Strange Love. escrita por Milena


Capítulo 13
Into your arms


Notas iniciais do capítulo

Meus amores, desculpem a demora pra postar, espero que gostem!!! ♥



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"There was a new girl in town, she had it all figured out, well I'll state something rash, she had the most amazing... smile. I bet you didn't expect that. She made me change my way with eyes like sunsets, baby and legs that went on for days..."

Justin demorava mais que tudo dentro daquele banheiro tomando o que ele chamava de “banho de relaxamento”, discutimos 5 minutos sobre o fato de isso ser um pouco gay, mas paramos no meio – quer dizer, eu parei de discutir ao lembrar da última vez que ousei brincar com sua sexualidade – e ele partiu pra esse banho. 8h25min e ele ainda continuava lá dentro.

- Demência, eu tenho que ir trabalhar – falei batendo compulsivamente na porta.

- Calma – ele abriu a porta com a toalha em sua cintura e eu tentei – tentei mesmo – não me deixar levar por essa cena. Balancei minha cabeça meio que saindo de um transe e parti pra cozinha alterada, acho que Justin percebeu, pois o mesmo riu.

Esperei mais alguns minutos e ele veio partindo pra o lado de fora, fui atrás dele resmungando.

- Esperei você esse tempo todo, e você não pode esperar eu me levantar do sofá? – fechei a porta caminhando até ele.

- Sky – ele parou – cala a boca.

- Ih, acordou de mal humor – balancei os braços o seguindo.

- Olhar pra sua cara não ajuda.

- Então porque você não vai e me deixa sozinha?

- Porque... – ele tentou argumentar, mas não conseguiu.

- Você me ama!

- Talvez – ele falou abrindo a porta da escadaria. Segurei seu braço o olhando confusa.

- Nem pense – o puxei de volta.

- Ah, nem vem – ele se soltou abrindo a porta da escadaria novamente.

- Deixa de ser medroso – disse e ele olhou sobre o ombro.

- Medroso?

- Sim, medroso – respondi bufando – Medo de elevador? Frangote – falei o provocando e acho que funcionou porque Justin seguiu a direção do elevador me arrastando pelo braço. Entramos no elevador e ele pareceu mudar, só estávamos nós dois dentro dele e Justin respirava pesadamente. Ri baixo dele tentando fazer com que ele não ouvisse, mas foi inútil.

- Sky, eu não... – ele provavelmente iria discutir comigo e até mesmo me dar uma sermão, mas sua voz foi interrompida por um barulho estranho – não! – ele falou alto se segurando nas paredes do elevador.

No mesmo instante, a porta do elevador abriu e eu tive uma crise de riso enorme. Sai do elevador cambaleando de tanto rir e Justin se recompôs, vindo atrás de mim.  

Continuei rindo até entramos no carro. Justin parecia bravo e aquilo era motivo de gargalhar mais.

- Não – falei alto o imitando e ele me olhou sério, o que de certa forma, me fez parar de rir aos poucos.

- Acho melhor você pegar o ônibus a partir de amanhã – ele voltou sua atenção ao volante, dando partida no carro – não sou seu empregado.

- Também tava pensando nisso – rebati voltando a olhar a janela.

Ele permanecera em silêncio e passamos um bom tempo assim.

– Você vai tomar café lá? – o fitei.

- Não – ele olhou pra mim, rápido – vou tomar café com a minha família por parte de pai, odeio isso.

- Hm – dei de ombros, voltando minha atenção a janela – gostaria de tomar café com o meu pai – sussurrei tão baixo que achei que Justin nunca ouviria, mas foi ao contrário.

- Desculpa – ele falou, parando o carro em frente ao restaurante.

- Tudo bem Justin, você não tem culpa – abri a porta do carro indo até a porta do restaurante, mas antes que entrasse, Justin me interrompeu.

- Eu venho te pegar – ele gritou – não se esqueça da sua promessa! – foi o suficiente pra ele sair derrapando em seu carro. Olhei pra trás e vi seu carro sumir aos poucos.

Minha promessa... Eu não sabia se queria a cumprir, mas teria.

Xx

As horas se passaram rapidamente e acho que me acostumei mais com o jeito de Bethy. Não recusava mais seus abraços e nem cortava conversas ao meio tempo. Aliás, fora Justin, Bethy era a única pessoa que eu saberia que podia contar de verdade e algo me dizia que eu iria precisar dela algum dia.

O gerente não havia ido hoje, o que foi mais fácil pra sair mais cedo e cumprir minha "promessa".

Xx

- Oque é isso? – me surpreendi com o biquíni cor de rosa que Justin jogara em cima de mim.

- Um biquíni, acho que como você é pobre, nunca deve ter usado um – ele deu de ombros seguindo a direção da praia. Bufei. Céus, como ele podia ser tão irritante.

Iria reclamar de como ele era ridículo, mas hesitei fitando seu corpo definido. Como eu não havia percebido que Justin era tão malhado antes? Ele estava com uma regata branca e uma bermuda preta com verde.

Respirei fundo balançando minha cabeça negativamente. O que está acontecendo, Sky?

Justin parou o carro e nós sairmos, ao ver a água distante, estremeci, fui pra de trás dele com um baita medo e ele percebeu.

- Não tenha medo – ele virou, vindo mais pra perto. O olhei falando por um olhar.

- Eu não sei se consigo, Justin... – minha voz estava chorosa.

- Eu acredito em você – ele falou, apoiando seu braço em meu pescoço.

Eu não sei, não sei mesmo, mas Justin me dava a sensação de que com ele, nada de mal me aconteceria.

- Olhe, tem uma barraca bem alí, você pode trocar lá enquanto eu vou...

- Não! – segurei seu braço – por favor, n-não me deixe sozinha.

- Eu só vou... – ele pausou – tudo bem.

Justin me acompanhou até a barraca, ficando do lado de fora obviamente, minha respiração estava pesada e eu sentia isso. Troquei de roupa rapidamente e coloquei a antiga no braço. Não tinha espelho naquela porcaria de barraca, portanto, os olhos de Justin e sua reação seriam o meu reflexo.

Sai da barraca envergonhada, confesso, nunca havia ficado de biquíni em publico a anos. Olhei Justin e ele parecia imóvel.

- Eu fiquei tão feia assim? – olhei pro biquíni em meu corpo e logo depois olhei pra ele, que continuava imóvel.

Arfei.

- Termine logo com isso – pedi e ele demorou um tempo pra captar o que havia dito, deixei minhas coisas em qualquer lugar daquela praia e quando me virei novamente pra ver o imenso mar, meu coração apertou.

- Pronta? – Justin perguntou, já sem regata.

Eu estava nervosa demais pra comentar sobre seu corpo.

- Não – sussurrei – eu nunca vou estar.

- Olhe... Não estranhe, isso faz parte – ele falou e eu fiquei sem entender até o momento que ele entrelaçou sua mão na minha. Voltei minha atenção pro mar tentando negar o quanto eu ficara mais nervosa ainda com seu ato. Ele começou a andar me puxando e eu acompanhei seus passos, mas assim que senti a água fria bater em meus pés, me desprendi dele me afastando.

- Justin, não – balancei a cabeça aumentando meu passo cada vez mais.

- Confie em mim – Justin ficou imóvel, parece que ele sabia o poder que suas palavras tinham sobre mim – confie – ele sussurrou e foi como mágica, eu já estava ao seu lado novamente.

Desta vez, eu tomei a iniciativa de segurar sua mão.

A segurei com força a cada centímetro que andávamos. Senti a água gelada subindo em meu corpo cada vez mais e a dor psicológica era cada vez mais insuportável.

- Justin – o chamei. Foi em vão toda a força pra não chorar na frente dele, eu já estava.

- É muita coisa pra você, não é? – ele falou se aproximando – Desculpa, não sei como eu...

- Cala boca filho da puta – falei com a voz falhada – é agora ou nunca.

Justin sorriu e seu sorriso fez com que metade de minha aflição sumisse. Respirei fundo e quando percebi já estava em seus braços. Olhei pra Justin tentando entender o porque daquilo, mas não consegui achar a resposta em seus olhos. Ele foi andando cada vez mais e eu senti novamente a água tocar minha pele.

Foi o fim.

- Justin – falei novamente entre soluços.

- Fica calma, Sky – ele sussurrou em meu ouvido.

- Não me solta, por favor – supliquei tentando conter as lágrimas que insistiam em cair.

- Eu não vou, Sky, eu não vou – ele falou mais alto, o que me tranqüilizou – eu prometo.

Suas palavras me fizeram desencostar minha cabeça de seu ombro e ficar de frente a ele, olhei Justin em seus olhos novamente e percebi seu nariz avermelhado. Senti seus braços me envolverem mais.

- Isso é est... – iria falar sobre o como nos estávamos naquele momento era diferente e até mesmo estranho, mas fui interrompida pelo toque de seus lábios.

No começo, pensei em reagir e parar antes que fosse tarde, mas me surpreendi quando minha ação foi outra.

Eu continuei.

Naquele momento, esqueci onde eu estava e perdi toda minha razão. Algo me fazia querer continuar o que Justin havia começado e foi assim que o fiz.

Seu beijo tinha gosto de chocolate com hortelã, por mais bizarro que fosse, era um gosto maravilhoso. Nossas línguas pareciam dançar coordenadamente em nossas bocas, me abracei um pouco mais a seu corpo, segurando sua nuca. Sua respiração estava ofegante, mas não havia problema, porque a minha estava dez vezes mais. Mordi seu lábios devagar e Justin até quis reclamar disso, mas voltei ao beijar antes que ele prosseguisse.

Que ironia, o lugar que eu mais odiava em toda minha vida, era o cenário de um beijo maravilhoso com o Justin, o cara que eu nunca – nunca mesmo – em hipótese alguma, pensei em beijar na vida.

Parei nervosa, voltando a me fixar em seu olhar.

Eu não sei o que deveria fazer e nem como agir e nem se deveria falar algo, mas Justin salvou isso.

- Viu como não é tão ruim?

Sky’s P.O.V Off.

Justin P.O.V On.

Eu havia beijado Sky e realmente não sei o que tinha na cabeça quando fiz isso, mas de uma coisa eu sei: foi o melhor beijo da minha vida.

Ela parou o beijo me olhando como se não soubesse o que fazer, natural dela, sua insegurança foi uma das coisas que mais me atraíram. Voltamos a areia e Sky parecia pensativa, ela estava pensativa.

- Eu não sei o que eu tinha na cabeça... – ia tentar me justificar, mas ela interrompeu.

- Cale a boca – suas palavras foram seguidas de um sorriso que eu nunca havia visto em seu rosto antes.

Ela sentou na areia, colocando as mãos no rosto e ofegando. Sentei atrás dela, fazendo a ficar entre mim. Ela não estranhou e nem pediu pra eu sair de perto, pelo contrário, ela encostou sua cabeça em meu ombro ainda respirando pausadamente.

- Eu achei que ia morrer – ela falou com a voz atrapalhada me fazendo rir pelo nariz.

- Eu disse que não era tão difícil – falei, convincente.

- Mas, foi – ela rebateu – poderia ter sido pior se...

- Se...? – a encorajei a continuar.

- Se você não estivesse lá.

xx


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Notas finais do capítulo

Mais uma vez: desculpem a demora, viajei e fiquei sem tempo pra escrever :( espero que tenham gostado desse capítulo, porque é onde "tudo" começa!!! Obrigada pelos comentários,já estamos quase no 100 review, vocês são tão lindas, bem vinda leitoras novas e obrigada Beatriz pela recomendação, de verdade, eu amei d-e-m-a-i-s, me achei o dia todo haha. Não esqueçam do review, obrigada ♥