Silêncio Dos Inocentes escrita por Kebi Sayid, Mereço Um Castelo, ECdesativado


Capítulo 3
Capítulo 3 - Os Encontros e a Nova Vida


Notas iniciais do capítulo

Olá aqui está o capitulo, não vou falar muito. Só quero agradecer as meninas que estão comentando e nos fazendo felizes, principalmente a mim. :)
Obrigada.
Boa Leitura



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Alice:

Era o 1087° dia de minha existência, e mais uma vez ele fugiu de mim. Droga, eu cheguei  muito tarde. Entrei no estado de hipnose, estava tendo uma visão. Era o garoto que parece sempre triste e o qual venho perseguindo faz quase sete meses, ele estava vendo uma estátua de Edward Allan Poe. Sim ele está indo para lá, pensei,  e parti rumo a Filadélfia.

 Eu não consigo me lembrar de absolutamente nada de antes da transformação . A única coisa que lembro é o meu nome, Alice Brandon. Foi tudo muito perturbador para mim. Assim que acordei para a nova vida, que naquele momento eu desconhecia, logo senti uma grande queimação em minha garganta.

Não conseguia compreender o que seria aquilo, até que entrei num estado de transe e comecei a ver imagens borradas, lembro-me bem: eu estava matando um humano, sugando seu sangue e eu me perguntando o que isso significava. Comecei a ver outra imagem, o brilho que estava nela, saia de minha pele. Eu brilhava como um diamante quando estava exposta a luz do sol. Vi meus olhos vermelhos. Assim que sai do transe eu entrei em estado de negação, eu não podia ter me transformado no que eu acabara de ver.

Eu quase morri de sede, mas eu não queria matar ninguém. Até que chegou um momento que foi impossível me controlar, eu tive que me alimentar. Passei a descobrir o meu novo universo através de minhas visões. Eu podia ver o futuro, mas eu percebia algo sempre errado com algumas visões. Nunca conseguia entender o porquê.

A visão que mais me incomodava era desse homem, ele corria sozinho o tempo inteiro demorou semanas para eu me decidir a ir atrás dele. Eu tinha que tomar cuidado, mas graças ao meu dom nunca esbarrei com outros de nossa espécie.

Outra visão que via, às vezes, era de uma mulher, seus olhos eram dourados, mas sua pele era pálida como o gelo. Eu sempre a via sentada no colo de um homem, ao que parecia, seu companheiro, ele tinha cabelos loiros e céus como era lindo, os olhos também eram dourados. E estavam rindo deitados na grama eles pareciam felizes. Eu sempre os via quando a ideia de parar de ficar sozinha surgia em minha mente.

Mas nesse momento eu estou focada a encontrar o homem loiro de olhos vermelhos de minha visão. E o que será que ele significa na minha jornada?! Afastei os meus pensamentos assim que vi ao horizonte a cidade de meu destino. Estava nublado, essa região é fria. Eu estava vestindo um cachecol de lã roxo e um sobretudo preto, não era necessário, pois não sentia frio algum, mas meu segredo não podia ser descoberto, eu já tinha que evitar a multidão por causa da sede.

Entrei no museu, era o final da tarde, deveria estar quase fechando. Foi ai que o vi. Ele estava vestido  uma calça caqui lisa, e um casaco pesado cinza. Fiquei o observando de longe, estava 

sem coragem para ir falar com ele. Foi então que ele virou-se, como se estivesse sentindo o meu cheiro. Ele fixou seus olhos em meu rosto e pensei num instante em gritar, mas logo uma calma desigual invadiu meu ser.

Não podia me mexer, esse homem é lindo. Há 7 meses que tentava encontrá-lo. Minhas visões não faziam jus a sua beleza.  O espaço tornou-se minúsculo.

- Perdoe-me, acho que a confundi. – Ele falou sem jeito, seu olhar era penetrante, acho que foi por isso o pedido de desculpas. Ele não me confundiu. Não há nada de errado. Eu acabara de ver nossas vidas unidas para sempre. Ele era meu companheiro.

- Não tem o que perdoar. – Falei e logo emendei uma pergunta.  – Qual seu nome?

Ele pareceu surpreso e no momento que ia falar o segurança do museu chegou.

- Senhorita, senhor o museu vai fechar poderiam se retirar? – falou um velho. Eu sorri e fui me virando para a saída, ele veio atrás de mim. Assim que chegamos à rua, ele veio para meu lado, parando na minha frente.

- Jasper, meu nome é Jasper Wihtlook. – Falou, eu sorri.

- Você viveu na guerra civil?- perguntei ele assentiu parecendo envergonhado.

- Está tão obvio assim? – Perguntou, fazendo-me sorrir. 

- Não, na verdade... Eu estou atrás de você há sete meses e quando você esteve em Houston eu vi uma estatua sua, Major Wihtlook. – Falei ele franziu o cenho.

- Porque estava atrás de mim. E você também é uma... – Ele começou, mas depois parou incerto. 

- Sim, sou uma vampira assim como você Jasper, a propósito meu nome é Alice,  Mary Alice Brandon. – Falei e suas feições eram mais calmas agora.

- Como me encontrou? – Ele perguntou tentando entender. Eu comecei a me atrapalhar, sua beleza estava distraindo-me.

- Uma longa historia. – Respondi. Ele tocou minha mão. E senti um choque, de longe era ruim. Eu sabia que ele estaria comigo pra sempre, mas eu não tinha o direito de falar-lhe isso.

- Eu tenho o tempo que precisar Alice. – Ele falou me olhando calmo e conduziu-me, eu poderia enxergar em minha visão que era uma campina afastada e seria ali aos primeiros raios de luz que daríamos nosso primeiro beijo.  Comecei a ficar em euforia, chegava a saltitar em pensamento, ele parecia saber minha felicidade, não sei como. Ele sorria tão encantador. Quando estava procurando-o sempre me focava nele e vi muitas coisas adoráveis, já estava apaixonada por Jasper. 



Rosalie:

Eu estava sempre nervosa, esse últimos anos tem sido difíceis para mim, faz 6 anos que fui transformada e estou tentando retribuir o amor que tenho recebido pelas pessoas que contribuem para minha existência. Com a Esme tudo é mais fácil, ela é mulher e realmente parece minha mãe. Falar com ela não é uma tarefa difícil, Edward é o irmão mais novo. Não que ele seja meu irmão realmente, fomos adotados por Carlisle, ele se mostra muito solidário, acho que pelo fato de poder ler minha mente. Mas algumas vezes tivemos desavenças, olha:  eu não sou de ferro. E às vezes acho que o Edward pensa que minha paciência é eterna igual a da Esme, já cansei de dizer que não sou muito paciente.


Tirando essas pequenas coisas nos damos bem, ele é o bebê e eu sou a princesa, agora temos o ursinho da mamãe e o campeão do papai, com a chegada de Emmett.

Eu comecei a rir com a imagem que vi de Emmett. Ele tinha derrubado o Edward, eles estavam escalando arvores, Carlisle transformou-o faz dois anos, e se algum dia depois que virei vampira disse que ficaria sozinha pelo resto de minha existência. Eu desisti dessa ideia ao ver Emmett naquele bosque lutando com o urso.

Ficar sozinha não estava nos meus planos, não depois de salvar sua vida e conhecê-lo, Emmett é tão feliz. Ele sabe aproveitar os benefícios de nossa vida, lógico que sem transgredir nenhuma regra imposta pelo Carlisle e Esme. Eu fiquei encantada quando  vi a pessoa simples, dócil e divertida que Emmett era. Ele me tratava muito bem, e sempre fazia brincadeiras quando o Edward vencia dele no xadrez. Ele gritava por mim, Rose venha me salvar!

Ele é divertido, Emmett  fez com que eu interagisse mais com Edward, podemos dizer que nós três somos os pesadelos na vida de Esme e Carlisle, pelo menos em alguns pontos.


Esme, eu já conseguia chamá-la de mãe,  é tão dócil e sempre tivemos momentos muito felizes, ela me conta historias de quando era criança e morava na fazenda e sempre responde as minhas perguntas. Ela também me dá conselhos, principalmente para eu tentar me abrir com o Carlisle, pois tem muito medo que eu tenha  raiva dele.


No começo eu até tive um pouco, mas ele sempre tenta se abrir comigo, pelo menos até onde eu permito. Sinto-me egoísta as vezes, eu deveria ser mais grata a ele. Afinal ele me deu uma nova oportunidade para viver, e apesar de amar minha família na vida humana eu comecei a perceber o verdadeiro significado da palavra irmão, mãe e companheirismo.


Edward vive me infernizando agora, eu tenho certeza que assim que terminar de escrever essa linha ele vai aparecer.


- Olha senhorita Rosalie Cullen.. – Falou tentando ler o que tava escrito, eu fechei minhas anotações. Ele chegou a rir debochado.

- Rose, não se trata de eu ver o que você escreveu, eu já sei mesmo. Enquanto você escrevia eu pude ler seus pensamentos. – Ele falou e fez uma pose autoritária. Ri daquilo.

- Edward, hoje é um dia que você não pode me testar. – eu falei  pensando em bagunçar o cabelo dele. Ele sorriu e se afastou uns 5 passos.

- Humm é mesmo.  Acho que vou contar a alguém sobre os planos pro futuro. – Falou sorrindo diabolicamente. Eu o encarei desacreditada. Emmett estava se aproximando.

- Do que estão falando – Falou daquele jeito só dele, que até o ar que respiramos fica em admiração, sim eu já estava apaixonada por Emmett. Edward revirou os olhos, e olhou para o Carlisle que estava escrevendo algo.

- Falávamos que o papai e a mamãe deveriam nos levar para caçar alguns animais descentes em alguma região montanhosa, talvez Sowndon em Gales. – Ele falou contornando tudo, Edward era muito habilidoso em nos livrar de situações embaraçosas. Emmett sorriu mais  e dessa vez eu não pude controlar minha reação, sorri também. Edward bufou e saiu dali indo falar com a mamãe, que estava mexendo com seu jardim.

Emmett me olhou bobo, e veio para  junto de mim.

- Se o bebê conseguir, podemos apostar uma corrida Rose. – ele falou sem jeito, provavelmente sem ter como puxar assunto, mas mesmo assim foi incrivelmente delicado e fofo.

- Oh claro Emmett, adoro corridas. – falei entusiasmada.

- O bebê sempre consegue tudo que quer. – completei rindo. Edward levantou a cabeça.

- Eu não sou bebê, mamãe, olha só a Rosalie. Ela tá me chamando de bebê. Não deixo. – Ele falou completamente emburrado. Mamãe olhou para ele sorrindo.

- Oh bebê, não ligue para isso. – Falou sorrindo e entregando a cesta de flores para ele.

- Mãe que coisa mais feminina eu ficar segurando uma cesta de rosa. – ele falou. Mamãe olhou para ele, eu e Emmett explodimos em gargalhadas.

- Qual problema, mostra que você é um homem sensível. – ela falou sorrindo, Edward pegou a cesta a contra gosto e ficou atrás dela. Eu morria de rir, não conseguia me controlar, principalmente com o Emmett atrás do Edward imitando ele com a cesta.

- Mãe olha só pro Emmett, ele tá me imitando eu vou bater nele. – Ele falou emburrado, a mamãe nem tava ligando, só estava arrumando o jardim. Os garotos começaram uma pequena discussão, na verdade era mais o Edward reclamando dos pensamentos de Emmett. Até que o papai falou:

- Vocês dois querem que eu entre na briga. Eu tenho certeza que vocês sabem as consequências e não terá caçada nas montanhas pra ninguém. – Ele falou pondo um fim na inútil discussão dos dois.

Logo eles estavam rindo novamente e passaram a ajudar a mamãe com o jardim, voltei as minhas anotações.

.... No começo eu até tive um pouco, mas ele sempre tenta se abrir comigo, pelo menos até onde eu permito. Sinto-me egoísta às vezes, eu deveria ser mais grata a ele. Afinal ele me deu uma nova oportunidade para viver, e apesar de amar minha família na vida humana eu comecei a perceber o verdadeiro significado da palavra irmão, mãe e companheirismo. Sinto que com ele minha historia terá que ser escrita aos poucos, de longe ele é uma pessoa ruim. 


Cada dia que passo ao lado de todos eles, consigo ver o quanto é importante o amor e a cumplicidade entre a família. Acho que vou começar dando o primeiro passo, chama-lo de pai.


Eu nunca o chamei de pai, mas se quero viver nessa minha nova vida feliz e em harmonia eu tenho que ser uma nova Rosálie.


Olhei para frente vi que ele estava também fazendo suas anotações. Eu não podia atrapalhá-lo nisso. Tem que ser a oportunidade perfeita e não quero que seja nada forçado. Fechei tudo que estava escrevendo e fui para junto da Esme. 




Anne Sophie:

O caminho para a fazenda parecia curto demais para mim, mesmo levando mais de uma hora. Não queria retornar, eu sabia que levaria a maior surra da minha vida, estava voltando com meus irmãos. Meus pais já deviam estar em casa. Eu tremia em antecipação. As pedras existentes no caminho, que tanto me irritam, não estavam me incomodando. Minha preocupação seria com meu corpo que seria descarnado por meu pai.

Senti uma mão em meu ombro.

- Joseph eu estou com muito medo! – eu comecei a chorar compulsivamente. Meu irmão mais velho me pegou nos braços e tentou me acalentar. Walter me olhou, parei de chorar e os encarei, havíamos acabado de chegar à fazenda. Eu não queria entrar. Meus irmãos me suplicaram.

- Sophie, se algo acontecer, se ele perder a cabeça.. Oh meu Deus. Porque nascemos nessa família, Deus não podíamos ter nascido com pais descentes?! Porque nos castigar com isso. – Walter chorava pelo que estava por vir e com muito medo por mim também. Joseph não falou nada, mas sua mão permaneceu ao meu redor, e aquilo me dava conforto.

De uma coisa eu sei, eu amo meus irmãos e sou amada por eles. Vi a porta da casa sendo escancarada...

- Onde ela está! – meu pai saiu completamente furioso e meus irmãos ficaram em minha frente. Eu fiquei imóvel tremendo de medo, meu coração estava sofrendo e o sofrimento até tem um quê de mistério e surpresa. Porque só o assusta quando é sentido pela primeira vez. Quando você passa a conhecê-lo já sabe o que ele tem a te oferecer. E definitivamente, não é algo bom.

Aos poucos abri meus olhos e vi meus irmãos caídos no chão e estavam sangrando, meu pai havia batido neles com o cabo de enxada. Por uns minutos queria ter o poder de sumir dali, mas no momento seguinte me compadeci com meus irmãos, o amor deles foi tanto que se machucaram para que pudessem retardar minha dor.

As mãos ásperas de meu pai seguraram meus braços, naquele momento eu só podia o ouvir como flash, tudo estava embaçado em meus olhos por conta das lagrimas ainda não derramadas:

- Você perdeu o juízo! Vai aprender a sua lição e agora você vai aprender a contar, e seu exemplo de aprendizado será contar cada cintada... É muito simples uma cintada um dedo, E não me importo que acabe seus dedos comece novamente! – Ele falou puxando-me para o celeiro tirou seu cinto e me jogou no feno, ele tinha trancado a porta e ouvi meus irmãos gritarem.

O encarei segurando minhas lagrimas e vi sua fúria sendo descarregada em mim. Sem mais demoras as cintada começaram num ritmo lento que aumentava o ardor.Eu já estava quase me entregando ás lágrimas e começando a gemer quando ele pegou um ritmo mais rápido.


PAFT!  PAFT! PAFT!  PAFT!


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Notas finais do capítulo

E então deixem seus comentários.
Beijokass



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