O Príncipe Edward escrita por Débora Falcão


Capítulo 16
Revelações




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Esperamos Edward e Bella chegarem, com Renesmee dormindo em seus braços. Quando Carlisle percebeu que contaríamos uma história importante, e que precisávamos de sua ajuda, pediu a Esme que mandasse chamá-los. Esme telefonara para eles há alguns minutos, falando tão rápido que não pude entender uma só palavra.

"Bem", continuou a Sra. Poppins, quando Edward e Bella se sentaram, após deixar Renesmee nos braços de Rosalie. "Quando eu fui criada, na história e no mundo em que fui criada eu tinha poderes especiais. Eu poderia entrar e sair de qualquer quadro ou pintura que eu quisesse. Eu fazia isso regularmente, sempre que eu gostava de alguma obra de arte. Era interessante ver as imagens de perto, como uma parte da própria pintura."

Carlisle olhava com interesse e curiosidade para Mary Poppins, ouvindo-a com atenção. Alice também ouvia. Esme, Emmett, Rosalie, Jasper, Edward e Bella, todos a estavam ouvindo.

"Até que um dia, por um mero acaso, eu descobri a verdade. Eu era apenas um personagem de um livro. E foi muito estranho. Eu havia girado meu guarda-chuva com o movimento que eu usava para sair das pinturas, ao invés do outro movimento, para entrar nas pinturas, quando eu estava querendo entrar." Ela sorriu da possível confusão que fizera. Mas eu vi que todos entenderam bem. Com excessão de Emmett.

"Não entendi foi nada!" Ele exclamou. Mary Poppins sorriu. "Eu quis dizer que eu estava me preparando para entrar num quadro e, em vez de fazer o movimento correto do guarda-chuva, eu o fiz ao contrário. E o que aconteceu foi que, de repente, me vi em outra cidade, diferente, nos tempos atuais. Olhei em volta, e eu estava numa casa antiga, de frente para uma avenida, onde só passavam carros e mais carros. Olhei no calendário: era 1948. Eu estava em Londres. Fiquei confusa de início, mas compreendi o que havia acontecido quando vi um livro aberto em cima da mesa. Olhei e vi meu nome. Era eu. Na capa, era eu desenhada. Tudo era sobre mim. O livro levava o meu nome no título. Então compreendi o que havia acontecido."

Mary Poppins parou uns instantes para respirar. Então eu prossegui a história.

"Eu procurava emprego em Londres, quando fui bem recebida pela Sra. Poppins em sua livraria. Ela me deu o emprego e um presente: poder entrar em quaisquer livros que eu quisesse, ver minhas histórias prediletas e meus personagens favoritos, além de presenciar os acontecimentos como expectadora ativa."

As atenções estavam voltadas para mim agora. O que eu diria a seguir era muito difícil. Olhei para cada um deles, tão reais, tão maravilhosos!

"Então eu escolhi os livros que eu queria visitar. E escolhi a saga Crepúsculo."

Eles continuaram sem entender. Eu continuei.

"São quatro livros, chamados Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse e Amanhecer. E são narrados pela personagem principal, Isabella Swan."

Aquilo havia caído como uma bomba na sala. Todos ficaram de pé de repente.

"Você está querendo dizer que somos personagens... de um livro qualquer?" Rosalie parecia ultrajada.

"Isso é uma afronta!" disse Jasper, visivelmente irritado. Sua irritação passou para nós uma onda de estresse.

"Calma Jasper." disse Carlisle. Edward me olhava com olhos duros.

"Era isso o que você estava tentando esconder?" Ele me perguntou.

"Sim" eu disse simplesmente. "Se eu dissesse a vocês, naquela época" - falei época de forma estranha. Para eles havia passado muito tempo, mas para mim era apenas quinze minutos depois daquele acontecimento - "eu teria interferido mais do que já havia feito no curso da história de vocês."

Bella me olhou com olhos confusos. "Eu era a narradora da história?"

"Sim, Bella. Nós, os leitores e fãs de sua história, sabemos tudo sobre você. Seus sonhos, anseios, tristezas, alegrias, pensamentos, tudo o que você mesma nos contou." Ela olhou para baixo, envergonhada. Eu completei. "Inclusive sabemos que, se neste momento você ainda fosse uma humana, estaria com as faces vermelhas."

Me voltei para os demais. "Sabemos tudo sobre vocês. Sabemos que Carlisle, médico, é o mais velho, transformou primeiro Edward, que estava à beira da morte com gripe espanhola. Sabemos que a segunda foi Esme, após, digamos, cair do penhasco." Esme sorriu fracamente. "Sabemos também que depois veio Rosalie, e em seguida, Emmett, que havia sido atacado por um urso."

"Caramba, ela sabe mesmo!" disse Emmett.

"Alice e Jasper se uniram à família depois" eu continuei. "E eu sou capaz de apostar que vocês estão se sentindo agora como na época em que ela chegou, sabendo tudo sobre todos e perguntando em qual quarto ia ficar."

Todos agora nos olhavam com surpresa. Eu realmente sabia sobre tudo. Então, resolveram me dar crédito e me ajudar.

"Ok" Carlisle disse. "Vamos ajudá-las. É só nos dizer o que está acontecendo e como poderemos ajudar."

Respirei fundo. Olhei para Mary Poppins e ela me encorajou a continuar.

"Naquele dia na clareira, bem, espero que entendam que é difícil falar assim. Para nós tudo aquilo aconteceu há menos de meia hora. Bem, naquele dia na clareira, nós voltamos ao nosso mundo, saindo do mundo de vocês, por assim dizer, e James acabou por ir conosco. E agora ele está à solta, em Londres, e vocês já sabem que perigo isto significa. Nós não temos vampiros em nosso mundo, por isso é tão complicado. Ele é um grande predador, no meio de presas indefesas, e não existem outros da espécie dele. Até agora, pelo menos."

"Bem, compreendemos o que está acontecendo. Você então quer nossa ajuda para trazê-lo de volta."

"Sim" concordei aliviada. "Podemos levar vocês até lá, para encontrar James, antes que ele faça mais vítimas ou crie novos vampiros."

"Bem, nós podemos tentar encontrá-lo" disse Edward, falando calmamente. "Mas não poderemos impedir que ele crie novos vampiros ou mate outros humanos, enquanto estamos aqui, em nossa sala."

"Não se preocupem quanto a isso. Enquanto estamos aqui, é como se o tempo não passasse em nosso mundo, ao menos para nós. Quando voltamos para lá, voltamos exatamente do ponto em que saímos. Não se passam mais que alguns segundos."

Os Cullen se olharam mais uma vez. Eles estavam ainda pouco habituados àquele tipo de informação.

"Bem, então, vamos ajudá-la." Disse Carlisle.

"Muito, muito obrigada" disse Mary Poppins. "Agora precisamos decidir o que fazer e como fazer."

Então, começamos a planejar o ataque.


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