Clato - 74 Edição Dos Jogos Vorazes escrita por Clove Fuhrman


Capítulo 6
Colheita


Notas iniciais do capítulo

Então como prometido aqui está o capítulo, fiquei meio triste porque o anterior não recebeu nenhum comentário... Gostaria de saber a opinião de vocês :D



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Eu vou para os jogos. Tive uma conversa com a minha família e chegamos à conclusão que eu tenho mais chances de sobreviver do que a Silvia, então eu vou. Não sei como Cato vai reagir, mas agora não tem mais volta. Coloco um vestido amarelo claro, e vou com a Silvia para a colheita. Eles furam meu dedo para coletar o sangue, depois vou para a parte dos de 15 anos. Consigo ver Cato na fila dos de 17 anos. Uma mulher estranha com uma peruca verde vai tirar os nomes, mas como aqui sempre tem voluntários ela fala:

-- Primeiro as meninas! Temos alguma voluntária esse ano?

-- Eu me ofereço como tributo –Eu grito. Ando até a mulher e ela fala satisfeita:

-- Seu nome queridinha?

-- Clove Rivers – Falo calmamente.

-- Clove Rivers tributo feminina do distrito 2 na 74° edição dos jogos vorazes. – Ela dá algumas risadinhas irritantes e continua – e agora os meninos algum voluntário?

-- Eu me ofereço como tributo – Cato berra. Meu coração praticamente para de bater. Ele anda até o palco e a mulher pergunta:

-- Seu nome qual é?

-- Cato Rauls – ele responde.

-- Cato Rauls, tributo masculino do distrito 2 na 74° edição dos jogos vorazes – ela suspira – vamos ter dois ótimos competidores esse ano.

Vou até ela, e alguns pacificadores nos levam a cômodos do tribunal da justiça, para termos as ultimas visitas e conversas com parentes e amigos. Para mim aparece papai, mamãe, Silvia e Emma.

-- Você vai conseguir maninha, é a mais preparada que eu conheço – ela me dá tapinhas de incentivo – e quanto ao Cato, um dia vai amar novamente.

-- Não, não vou – respondo ríspida. – e vocês sabem que na possibilidade de acabar só nós dois e um tiver que matar o outro, eu não vou mata-lo.

-- Ih filha, não pensa assim – mamãe me abraça – você vai consegui certo? Ela falou sorrindo.

-- Que orgulho minha filha, sou pai de uma futura vitoriosa – meu pai fala se exibindo, eles não entendem que a vitória não vai me ajudar em nada.

-- Prometa que vai ao menos tentar Clo – Silvia sussurra.

-- Claro que vou, e também prometo que um de nós dois vai voltar – respondo.

-- E vai ser você Clove – Emma me abraça – leve o seu diário, ele vai te ajudar quando não tiver mais a que recorrer, você é carreirista, forte e bonita, vai conseguir bons patrocinadores e voltar para cá, e morar na vila dos vitoriosos com muita honra.

-- Obrigada pelo apoio gente – digo pegando o diário e uma caneta.

Quando nossa despedida acaba, eu e Cato somos levados a um carro preto de vidros escuros, e de lá somos embarcados em um trem com todos os luxos e mimos da capital, a mulher estranha da peruca verde é Charlote Swan. Dentro do trem, ela fala que vai falar com nossos mentores e nos deixar sozinhos por algum tempo. Cato começa:

-- Porque fez isso? Sabe que só um de nós vai voltar né?

-- você quebrou sua promessa, porque se voluntariou? Sabia que eu tinha que ir no lugar da Sílvia– digo triste.

-- Eu... – ele começa – eu não queria.

Ele me beija, e vejo que Charlote não ia ficar fora tanto tempo assim, porque ela chega nessa exata hora, deixando tudo que ela estava segurando se espatifar no chão. Enobária que está logo atrás dela berra:

-- O que é isso??

-- Agente meio que – Cato começa.

-- Oh santo azar – Brutos interrompe – porque diabos vocês foram se voluntariar? Sei que são os melhores que tínhamos esse ano mas...

-- isso não é da sua conta – digo beijando Cato.

-- garota mal educada, por favor, parem com isso! – fala Charlote irritada. – Vamos sair daqui e conversar um pouco – ela fala para Enobária e Brutos.

Ficamos rindo e conversando enquanto eles nos deixaram sozinhos, eu prometi que daríamos um jeito, e ele prometeu não quebrar mais promessas. Apesar de tudo isso que está acontecendo, eu estou feliz, por que Cato está do meu lado. O tempo passa rápido e a noite chega, cada um vai para o seu quarto dormir, porque logo pela manha vamos estar na capital e temos que nos arrumar para o desfile dos tributos para causar uma boa impressão. Noite sem sonhos, acordo cedo, já estamos na capital. Olho para a cômoda ao lado da cama, tem um roupa separada para eu vestir, uma blusa soltinha dourada e calças pretas, depois de me vestir eu vou para a mesa onde iremos tomar café, ela está lotada de alimentos variados, apesar de nunca ter passado fome me sinto tentada a experimentar cada um daqueles pratos. Já terminei de comer e estou tomando suco de laranja quando Charlote, seguida de Brutos e Enobária, chega.

-- Onde está o Garoto? – Charlote dispara na minha direção.

-- Não sei – respondo com indiferença.

Alguns minutos depois Cato chega, está vestindo uma calça e camisa preta. Ele vai se servir e eu vou para o quarto, pego meu diário e começo a relatar os acontecimentos, tudo que aconteceu ao meu ponto de vista, pelo menos ele não vai me criticar como a Charlote que hoje está usando uma peruca verde mais clara que a anterior. Quando termino de escrever volto para lá, e Cato está sozinho, ele começa:

-- Porque veio?

-- Sílvia, chegamos à conclusão que ela morreria – digo. – Você deveria ter prestado atenção no que eu falei aquele dia. – digo com amargura. – E você?

-- Brutos falou que esse era o meu ano – ele fala baixo – eu não podia negar, e se eu não estivesse aqui quem iria te manter viva naquela arena?

-- Mas, só um volta – eu dou uma longa pausa – Vamos pensar em alguma coisa.

-- Prometo. – ele fala passando a mão no meu cabelo.

Brutos chega e começa: – vamos discutir um pouco sobre sobrevivência e ataques até o trem dos fracassados do 12 chegar – ele dá algumas risadas forçadas.

-- Ah tudo bem – digo ríspida – não tenho nada melhor para fazer mesmo.

-- Não seja estúpida garota – Brutos rosna para mim – bem, já observei vocês nos treinos, você é ótimo com espadas, luta corpo a corpo etc. E ela com facas, mas tenho certeza que se dão bem em outras coisas, vocês serão aliados ok? Ela não é muito forte, então, Cato você terá que compensar isso, em contrapartida ela tem agilidade que você não tem em abundancia, pelo que observei serão uma bela dupla. – ele passa os olhos em nós – então, mais uma coisa, não banquem o casal apaixonado na arena, alguns beijos não vão interferir, mas não façam nada meloso por favor!

-- Mais alguma dica? – Cato pergunta.

-- Claro, tenho muitas – ele suspira – façam aliança, com os outros carreiristas, pode ser com os do 1 vamos ver como vão ser esse ano e os do 4 se forem forte. Talvez encontrem outro tributo útil façam aliança e a quebrem assim que ele perder a utilidade, nada de ficar fazendo amiguinhos e não conseguir matar depois. – ele tem uma pausa e continua – peguem tudo que conseguirem na cornucópia e façam um belo banho de sangue, matem o máximo que puderem nesse primeiro momento. Em caso do suprimento acabar procurem água, água é essencial, a comida vem em decorrência.

-- Como deveremos nos comportar diante dos estilistas? – eu pergunto – e no desfile?

-- Façam o que os estilistas falarem para vocês fazerem, respondam o que eles perguntarem e elogiem a roupa – Brutos responde – a Enobária ajudaria mais nisso, no desfile os estilistas vão dar as dicas de como vocês devem agir, mas estejam lá com pose de vitoriosos.

Ficamos discutindo sobre isso por algum tempo, depois Brutos nos conta como a edição que ele ganhou, a honra que recebeu, etc. Desinteressante. Já estou quase no tédio profundo quando Charlote se junta a nós:

-- Os tributos do 12 chegaram, vamos, vamos! – ela diz sorrindo – os estilistas estão ansiosos para conhecer vocês, ah, aposto que vão estar deslumbrantes e conseguir muitos patrocinadores.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado... Provavelmente postarei o próximo amanha ou sábado...



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