Jogos Vorazes - Pesadelo E Sedução escrita por Kevin


Capítulo 31
Capitulo 31 - A Batalha contra Croconal


Notas iniciais do capítulo

Queria aprovaitar para agradecer a Murilo pela recomendação que fez a fic!



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Capitulo 31 - A Batalha contra Croconal

Árvores por todos lados. Era difícil acreditar que aquilo se tratava de um pântano diante a tantas árvores que de repente caiam e bloqueavam qualquer possibilidade de passagem que pudesse servir de fuga.

Além disso, saltar por cima das caídas era perigoso já que o local estava repleta de armadilhas montadas por Lirian. O que era para ser uma emboscada para Carlos e seus aliançados havia se transformado em uma emboscada para todos. Após as mortes de Fênix, Flora e Druw, além de uma Lirian ferida gravemente de forma que todos acreditavam que a menina já não resistiria mais, Amabile, Carlos e John se encontravam de frente para Croconal.

Croconal avançou contra John e Amabile que estavam junto ao corpo de Lirian. A calda do gigante crocodilo acertou Carlos rapidamente anulando qualquer movimento que o jovem viesse a pensar em fazer. John agarrou o corpo de Lirian chutando Amabile para o lado e saltando para o outro deixando que o crocodilo saltasse abocanhando o nada.

John jogou o corpo de Lirian por sobre as arvores e sentiu logo após uma pancada forte em suas costas o derrubando com força. Não demorou para ele ver que em sua direção vinha novamente o bestante na intenção de abocanhá-lo.

– Panem... Posso começar? - Ele levou a mão a cintura, mas não achou sua faca. - Mas... - Ele não teve tempo de conseguir lembrar ou procurar pela sua faca. Apenas jogou-se como pode para o lado enquanto sentia que uma das patas tentaram trespassar seu adomem.

Amabile gritou de horror. Não tinha como John ter escapado daquelas garras. Carlos se aproximou dela correndo segurando algumas armas e estendo-as para ela.

– O John... ele... -

– Ele já era. Precisamos nos unir para... - Mas, Carlos não conseguiu terminar de falar, pois viu John levantar cambaleante e juntar-se a eles estendendo a mão para pegar uma das armas.

Carlos fica olhando incrédulo, nem sangue havia na barriga de John. Apesar de claramente sua blusa ter sido mutilada.

– Amber, eu e Lirian recebemos uma malha armadura. Se não formos atacados em nossas mãos, pés e do pescoço para cima, quase nada nos ferirá. - John parou escutando o rugido animalesco de Croconal que os fitava. - Por isso estou surpreso de Lirian ter caído pelo golpe... De qualquer forma, as garras não pegaram em cheio, mas senti a dor como se tivesse sido cortado. Se aqueles dentes me pegarem não terei tanta chance... -

Croconal avançava contra eles. Os três se olharam rapidamente. Tinham que tomar uma decisão de se ajudarem ou não. As chances de sobreviverem, mesmo lutando juntos, era quase nula. Mas se não o fizessem juntos, as chances de seriam ainda menor para todos.

Em Panem, todos ficavam atentos a ação dos protagonistas daquela edição dos jogos. O torturador, a sedutora e o mágico estavam diante do maior desafio que os jogos podiam oferecer. Um bestante altamente poderoso.

Croconal não saltou, apenas ia diminuindo a distancia, impedindo que eles pudessem escapar pelos lados como estavam fazendo a cada instante.

– Vamos juntos. - Diz John. - Alguma ideia? -

– Precisamos limitar os movimentos dele ou seremos alvos fáceis. - Diz Carlos. - Mas, não creio que tenhamos poder de ataque para tanto. -

– Se pelo menos anoitecesse de uma vez, aquele breu nos ajudaria a se esconder dele. - Diz Amabile.

– Não ia adiantar, porque ele certamente tem ótimos instintos. - Sorrindo John pegou uma lança. - Mas, a não ser que nós provoquemos o breu. Mirem nos olhos. Vamos cegá-lo. Ele vai ficar desorientado por causa da dor. Os instintos vão ficar menos aguçados. -

Os três olharam o animal a frente deles. O corpo possuía algumas queimaduras e muitos talhos cicatrizados, principalmente na boca e na cabeça. Parecia ter levado um corte realmente profundo e percebia-se que alguns dentes faltavam. Certamente aquele havia sido o resultado embate contra Onix.

O animal rugiu novamente e os três sentiram-se paralisados e foi então que ele atacou. Jack correu e saltou sobre ele usando de uma espada, dada por Carlos, Preocupado em escapar da investida, acabou caindo por cima do corpo do animal tentou uma ou duas vezes provocar um ferimento, mas a calda havia se tornado um problema. Rapidamente John estava no chão.

Amabile havia ido para a direita, enquanto Carlos havia se mandado para a esquerda. Não fora combinado, mas com aquilo Croconal concentrou-se totalmente em John acima dele e duas lanças tentaram acertar ao bestante que surpreso, pouco pode fazer. Mas, acabou não sendo acertado com gravidade. Havia apenas dois novos riscos em seu rosto.

Carlos tentou novamente e desta vez estocando constantemente, como se tentasse causar o máximo de feriamentos possíveis. Ele via que era impossível acertar o olho de onde ele estava, mas não tinha como sair do local onde ele estava, pois tinha as árvores caídas em suas costas.

Carlos assustou-se ao ver que Amabile já estava fugindo da posição que ela estava, o que significava que agora ele era o alvo mais próximo. Precisava fazer sua mágica para escapar do destino que lhe aguardava.

Croconal virou sua cabeça e ia abocanhá-lo. Carlos apenas abaixou-se estocando com a lança de baixo para cima. Mas, a lança se partiu. Tratava-se uma das lanças que Canivete havia feito. A tarefa fora feita, a lança forçou o fechar de boca da criatura, pois empurrou a mandíbula para cima, fechando-a.

Croconal tentou vir com a garra direita, mas um cipó a prendia. John puxava o cipo com força impedindo que a garra viesse a descer contra Carlos. A garra esquerda também estava presa. Apesar de Amabile pouco conseguir contê-la o movimentar estava limitado.

Carlos pegou os pedaços que possuía da lança e tentou acertar o olho da criatura, mas foi lançado para longe com o movimentar de cabeça da criatura. Os cipós se partiram rapidamente e Carlos começou a rastejar rapidamente para longe. Mas, Croconal não deixou que ele se afastasse.

– Carlos! - Amabile arremessou sua lança para ele. A lança fincou em uma árvore caída. Carlos rapidamente jogou-se para cima e rodou na lança fincada como quem se pendurava e lançou-se com força e velocidade para longe.

Amabile com os olhos vermelho e tremendo respirou aliviada ao ver que mesmo não tendo sido essa intenção dela ao jogar a lança, ela havia sido útil. Ela olhou e percebeu que as armas estavam próximas dela. Ela precisava enviar mais armas para os dois jovens que estavam com ela naquela luta pela vida. Ela tentava parar de tremer e chorar, mas a tarefa era difícil.

Ela viu uma rede e imaginou que talvez fosse útil chacoalhou os braços para John, Mas o rapaz agora lutava de frente contra a criatura. Olhou para Carlos e mostrou a rede. O rapaz correu até ela entendendo.

– Não sou boa com isso... Você joga! - Dizia a menina.

– Não adianta. Precisamos fazer ele ficar na rede e suspendê-lo. - Comentou Carlos. - Mas, ele vai arrebentar as cordas antes que possamos fazer algo. -

Os dois escutaram o grito de John. John havia sido imprensado contra o chão pela pata. Croconal preparava-se para abocanhar a cabeça de John que continuava com sua espada, tentando manter a cabeça da criatura longe de si, mas a cada momento perdia as forças devido a força que a pata que o prendia exercia sobre sue peito.

Amabile pegou a lança e correu mirando o olho. Ela sabia que não adiantava jogar, sua mira não iria ajudar. Teria que fincar a lança de perto. Gritando enquanto corria a menina parecia ser insignificante para o bestante que não tirava a atenção de John.

Carlos também correu em direção ao animal, indo pelo lado oposto ao de Amabile. Chegando mais rápido que Amabile ele atacou com a espada diretamente a pata que prendia John.

John começou a rastejar para longe. Acreditando que algo havia se quebrado dentro dele. Carlos tentou ir para trás, afim de se afastar, mas tudo aconteceu rápido.

Um urro de dor, animalesco foi escutado.

Amabile conseguiu fincar fundo a lança que estava em sua mão. O olho esquerdo da criatura havia sido destruído e com isso a criatura havia ficado enfurecia. Amabile não teve tempo de saltar a lança. A cabeça do crocrodilo levantou-se bruscamente e levantou a menina lançando para as costas da criatura.

Apavorada Amabile não conseguia soltar-se da lança e ficava segurando-a enquanto o bestante sacudia-se em meios aos urros tentando livrar-se da lança e da pessoa que estava sobre ele.

Carlos viu a chance de tentar fugir da mira da criatura, mas fora impossível. A criatura parecia atenta a tudo que mexia-se e respirava dentro da arena. Ela havia se tornado mais do que uma arma em potencial, agora estava descontrolada.

John tentava se levantar, em meio a tosses e um pouco tonto. Olhou a frente e viu sua faca. Tentou engatinhar para a faca, mas antes de conseguir chegar nela sentiu as forças lhe faltarem e caiu. Caiu para salvar-se da morte certa, pois o rabo de Croconal passou por cima dele estraçalhando a barreira de arvores que estava a frente. Uma grande quantidade de pedaços de madeira voou por todos os lados.

– Faça alguma coisa Jack! - Gritou Carlos cercado segurando uma espada. - Ele já está cego de um olho! -

Amabile estava em cima de Croconal segurando em uma lança que havia sido fincada no olho da criatura. Haviam diversos cipós espalhados pelo local. John estava tentando levantar-se e estava visivelmente cansado. Arfava e parecia que não podia mais levantar-se. Sangrava por varias partes do corpo, mas não parecia ter nenhum ferimento grave.

O hino da capital foi escutado. Mas nenhum atreveu-se a desviar o olhar da criatura. Havia escurecido rapidamente e a pouca iluminação vinha da projeção dos céus que logo teria fim. Agora, com todos os tributos correndo risco de vida, os organizadores começavam a mostrar os tributos que morreram naquele dia.

Carlos agitava sua espada para afastar a Croconal que continuava a mover-se tentando retirar amabile de suas costas. John já conseguia ficar de pé e preparava-se para atacar usando uma outra lança. Ele mirava o olho bom do bestante. Ele queria sua faca, mas depois da explosão de madeiras provocada pelo caldada dada por Croconal nos troncos, não havia mais o que ver.

Agora a arena havia ficado totalmente escura e apenas as pessoas que assistiam, pela televisão podiam acompanhar a situação.

– Merda! - Gritou Carlos. - JACK! - A voz de Carlos saia desesperada.

Croconal com sua pata havia conseguido desarmar Carlos. O sua mão esquerda ganhou um talho profundo de onde uma abundancia de sangue saia.

– Jack! - Gritava Amabile sendo sacudida em cima do Bestante, sem forças para continuar segurando. Certamente quando caísse seria pisoteada ou ataca no mesmo instante.

John Jack tentava manter-se de pé, mas parecia que mesmo a adrenalina não era o suficiente para combater o cansaço, certamente estava além da exaustão. E se pensa-se que ele não havia descansado desde que tudo começou, realmente ele estava para cair.

– Jack! Não apareceu a imagem de Lirian. - Uma voz diferente da de Amabile e Carlos havia ido até os ouvidos de John. - Ela esta viva e eu trouxe uma arma para acabar com Croconal! -

– Amber... - John balbuciou quase que para si mesmo. Ergueu-se como pode, procurando apoiar-se nos seus próprios joelhos.

Croconal rugiu tomando ciência de que havia uma quarta pessoa ali.

– Então Panem, posso começar? - John berrou e um brilho se fez na arena revelando o oculto crocodilo em um brilho azulado.

Amabile derramava na criatura um pouco do liquido que haviam roubado de Canivete. A substancia feita de algas que brilhava no escuro. Apenas a cabeça da criatura brilhava, como se fosse um fantasma de energia azulada.

Era o suficiente para todos saberem onde estava criatura, o que ajudava, em muito a Carlos, que agora oculto pelas sombras tentava a todo custo espremer-se contra a parede de troncos que ainda estava atras de si, afim de esgueirar-se para longe de Croconal.

John preparou uma lança e correu para próximo do animal, acertando-o e sujando sua lança. Ele correu para trás afastando-se da criatura e todos podiam ver um ponto brilhando afastando-se.

– Amber! - Gritava John procurando a menina.

– Aqui! - Amber sacudiu suas adagas de madeira, banhadas no mesmo liquido.

John seguiu a luz enquanto escutava os gritos desesperados de Amabile e Carlos.

– A minha esquerda, uns dez a quinze metros. - Disse Amber ao sentir um toque de uma mão em seu braço.

Sem iluminação alguma, alguns segundos se passaram em meios aos gritos. Amabile caiu de Croconal e começou a correr desnorteada, dando sempre de cara com os troncos caídos. Carlos Já havia conseguido se esgueirar na escuridão, mas Croconal o perseguia pelo cheiro farto de sangue.

Então de repente Croconal Urrou novamente. Todos puderam ver a luz azul se tornar um pouco avermelhada. Algo havia acertado Croconal violentamente.

– Todos pro chão! - Uma quinta voz foi escutada. E não demorou nada para que um clarão tomasse conta do ambiente, uma explosão foi escutada e todos foram lançados antes que pudessem atender ao comando que a misteriosa voz havia dado.


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