Jogos Vorazes - Pesadelo E Sedução escrita por Kevin


Capítulo 32
Capitulo 32 - O Vingador


Notas iniciais do capítulo

HUHU!
Feliz Natal galera!!!
Ontem não postei pq estava ausente da net! Mas... Vamos nós!



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Capitulo 32 - O Vingador

O mais interessante dentro dos Jogos Vorazes é que quem está na arena, não tem ideia do que acontece lá fora e muito menos como estão os demais tributos. No entanto, os espectadores do massacre estão todos atentos ao que está acontecendo na arena e sabem, antes mesmo dos tributos, quem está vivo e quem está morto.

Os tributos tiveram um gosto dessa falta de informações na última emboscada com Croconal, onde acreditavam que Lirian estaria morta, mas por meio das informações da Capital, descobriram que a menina ainda estava viva.

O mesmo havia acontecido na emboscada feita por Carlos contra a Aliança Carreirista. E apenas Amber, dentro da arena, havia entendido aquilo. Havia descoberto algo por acidente, mas não tinha tempo de se preocupar com aquilo no momento.

Na emboscada onde Carlos traiu a aliança carreirista, Amber viu Atalanta ser morta e escutou o anuncio de sua morte via um tiro de canhão. Após viu Steven ser esmagado pela calda de Croconal, mas não escutou um tiro anunciando sua morte. Sabia que o amigo Onix ficara para enfrentar Croconal, sem chances de fugir. Após tudo isso escutou um tiro.

Como Amber havia sido drogada ficou a imaginar que não havia escutado um dos tiros, mas após uma conversa com Dalia sabia que apenas dois tiros haviam sido dados, o que significava que um outro carreirista ainda estava vivo. Imaginava quem havia sobrevivido, Steven ou Onix.

A dúvida era grande para a menina, mas para os Mentores e para a população de Panem, tudo acabava de ser revelado, pois Dalia fora decapitada, facilmente, por este sobrevivente.

– Acaba com eles Steven! - Gritava o mentor dos dois. - Arrasa na vingança! - Gritava o mentor enfurecido no restaurante.

– Essa foi muito boa! - Comentou o mentor do 11 visivelmente abalado. - Faltou pouco para Dalia poder vencer.

Para os mentores e cidadãos de Panem, tudo havia acontecido de uma forma bem simples e tudo era repetido para ninguém perder um único momento. Mas, para quem estava na arena tudo era bem confuso. Em especial para Alex que viu surgir um fantasma em sua frente.

– Vamos atras de você assim que ele recuperar o folego. - Gritou Dalia já não podendo mais ver Amber que havia sumido entre as folhagens. - Nós... - A voz de Dalia cessou pois sua cabeça caiu no chão da arena rolando até Alex que havia ficado estático diante da cena.

Alex havia visto uma figura de estatura mediana surgir rapidamente a sua frente. Fora questão se segundos, Amber desaparecia na vegetação do pântano e o rapaz de cabelos pretos, olhos rasgados e com o corpo completamente dilacerado, inclusive o braço esquerdo completamente esmagado, surgiu diante seus olhos.

Steven tinha o lado esquerdo de seu corpo desfigurado. Estava cheio de cicatrizes e visivelmente, alguns ossos daquele lado estavam quebrados. Seu braço esquerdo estava pendurado, mas era nítido que ele não sentia dor nenhuma, estava de pé, sem camisa e botas, apenas com um remendo de calça, no entanto possuía em sua mão uma espada de samurai de cabo branco. A espada era longa e parecia muito afiada.

– Não quero nem saber o que aconteceu com você. - Diz Alex que levantou-se num salto colocando sua única arma a frente de si, a faca que havia pego com Amber.

Steven sorriu e colocou-se em modo de ataque. Posicionou a espada para frente apertando seu cabo. Ele parecia estar em perfeitas condições de luta e não parecia temer a Alex.

Alex por sua vez estava exausto e com várias dores. Sabia que fugir era sua única opção. Talvez jogar-se no lago fosse a melhor saída, sem um braço Steven não poderia nadar com facilidade, poderia ficar refugiado no lago por algum tempo, mas ficaria preso ali até que Steven se cansasse de esperar.

– Você pode fugir para o lago, ou me acompanhar até aonde estão todos os outros. - Finalmente Steven disse com uma voz rouca e baixa. Seu rosto estava cheio de cortes e claramente a boca havia sido bem afetada, pois podia notar-se que faltavam muitos dentes. - Decida sua honra agora. Fugir ou me acompanhar? -

Alex encarou o jovem mais alguns instantes. A decisão de matar Dalia primeiro não havia sido ao acaso. Ele queria alguém para guiá-lo até onde o grupo estava enfrentando Croconal. Alex observava que a perna esquerda do rapaz estava um pouco machucada, ele andava bem, mas era evidente que correr não era possível. Dalia havia sido a escolha lógica para morrer por vários motivos. Havia levado Steven para a emboscada, ela poderia fugir pelas arvores deixando Steven para trás e estava em condições melhores que as de Alex. Steven matou Dalia não apenas por vingança, mas porque não precisava dela. Alex sabia, assim que chegassem ao local, ele perderia a cabeça.

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Caminhar na floresta com uma espada constantemente apontada para seu pescoço era algo realmente incomodo. Mas, as condições de Alex estavam deploráveis. Certamente poderia nadar e se refugiar na ilha da Cornucópia, mas então ele estaria morto, pois não teria mais para onde fugir.

– Croconal quebrou vários dos meus ossos. Quase morri porque já era difícil respirar na fumaça, do que dirá com ossos quebrados. - Steven contava sua saga pela sobrevivência. As vezes Alex gritava para ele matá-lo logo ou para que se calasse, pois ele não estava interessado em saber como ele havia sobrevivido, mas Steven parecia ignorá-lo. - Quando vi que Onix ia morrer eu tentei me levantar, mas cai no pequeno lago de onde o bestante havia aparecido. Havia uma correnteza, que me puxou e me fez aparecer no lago da Cornucópia. Ai descobri que na verdade, os lagos eram interligados. -

Alex escutou aquilo virando a cabeça para trás. Aquilo era o tipo de informação que se ele soubesse desde o inicio certamente teria usado. Um túnel de água que interliga toda a arena. Era evidente que algo assim viesse a existir, afinal Croconal era lento em terra, ele precisaria ir de um lugar a outro com mais velocidade.

– Fiquei na ilha da Cornucopia onde recebia dadivas com remédios, comida e essa incrível espada samurai. Achei que levaria dias para que eu ficasse de pé novamente, mas os remédios realmente foram fortes. - Sorrindo Steven fez sinal para que Alex parasse.

Tudo havia ficado escuro. A noite havia caído e o hino da capital podia ser escutado e tão logo os céus ganharam um pouco de iluminação com a exibição da insignia da capital. Alex e Steven olharam para cima.

– Quanto tempo falta até chegarmos, lá? - Pergunta Steven que guardou a espada e rapidamente fez um nó, com um cipó, em volta do pescoço de Alex, para que ele não fugisse no meio da escuridão.

– Nesse passo absurdo... Talvez uns 10 minutos a mais. - Alex estava inconformado. O percurso correndo havia levado pouco mais de 15 minutos, mas caminhando com aquela espada em seu pescoço, ele parecia estar mais rápido.

Steven fez sinal para que eles caminhassem. Iriam aproveitar a iluminação da projeção enquanto podiam.

As mortes daquele dia começaram a ser anunciadas. Começando pelo distrito 1. Era mostrado a imagem de Onix. A imagem de Atalanta do distrito 2 surgiu. Após surgiu a imagem de Canivete do distrito 4. Em seguida apareceu a imagem de Oliver do distrito 9. Apareceu a imagem de Druw e logo depois de Dalia, deixando Amber surpresa e acreditando que Alex havia dado fim a menina. Então apareceu a imagem de Fênix e depois de Flora. A projeção foi encerrada e tudo virou escuridão.

– Somos sete vivos. - Diz Alex.

– Estou impressionado que aquela menininha do distrito 10 ainda esteja viva. - Steven balbuciou. - Ou John a manteve viva até agora, ou ela é um monstro oculto. -

Alex engoliu um seco. Sabia que a menina não era tão inofensiva quanto parecia. John fazia a maior parte, mas ela não era nem de perto inocente. Ela tinha muita habilidade com as armadilhas e possivelmente podeira se virar sozinha na arena, apenas acabando com alguns tributos com suas armadilhas. Mas, Alex sabia que tal coisa só poderia acontecer se não existisse um Croconal.

– Então Panem, posso começar? - Alex e Steven, andando na escuridão, puderam escutar o grito do bordão de John Jack.

Steven viu um brilho azulado se iluminar. Era como um fantasma, mas ele identificou, rapidamente que se tratava de alguém usando o líquido para brilhar no escuro, criado por Canivete. Steven pegou sua espada e passou nas pernas de Alex que caiu gemendo baixo.

– Você não vai em nenhum lugar agora. - Steven começou a caminhar na direção da luz azul. Iria ele mesmo matar aquela criatura com sua espada, tinha certeza de que se acertasse no olho ou no centro de sua boca, poderia cortá-lo até chegar ao cérebro.

– Lembre-se ao menos da bomba... - Alex balbuciou tentando se arrastar.

– Amber! - Gritava John procurando a menina.

– Aqui! - Amber sacudiu suas adagas de madeira, banhadas no mesmo liquido.

Steven seguiu a luz enquanto escutava os gritos desesperados de quem enfrentava Croconal. Sem saber ao certo quem poderia ser realmente. Logo ele chegou a Amber e tocou-a no braço.

– A minha esquerda, uns dez a quinze metros. - Disse Amber ao sentir um toque de uma mão em seu braço.

Galgou alguns passos tranquilos até encontrar a bomba. Lembrava-se perfeitamente das explicações que Alex havia dado a Amber, não era necessário mais nada. Ia fazer o necessário.

Sem iluminação alguma, alguns segundos se passaram em meios aos gritos. Amabile caiu de Croconal e começou a correr desnorteada, dando sempre de cara com os troncos caídos. Carlos Já havia conseguido se esgueirar na escuridão, mas Croconal o perseguia pelo cheiro farto de sangue.

Croconal deteve-se no caminho que fazia, por alguns instantes. Sentiu que havia mais um ser vivo ali. Irritado, principalmente com a dor, preparou-se para atacar a criatura que sentia. Mas, Steven já havia transpassado seu segundo olho com sua espada.

Então de repente Croconal urrou novamente. Todos puderam ver a luz azul se tornar um pouco avermelhada. Algo havia acertado Croconal violentamente.

Steven aproveitou o Urro e jogou a bomba dentro da boca de croconal.

– Todos pro chão! - Uma quinta voz foi escutada. E não demorou nada para que um clarão tomasse conta do ambiente. Uma explosão foi escutada e todos foram lançados para trás, antes que pudessem atender ao comando que a misteriosa voz havia dado.


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