Percy Jackson Na Arena escrita por Vitória


Capítulo 17
Sonhos, pesadelos, visões.


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOI Eu saio na quinta-feira de noite com 47 reviews, ai eu entro na sexta a noite e encontro 67 reviews!!! Eu fiquei mt feliz e dedico esse cap á leitora Larissa Melo Dicksen, que mesmo começando a ler a fic agoar ela comentou em TODOS os caps!!!!

Esse cap não teve muita coisa, mas tive de postar ele, ams a partir do prox começa a acão de verdade!!



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P.O.V Percy

Eu estava novamente no acampamento meio-sangue. Todos estavam no pavilhão do refeitório, geralmente há muitas conversas animadas, mas naquele momento só se ouvia os sátiros mastigando suas latas de Coca Diet. por causa do nervosismo. O clima estava tenso, os campistas comiam em profundo silêncio. O Sr. D. e Quíron conversavam sem qualquer animo. Procurei pela mesa do chalé 6 e a encontrei. Annabeth estava na ponta da mesa, lugar onde nunca ficava. Ela geralmente esta no meio das conversas, mas agora parecia que o que mais queria era estar longe dali, longe de todos. De vez em quando ela olhava para a mesa de Ártemis e dava um olhar suplicante à Thalia, que negava com a cabeça, fazendo Annabeth se voltar novamente à comida. Depois de um tempo assim, Quíron levanta a voz:

–Muito bem campistas, eu sei que todos estamos abalados pelo desaparecimento de Percy, mas não podemos ficar assim. Luke planeja invadir esse acampamento, e precisamos estar preparados. Lamento dizer, mas como é regra do acampamento, depois de três semanas foras, devemos queimar a mortalha do campista desaparecido.

–Mas ele não está morto! –Silena Beauregard grita da mesa de Afrodite.

–Eu sei, e ainda faltam duas semanas para se cumprir esse prazo, há muita gente procurando por ele –Annabeth estava quieta e eu via ela brigar com suas lagrimas, se obrigando a não as deixar cair.- Nós ainda temos esperanças, mas caso ele não volte, que os deuses não deixem isso acontecer, nós devemos proteger esse acampamento. – Annabeth havia perdido a briga, suas lagrimas rolaram pelo rosto e ela tentava seca-las sem sucesso. Ela levantou da mesa e saiu correndo em direção aos chalés. O pavilhão ficou em profundo silencio. A minha visão mudou. Eu estava no Princesa Andrômeda, na sala onde ficava o caixão de Cronos, não havia ninguém no cômodo.

–Viu filho de Poseidon, você não pode fazer nada. Hera tenta te proteger, mandando você para o futuro, mas isso de nada vai adiantar. Eu vou destruir aquele acampamento, chalé por chalé, pedaço por pedaço, e você não vai estar lá. Enquanto você tem briguinhas infantis com aquela mortal, seus amigos sofrem por sua perda. Não é divertido? –ouvi sua voz ecoar pelo cômodo e com isso eu acordei suando. Ainda estava escuro, mas eu sabia que não iria conseguir dormir novamente.

Levantei da cama, tomei um banho quente e coloquei uma roupa normal. Hoje é o dia. Primeiro dia na arena. Ainda são 05h30min da manha, e nós vamos ser jogados na arena às 10h. Daqui à 4h e meia todos vamos estar presos em um único lugar, e eu ainda estou brigado com Katniss. Por mais que isso doa, eu sei que Cronos está certo. Os campistas estão sofrendo, achando que eu estou morto e eu aqui brigando com Katniss. Mas não é justo! Ela grita comigo, me empurra e a culpa ainda é minha? Se eu tivesse que escolher entre lutar com uma hidra ou discutir com uma garota, eu escolheria a hidra sem hesitar. Acho que é bem mais fácil, menos complicado, eu não preciso entender a hidra. Mas como eu sei que Katniss não vai dar o braço a torcer, preciso arrumar um jeito de pedir desculpas, e é claro, sem prejudicar minha imagem de “Destruidor de Calx”. Fico pensando deitado na cama até que ouço Effie me chamar para o café. A mesa esta farta como sempre, com varias delicias.

Esta vai ser minha ultima refeição antes da arena, talvez minha última refeição. Todos já estão na mesa, exceto Katniss.

–Como está sua mão garoto? –Haymitch pergunta

–Melhor. –respondo

–Vai te atrapalhar na arena?

–Não, já lutei em situações piores.

–Como assim já lutou em situações piores? Garoto, você é do Distrito 12 mesmo? –Perceu Jackson! Eu já falei para manter essa boca fechada!

–Eu brincava com o meu irmão no quintal. E sim, eu sou do Distrito 12. –Tentei falar da forma mais convincente possível. Felizmente, funcionou.

-Então tá. E a garota? Onde está Katniss? Atrasada de novo! Hoje vocês vão para a arena, e ela fica dormindo! –Haymitch diz indignado.

–Eu não estava dormindo. –Uma voz diz as minhas costas. Katniss se senta o mais longe possível de mim e começa a comer calada.

–E o que você estava fazendo? – Haymitch pergunta.

–Não é da sua conta. –Haymitch levanta.

–Olha aqui senhorita. Eu não estou nem aí para os seus problemas, meu trabalho não é pra ficar ouvindo as suas respostas mal-humoradas. Meu trabalho é fazer você ficar viva na arena, mas se você não quer isso, tudo bem. Morra! Se é isso que você quer! –Ele grita. Katniss se levanta sem terminar de comer e vai para o se quarto. Eu e Cinna levantamos, parece que temos a mesma ideia.

–Cinna, me deixe ir atrás dela. É minha culpa. –peço

–Tudo bem, vá. –ele diz se sentando novamente.

Eu agradeço e vou até o quarto de Katniss. Ela está sentada na cama. Seus olhos estão marejados, mas como ela é teimosa, não deixa as lagrimas caírem.

-Chorar faz bem. –Digo me sentando ao lado dela. Ela não diz nada. Nós ficamos em um silêncio constrangedor. Eu quase nunca fico sozinho com uma garota, somente com Annabeth, e geralmente as conversas terminam no ponto de estarmos quase nos matando. Eu achava Annabeth complicada, até conhecer Katniss.

–Por que você está aqui? –Ela finalmente pergunta

–Sinceramente, eu não sei. Acho que deveria ter deixado Cinna vir conversar com você, acho que ele é melhor do que eu para consolar pessoas.

–Eu não quero ser consolada.

–Katniss, o que está acontecendo?

–O que está acontecendo? Sei lá. Tirando o fato de eu ter sido tirada da minha família, e daqui a algumas horas vou ser colocada na arena para morrer da forma mais divertida possível, acho que não está acontecendo nada.

–Katniss! Eu estou tentando entender você, mas você não me ajuda, fica difícil. Eu sou semideus, não adivinhador.

–Desculpa Percy, eu não sei o que aconteceu ontem. Uma raiva que não era minha me invadiu. Quando você falou que ia me proteger eu fiquei com muita raiva, muita mesmo. Eu estou fazendo de tudo para arrumar um jeito de conseguir fazer VOCÊ sobreviver, aí o estúpido e corajoso do Perceu Jackson diz que vai ME proteger!

–Eu tenho a solução perfeita.

–Ah é?

–É. Vamos fazer assim: você me protege, eu te protejo, nós dois sobrevivemos, você vence e volta pro Distrito 12 e eu volto para o passado. Pronto.

–Eu já disse que isso não vai dar certo.

–E eu já disse que ninguém vai me impedir.

–Tudo bem, talvez de certo.

–É claro que vai dar certo! Você está questionando as habilidades do cara que tirou nota 12? –Pergunto fazendo cara de indignado.

–Não, claro que não, imagina. O semideus filho de Poseidon Cabeça de Alga pode fazer tudo!

Merda. Cabeça de Alga=Annabeth. Lembrei-me novamente do sonho, de Annabeth chorando, a tensão no acampamento, Por que Hera fez isso comigo? Para que me tirar do acampamento bem nessa época? Não podia esperar Cronos tirar umas férias? Não, claro que não. Ela tem que dificultar tudo. Lágrimas teimosas queriam cair dos meus olhos, eu as sequei, mas Katniss viu.

–Percy, o que aconteceu? Desculpe. Foi algo que eu falei? Eu não tive a inten...

–Esta tudo bem. Viu? É essa Katniss que eu conheci e gostei!

–Desculpe por ontem. E... Ei! Não mude de assunto! O que aconteceu?

–Eu tive um pesadelo essa noite.

–Serio? Um pesadelo abalou o semideus poderoso aqui?

–Sonhos e pesadelos de semideuses sempre são reais. Visões do passado, do presente ou do futuro, mas sempre reais.

–Oh, desculpe. Mas com o que você sonhou?

–O acampamento que eu passo meu verão. Lá é regra que se um campista ficar desaparecido por três semanas, eles o consideram por morto e queimam uma mortalha em homenagem. Já passa uma semana que eu estou desaparecido. O clima lá esta tenso. Minha amiga Annabeth está acabada. Parece que a única coisa que faz é chorar, ninguém acredita que eu estou morto, mas no acampamento há regras. Se eu não voltar em duas semanas, eu vou ser considerado morto, e Cronos terá vantagem com isso. Ele sabe que eu estou vivo, e no futuro.

–Então vamos lá, vamos para a arena e acabar com isso de uma vez! –Ela diz já se levantando e indo em direção à porta. Ela sai e eu fico lá paralisado. Como eu disse, hidras são bem mais fáceis de lidar, não tem essa mudança radical de humor. Não tenho outra opção senão segui-la. Encontro todos na sala de TV, revendo as entrevistas, assim que chego, Cinna e Portia se levantam.

–Até que enfim! –Portia diz vindo em minha direção. –Vamos, vamos, temos que ir para onde o aerobarco está nos esperando. –Effie e Haymitch ficarão na Capital para conseguir patrocinadores e mandar presentes quando precisarmos. Quando estamos indo para o aerobarco que nos levará até a arena, Effie vem se despedir:

–Talvez seja a ultima vez que verei vocês, quero dizer que vocês foram os melhores tributos que eu já treinei, talvez por causa de vocês, eu possa ser promovida para outro distrito. Muito obrigada, e eu estou torcendo por vocês. –Ela diz e sai chorando. Esquisita. É a vez de Haymitch.

–Ultimo conselho: Quando o gongo soar, correm o mais longe da cornucópia possível. Lá estarão objetos tentadores, mas que podem levar a morte de vocês. Saem de lá, fiquem o mais longe possível dos outros e encontrem água.

–E depois disso? –Pergunto.

–Fiquem vivos. –Diz e sai. Nós entramos no aerobarco com Cinna e Portia. Começo a passar mal. Eu só entrei em um avião uma vez, e só não fui morto porque levava o raio-mestre de Zeus comigo. Uma mulher com um jaleco branco se aproxima de mim.

–Você esta bem?

–Estou. Não é nada.

–Tudo bem. Estenda seu braço. –Faço o que me pede e ela injeta alguma coisa no com uma seringa.

–O que é isso?

–Um localizador. Nós não queremos perder vocês não é? –Ela pergunta com um sorriso. Sínico, falso. E não espera uma resposta, sai e eu me sento ao lado de Katniss.

Nós não falamos nada e eu fico olhando pela janela, felizmente não há muitas turbulências. Depois de um tempo, o céu começa a ficar escuro, e presumo que estamos chegando perto da arena. Um Avox nos traz torradas e me obrigo a comer, pode ser que demore a ter comida novamente. Após duas horas de viagem o aerobarco pousa e a escada de desembarque leva a mim e Portia a uma sala subterrânea, nem dando tempo de eu analisar a arena. O cômodo é uma sala de uma mansão luxuosa. Sofás de camurça, tapetes de veludo, mesa de centro de vidro, mas não consigo tirar a sensação de que estou em cativeiro. Portia me ajuda a vestir uma roupa. Calça marrom-amarelada simples, blusa verde claro, cinto marrom e um fino casaco preto.

–Essa jaqueta pode te manter aquecido. Terá varias noites frias. –As botas são de couro, macias e flexíveis. Nós ficamos em um silencio acolhedor só esperando o momento. Portia me coloca no meio de um circulo e um cilindro de vidro desce ao meu redor. –Cabeça erguida Percy, você é o garoto mais corajoso que eu conheço.

–Obrigado Portia. Por tudo. Eu nunca vou me esquecer de você.

–Perceu Jackson! Não fale assim! Você me verá novamente, você promete que vai me dar o melhor abraço de urso quando sair da arena?

–Prometo.




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Notas finais do capítulo

EAEEEE?? ACCIO LEITORES FANTASMAS!