Percy Jackson Na Arena escrita por Vitória


Capítulo 57
Ilusão


Notas iniciais do capítulo

OOOi! Nm demorei dessa vez. Na verdade, eu nem ia fazer esse capítulo, comecei por bobeira. Mas eu gostei tanto dele que quis postar. O prox sai essa semana ainda. Eu acho. No máximo segunda!
E, é isso.
Eu vou responder os reviews atrasados, prometo!!!!



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POV Annabeth

Dor.

É a única coisa que sinto. A única coisa que consigo identificar na confusão em que minha mente se encontra.

E um par de olhos verdes.

Sei que estou deitada, mas não faço ideia de onde. Desde que recobrei a consciência meu olhos ainda não abriram. Eu tentei, mas era como se minhas pálpebras tivessem sido coladas com Super Bonder. Tudo o que eu vejo são imagens, cenas. Pessoas me dizendo que me odiavam. Conversas em que eu e minha estupidez somos os assuntos principais. Eu sei que conheço essas pessoas. Forço minha mente a pensar. Tento me concentrar, mas os gritos em minha mente se tornam mais altos, tornando ainda mais difícil a minha falha tentativa de controlar minhas próprias lembranças e pensamentos. Mas eu não desisto.

Aos poucos, consigo discernir os rostos das pessoas que dizem que me odeiam e logo lembro seus nomes.

Kate.

“Você se acha demais, mas não é nada, Annabeth.”

Will.

“Você nunca será uma líder de verdade.”

Os gêmeos Stoll.

“Você é chata.” “Arrogante.” “Ignorante.”

Katniss.

“Você não merece o Percy.”

Chris.

“Quem você pensa que é? Todo mundo te odeia, Annabeth.”

Lou.

“Tem medo de aranhas? Que ridícula.”

Jake.

“Qualquer um é mais inteligente que você.”

Clarisse.

“Você é só uma garotinha idiota e imprestável que não sabe fazer nada.”

Nico.

“Nem o submundo te quer, Annabeth, e esse é o único motivo do porque você ainda não está morta”

Thalia.

“Você só atrapalha minha vida.”

E Percy. O meu Percy.

“Eu te odeio.”

As palavras machucam, mas de algum modo me parecem falsas. Erradas. Como se nunca tivessem sido pronunciadas. Minha cabeça lateja quando começo a me obrigar a relembrar a verdade. Os gritos se tornam ainda mais ensurdecedores, mas ao invés de piorarem minha situação, me dá ainda mais vontade de lutar contra isso.

“Eu te odeio.”

É a voz dele saindo da boca dele, mas eu sei que não é ele. Os seus olhos dizem outra coisa.

“Eu te amo.”

E, dessa vez, as palavras me convencem. Quando ele volta a dizer que me odeia, eu não acredito. As palavras não fazem nada comigo. A única coisa que eu presto atenção são os olhos. Verdes. Azuis. Castanhos. Pretos. Eles desmentem o que suas bocas pronunciam. De repente, uma voz que nunca ouvi na vida entra na minha mente. Ela é real e está próxima de mim.

— Estamos perdendo o controle!

Tento mais uma vez abrir os olhos e dessa vez tenho sucesso. Assim que me acostumo com a claridade do espaço, o observo com minha visão periférica. Estou em uma espécie de quarto de hospital. Uma mulher que parece médica está a minha direito, olhando para uma tela onde imagens da minha vida aparecem, mas logo somem.

— Perdemos o controle! — A mulher diz numa espécie de Walkie Talkie, a voz parecendo desesperada. Ouço passos no corredor e fecho os olhos quando a porta é aberta. Um cheiro nauseante de rosas misturado com mais alguma coisa invade o local e eu tenho que me esforçar para não vomitar.

— O que está acontecendo? — É a voz do Presidente.

— Perdemos o controle. — A mulher diz alarmada. — Ela não está reagindo como o previsto. Toda vez que tentamos distorcer alguma lembrança, ela impõe outra ainda mais forte.

— Isso não é possível! Continue tentando. Ela é apenas uma garota.

— Uma garota muito forte, por sinal. Isso não vai mais funcionar.

— Então tente outra coisa. Ela precisa saber a verdade sobre quem são seus amigos.

— Sim, senhor.

A porta é aberta novamente e o presidente sai. Infelizmente, o cheiro permanece. Ainda estou com os olhos fechados quando a mulher volta a falar.

— Preciso de dois pacificadores para levarem a garota. Agora.

Poucos minutos depois, os pacificadores entram e começam a me tirar da maca. Eu não luto contra eles, sabendo que é inútil. Eles me levam para fora e respiro fundo quando o cheiro do presidente fica para trás. Andamos por vários corredores e mudamos de direção tantas vezes que desisto de tentar lembrar o caminho. Finalmente, eles entram em uma sala. Pelos ecos dos passos dos pacificadores, percebo que a sala é grande. Eles me colocam de pé, segurando minha cintura e prendem meus braços acima da cabeça. Prendem também meus pés no chão e deixam a sala em seguida.

Abro os olhos aos poucos e percebo que estou sozinha. A sala é tão escura que não vejo nem meus pés, quanto mais onde fica a porta. Mesmo sabendo que é inútil, tento me libertar das amarras, mas elas parecem de ferro. Sou interrompida por uma claridade à minha direita. A porta foi aberta, revelando uma mulher que suponho ser a mesma da outra sala.

— Não adianta tentar. Isso só vai cansá-la mais. — Como sei que é verdade, desisto de lutar. Preciso pensar.

— O que vão fazer comigo? Eu sei que estão colocando mentiras na minha mente. — A mulher fecha a porta fazendo com que a sala mergulhe na escuridão novamente. Seus passos são abafados quando se aproxima de mim.

— Não são mentiras. Eles colocaram mentiras na sua mente, estamos tentando fazer com que você veja a verdade.

Eu rio.

— Não acredito.

— Mas vai. E é melhor que você facilite as coisas pra você. Eu não me importo nadinha de como é que mais ficar esse seu rostinho lindo. Quanto mais rápido você aceitar a verdade, menos danos causará a si mesma.

Eu abro a boca para retrucar, mas sinto uma dor excruciante no braço esquerdo e sei que ela injetou algo em mim. Não demora muito e eu volto ao meu estado de estupor. Minha cabeça volta a doer e as cenas voltam a se projetar em minha mente, parecendo ainda mais reais. Tenho que me lembrar que não são.

“Você não é nada, Annabeth.”

A voz de Thalia grita em minha mente. Eu me obrigo a retrucar:

—Isso não é real.

“E isso, é real?” Ela me pergunta dando um tapa em meu rosto. A dor é real.

— Não é você. Eu sei que não é.

Ela me bate novamente.

“Eu te odeio, Annabeth. Você é ridícula, sempre foi. Quando nós éramos crianças tudo o que eu queria era matá-la logo.”

— MENTIRA! — Grito para ela, recebendo outro tapa. Lagrimas inundam meus olhos. A imagem de Thalia desaparece e eu suspiro aliviada. Mas logo outra imagem está a minha frente. Percy. Eu levanto o braço para tocá-lo.

— Percy...

Mas ele me encara furioso e desvia meu toque.

“Não me toque” Ele diz, com nojo. As lágrimas agora embaçam meus olhos.

— Não! Percy, não! Eu te amo!

Ele me dá um tapa. Machuca não só física, mas emocionalmente também.

Você não me ama, e eu também não. Você não é ninguém.”

— Você me ama, Percy. Eu sei que me ama e ninguém me fará esquecer disto.

Outro tapa, dessa vez ainda mais forte.

“Ninguém te ama. Você não merece o amor de ninguém.”

— Por favor, não.

Mais um tapa.

“Eu te odeio”

— Pare!

Um soco dessa vez, no meu olho esquerdo.

Eu te odeio”

— PARE COM ISSO!

Ele bate minha cabeça contra a parede.

“EU TE ODEIO, ANNABETH.”

—Eu também te odeio, Percy Jackson.


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Notas finais do capítulo

E ai??? O q acharam? Cara, me da uma dor no coração escrever isso... Mas eu até q gostei do cap e espero q tenham gostado tbm! SÓ AVISANDO QUE EU AMO A ANNABETH GENTE!!!! N fiquem pensando q eu odeio ela e por isso to fazendo isso. É só necessário. Tenho certeza q a Tia Sisy ama o Peeta u.u
E pfv gente. Lembrem-se de que estamos falando da Annabeth, não do Peeta. Obrigada!
E eu to tentando arrumar um jeito de essa fic não ultrapassar os 70 caps, mas os caps q eu to escrevendo tão saindo mt pequenos e t mt enrolado. Mzs. Desse jeito a fic vai chegar a 100 caps.

Okay, mentira. N chega a isso.

E é isso. Comentem!!!


ACCIO LEITORES FANTASMAS! EU SEI QUE VOCÊS EXISTEM O_O (E vc q le a fic sem ter uma conta, cria uma. E comente, é claro!! :D )