Percy Jackson Na Arena escrita por Vitória


Capítulo 49
Eu preciso de você


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOOOOI. Sim eu sei. Vamos pular a parte que eu iploro o perdão de voc~es e suplico para que não me matem. Isso já ta ficando clichê (mas é sério, não me matem). A culpa do meu atrazo é consequente de vários fatos: falta de tempo, época de provas e trabalhos, minha mãe me tornando um elfo doméstico, minhas amigas resolvendo fazer coisas todos os dias, bloqueio de criatividade e (por mais que seja difícil admitir) preguiça. Pois é. Ele veio me visitar e resolveu ficar. Mas para a alegria de todos nós, é feriado (nem sei do que) e eu já escrevi dois caps!! o/ Vou postar um hoje e outro domingo ou segunda e hj já vou começar o próximo porque eu chutei a preguiça para fora e a criatividade voltou! E quanto a responder reviews, vou responder os dos dois últimos caps assim que postar esse cap. E agora que vai começar os JOGOS VORAZES de VERDADE, vou tentar manerar no Drama...
Até as NOTAS FINAIS!
OBS: Me desculpem pelo Susan do cap anterior, tava meio doidona (exesso de flor de lótus) Vou arumar lá agora e já arrumei aki. É Sunny!



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P.D.V Percy

— Me perdoa?

As palavras que mais me chocaram desde “Eu sou Thalia. Filha de Zeus”.

Annabeth estava chorando e isso já era suficiente assustador. Eu ficara irritado com o que ouvi sobre os minutos que fiquei longe. Annabeth Chase atacando Katniss e perdendo completamente a razão por causa de palavras do Presidente Snow? Mas naquele momento, olhando seu estado e vendo como ela ultrapassou seu orgulho para dizer aquilo, percebi que não poderia ficar irritado com ela.

Annabeth é a pessoa mais inteligente que já conheci, mas ela está sendo afetada com tudo isso. Nosso relacionamento ainda está frágil — tem apenas um mese — e isso é algo completamente diferente de tudo que ela já enfrentou, além de que, por minha causa, ela deve ser o maior alvo do presidente. Ele quer desestabilizá-la para me atingir, e ficando bravo com ela é o melhor jeito de fazer exatamente o que ele quer.

Sentei-me ao seu lado e limpei suas lágrimas.

— Não se preocupe com isso. Eu preciso de você. Eu preciso da Annabeth Chase inteligente e calculista. Eu preciso da Annabeth Chase que enfrenta qualquer coisa. Preciso da Annabeth Chase corajosa que sempre está do meu lado em qualquer situação. Eu preciso da minha namorada aqui e agora.

Ela absolveu as minhas palavras em silêncio, e após alguns segundos disse:

— Você é incrível demais para mim. Nunca deveria ter desconfiado de você.

— Não é sua culpa — falei rapidamente — eles colocaram isso na sua cabeça. Da próxima vez que tentarem isso, lembre-se: Eu preciso de você. — Ela enxugou as últimas lágrimas que escorreram pelo seu rosto.

—Eu vou me lembrar — prometeu. Sorri para ela que retribuiu.

— Ótimo, ela vai se lembrar — Katie apareceu na abertura da barraca — Agora vocês dois podem dar uma mãozinha aqui? Estamos sendo atacados!

Annabeth e eu levantamos ao mesmo tempo, e fora da barraca, já tinha Contracorrente em minhas mãos. Havia exatamente sete cães infernais, não tão amigáveis quanto a Sra. O’ Leary. Connor e Travis lutavam contra um, Will e Lou Ellen contra outro. Katie e Chris enfrentavam outro um pouco mais ao longe, e perto deles, Thalia e Clarisse enfrentavam os quatro restantes. Elas estavam aparentemente bem, mas estava claro que não aguentariam por muito tempo. Eu e Annabeth nos entreolhamos rapidamente e corremos para ajudá-las.

— Ei! — gritei para um dos que atacavam Thalia — Seu monte de pelo ensebado! — Isso chamou sua atenção.

Ele correu imediatamente para onde eu estava e pulou para me atacar. Pulei no chão e rolei para a esquerda. Levantei-me a tempo de esquivar do próximo ataque, o que me deixou atrás dele por alguns poucos segundos dos quais aproveitei.

Ataquei suas patas traseiras, decepando a da esquerda. Não tive tempo para sentir nojo dos pedaços de carnes que voavam para todo lado, o monstro se virou para mim, mas não tão rápido dessa vez, por ter uma pata a menos. Ele soltou um urro de dor, mas me atacou mesmo assim e dessa vez me atingiu. Caí no chão, deixando minha espada rolar para longe e o cão infernal me impediu de levantar com uma das patas. Virei a cabeça para o lado quando uma gota de baba escorreu da sua boca. Eca!

Ele rosnou para mim, e felizmente senti minha caneta voltar ao meu bolso. Peguei-a no exato momento em que o monstro avançou, a tempo de aparar o ataque, rolar para o lado e levantar.

Olhei rapidamente em volta e analisei nossa situação: estávamos em clara desvantagem. Connor estava ferido e Travis tentava segurar o monstro sozinho para proteger o irmão. A aljava de Will estava vazia, e ele lutava desajeitado com uma lança. Lou Ellen parecia cansada e sua magia estava fraca. Clarisse estava empatada com seu adversário, mas não ia segurar para sempre. Thalia também dominava sua luta, parecendo estar em melhor situação.

E então eu percebi: Annabeth não estava em lugar nenhum. Por um momento imaginei que poderia estar usando seu boné, mas lembrei-me de que não o trouxe para o futuro. Olhei novamente ao redor e tudo que vi foi um cão infernal em cima de alguém, mas precisamente de Annabeth. Sua adaga estava longe demais e vi uns pedaços de ferro que pareciam ser a espada da arena que ela estava usando. Enchi-me de raiva e corri na sua direção, mas algo me atingiu por trás, levando-me novamente para o chão. Um cão infernal de três patas me imobilizava totalmente, enquanto eu pensava freneticamente em um jeito de sair daquela situação. Resultados: nada.

Aí algo aconteceu. O chão começou a tremer, e o cão infernal que me imobilizava começou a grunhir como um cachorrinho assustado. De repente ele começou a andar para trás, me deixando livre para levantar. Todos os outros caos grunhiam e andavam para trás em direção a um buraco que se formava no chão.

Nico.

Corri os olhos pelo lugar e encontrei-o concentrado em seus poderes hadesáticos. Seu rosto estava vermelho com o esforço e suor escorria pela sua testa. Os cães infernais caíram no buraco para sei lá onde, que depois se fechou totalmente, não deixando nenhuma cicatriz. Nico desabou no chão e corri até ele, que ainda estava consciente. Sunny ajoelhou-se ao seu lado.

— Nico! Nico! — ela estava quase chorando.

— Não se preocupe — disse a ela — ele vai ficar bem.

— Tire... — Nico começou a falar com uma voz fraca — tire ela daqui... Por... Por favor. — Olhei em volta. Clarisse era a mais próxima.

— Ei! Tire ela daqui! — gritei para ela, que resmungou, mas fez o que pedi, mandando a garota calar a boca enquanto a levava para longe sobre protestos. Ela vai ficar bem. Consolei a mim mesmo. Clarisse não pode ser tão ruim.

Voltei minha atenção para Nico. Ele nunca havia feito algo tão grande e isso consumira todas suas forças.

— Não deixe ela me ver assim — pediu com um fio de voz.

— Tudo bem. Não vou — garanti — alguém aí tem ambrosia? — gritei, mas ninguém respondeu — ótimo — resmunguei — Will — gritei novamente — Você é o médico!

Ele apareceu e tomou as rédeas da situação, o que me deixou livre para procurar por Annabeth. Encontrei-a sentada em uma pedra olhando para o nada. Estava aparentemente bem, apenas com alguns cortes. Já a vi pior. Andei até ela e sentei-me ao seu lado.

— Você está bem? — perguntei. Ela me encarou.

— Ela sumiu.

— Quem? — Annabeth rolou os olhos.

— Katniss.

— É. Estou sabendo.

— Precisamos encontrá-la. Ela está ferida.

— Will fez o melhor que pôde antes dela sumir. Katniss é forte, ela vai aguentar. — Annabeth me olhou cautelosa.

— Quer dizer que você não vai atrás dela?

— Bem... — comecei — Ela é forte. E eu preciso de você e você precisa de mim. Eu acho — acrescentei. Annabeth sorriu.

— Eu preciso de você. — Eu podia até ouvir os “owns” da Capital. Limpei as mãos na calça e as estendi para ela.

— Vem, vamos ver como os outros estão. — Ela aceitou minha mão e caminhamos juntos até a cornucópia, onde todos estavam reunidos.

Connor, mesmo deitado e ferido, não deixou de fazer piada ao ver nossas mãos entrelaçadas.

— Quanto tempo a briga durou dessa vez? Uma hora e meia? Vão ter que se esforçar mais para bater o recorde de quatro horas. — Não pude deixar de rir, assim como todos ali, menos Travis, que estava com uma expressão alarmada.

— Cadê a Katie? — perguntou correndo os olhos ao redor. Fiz o mesmo. Clarisse apareceu segurando Sunny pela mão.

— Isto está estranho. Estamos sendo sequestrados aos poucos — Comentou. Sunny, assim que viu Nico, correu para seu lado e o abraçou. Ele já estava melhor graças aos poderes curandeiros de Will.

Nico está bem próximo da garota, e eu não sei se isso é bom ou ruim. Katniss se tornou bem próxima de mim, e agora ela é mais um alvo do presidente, além de que está ferida em algum lugar na arena sem comida, e apenas com um arco.

— Certo. O que foi aquilo? — Perguntou Lou Ellen referindo-se aos cães infernais.

— Esqueci-me de comentar: o presidente sabe um pouquinho sobre mitologia grega. — respondi.

— Não tem mais nada que você esqueceu? — Thalia debochou.

—Deixe-me ver... Acho que ele tem um interesse particular por fogo. — comentei.

— E o que nós vamos fazer agora? — Lou Ellen perguntou novamente. Todos se viraram para mim, inclusive Annabeth.

— Sair daqui — respondi — Não é bom ficarmos no mesmo lugar por muito tempo. Precisamos encontrar Katniss e Katie e... — como dizer isto em rede nacional? — dar um jeito — de sair daqui, completei mentalmente, mas pude perceber que todos entenderam.

Dentro de quinze minutos, Connor já estava melhor, já havíamos pegado e dividido toda a comida necessária — foi uma pena ter de deixar as mochilas azuis —, algumas armas e enterrado as que não precisaríamos, para que mais ninguém as tivesse. Cada um pegou uma mochila e embrenhamos na floresta. Infelizmente, onze pessoas fazem muito barulho.

— Nós estamos chamando muita atenção — Chris observou.

— Vamos ter que nos separar — Concluiu Annabeth.

— Não acho que seja uma boa ideia — comentei.

— É o único jeito. Nos separamos e definimos um ponto de encontro para daqui a dois dias — Thalia propôs.

— Tudo bem — rendi-me — Eu, Annabeth e Lou Ellen continuamos em frente. Clarisse, Chris, Nico e Sunny vão para a esquerda e Thalia, Travis, Connor e Will vão para a direita. Pode ser? — Todos concordaram, apensar de alguns murmúrios.

— Vamos nos encontrar daqui a dois dias na Cornucópia — Disse Annabeth — e damos um prazo de um dia para todos. Se faltar alguém a gente decide o que fazer. Durante esse tempo, tentem... Dar um jeito. — Disse ela por fim. Todos concordamos.

Annabeth, Lou e eu começamos a andar. Annabeth e eu íamos à frente, e Lou ficava um pouco mais atrás em silêncio.

Depois de uma hora de caminhada silenciosa, perguntei:

—Para onde estamos indo? Tem alguma ideia? — olhei para a filha de Hécate, que encolheu os ombros ao ser observada — O que foi?

— Sei lá — respondeu ela — é estranho estar aqui com vocês dois. Fiquei surpresa quando me escolheu para seu grupo. Pensei que escolheria Thalia, Clarisse ou Nico.

— Por quê? — perguntei confuso, parando para esperar sua resposta. Annabeth também parou.

— É que tipo, vocês dois. O Percy Jackson, o filho de Poseidon, salvador do Olimpo e Annabeth Chase — lancei-lhe um olhar de advertência e ela entendeu — a inteligente e arquiteta do Olimpo e coisa e tal. É meio estranho.

— Ei! Deixa disso. Eu sou igual você — falei — e ser responsável pelo destino do mundo não é algo de se invejar.

— Tem razão. Eu piraria com isso. Mas às vezes eu penso que não sou importante, sabe? Quem é que liga para uma filha de uma deusa menor? Sou só mais uma campista que nunca teve uma missão.

— Lou Ellen! — foi a vez de Annabeth falar — Não fale isso. Todos os campistas são importantes e cada um vai ter sua chance. Já pensou que talvez a sua seja esta? Se você não sabe, isso é uma missão, na qual você está se saindo muito melhor do que eu — Annabeth abaixou a cabeça e começamos a andar novamente em silêncio.

Eu não entendo Lou Ellen. Ser o centro das atenções não é legal. Às vezes eu daria tudo só para ser mais um campista normal, filho de um deus menor que ninguém se importa. É mais seguro assim. Ser filho de um dos três grandes não é algo maravilhoso como a maioria pensa. É perigoso para você e todos que estão a sua volta, sem contar com o peso da responsabilidade que põem sobre você. Lou Ellen não sabe o quanto tem sorte de nunca ter tido uma missão antes. Andamos mais um pouco até que me lembrei da pergunta que nos fez parar antes.

— Ninguém me respondeu ainda: para onde estamos indo?

— Eu acho que tenho uma ideia — disse Annabeth — Essa área tem que ter um limite, certo? Em algum lugar ela tem que acabar. Vamos encontrar esse limite.

— Calma aí! Nós não sabemos o tamanho disso. Vamos ficar andando por aí por quanto tempo? — perguntei.

— Ela não pode ser tão longa. Os idealizadores não iriam fazer algo tão grande que não poderia controlar. Tem que ter um limite — ela concluiu.

E assim continuamos nossa caminhada até um limite que supostamente deve existir, em uma distancia supostamente não tão longa.



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Notas finais do capítulo

EAAAAAAAE? GOSTARAM? SIM OU NÃO? Ok, tirei o caps lock. Quero saber. E TAN TAN TAN TAN. Rufem os tambores... Próximo cap é P.D.V NICO!!! BA DUN TISSS.!!! Eu acho que não tenho nada incrívelmente legal para dizer agora, então finjam que aqui tem algo construtivo para a vida de voc^çes e me deixem um reviEw pfv!!
ACCIO LEITORES FANTASMAS!!!!