where is my home escrita por Literary Enterprise Motta


Capítulo 14
Capítulo 14 - A White Room


Notas iniciais do capítulo

oioioioioi meu lindos
olha ai mais um cap e no mesmo dia



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Meus olhos estavam ardendo e meu corpo inteiro doía como se eu tivesse levado dezenas de chutes, abri os olhos e uma luz forte vinda do teto fez meus olhos arderem ainda mais, assim que me acostumei com a claridade comecei a observar o local onde eu estava, um quarto não muito grande e branco, eu estava deitada em uma cama não muito confortável e cercada de aparelhos que faziam BIPS sem parar, meus olhos começaram a lacrimejar quando me dei conta de que estava em um hospital, ma como eu fui parar lá eu não fazia ideia. Tentei me sentar, mas uma dor nas costas fez romper as lagrimas e um gemido escapou da minha boca.

–Calma você não pode se mexer- Damon estava sentado bem ao meu lado. O que “ele” estava fazendo ali?-Como está se sentindo? Está com dor? Quer que eu chame a enfermeira?- ele me encarava com uma expressão que ia de dúvida a alivio.

–O que houve?- perguntei a ele tentando eu mesma me lembrar o que aconteceu para eu estar ali. –O que aconteceu Damon?- perguntei olhando direto nos olhos dele exigindo uma resposta.

– Você... quebrou o tornozelo- ele respondeu e nos dois ficamos olhando meu tornozelo engessado. Ficamos em silêncio por um tempo.- Tive medo de que fosse algo mais grave.- ele disse sem olhar pra mim.

– O que... – engasgei. Fiquei encarando minha perna remendada, eu nunca havia quebrado nada no meu corpo- ...o que houve? Como?- eu estava tão confusa que não conseguia juntar as palavras.

– Vou chamar a enfermeira.- ele se levantou e foi até a porta sem olhar pra mim,

– como foi isso?Damon me diz. Damon. Damon.- eu estava quase gritando, a falta de respostas dele e de eu não me lembrar estava começando a me assustar.O que aconteceu comigo? Assim que ele me deixou sozinha as lágrima ganharam força, minha cabeça girava, tentei me levantar, mais a dor me impedia de me erguer mais do que alguns centímetros.-Damon.- chamei por ele, não sabia a quem recorrer, eu estava machucada e num lugar estranho.-DAMON- gritei a pleno pulmões, mas ele não respondeu, três pessoas entraram no quarto correndo e vieram pra cima de mim, senti a ameaça, eu não os conhecia, eles tentaram me deitar de volta na cama. – Não, me soltem. – tentei me livrar deles, mas isso só fez eles me segurarem com mais força, e as dores não estavam ajudando nem um pouco.

– Calma, não vamos te machucar. – disse uma garota baixa e loira que segurava com tanta força o meu braço que quase o quebrou. – Fique calma. – ela repetia isso sem parar.

Eu estava tão assustada, tão confusa e tão dolorida que nem havia notado a presença de Joene na porta até sentir algo frio entrando na minha veia e depois desabar inconsciente .

Quando acordei, ela estava em pé acariciando meus cabelos, quando abri os olhos vi a garota loira que tentou quebrar meu braço e disse que não ia me machucar atrás dela, olhando pra uma tela e depois fazendo anotações em uma prancheta, minha primeira reação foi tentar me afastar das duas, o movimento fez a minha cabeça girar.

– Calma, tá tudo bem, está segura. – disse Joene pressionando a no meu ombro.

– Vou deixar vocês a sós. – disse a loira, depois colocou a prancheta em uma bancada perto da porta e saiu. Eu não tirei os olhos dela nem por um segundo, e continuei olhando esperando que ela volta-se a qualquer momento pra terminar o serviço no meu braço.

– Elena, você está bem? – Joene puxou a cadeira que antes foi usada por Damon e se sentou ao lado da cama. Damon. A confusão na minha cabeça voltou, onde ele está?Por que ele não veio quando eu chamei? O que a loira fez com ele?

– Cadê o Damon? – a pergunta me escapou.

– Você acabou de assustar duas enfermeiras e um médico novato e tá preocupada com o Damon? – disse ela em meio a um sorriso.

Claro ele me deixou sozinha enquanto eu estava sendo atacada por três estranhos

–È.- curta e grossa.

– Ele está lá embaixo no restaurante com Matt. – ela respondeu sem sorrir. – Você se lembra do que aconteceu? – ela me encarou com um olhar preocupado.

– Não. Eu perguntei ao Damon, mas ele saiu sem dizer nada e me deixou sozinha. – eu esfreguei o braço que a loira estava apertando, estava vermelho e começando a coçar.

– È essa atitude dele não ajudou muito...

–O que aconteceu? – eu perguntei cortando a fala dela. Chega de rodeios, eu quero uma resposta. Ela olhou pra mim, como se estivesse criando coragem, respirou fundo e depois disse...

– Você foi atropelada.

Atropelada. A lembrança me atingiu como um raio. Eu não precisava de mais explicações.Eu fiquei em silêncio enquanto Joene me contava o que eu já sabia, eu estava ali por que fui atropelada, atropelada no lugar de Sofia... Meu deus.

– Sofia está bem? – perguntei imediatamente temendo o pior.

– Sim ela está bem. Graças a você. Foi muito corajoso o que você fez.Obrigado. Eu nem... – ela se atrapalhou com as palavras e uma lágrima escorreu pelo seu rosto.

– Calma. O importante é que ela está bem. – disse colocando a mão no seu braço. Os papéis se inverteram. Agora eu á estava tranquilizando.

– È mais você se machucou. – ela enxugou o rosto com a costa da mão.

– Tudo bem. Foi por uma boa causa. – toda a irritabilidade e confusão se dissiparam como fumaça, de repente eu estava tranquila. Ao me ouvir falar daquele jeito Joene me encarou como se eu estive-se ficado louca, com certeza ela não estava esperando essa reação de mim, mas ela apenas acariciou meu rosto e sorriu.

Não fiquei mais sozinha depois do incidente, se não era Joene era Matt, e até as meninas vieram me visitar, Sofia começou a chorar quando viu minha perna engessada, mas ela parou assim que lhe ofereceram uma caneta pra ela fazer um desenho no gesso, mais Damon não apareceu. Perguntei por ele e Matt disse que ele estava com receio de vir me ver, pelo tom de voz dele pude perceber que ele estava me escondendo alguma coisa. Uma noite quando Matt saiu pra levar as meninas pra casa, perguntei de novo a Joene por que Damon não veio me ver, eu estava confusa, ela disse que ficou muito preocupado e ficou comigo o tempo todo, agora não quer vir me ver. A pergunta a deixou desconfortável.

– È melhor você conversar com ele. – ela se limitou a dizer apenas isso. Não voltei a tocar no assunto.

Mais tarde naquela noite acordei e vi Damon sentado no sofá perto da janela, ao vê-lo me lembrei que na primeira vez que nos encontramos ele quase me atropelou e na segunda ele consumou o ato, o pensamento me vez rir.

– Damon- eu o chamei com a voz mais tranquila que consegui, mais na verdade eu estava ansiosa pra falar com ele, ele tinha que me explicar algumas coisas.

– Oi. Eu te acordei?- ele se levantou e veio se sentar perto de mim. Estava usando jeans e uma camiseta marrom de mangas compridas que ele enrolou até o cotovelo.

–Não.- me sentei na cama, já não estava mais tão dolorida. Fiquei olhando pra ele, mais ele não retribuía o olhar, ele ficou olhando ora pra suas mãos ora pra minha bota ortopédica, sem dizer nada, depois de um tempo assim ele levantou a cabeça e olhou pra mim.

– Você está bem? – ele parecia envergonhado e infeliz. Eu acenei com a cabeça e forcei um sorriso. – Desculpe não ter vindo antes.

– Desculpe ter reagido daquele jeito.- tentei aliviar a tensão, ele sorriu, um sorriso triste.

– Eu peço desculpas. Não devia ter agido daquele jeito, só piorei as coisas, devia ter ficado e falado com você. Desculpe – ele metralhou as palavras pra mim, ele estava tão constrangido que era até engraçado, nunca imaginem que ele pude-se ser assim.

–Tudo bem. – segurei sua mão para tranquiliza-lo, o toque me fez ficar arrepiada, e senti asinhas se abrindo no meu estomago, ele também estava com as mãos frias. Ele ficou surpreso com meu gesto, mas não se afastou. Ele olhou pra mim, e lutei pra sustentar aquele olhar, manter aqueles olhos azuis comigo.

Os mesmos olhos que me visitavam quase toda noite.o pensamento dançou na minha cabeça, a lembrança do sonho me arrebatou do quarto, será ele?

– Foi culpa minha, eu... desculpe. – Ele abaixou a cabeça. Puxei a mão antes que ele pude-se pega-lá. O que ele estava dizendo agora?

–Culpa sua? – o encarei tentando dar sentido as palavras. O que ele queria dizer com aquilo? O que era culpa dele? Eu ter me assustado ao acordar no hospital ou... por eu estar no hospital? – Foi você? Você me atropelou? – perguntei, quase não acreditando nas palavras, eu meio que ja sabia mais ouvir isso dele era pior Ele olhou pra mim com os olhos brilhando, estava travando uma batalha interna, ele contra ele mesmo.

–Desculpe, foi eu sim. Elena desculpe... – ele pegou minha mão, e a envolveu nas suas, elas estavam ainda mais frias e suadas. Lutei contra o impulso de puxa-la de volta, ele estava quase desperado - ... eu na vi você, fui desatento, sinto muito, eu.. eu... – desespero tomou conta do seu rosto. Vê-lo naquele estado partiu meu coração.

Não sei dizer exatamente e que estava acontecendo dentro de mim naquele momento, um redemoinho de sentimentos começou a se formar, uma mistura de pena, solidariedade e mais alguma coisa que eu não sei explicar muito bem, era como se eu estive-se sentindo o desespero dele como se fosse meu, e não suportava vê-lo daquele jeito. Sei que não faz sentido, eu devia gritar com ele, xinga-lo, afinal ele me atropelou, e se não tive-se sido eu teria sido Sofia, e isso seria bem pior já que ela é sobrinha dele, mas o que saiu da minha boca foi...

– Tudo bem – eu apertei a mão dele. Ele levantou a cabeça e me olhou espantado. – Estou bem agora, não se preocupe. Está tudo bem.

– Você...- ele não conseguiu completar a fase, então fiz isso por ele.

–Não estou com raiva. – não havia mentira nisso.

– não?- ele me olhou incrédulo , como se eu tivesse louca -Elena eu atropelei voce !

– eu sei!

– você devia está brigando comigo, você esta aqui por minha culpa !

– Damon eu sei, mais eu não estou com raiva, estou até aliviada.

–como? – ele me olhou espantado.

–foi um acidente não foi e seria bem pior se tivesse sido a Sofya – disse olhando para ele – Ei! – o chamei ele se negava a me olhar – Damon? – toquei em seu rosto o forçando a me olhar – esta tudo bem, não foi sua culpa, se for fazer você se sentir melhor eu perdoou você - Ficamos em silencio pude ver sua respiração aliviar .

–eu vou ajudar você no que for preciso ate você melhorar – ele sorriu e segurou meu rosto com as duas mãos – eu prometo .

Me arrepiei com seu toque e me senti bem acho que esse é o inicio de uma grande amizade.



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Notas finais do capítulo

comentem por favor..
tem alguém lendo em?



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