P.O.V Travis... Potter

HAHAHA, a autora me deixou narrar. Toma essa Connor! E eu vou contar um segredo. Eu não trouxe só a minha arma. Fala sério! Com tantas coisas maravilhosas no chalé 11 e ela só deixou trazer a arma. Mas eu tenho um argumento: pegadinhas são as minhas armas. Então tecnicamente eu não fiz nada de errado, certo? Não estou nem aí. Olhei ao redor. Estava em uma praça onde estava uma grande multidão. Ao meu redor viam-se indústrias enormes culpadas pela grande poluição do lugar. Olhei para as minhas roupas. Argh, eu mato Hera. Tinha acabado de roubar a ultima camiseta e ela já pega para ela! Estava com uma camiseta preta que caia super bem em mim e uma calça jeans escura. Eu estava bonito, como sempre. Estava me admirando quando um carinha de branco (lembrei-me de Percy falar que é um pacificador) se aproxima de mim e me puxa pela minha camiseta. Minha camiseta nova!

—Ei, ei ei! Essa camiseta é nova! —Ele para e me fita. Não dava para ver através da máscara, mas podia-se ver que estava com uma cara de indignação. Qual é? Ele que puxa a minha camisa e depois fica indignado de eu reclamar? Poupe-me!

—Você tem quantos anos garoto? —Pergunta. “Isso não é da sua conta!” Queria responder, mas falei a verdade.

—18*. —Falei Ele continuou a me puxar e me jogou no meio de garotos com a mesma idade que eu. Todos estavam apreensivos e quietos. Logo uma mulher mais enfeitada que Drew entra no palco com saltos que dariam inveja em Afrodite. Como conseguem se equilibrar nisso? Ela fala umas coisas que não presto atenção. Não me culpe, eu tenho Déficit de Atenção!

—Primeiro as damas. —Escuto ela dizer e me obrigo a prestar atenção. Segundo o relato de Percy é agora que ela vai sortear os tributos. Ela tira um papelzinho e lê em voz alta —Líria Mitz! —Todos se viram para uma garota uma fila atrás de mim. É loira de olhos castanhos, alta e bonita, mas no momento assustada. Ela caminha calmamente até o palco onde a mulher que fez cosplay de Patati e Patatá (uma dupla de palhaços brasileiros. Eu estou bem informado do mundo, ok?), que se dirige ao outro lado do palco. Tira um papelzinho e diz com seu sorriso Coringa. —Harry Forks! —É essa a hora que escuto a deusa na minha cabeça. Totalmente normal ter uma deusa na cabeça, ok? Sem preconceito, por favor. “Agora herói, se voluntarie”. Ok, hora de mostrar o que Travis Stoll é capaz!

—Eu me voluntario como tributo! —Grito em voz alta. Os olhares são dirigidos a mim. Coloco um sorriso brincalhão e subo no palco, onde a Patatá em pergunta:

—Qual é o seu nome querido? — “não fale o sobrenome verdadeiro” A deusa diz.

—Travis... Potter. —Digo e abro mais o meu sorriso. Como eu queria ter esse sobrenome!

—Senhoras e senhores, apresento-vos o tributo masculino do Distrito 9: Travis Potter! Está aberta a septuagésima quinta edição dos Jogos Vorazes, e que a sorte esteja sempre a seu favor! —Pacificadores nos levam até um prédio grande e cada um para uma sala. Dizem que é hora das visitas mas ninguém me visita, então eu só durmo. Depois me escoltam para um trem. No caminho sou abordado por milhares de repórteres. Eu aceno e mando beijos. Os pacificadores os expulsam e me jogam dentro do trem, onde quatro pessoas esperam por mim. A Patatá, um homem alto e forte, a garota loira e outra mulher também loira, mas mais velha, o que não a impede de ser bonita. Cara, eu to amando tudo isso!

P.O.V Thalia

Essa Hera me paga. Quem ela pensa que é para me mandar para o futuro em um lugar que eu nem conheço sem nem mesmo perguntar se eu quero mesmo ir? A próxima ver que eu ver essa vaca...

Olhei ao redor, estava em uma praça onde uma multidão se aglomerava. Um cara todo de branco, um pacificador pela descrição do Jackson, se aproxima de mim.

—O que esta fazendo aí garota? Quantos anos você tem? —Realmente? Não lembro... 24, 25? Mas eu ainda aparentava 16.

—16. —Foi o que respondi. O cara teve a ousadia de me puxar pela camisa! O que ele tem na cabeça? Chutei as suas pernas, peguei meu arco e apontei para ele.

—Quem você pensa que é? Não sabe lidar com uma dama? —Estava pronta para dar mais um chute naquela cara mascarada quando escuto uma voz na minha cabeça “Thalia! Não faça isso, ele é um mortal que está cumprindo ordens” —E quem é que esta dando essas ordens? —Perguntei em voz alta. O cara olhou para mim como se eu fosse louca. Chutei sua cara. Mais carinhas de branco aparecerem.

—O que fez garota? —Um se aproximou de mim e tentou tirar o arco da minha mão.

—Não faça isso. —Avisei. “Thalia! Faça o que eles pedem.” —Eu não vou dar o meu arco para eles! —Protestei. “Guarda o arco”. Relutante, guardei o arco que sumiu nas minhas costas. Eles me fitaram.

—Como você fez isso?

—O que? Está ficando louco? —Perguntei. Ele balançou a cabeça e começou a me puxar. —Ei ei! Eu sei andar valeu? Você não vai querer ficar igual ao seu amigo ali! —Ele me soltou e começou a me empurrar no meio de umas garotas com a mesma idade que eu. 16, não 25. Uma mulher subiu no palco que estava no meio da praça. Di imortalles! Quanta maquiagem! Naquele rosto tem mais maquiagem do que Afrodite já usou na vida toda... Ok. Exagerei.

—Boa tarde! —Sua voz era tão irritante quanto a de Drew. Ela falou algumas coisas sobre os Jogos Vorazes, Distrito 13, Presidente Snow. O cara que vai morrer, só para deixar claro. —Primeiro as damas! —E se dirigiu a mesinha que estava à direita do palco. Mexeu um pouco e tirou um papelzinho. Com um enorme sorriso diz — Leila Threnwaly! —Os olhares são dirigidos à uma garota duas filas à minha frente. Ela está de costas para mim, mas dá para perceber como está assustada. Começa a andar até o palco quando a deusa irritante diz a minha cabeça. “Agora garota. Se voluntarie, aí você vai poder matar quem quiser.” Essa deusa tá pedindo para morrer. Sim, eu arrumo um jeito de matar uma deusa.

—Eu me voluntario como tributo! —Digo em voz alta. Os olhares que antes eram dirigidos para a garota se voltaram para mim. Todos em perfeita confusão. Adoro isso! Vou subindo até o palco quando a mulher pergunta o meu nome.

—Thalia... Grace. —Digo relutante. Não uso o meu sobrenome, é o sobrenome da minha mãe.

—Senhoras e Senhores apresento-vos o tributo feminino do Distrito 5: Thalia Grace! —E se dirige a outra mesa. Faz igual antes e tira um papelzinho —Louis Herthworn! —Um garoto na segunda fila caminha confiante ao palco. É alto, cabelos castanhos e olhos da mesma cor. Ele se posiciona ao meu lado. —Senhoras e senhores, está aberta a septuagésima quinta edição dos Jogos Vorazes! —Mais pacificadores nos separam e nos levam a um prédio alto, que lembra o lar do meu querido papai. Ignorei o trovão que cortou o céu e me sentei na poltrona que havia no meio da sala em que me jogaram. Literalmente. Depois de uns 4 min. de tédio um pacificador abre a porta.

—Você tem visita. —Uma garota entra na sala. Não faço a mínima ideia de quem é.

—Oi. —Ela diz tímida.

—E ai? —Pergunto. Ela me olha desconfortável.

—Obrigada. —Fito seus olhos e ela recua. Eu não causo tanto medo assim né?

—Pelo que?

—Por se voluntariar no meu lugar. —Ela diz como se fosse óbvio.

—Aé! Você é a garota que foi chamada? —Ela assente. —Eu não estaria tão agradecida. Esses Jogos parecem legais. —Ela me olha assustada.

—Legais? Legais? Você já viu os outros anos? Jovens morrendo da pior forma? Enforcados, decapitados, envenenados, despedaçados? —Isso me faz repensar. Cara isso é horrível. Como alguém cria uma coisa dessa para jovens tão inexperientes?

—É... Você tem razão. Isso é horrível. Mas eu tenho que ir né. Fazer o que. —Digo dando de ombros.

—Por que você se voluntariou?

—Sinceramente? Nem sei. Alguém disse na minha cabeça e eu fiz. —Percebo o que eu disse. —Cara, como eu sou estúpida! Mas se pensar bem eu acho que esse é o único jeito de eu sair desse reino do meu tiozinho. —A garota começa a recuar, provavelmente pensando que eu sou louca. Cara, minha vida é uma loucura, você tem que se adaptar!

—Reino do seu tiozinho? —Ela repete.

—Esquece. —Digo. Já falei de mais.

—Acabou o tempo. —Um pacificador abre a porta. A garota sai como se estivesse aliviada. Outro entra e começa a me puxar. O que esses caras têm na cabeça?

—Eu tenho pernas, valeu? Posso ir andando! —Reclamo. Ele me solta e vai me levando até um trem, que está cercado de repórteres. Abaixo a cabeça e passo correndo por eles até pular dentro do trem. A porta atrás de mim é fechada, mas ainda dá para ouvir as perguntas dos repórteres.

—Por que você se voluntariou?

—Qual é a sensação? —Qual é a sensação eu não sei. Mas daqui a pouco ele vai descobrir a sensação de levar um soco na cara se não calar essa boca. A porta atrás de mim é aberta novamente e o tal de Louis entra. Ele me lança um olhar malicioso e começa a andar até mim. Quando está próximo levanta a mão para tocar o meu rosto. Rápido como um raio (HAHAHA, muito engraçado. Uma filha de Zeus rápida como um raio. HAHAHA. Ironia Mode ON) eu me abaixo, dou uma rasteira nele, puxo o meu arco e aponto para ele, que está caído no chão.

—Regra nº 1: Nunca toque em Thalia Grace.