Percy Jackson Na Arena escrita por Vitória


Capítulo 48
Medo


Notas iniciais do capítulo

LEIAM AS NOTAS FINAIS. Se quiserem, mas eu gostaria que lessem...



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P.D.V Annabeth

Percy nunca vai me perdoar. Eu nunca vou me perdoar.

Assim que Percy saiu sem rumo andando pela floresta ignorando meus gritos, virei-me furiosa para a mortal, que recuou sob meu olhar.

— Você! — Rosnei. Estava completamente fora de mim. Não me importava se milhares de pessoas estivessem observando cada movimento meu. O pior disso tudo, é que eu sabia que deveria me importar. — Você é a culpada. Você quer nos separar, quer acabar com a gente — Ela começou a negar com a cabeça, recuando enquanto eu avançava. — você está do lado dele — ela sabia de quem eu falava — É claro! Pode até ser que você esteve do lado de Percy da última vez. Mas ele ficou um ano longe, não é? Muita coisa pode mudar em um ano. Você quer nos separar!

— Annabeth... — uma voz falou ao meu lado. Virei-me irritada para Thalia.

— Você já está amiga dela, não é? Não percebe o que ela está fazendo? Está nos dividindo para depois... — saquei minha adaga virando-me novamente para a mortal — depois ficar mais fácil acabar com a gente, nos entregar. Está estudando nossas defesas, fazendo nos ficarmos uns contra os outros, não é? — não esperei sua resposta. Eu estava com uma raiva que nunca sentira em tamanha intensidade — mas eu não vou deixar você fazer isto! — seus olhos fitavam a mão que eu segurava a adaga com medo. Aproximei-me dela, que, prevendo o que eu iria fazer, catou uma espada no chão.

Guardei novamente a adaga, e num gesto repentino puxei minha espada e ataquei. Ela se defendia com dificuldade, mas estava claro que Percy era um bom professor de esgrima. Enquanto eu atacava, a conversa com o presidente invadia minha mente, incitando-me a atacar com mais precisão e raiva. Katniss estava mais concentrada do que eu, o que achei completamente normal, já que era ela que estava com perigo de morrer. Essa concentração deve ter sido o único motivo pela qual ela conseguiu me desarmar. Não tive tempo para ficar surpresa. Chutei sua espada que também voou longe, e antes que ela pudesse pegar qualquer outra arma, puxei minha adaga da cintura e fiz um arco em sua direção, atingindo seu flanco esquerdo.

— Annabeth! — Thalia gritou, me segurando — você está louca?!

Eu socava o ar, tentando desvencilhar-me de Thalia, mas ela me segurava com força, e, do mesmo modo, fez com que eu encarasse a mortal. Paralisei. Por um momento não acreditei no que via. Aturdida, meus olhos fixaram-se em seu ferimento. Não devia estar sangrando. Não devia ter um ferimento, e certamente, a adaga não deveria machucá-la. Eu estava com a adaga de bronze celestial... não estava? Ela é mortal, disso eu tinha certeza.

Olhei para minha mão.

Não. Pensei.

Eu segurava uma lâmina da arena. De aço. Não era bronze celestial.

A primeira coisa que pensei depois que deixar a laminar cair das minhas mãos foi: “Percy nunca vai me perdoar!”.

Pude ouvir Thalia suspirar atrás de mim. Ela ainda me segurava. Meus olhos se fixaram novamente no ferimento de Katniss e me alarmei. E não foi porque falei Katniss em vez de mortal.

O sangue escorria e percebi que o corte fora profundo. Imaginando que ela não iria se machucar, não me preocupei com a força que a atingi. Os semideuses ao redor estavam em choque, e, felizmente, foi Will o primeiro a se recuperar. Correu para ela, que ainda estava paralisada encarando seus dedos molhadas pelo seu próprio sangue, e a obrigou a se deitar no chão da arena. Ele começou a dar ordens, mas eu não estava mais ali. Ainda estava tentando entender o que estava acontecendo comigo. Como que saindo de um transe, minha mente se clareou.

A primeira coisa que senti foi vergonha.

“Eu achei que você fosse mais difícil de se enganar.” A voz de Percy soou tão nítida na minha mente, que pensei que ele estava do meu lado. Infelizmente — ou felizmente, ainda não tinha certeza — ele não estava. Quando caí de joelhos no chão percebi que Thalia não me segurava mais.

Meus olhos estavam abertos, mas eu não conseguia distinguir o que acontecia a minha frente. Vozes se misturavam a minha mente

“Ele não gosta de você” O presidente havia dito tranquilamente, quando tinha vindo falar comigo uma noite antes do primeiro dia na arena.

“A mortal é mais importante”

“Você não percebe o que ela está fazendo?” Com nojo, percebi que havia repetido as palavras do presidente há poucos minutos.

“Nós não somos os vilões. Ela é.” Ele dizia convincente.

“Você é louca!” A voz de Enobaria soou tão alta que imaginei ter voltado ao momento depois da entrevista. “Ele não se importa com você. Ele é um deles, um rebelde. Ele está fazendo sua cabeça, para, na arena, acabar com você facilmente. E você está caindo direitinho na armadilha deles! Ele é um do Distrito 12. E que história é essa de não se importar com a sua nota, deveria se importar sim senhor...” Mas nesse momento eu já caminhava para longe a passos pesados.

Eu sentia vergonha de ser filha de Atena. Vergonha por ter me deixado ser dominada pela fúria. De não pensar, agir por impulso.

A segunda coisa que senti foi raiva.

Raiva de mim mesma. Por ter deixado ser enganada.

“Eu pensei que você fosse mais difícil de se enganar” Agora a voz já estava mais alta, aumentando minha raiva por mim mesma.

“Você está louca?” Thalia havia gritado. Eu estava louca. Cega pela raiva.

Senti raiva por ter ouvido, e principalmente acreditado, mesmo que uma vozinha bem no fundo da minha mente dizia que era mentira. O que me deixou com mais raiva, foi que eu havia ignorado essa voz e dado atenção à outras.

Senti raiva por ter atingido a mortal. Mesmo que ela fosse culpada, que direito eu tinha?

A terceira coisa que senti foi medo. E foi o pior. Ele dominou totalmente meu corpo e minha mente.

Medo pelo que Atena iria pensar de mim.

Medo pelo que os outros semideuses iriam pensar de mim.

Medo de que a mortal morresse.

Medo de que Thalia não me perdoasse.

Medo de que essa cena tenha mudado a mente das pessoas sobre Katniss.

Medo de que eu havia fracassado.

Medo de que eu havia estragado tudo.

E principalmente, o que me deixou com mais medo foi que Percy não me perdoasse.

Não poderia suportar a ideia, mesmo que eu sabia que ele tinha todo o direito de ficar bravo comigo para sempre.

Senti-me fraca. Senti vergonha e nojo de mim mesma. Percy não havia sido iludido pelo poder. Ele havia resistido à tentação de abri o Pitos de Pandora. Havia salvado o mundo e não se deixado entregar às ilusões que Cronos mostrara para ele. Ele havia desistido da imortalidade... por mim.

E o que eu fiz? Acreditei no presidente Snow. Um homem vil e cruel. Havia sido enganada por um mortal. Iludida por boatos, e me deixado entregar-me a ira.

“Eu pensei que você fosse mais difícil de se enganar”

“Eu pensei que você fosse mais difícil de se enganar”

“Eu pensei que você fosse mais difícil de se enganar”

“Eu pensei que você fosse mais difícil de se enganar”

“EU PENSEI QUE VOCÊ FOSSE MAIS DIFÍCIL DE SE ENGANAR”

Já eram gritos na minha mente. Essas dez palavras alimentavam minha vergonha e meu medo. Senti mão me levantarem, mas não resisti. Minha mente estava atordoada por imagens, retratos, frases, gritos, ilusões. Pouco tempo depois, fui colocada em algo macio, certamente dentro de uma barraca.

Tudo o que eu queria era que Percy me perdoasse.

E como se algum deus tivesse ouvido minhas preces, uma voz diz da porta da barraca:

— Annabeth? — Minha mente, como se estivesse esperando ouvir essa voz, respondeu imediatamente ao chamado. — Você está chorando? — Percy perguntou alarmado ao ver meu rosto.

Em qualquer outro momento eu teria negado, escondido as lágrimas e tentado ignorá-las. Mas não ali. Não nesse momento. Eu só poderia dizer uma coisa naquele momento. Eu não senti vergonha, e meu orgulho não me impediu de suplicar para Percy:

—Me perdoa?





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Notas finais do capítulo

Heeeeeeeeeloo! Eu sei, estranho vim falar só nas notas finais, mas é que eu sei q muita gente quer ler logo o cap e não le as notas iniciais e também acaba não lendo essas notas finais. Obrigada a você que ta lendo isso. Sem mais delongas quero dizer: Me perdoem? ok, clichê demais. Desculpem por demorar, mas eu não to tendo tempo para NADA. Se quiserem ter uma ideia, escrevi esse cap na igreja, no boletim! Da para crer? Mas eu escrevi. Eu sei que tá pequeno, mas foi o que eu consegui. E ei! Eu sei o que vcs devem ta pensando: isso ta começando a ficar dramático demais, cade o sangue, cade a luta, cade OS JOGOS VORAZES??? Certo, acho que esse foi o último cap dramático durante um tempo, talvez metade do prox tbm seja, mas é aí que começa a luta!
Eu vou responder os reviews assim que postar esse cap.
E MUUUUITO OBRIGADA A Lia Potter Jackson QUE FEZ UMA RECOMENDAÇÃO S.U.H.M.M.P. DIVA!!!!! EU PIREI DE FELICIDADE QUANDO VI!!!
E gente, pra quem n sabe eu comecei uma fic nova e gostaria que vc fossem lá. Como perceberam eu gosto de drama, e criei outra para extravasar ele lá e fazer mais ação aqui. É minha primeira fic original e de romance, então relevem, mas eu gostaria mesmo que vc lessem, sério.
Link: http://fanfiction.com.br/historia/357928/Quanto_tempo_dura_o_sempre/
ps. EU NUNCA VOU ABANDONAR ESSA FIC, OK???
Obrigada a vc que leu até aki.

ACCIO LEITORES FANTASMAS!!