Percy Jackson Na Arena escrita por Vitória


Capítulo 18
Primeiro dia


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOI AMEI OS REVIEWS OK? DESCULPEM OS ERROS , N DEU PARA REVISAR TENHOQ POSTAR E SAIR OK?



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P.O.V Katniss

“O que você quer dizer com isso? Que mentiu para mim esse tempo todo? Que fingiu ser outra pessoa? Aquela era uma Katniss falsa? Eu gostava daquela Katniss, mas essa nova esta me assustando, e se essa é a verdadeira Katniss, quero deixar bem claro que eu não suporto ela! Eu preferia a que conheci, pois ela era bem mais legal do que essa que esta na minha frente, e que me empurrou a poucos minutos!” Essas palavras me atormentavam à noite. Eu não conseguia dormir. No dia seguinte seria o primeiro dia na arena, e eu sabia que tinha de descansar. Mas a raiva e a magoa na voz de Percy me perseguiam. Por que eu empurrei ele? Ele esta tentando ME proteger! Eu não dormi a noite toda. Fiquei pensando em Percy e no que aconteceria no dia seguinte. Essa seria a hora. Na arena não vai haver minha nota 11 para me salvar, eu tenho de fazer sozinha. Fico imersa em pensamentos pela madrugada inteira, e só me toco do quanto estou cansada quando Effie me chama para o café. Agora não tem mais tempo. Eu só sentia uma coisa. Não era medo, não era desespero. Era remorso. Remorso pelo que fiz a Percy, não vou conseguir encara-lo. Eu fiquei no meu quarto, se ainda posso chama-lo de meu, pensando no que fazer quando ver Percy, e demorei demais. Quando vi já estava atrasada, peguei a primeira roupa que vi e fui para o café a tempo de ouvir Haymitch gritando:

–Onde está Katniss? Atrasada de novo! Hoje vocês vão para a arena, e ela fica dormindo!

–Eu não estava dormindo. –Disse me sentando o mais longe possível de Percy, não tinha forças para encara-lo.

–E o que você estava fazendo? – Haymitch pergunta.

–Não é da sua conta –Digo fria e Haymitch se levanta.

–Olha aqui senhorita. Eu não estou nem aí para os seus problemas, meu trabalho não é pra ficar ouvindo as suas respostas mal-humoradas. Meu trabalho é fazer você ficar viva na arena, mas se você não quer isso, tudo bem. Morra! Se é isso que você quer! –Ele grita comigo e meus olhos ficam marejados. Me levanto e saio correndo para meu quarto. Sento na cama, me obrigando a não deixar as lágrimas caírem. Pouco tempo depois Percy entra no quarto.

–Chorar faz bem. –Diz se sentando ao meu lado. Eu não digo nada e ele também não, até que esse silêncio começa a me irritar.

–Por que você está aqui? – Quebro o silencio.

–Sinceramente, eu não sei. Acho que deveria ter deixado Cinna vir conversar com você, acho que ele é melhor do que eu para consolar pessoas. –E por algum acaso perguntou se eu quero mesmo ser consolada?

–Eu não quero ser consolada.

–Katniss, o que está acontecendo? –Ele pergunta preocupado. Que pergunta idiota!

–O que está acontecendo? Sei lá. Tirando o fato de eu ter sido tirada da minha família, e daqui a algumas horas vou ser colocada na arena para morrer da forma mais divertida possível, acho que não está acontecendo nada. –Respondo irônica

–Katniss! Eu estou tentando entender você, mas você não me ajuda, fica difícil. Eu sou semideus, não adivinhador. –Fico triste de novo. O que eu faço? Ele não tem culpa de nada, decido falar a verdade.

–Desculpa Percy, eu não sei o que aconteceu ontem. Uma raiva que não era minha me invadiu. Quando você falou que ia me proteger eu fiquei com muita raiva, muita mesmo. Eu estou fazendo de tudo para arrumar um jeito de conseguir fazer VOCÊ sobreviver, aí o estúpido e corajoso do Perceu Jackson diz que vai ME proteger! –Aumentei um pouco a voz, mas ele pareceu não se importar.

–Eu tenho a solução perfeita. –Olho para ele duvidando.

–Ah é?

–É. Vamos fazer assim: você me protege, eu te protejo, nós dois sobrevivemos, você vence e volta pro Distrito 12 e eu volto para o passado. Pronto.

–Eu já disse que isso não vai dar certo. –Digo

–E eu já disse que ninguém vai me impedir. –Ele retruca

–Tudo bem, talvez de certo. –Digo me dando por vencida

–É claro que vai dar certo! Você está questionando as habilidades do cara que tirou nota 12? –Pergunta fazendo cara de indignação


–Não, claro que não, imagina. O semideus filho de Poseidon Cabeça de Alga pode fazer tudo! –Entro na brincadeira, mas de repente ele fica mudo. Sua expressão é de tristeza. Merda! O que você fez dessa vez Katniss? Seus olhos começam a marejar e vejo que ele limpa uma lágrima depressa. Isso me assusta. Percy Jackson chorando? Nunca imaginei que veria uma cena dessas.

–Percy, o que aconteceu? Desculpe. Foi algo que eu falei? Eu não tive a inten... –Começo, mas ele me corta.

–Esta tudo bem. Viu? É essa Katniss que eu conheci e gostei!

–Desculpe por ontem. E... –Pera aí, ele mudou de assunto muito rápido, acha que me engana? –Ei! Não mude de assunto! O que aconteceu?

–Eu tive um pesadelo essa noite. –ele fica serio novamente.

–Serio? Um pesadelo abalou o semideus poderoso aqui? –Brinco mas a expressão dele continua seria.

–Sonhos e pesadelos de semideuses sempre são reais. Visões do passado, do presente ou do futuro, mas sempre reais. –Merda! De novo Katniss!

–Oh, desculpe. Mas com o que você sonhou?

–O acampamento que eu passo meu verão. Lá é regra que se um campista ficar desaparecido por três semanas, eles o consideram por morto e queimam uma mortalha em homenagem. Já passa uma semana que eu estou desaparecido. O clima lá esta tenso. Minha amiga Annabeth está acabada. Parece que a única coisa que faz é chorar, ninguém acredita que eu estou morto, mas no acampamento há regras. Se eu não voltar em duas semanas, eu vou ser considerado morto, e Cronos terá vantagem com isso. Ele sabe que eu estou vivo, e no futuro.

–Então vamos lá, vamos para a arena e acabar com isso de uma vez! – Digo por fim e me dirigindo a sala de Tv onde todos estão vendo as entrevistas de ontem. Logo depois Percy chega e Cinna e Portia nos levam ao aerobarco. Depois das despedias, nós entramos, me sento e logo vem uma mulher de jaleco branco.

–Estenda seu braço.

–Porque? –pergunto desconfiada

–Para eu injetar o localizador. –eu estendo o meu braço e a agulha perfura a minha pele, logo depois Percy se senta ao meu lado e não falamos nada a viagem inteira. Ainda não sei como está nossa situação, e acho melhor que não seja eu a começar uma conversa de consiliação, vou estragar tudo como sempre. A viagem demora 2h e finalmente chegamos onde passaremos os próximos dias lutando por nossas vidas. Quando saímos do aerobarco Cinna me leva diretamente a um tubo subterrâneo, longe de todos. Ele me ajuda a vestir a roupa em silencio.

–Esta tudo bem Katniss? Você quer conversar? –Nego com a cabeça. Não quero decepcionar Cinna também. Ofereço minha mão para ele e ele a aperta –Escute Katniss, você é a garota mais corajoso que eu já conheci. Eu não posso apostar, mas se pudesse eu apostaria tudo em você.

–Mesmo?

–Mesmo. –Ele diz e me abraça, ficamos assim até um tubo de vidro começar a descer e se encaixar a minha volta, me deixando totalmente presa. –Volte viva Katniss –Cinna diz enquanto o tubo começa a me levar para cima. Formo uma expressão confiante no meu rosto e subo a superfície na mesma hora que os outros 23 tributos. A luz do sol me cega por um tempo, mas assim que me acostumo procuro Percy. Ele está do meu lado e da um sorriso encorajador para mim e isso me alegra, por mais que sejam as circunstâncias. Escuto a voz do tradicional locutor Claudius Templesmith:

–Senhoras e senhores, está aberta a septuagésima quarta edição dos Jogos Vorazes.

Sessenta segundos. Esse é o tempo que temos até o gongo soar indicando que a matança começou. Olho para a cornucópia e encontro um único arco, é tentador, mas vou ouvir Haymitch, mas não posso sair de lá sem nada. Encontro uma mochila laranja um pouco longe da cornucópia, vou pega-la e sair correndo. Olho para Percy e vejo ele namorando a mesma espada que Cato. Isso vai dar errado. Ele não pode fazer isso, pode acabar sendo morto. A briga vai ser corpo a corpo, e Cato é bem maior do que Percy, além de que Cato ainda deve estar furioso com Percy. Eles trocam olhares furiosos. Dez segundos. Nove. Oito. Sete. Seis. Cinco. Quatro. Três. Dois. Um. O gongo soa.

Nunca corri tanto em minha vida, corro para pegar a mochila, mas o garoto do Distrito 9 tem a mesma ideia. Nós a pegamos ao mesmo tempo, até que ele cai no chão. Morto, com uma faca nas costas. Atrás dele vejo Clove preparando para acertar o próximo alvo. Eu. Sei o quanto ela é boa e não quero testar suas habilidades, pego a mochila e ponho nas costas no mesmo momento em que Clove joga a faca, ela crava na minha mochila. Muito obrigada Clove, eu estava precisando de uma arma mesmo, e aí o que eu faço? Corro, corro como nunca corri antes. Entro na floresta sem ao menos preocupar para onde estou indo, depois de correr por um longo tempo eu finalmente penso no que fazer em seguida. “Água”. Penso. Foi essa a instrução e Haymitch, eu preciso de água. Corri por horas e agora estou com sede. Enquanto ando pela floresta consigo ver coelhos e esquilos, isso é um ótimo sinal. Pelo menos comida não vai faltar. Eu estou estranhamente feliz, eu gosto das florestas, do silencio, da solidão. A única coisa que falta é Gale. Mas não se pode ter tudo. Fico pensando em Percy, será que sobreviveu? Ele parecia decidido a pegar a espada, e Cato também. Penso em Rue, será que a pequenina conseguiu sobreviver ao primeiro dia? Mas agora preciso me preocupar comigo mesma. Já está escurecendo e eu ainda não achei água.

Finalmente resolvo parar, já está tudo escuro e acho melhor não me aventurar mais na floresta. Decido ver o que tem na mochila, talvez tenha água. O que encontro aos abrir o zíper é um saco de dormir fino, um pacote de bolachas, um pouco de carne seca, uma caixa de fósforos, uma garrafa de iodo, um rolo de arame e uma garrafa de plástico de 2l. Vazia. Não tem água. Serio Capital? Qual o problema de encher a merda da garrafa? Felizmente eu tenho um corpo resistente e acho que posso durar até amanhã. Como apenas um pedaço de carne seca, melhor guardar para quando eu precisar de mais. Subo em uma árvore e me arrumo para descansar com meu saco de dormir, felizmente é preto, mas a mochila é um problema. É um laranja berrante que vai me denunciar a metros de distancia. Eu a sujo de terra e folhas e a deixo de lado. Assim que entro no saco de dormir começa os tiros. Cada tiro corresponde a um tributo morto. São 11 tiros, onze mortos. O garoto do Distrito 9 é um deles. Mas o que mais me preocupa é Percy, será que ele sobreviveu? Eu tenho certeza que sim. Percy é rápido e habilidoso, acho que não poderia morrer no primeiro dia. Ou poderia?




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Notas finais do capítulo



ACCIO LEITORES FANTASMAS!!!