Strange Love. escrita por Milena


Capítulo 12
Catching feelings


Notas iniciais do capítulo

Deu pra postar hoje, espero que gostem, obrigada pelos reviews!!! ♥



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"You leave me hanging on only to catch my breath. I got you and I got nothing left, don't leave me all alone down here with myself and all of my fear..."

Depois que Justin foi embora, surgiram vários clientes, parece que sabiam que mais cedo ou mais tarde, ele voltaria pra lá. E eles estavam certos, assim que terminou meu serviço, vi o carro de Justin parado lá fora. Me despedi de Bethy e fui em sua direção.

- Oi, pirralho – entrei no carro e Justin parecia feliz.

- Eu tenho uma surpresa pra você – ele olhou pra mim.

- Ai meu Deus – coloquei a mão no rosto – o que foi dessa vez? – voltei ao olhar e ele ligou o carro, apressado.

- Você verá – ele falou como se pedisse pra eu não falar mais nada, assim o fiz.

 Justin parou em uma esquina clara e jogou um pano macio em cima de mim.

- O que é isso? – levei o pano a altura dos meus olhos, passando meus dedos sobre o mesmo.

- Coloca no seu rosto – ele falou rápido. Qualquer outra pessoa que fosse fazer uma surpresa, teria me virado, colocado o pano em mim e isso com muita delicadeza. Mas, Justin foi diferente, ele era diferente. Fiz o que ele pediu e senti o carro pausar, abri a porta saindo e me apoiando no carro.

- Justin? – o chamei e logo depois senti suas mãos geladas em mim, elas estavam em minha cintura. Confesso que aquilo me provocou algo que eu nunca imaginei que sentiria, pelo menos, não com ele.

Senti entrarmos em algum lugar calmo e cálido, gostava dessa sensação. Justin me guiava, mas mesmo assim tropecei inúmeras vezes. Entramos em um elevador, soube que era, por sua forma quando o toquei. Justin parecia incomodado.

- O que foi? – perguntei virando meu rosto, não sabia pra o que estava olhando, mas acreditei que era pra Justin.

- Nada – percebi suas mãos subirem aos meus braços e Justin estava gelado, gelado demais.

- Diga – insisti.

- Tenho medo de andar em elevador – ele falou e antes que eu o zombasse, continuou: - e nem venha, porque eu não fico zoando seus medos – me calei e ouvi as portas se abrirem, sai com Justin, ainda me guiando e ouvi um barulho de porta se abrir. Obviamente, entrei e Justin me soltou, fechando a porta.

- Pode tirar – a voz de satisfação na voz dele era evidente.

Tirei o pano de meus olhos e tive a visão do paraíso.

- Ca.ra.lho – falei pausadamente com minha boca em formato de o perfeito.

- Gostou? – Justin foi a frente de mim, abrindo os braços.

- Isso é lindo – falei ainda chocada, passando meus olhos por todo aquele apartamento.

- E seu – Justin falou antes de virar, se jogando no sofá.

- C-como assim? – quase não acreditei – como meu? Eu não tenho dinheiro pra pagar isso tudo. Odeio ter que concordar com você, mas eu sou a “favelada”, eu moro sozinha e não teria como manter isso.

- Relaxa – sua voz soava normal – eles me deram, não vão te cobrar nada.

- Como? – perguntei, confusa.

- Eu vou ter que te explicar quem eu sou, de novo?

- Não – bufei – mas é seu Justin, não meu.

- É seu – ele se levantou – não fode, Sky...

- Mas...

- Porra nenhuma – ele me interrompeu – você vai morar aqui agora. Eu não preciso desse apartamento, eu tenho zilhões de casa, isso não é nada perto de onde eu costumo estar.

- Eu só não quero depender de você – justifiquei – eu não quero depender de homem nenhum, de ninguém! Você acha que eu quis morar sozinha por que?

- A gente vai discutir toda vez que eu fizer algo bom pra você? – ele bufou.

- Não – mirei o chão – Você esqueceu que minhas coisas continuam no outro apartamento, senhor esperteza?

- Não, já tá tudo aí, todas as suas coisas e eu já fechei sua conta no seu antigo – ele pausou – se é que você gosta de chamar aquilo de apartamento.

- Viu, Justin, é disso que estou falando! – respirei fundo, o encarando – você acha que pode fazer tudo que quiser com seu dinheiro, só porque você é famoso, você acha que pode ter todo mundo na sua mão a hora que quiser. Você nem se quer pediu minha autorização pra nada.

- Era uma surpresa – ele me olhou, interrogativo – eu sei que você não é igual a todo mundo... Por isso, que eu tô te ajudando, nunca fiz isso ninguém, nunca.

- Tá – revirei os olhos – só não faça mais coisas desse tipo sem saber se eu aprovo antes.

- Tudo bem, pronto?

- Sim - passei um tempo pra falar: - Obrigada – sorri de lado e achei que ele fosse me zoar por isso, mas fez ao contrário, retribuiu meu sorriso.

- Tá com fome? Tem um restaurante aqui perto – ele falou e eu topei sem pensar duas vezes.

Fazia tempo que eu não me sentia tão “humana” em toda minha vida.

Sky’s P.O.V Off.

Justin’s P.O.V On.

Sky me irritava, irritava muito. Fazia de tudo pra agradar e ela ainda reclamava. Parabéns Justin, de todas as pessoas que você já conheceu, você resolveu se apegar a mais irritante.

Sai pra jantar com ela e nesse jantar, havia algo diferente em Sky. Algo que eu nunca havia prestado atenção antes. Sei que parece clichê, e é, e apesar de nunca nem cogitar em pensar isso sobre ela.

Sky era linda.

Odiava admitir que ela era realmente bonita, mas tinha.

Isso é ridículo Justin, pare! Você não pode...

Posso, a imaginação é minha e portanto que ela não saiba, vou acha-la bonita quantas vezes eu quiser.

- Justin? – sua voz me despertou da minha discussão dos meus eus interiores.

- Que? – falei dando uma garfada na macarronada.

- Porque você escolheu virar cantor?

- Sei lá – dei de ombros.

- Ótima resposta – ela falou me fazendo soltar um riso abafado pelo nariz.

- Eu nem sabia que ia virar cantor, eu só postei vídeos pra os meus parentes verem... E aí, o mundo todo me viu.

- Hm – ela falou, abocanhando sua comida, ela parecia com fome. Passou um tempo pra digerir e logo depois continuou: - você gosta de ser famoso?

- Porque essas perguntas?

- Porque eu quero, blé.

- Não tem que querer, vai ganhar o que com isso?

- Para de ser implicante e responde logo – ela me olhou sério e eu fui obrigado a prosseguir.

- Ás vezes, tem seu lado bom e ruim.

- Qual o bom? – ela me interrompeu, me fazendo pensar bastante.

- Eu conheci as pessoas que admirava.

- E o ruim?

- Eu nunca sei se as pessoas se aproximam de mim porque gostam de mim ou por causa da fama – passei um tempo refletindo sobre isso, havia acertado meu ponto fraco, aquilo realmente me desanimava. Acho que Sky percebeu.

- Você fala de seu pai?

- C-como você sabe? – perguntei, nervoso, como ela... Adivinhou?

- Eu chutei – ela riu.

- Ah...

- Fale, é sobre ele?

- Sim – respondi, sem pensar, que diabos eu estava fazendo? Me abrindo pra favelada?

- Ele é seu pai, sabe, eu acho que ele não ia se aproximar de você por causa da sua fama, ele te ama – ela falou, parecendo até uma pessoa amigável.

- Não sei – falei e continuei a comer, querendo cortar aquele papo desconfortável.

- Confie nele – insistiu e eu fiquei calado, talvez ela percebesse que eu não gostava de falar sobre isso, e foi assim que o fez.

Xx

 Voltamos pra o seu novo apartamento e assim que chegamos, tive uma idéia.

- Que tal um filme?

- Sério que você não vai embora mesmo?

- Não – balancei a cabeça, abrindo a gaveta e vendo vários filmes. Empregados eficientes... Escolhi um sem olhar pra capa e o coloquei pra rodar, fui até a cozinha colocando a pipoca no microondas e quando voltei, ela me olhava estranha.

- Amizade colorida? – perguntou com a mesma expressão.

- Eu nem vi que era esse – me sentei ao seu lado e ela pareceu não se convencer, pois só parou de me olhar minutos depois.

O filme começou e em menos de 10min eu e Sky já havíamos comido a pipoca – e acabamos de voltar do restaurante – a olhei a culpando por aquilo.

- Que foi? – ela perguntou.

- Gorda – resmunguei indo até a cozinha e colocando outro saco de pipoca no microondas. Voltei e ela estava vidrada no filme.

- Sky? – a chamei, ela ignorou – sky, caralho – falei mais alto.

- Que foi, seu broxa? – ela me olhou, irritada.

- Broxa? – perguntei, nervoso – eu não sou broxa!

- Ah é? Não foi isso que sua amiga vadia disse no celular – ela deu de ombros, curvando os lábios.

Sky havia me irritado, muito, mas mesmo assim não consegui explicar o porque de eu ter ido pra cima dela, fazendo com que seu corpo ficasse colado no meu.

- J-justin... – ela falou corando.

- Tá nervosa? – perguntei soltando um riso irônico – Que foi? Eu sou um broxa, não sou?

- Não... Sim... Justin... – ela não sabia o que falava, senti seus batimentos acelerados e sua respiração pesada e ofegante – Você continua sendo um broxa – ela falou, agora mais firme.

Quem ficou nervoso agora, foi eu.

- Eu posso te provar o contrário – ousei chegar mais perto e percebi ela estremecer.

- Justin... – sua voz estava trêmula.

- O que?

- A pipoca tá queimando – ela falou e pude até ouvir seu riso quando me virei em direção a cozinha. Desliguei o microondas, tirando a pipoca – que já estava queimada – de dentro do mesmo. Joguei em cima da mesa, levando meu dedo até a boca. Porra, havia queimado a pipoca e queimado minha reputação – mais ainda – com Sky.

Joguei no lixo e voltei ao sofá, ela já estava sentada normalmente, como se nada houvesse acontecido.

Sky era a única menina no mundo que até hoje havia resistido a mim.

Pensei nisso, mas rejeitei esse pensamento quando lembrei de sua voz trêmula e de sua respiração ofegante. Porque diabos eu não havia pegado ela logo?

O filme continuou e antes que chegasse o final, Sky havia dormido. Estava cansado, e olha que nem fiz nada hoje, nem ensaio pra turnê teve, imagine como ela estava.

Levantei e fui até ela, a pegando no colo. Seus braços envolveram meu pescoço e sua cabeça ficou apoiada ao meu ombro. Fui até a cama e a despejei lá devagar.

Me afastei mais um pouco e sai da cama, a observando. Não me lembro muito bem de quando comecei a observa-la, mas já havia passado mais de 15 minutos que eu já estava no mesmo estado, a olhando, e foi então que eu percebi:

Sky significava o mundo pra mim.

xx


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo vai ser tipo ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
Espero que tenham gostado... Bem vindas leitoras novasssssss, vejo vocês no próximo, obrigada por tudo!