Silêncio Dos Inocentes escrita por Kebi Sayid, Mereço Um Castelo, ECdesativado


Capítulo 4
Capítulo 4 - A Incerteza de Maria


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal desculpe a demora, era para ter postado na quinta a noite, mas fiquei sem tempo.
Muito obrigada ao pessoal que tá comentando, vou pegar uma dia e responder seus comentários, é que to sem tempo por conta da Universidade.
Ahh se puderem indicar aos amigos a historia eu ficaria grata. :)
Enfim,
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/263466/chapter/4

Anne Sophie: 

PAFT!  PAFT!  PAFT! PAFT!  PAFT!  PAFT! PAFT!  PAFT!  PAFT! PAFT!  PAFT! PAFT!

 Não conseguia mais suportar, meu choro não fazia barulho, ele gritava comigo e meus soluços ficavam cada vez mais silenciosos, até que passei a soluçar compulsivamente, já não sentia mais a dor física, pois havia sido brutalmente castigada minha dor era psicológica. Meu corpo estava completamente vermelho foi então que mais uma vez o dolorido cinto colidiu ao encontro de minha tão e já machucada perna.

 - Aiiii! – Eu exclamei sentindo a fibra do cinto romper. Olhei assustada para os lados chorando em silêncio. Ele parou de me bater, meu corpo estava tremendo, olhei para a direção de meu pai ele cuspiu para o lado:

 - Garota estúpida! - Ele falou grunhindo para mim e saiu dali deixando-me sozinha. Assim que me vi completamente sozinha no celeiro entreguei-me ao choro completamente desesperado.

Estava doendo, meu corpo estava sangrando, minhas pernas doloridas, meu rosto vermelho: ele havia batido em meu rosto. Não conseguia me movimentar. Foi então que a porta do celeiro foi aberta com certa brutalidade e por ali passaram meus irmãos. Assim que me viram correram ao meu encontro.

 - Sophie... – Walter falou ajoelhado ao meu lado, pois ele queria me tocar, mas não o fez, pois meu corpo estava machucado. Seus cabelos castanhos estavam cheios de terra, baixei meu olhar sentindo-me envergonhada. Ouvir um barulho e um feno sendo arremessado para longe:

 - Argh! Walter... Eu vou mata-lo. Podemos viver sem eles! Como ele pode fazer isso com a Sophie, ele é sem alma. Só ele não! Nossa mãe também, olhe para Sophie, ela está ensanguentada.. – Ele falou com muita raiva chutando outro feno. Deixei minhas lagrimas caírem e senti Joseph ajoelhar-se ao meu lado.

 - Eu lhe prometo que tentarei lutar por uma vida melhor para você e pro Walter. – Joseph falou colocando meu cabelo para trás e de repente se levantou. Ele estava chorando. - Joseph aonde você vai? – Walter pediu nervoso e tentando me acalmar.

 - Vou atrás de ajuda. Vou falar isso para todos. Que Joe Dixon maltrata seus filhos, os espanca. E quem quiser me ouvir dará um fim ao nosso sofrimento. – Ele falou saindo montado em um cavalo. Meu choro ficou tremulo, ele não devia fazer isso, poderá prejudicar-se. Mas nada que eu dissesse iria impedir meu irmão mais velho a fazer isso.

 Assustei-me quando Walter tocou com um pano molhado em minha perna para me ajudar com as feridas, eu protestava enquanto ele tentava dar um jeito nelas e vi suas lagrimas caindo. 


Jasper:

Caminhei junto a Alice por alguns quilômetros, estava captando sua felicidade e ao mesmo tempo o nervosismo. Eu não conseguia compreender como uma só pessoa podia trazer tantos sentimentos confortantes e medrosos em questão de segundos.

Ela não parava de falar, o mais estranho disso era que eu estava adorando todo esse falatório, ela conseguiu em menos de uma hora me contar como viveu durante os 25 anos de sua transformação. Até que ela ficou em um estado catatônico, me deixando assustado, resolvi intervir:

 - Alice.. – Chamei, mas ela não respondeu. Fiquei mais nervoso, nunca tinha visto isso na minha vida, ou melhor, já até tinha visto, mas foi no exército e durante a Guerra Civil. De repente uma onda de alegria, entusiasmo e confiança invadiu o ser da pequena Alice. Comecei a ficar confuso.

 - Você sente e controla as emoções? – Perguntou completamente simpática, seus olhos levemente vermelhos estavam muito suaves. Sorri para sua pergunta, como foi que ela descobriu isso assim? Será que ela tem algum dom?

 - Sim – Lembrei-me de responder- lhe, minha mente estava confusa, era muita informação. Seu sorriso ficou travesso. - O que estou sentindo nesse momento? – Ela disparou, eu comecei a rir. Continuei meu caminho até que chegamos à campina.

 - Eu falei sério! – Ela me falou sorrindo encantadora. Olhei em seus olhos.

 - Determinação...Não espera agora é deslumbramento.... Ai felicidade... Oh céus calma não consigo tão rápido assim – Falei me aproximando dela, Alice sorriu para mim ela virou ficando próxima.

 - A vida muda a cada minuto né mesmo? Mudou agora mesmo... Jasper mudar é necessário – ela me falou e virou voltando a andar. O sol estava nascendo e os raios atingiram a jovem vampira que acabou de me dar à oportunidade que estava precisando para recomeçar a viver. Então não perdi tempo, usei a velocidade de vampiro e fui para sua frente.

 - Em minha visão é uma falta de respeito estar com alguém adorável ao nascer do sol e não aproveitar o momento. – Falei, seus olhos estavam bem abertos e em seus lábios tinha o sorriso que já elegi como o meu favorito. Nossos lábios se tocaram e uma completa e inexplicável paz atingiu meu ser.

  Emmett:

Saltei por cima de Edward e no caminho o fiz cair.

 - Ai, mãe. Olha só o Emmett, ele me derrubou de propósito eu vi isso na mente dele. – o bebê chorão falou. Comecei a rir.

 - Quantas vezes já lhe disse para não ficar na mente das pessoas Edward – Carlisle brigou com ele. Colocando as mãos no peito.

 - Ah, como seu eu pudesse controlar isso né. – Edward resmungou e saiu de junto. Carlisle olhou para ele.

 - Vem filho, o papai pega o ursinho pra você – Carlisle falou sorrindo eu comecei a rir descontroladamente. Rose começou a rir de mim e o papai disparou atrás do urso pro bebê. Esme ficou balançando a cabeça em negação e rindo do tamanho do bico de Edward. Minutos depois Carlisle voltou com o urso sobre o ombro, jogando o animal para o Edward.

 - Viu como o papai é bom pra você. – Carlisle falou e eu comecei a rir novamente, dessa vez Esme me olhou e em seus olhos diziam “Não faça isso com seu irmão Emmett!”, mas eu simplesmente não conseguia. Rose estava rindo e se para fazê-la rir eu tenho que rir de meu irmão caçula eu farei.

 - Traidor! – Edward falou me olhando e jogando a carcaça do animal. Eu sorri, pra ela você sabe que perde, pensei. Ele revirou os olhos. Olhei para Rose novamente, meus olhos param nos seus. Eles já estavam dourados, só o meu ainda era vermelho, isso me irritava. Porque ainda mostra que sou diferente deles, que não tenho controle. Que não podemos ir a um teatro, ou estudar por causa do meu controle. Parei de pensar sobre isso.

 Edward me olhou e deu um sorriso me apoiando pelos pensamentos que acabei de ter. Eu não queria pensar nisso e estragar as coisas, tava tão divertida a caçada. Então olhei para o lado e vi Carlisle abraçando Esme:

 - Olha o coroa aguenta carregar um ursinho.. – Eu falei na maldade, ele me olhou desacreditado, Edward explodiu em gargalhada e Rose estava com a boca aberta junto com Esme.

 - Ah não sabe brincar não..coroa.. – Eu provoquei novamente. Carlisle deu um sorriso travesso.

- Eu aguento uma leoa no completo cio, uma vampira sedenta por meu corpo, porque não um ursinho – Ele falou rindo mordendo o lábio inferior e seus olhos ficaram negros.

 - PAPAI! – Edward berrou tão alto que acho não tenho certeza toda à floresta ouviu, não... acho que esse grito foi ouvido até nos USA.

– Mente suja.... Mãe!! Você também não. – Eu fiquei em estado de completo choque, não ele não deve ser isso tudo. Não, pode não.

 - Emmett! – Edward brigou, Rosalie estava rindo de tudo e tava sentada no chão dando uma gargalhada contagiante.

 - Castigo quem manda tá na nossa mente. – Carlisle falou. Eu ainda estava em estado de choque. 

- Emmett quem é o coroa mesmo... Humm tenho mais de dois séculos nesse mundo, então acho que tenho conhecimentos sobre isso. – Carlisle falou. Rose arregalou os olhos rindo.

 - Vamos embora... – Ela disparou se levantando e rindo. Edward olhou para mamãe e em seus olhos tinham constrangimento, minha mãe deve estar pensando alguma besteira. Ai como eu queria ser o Edward só agora para saber disso.

O papai virou e com a velocidade de vampiro foi para o lado de sua companheira e voltaram para casa de mãos dadas. Assim que chegamos em casa cada um foi fazer coisas diferentes. Eu gostaria de fazer algo com a Rose, sei lá, só conversar ou algo do tipo. Era difícil ela deixar eu me aproximar assim, ficar rindo como tava. Ela sofreu muito, e eu gosto muito dela. Meus pensamentos pararam quando o papai bateu no meu ombro

: - Venha comigo ao escritório – Ele chamou. Levantei e fui. Ele sentou em sua cadeira e abriu uma gaveta.

 - Então.. – sugeri que ele começasse. Ele revirou os olhos e me entregou um livro. Eu olhei aquilo estava escrito Kamasutram bem pelo menos foi isso que conseguir ler, abri as primeiras paginas, minha boca ficou no formato de oh. Ele começou a rir, não acredito que tem esse livro aqui em casa.

 - Safado! – deixei escapulir. Ele começou a rir.

 - Emmett, isso não é um manual sobre o sexo, é um livro que fala sobre o amor indiano, e que ensina como um homem e uma mulher podem amar e se satisfazer, meu filho. Não o banalize. Isso é uma cultura, lenda e aprendizado. – Ele falou eu recuperei minha postura. Até que ele começou a sorrir.

 - Leia ele e depois me diga o que achou. Porque esse livro separa o homem de um menino – Ele falou rindo e mexendo na cadeira.

 - Oh, ok. Eu vou ler, mas eu tenho que perguntar... Foi bom? – Eu falei rindo e ele sabia minha pergunta. Sorriu novamente esmagando os lábios.

 - Evidente que sim, já li e já experimentei muito com minha esposa. Sua mãe também já leu. – Falou eu fiquei o olhando e chamando ele de safado por dentro. Esqueci isso afinal o Edward tava tocando piano e quando ele está tocando piano, esquece-se do mundo em volta e não queria que ele ficasse vendo esse tipo de conversa, afinal ele é um bebê. Fui para o meu quarto e comecei a minha aventura sobre “o amor indiano”.

  Maria:

 Algum humano idiota estava gritando pela rua e atrapalhando meu jantar que estava tão suculento:

 - Alguém me ajuda. Minha irmã... por favor, senhora. – Ele falou na porta do lugar onde eu estava hospedada. Ai que humano idiota. Tomei um fôlego completamente desnecessário, mas mesmo assim fiz. Larguei aquele homem estúpido que já estava morto em uma cadeira, convencer ele foi muito fácil.

 Olhei pela janela e vi que era um dos garotos que levou a menina Sophie, era o seu irmão. E veja como era belo. Seus cabelos eram negros e completamente despenteados, ombros largos, barba por fazer. A estrutura de seu corpo tinha um formato triangular perfeito. Ele parecia o tipo de presa produzida especialmente para mim.

 Abrir as portas tentando parecer humano, ai como eu odeio isso. Fingir ser humano é muito ruim. Tem que ficar lembrando-se de respirar, dar pausas na hora de falar, porque os humanos são tão estúpidos que mexem seus lábios tão vagarosamente que já sabemos o que eles estão falando só pelo roçar dos lábios. Assumi minha mascara de humana que foi atrapalhada no meio da noite por um jovem histérico:

 - O que foi garoto, porque está gritando desse jeito? – perguntei tentando me concentrar em não ataca-lo à medida que me aproximava. Ele era ainda mais belo. Ao me ver sua agitação foi dando lugar inquietação. Seu coração passou a bater muito rápido. Isso só fazia com que eu pudesse me distrair, que humano estúpido como ele pode fazer isso. Até parece que sou uma das sete maravilhas desse mundo.

 - Eu.. – Ele tentou falar, sua voz soou fraca. Ele procurou meus olhos, seu cheiro atingiu meu olfato. Que delicia de cheiro! Comecei a salivar, me controlei. Ele estava respirando muito forte, seu coração galopava dentro de sua caixa torácica. Ele desceu do cavalo e se aproximou de mim, seus belos olhos castanhos fitaram-me e eu me perdi neles.

 - Senhora, é a minha irmã.. Ele a machucou.. – ele pedia, implorava. Seus olhos eram muito expressivos, ali estava a alma daquele jovem humano. E foi isso que não me fez atacá-lo. Sua alma clamava por ajuda. O que aquele homem fez com aquela menina, a curiosidade bateu-me.


Deve ter sido algo muito sério, mas eu simplesmente não posso interferir assim, eu sou uma vampira. E por Drácula, eu não sou uma boa pessoa, ajudar os outros não é de meu feitio. Porque eu fui me meter nisso mais cedo. Sim, eu sei muito bem porque me meti nisso, quando tinha a mesma idade da garota eu tinha um pai bem violento também. Suspirei o que está dando em mim!

 - Meu jovem, desculpe-me acho que estou de mãos atadas – eu respondi, tentando parecer humana. Afinal eu tinha que lhe responder alguma coisa.

 - Minha senhora, por favor, algo aconteceu hoje mais cedo. Meu pai parou quando lhe pediu.. Ajude-me – ele implorou, seus olhos cintilavam ele estava perto de chorar. O que esse humano está fazendo comigo, eu simplesmente não conseguia devorá-lo. Algo não me permitia.

 - Eu verei o que posso fazer, amanhã irei a sua fazenda! Vá para casa jovem, cuide de sua irmã – falei tentando fugir, ele assentiu. Começou a se aproximar.

 - Obrigado minha senhora – falou isso e beijou minha mão. O toque quente de seus lábios em minha gelada mão fez com que eu voltasse a salivar por seu sangue, ele é tão irresistível para mim. Ele voltou a caminhar para o cavalo.

 Ao ver seu distanciamento o veneno salivava em minha garganta, eu estava sedenta por seu sangue. Assisti sua partida, com minhas mãos bem fincadas no médio muro de concreto. O que está havendo comigo?! Desde quando eu não atacava minhas refeições! Algo está muito errado nisso tudo. Resolvi seguir o garoto, ele não iria me ver mesmo! O caminho até sua casa era um pouco difícil, e não tinha muitas árvores para que eu pudesse me esconder, mas usei da audição de vampira para ouvir o que ele resmungava:

 - Eu tenho que fazer alguma coisa! Isso não pode ficar assim... – ele falava entre os soluços. - Espero que a bela moça possa nos ajudar, só ela pode ajudar Sophie – ele falou de mim agora, começou a limpar suas lagrimas.

 - Ela é tão linda, seu rosto tão branco... é a mais bela visão de minha vida! – Ele falou de mim, tive que sorrir para isso. Bem as pessoas geralmente me definem como a maquiavélica, a torturadora, a sem alma! Nunca como a bela visão de sua vida.

 De algum modo isso me alegrou. Sua linha de pensamento voltou a sua irmã, ele estava realmente preocupado com ela. Eu já estava começando a ver a pequena propriedade o garoto correu com o cavalo quando se aproximou, e isso foi bom. Pois assim podia usar minha velocidade. Ele desceu do cavalo com uma rapidez humana e abriu a porta do celeiro gritando:

 - Walter.. – ele gritou e entrou e não saía mais dali. Eu estava ouvindo só os sussurros de suas conversas. Aproximei-me e pude ver a cena: A pobre garota estava completamente ensanguentada e chorava. Senti meus lábios se fechar o maior prazer de minha vida de vampira foi quando acabei com a vida do infeliz que transformou minha infância num inferno. Voltei a olhar aquilo:

Anne Sophie chorava compulsivamente, a garota estava desmanchando-se em dor e seus irmãos estavam ali a ajudando. Os olhos da pequena menina vieram em minha direção, eram iguais os de seu irmão. Eles também eram sua alma.

 Foi então que senti, eu procurei os olhos da garota e senti o seu dom! Oh... Virei-me deixando de lado aquela cena. Seu dom! Eu.. tenho que informar aos meus mestres! Saí dali, parti e comecei a me bater!

 -Como você foi tão burra Maria! – falei comigo mesma, como não percebi esse dom, assim que bati os olhos na garota. O que eu faço? Vou aos mestres ou permaneço? Afinal ela é uma humana. E tem um grande poder, mas ainda é humana! O que eu faço?!



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Deixem sua opinião.
Beijoss
:DD



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Silêncio Dos Inocentes" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.