Capítulo 2

Parte 1 - Stefan Salvatore

Corri para a floresta em direcção à nossa casa. Já quando estava a cerca de 500 metros de casa avistei-o encostado a uma das maiores árvores das redondezas.

- Damon- chamei.

-Não Stefan! Não me venhas dizer que a culpa não é dela e que é necessário ela pensar e decidir por si só, irmão!

- Mas Damon... – ele interrompeu-me.

- Estou farto de esperar! Tenho mais coisas para fazer, mulheres que não precisam de tempo, que simplesmente sabem que querem estar comigo!

-Preferes isso a amor?! – perguntei.

-Tanto quanto sei, ela irá escolher-te a ti. Onde está o amor nisso?!

Eu não sabia o que dizer. Passou um momento, talvez minutos, até que ele falou:

- Eu sei é que não quero perder o meu irmão para uma mulher, mesmo ela sendo a Elena…

- Damon vamos afastarmo-nos dela, dar-lhe um tempo para pensar. -era a melhor opção, por mais que isso me custasse.

E fui para casa.

Parte 2 – Elena Gilbert

Bem é verdade que eu agora era uma vampira, e que não sabia o que fazer a seguir… Mas não deveria ser assim tão complicado. Ir até ao bosque, cheirar ou ver um animalzinho fofinho, atacar, chupar-lhe todo o sangue, e por fim ficar cheia de remorsos! Óptimo! Acho que talvez seja melhor matá-lo antes de deixar o animal ressequido, pelo menos penso que não sofrerá tanto… Esperemos.

Corri até à floresta e embrenhei-me nela, tento o cuidado de ninguém me ver.

Concentrei-me e ouvi um som, que parecia ramos a quebrar. Pareceu-me um gato selvagem – dia de sorte, eles dizem que sabe melhor…-. Corri e deparei-me com Elijah perto de uma mini lagoa.

- Ahh olá. – disse meio a medo.

- Bom dia Elena, está tudo bem? Vejo que já completaste a transição. – acenei que sim, com as palavras presas na garganta.

- Estás sozinha? O Damon e o Stefan? Pensei que viessem contigo… - disse-me.

- Não. Eles… deixaram-me sozinha… foram conversar… É complicado- falei triste.

- Queres ajuda? – perguntou ele cortês.

- Ok, se não te importares. – sorri

Parte 3 – Klaus Mikaelson

E agora o que faço?! Já não há Elena para ninguém, pelo menos a sua parte humana.. Será que ela se tornará vampira?

Já quebrei a maldição da lua, já não posso criar mais híbridos… o que se faz agora? Empalo os meus irmãos outra vez? Bem que mereciam depois de me traírem! Ah! Pois é, eles roubaram-me as adagas. (-.-)

O melhor a fazer é ir ao Mystic Grill beber um whisky ou dois.

Parte 4 – Katherine Pierce

Olha só quem ali está!

- Que tédio! – ouvi-o dizer já bêbado.

Perfeito momento para lixar umas cabeças!

- Oh querido não fiques assim, sabes que estou aqui. – fiz cara de sonsa.

- Katerina- disse ele surpreendido.

- Niklaus, há quanto tempo.

- À tempo de mais Katerina. O que te trás por cá? – perguntou ele com indiferença.

- Tu sabes, o mesmo do costume, simplesmente infernizar a vida de todos, claro, à excepção de ti.

- Já tinha saudades do teu charme infalível sweetheart. – como eu adoro a pronúncia dele.

- Importas-te que te faça companhia? Ou esperas alguém? – perguntei a picá-lo.

- Serve-te.

Pedi o mesmo que ele ao rapaz que estava no balcão, Matt, de acordo com o crachá.

- Niklaus isto está aborrecido, vamos para tua casa. – falei com brilho nos olhos, já que lá estava mais valia divertir-me, o tempo que passámos juntos quando ainda eu era humana tinha sido… qual a palavra? Hmm, já sei: Selvagem.

Ao sair passámos por uma humana com um cheiro a rosas e musgo verde! Enfim, neste momento tinha outros planos, talvez mais tarde, sorri para mim.

Parte 5 – Alicia Saltzman

Ao entrar num café denominado de Mystic Grill, passei por duas pessoas, que me olharam com um estranho brilho nos olhos, como se tivessem visto um muffin com cobertura de chantili, morangos e ainda mais uma camada de muffin – minhamii-. Fez-se luz na minha cabeça, eles deveriam ser vampiros!

Esta cidade era assim tão povoada por eles? Tinha de ter cuidado. E mais uma coisa! Eles andavam ali, à luz do dia! Deveriam ter anéis, segundo o que meu pai me falou…

Enfim não era essa a razão pela qual ali estava! Eu tinha de arranjar emprego e ali parecia-me o local perfeito. Sabia que ali estavam à procura de empregado/a de mesa, pois tinham um folheto à entrada.

Dirigi-me ao rapaz que estava a limpar uma mesa:

- Bom dia… ahh Matt – olhei para o crachá colocado no seu peito – queria candidatar-me para a vaga de empregada de mesa. – disse tentando em vão parecer profissional.

- Ahh bom dia ahh...

E eu disse:

- Alicia.

Ele olhou em volta e dirigiu-nos a uma mesa bem iluminada.

- Então… Alicia, é de Mystic Falls? Nunca a vi por aqui.

- Na verdade acabei de me mudar para cá. – respondi.

- Por que razão decidiu mudar-se para cá?

- Eu devia ter vindo antes, para estar com a pessoa que amo! Quando os sentimentos são verdadeiros devemos estar com essa pessoa; quando a outra pessoa mostra que a nossa vida não é o mais importante devemos deixá-la. A vida pode acabar de um momento para o outro, ou estamos com a pessoa certa para nós, ou devemos esclarecer as coisas e seguir em frente! Isto na minha opinião Matt.

Parte 6 – Matt Donovan

Ao ouvi-la disser isso pensei imediatamente na Rebekah ou Bekah como gostava de lhe chamar… Na noite do acidente eu vi-a! Tinha sido ela a responsável, apesar de ter sido eu a virar o volante, o que nos atirou ao rio. Ela é que se pôs à frente da carrinha, ela tinha esse propósito.

E se a minha vida era menos importante que o objectivo dela, nesse caso não queria continuar com ela, eu nunca a iria perdoar por ter feito tal coisa!

Quando saísse do meu turno iria esclarecer as coisas como Alicia disse, e depois iria tentar aceitá-las.

Acabei o resto da entrevista, despedi-me e disse que podia começar no dia seguinte, pois ainda tinha de lhe ensinar o básico, uma vez que ela nunca tinha feito este tipo de trabalho.

©AnaTheresa e ©Ana