costas, pega a arma e a joga para mim. Eu a pego no ar e dou um tiro no pacificador. Clarisse dá uma rasteira no que prende ela e me surpreende dando um soco em sua cabeça, com as mãos livres. Paula parece ter problemas e assim vou até ela, mas outro pacificador me bloqueia. Não tenho tempo para mirar, então bato com a arma em sua cabeça e outra pessoa atira nele. Thalia, com uma arma que veio do além atira no último pacificador, o que prende Paula. Ela se solta e levanta as algemas para mim, que as quebro com um tiro. Eu sorro em direção a Annabeth e a pego pelo braço, mas ela luta.

— Me solta! ME SOLTA PERCY JACKSON! Eu não quero ir. — Eu a levanto e ela me dá um cotovelada na barriga, fazendo eu afrouxar o aperto. Então, ela me solta e me dá uma rateira, mas eu a levo junto para o chão e é assim que a cena se congela.

Thalia e Gale com as armas apontadas para Snow, que ainda está sentido na mesa, olhando tudo com uma expressão divertida. Paula, que aponta para a porta, para o caso de alguém aparecer. Clarisse olhando pela janela, observando a situação. E eu, caído no chão, com uma Annabeth por cima de mim me olhando furiosa enquanto a prendo com meus braços.

— Vamos, Annabeth. É mentira, você sabe que é. — Ela me fita com aqueles olhos cinza assustadores, carregados de ódio.

— Eu te odeio, Percy Jackson.


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Notas finais do capítulo

Eu tenho uma coisa a dizer agora. Segundo o maravilhoso contador de acessos do Nyah!, no último capítulo houve 125 CENTO E VINTE E CINCO acessos. Agr alguém pode me fzr o favor de explicar pq eu só tive 12 DOZE reviews?????
Cara, slá. É legal ler os reviews de vcs e isso ajuda. Incentiva. Vcs n fazem ideia de qnts ideias pra fic eu já irei dos reviews, portanto, qnt mais reviews eu recebo, mais rápido eu escrevo, pq eu tenho mais ideias e coisa e tal. Então, pfv, comentem.
E aqueles que sempre comentam, obrigada. Sério mesmo e, msm q n haja mais comentários eu nunca abandonaria uma fic por esse motivo.

FALANDO NISSO, como vcs podem ver, a fic ta acabando. Sério. Ela tá mais longa do que eu esperava. Eu tive, esperava escrever por sei lá, ums seis meses??? Mas já faz 1 anos e 3 meses cara. Isso é mt tempo e a fic já ta longa demais. Sério, por isso, eu vou agilizar o processo. Preciso terminar ela logo. Então é isso.
COMENTEM!

ACCIO LEITORES FANTASMAS! (E leiam minha outra fic, please :p )