POV. Cato

Clove me olha assustada e eu sorrio a olhando de cima em baixa e pouso meus olhos sobre suas pernas descobertas.

– Bonitas pernas Clove, devia mostrar mais. – Falo sorrindo e olho para seu rosto que agora estava vermelho.

– Para de olhar. – Diz ela rápido e gaguejando, eu rio e antes que ela possa reagir fecho a garagem.

– Opa! Acho que você esta presa aqui fora. – Digo com ironia e ela me olha incrédula.

– Seu seu grande idiota. – Exclama ela. Clove me olha e eu continuo a olhando malicioso. – Para de olhar pra mim!

– E porque eu faria isso? – Pergunto me aproximando devagar, quando estou a apenas alguns centímetros de seu corpo, ela da dois passos rápidos pra trás sem reparar na leve inclinação que tinha, pra onde ia o jardim.

  A garota cai e seu tornozelo engessado fica virado de uma maneira estranha e ela faz uma careta, passando a mão sobre a parte de cima do gesso.

– Parece que alguém vai precisar da minha ajuda. – Falo cantarolando, me abaixo em sua direção e ela me olha com raiva.

– Cai por sua culpa seu babaca!

– Se eu fosse você não brigava com a única pessoa que pode lhe ajudar. – Digo me divertindo com a situação.

– Então me ajuda logo!

– Palavrinhas mágicas.

– Por favor. – Rosna ela.

– Não assim. Quero que você fale bonitinho. – Brinco e ela me olha confusa. – Tem que falar assim: Cato seu lindo, me ajude. – Falo imitando seu timbre de voz.

– Vá se foder! Quer saber vai embora eu prefiro ficar aqui até de manhã.

– Tudo bem então. – Falo me levantando. – Tchau Clove.

 Me afasto de onde estávamos, mas fico próximo o bastante pra escuta-la. E logo depois de uns 3 minutos, ela volta a falar.

– Cato? – Escuto sua voz baixinha e volto pra onde ela estava e sorrio.

– Mudou de ideia baixinha?

– Não me chame de baixinha. 

– Clove já disse, você tem que tratar melhor quem vai te ajudar.

– Me ajude então, Cato lindo. – Fala ela com ironia.

– Sua ironia me machuca. – Digo colocando a mão sobre o peito fingindo estar ofendido.

– Você fica muito viado assim. – Clove ri.

– E você fica linda só com essa calcinha. – Falo e some o sorriso em seu rosto. Sorrio vencedor e fico a encarando.

– Isso não é uma calcinha! É um short – Diz ela constrangida

– Se você tivesse sem ele não faria diferença, estou vendo o babado da sua calcinha. – Falo apontando o local. Ela coloca  a mão rápido e fica ainda mais vermelha. Se possível.

– Vai me ajudar ou não? – Pergunta ela irritada

– Vou.

– Cansou de me perturbar?

– Vou, mas vai ter que me dar um beijo. – Falo sorrindo.

– Nem fodendo.

– Ah Clove eu não beijo tão mal, pergunta pra Glimmer. – Digo.

– E pra escola inteira. – Completa ela.

– Você me observa bastante né Clove?

– Não precisa observar muito pra saber. Você é grande e idiota o bastante, chama atenção e eu sei que você gosta de aparecer. – Retruca ela.

– Não fala assim comigo garota. – Sussurro a raiva tomando conta de mim. Clove podia me levar a ficar irritado muito rápido.  ( n\a: Ataque de bipolaridade novamente kk)

– E o que vai fazer comigo em garoto? – Pergunta ela com ironia. A puxo com força de onde ela estava e a levanta com brutalidade, ela me olha também com raiva agora. – Vai me bater Cato? – Sussurra ela tentando se firme, mas vejo em seus olhos medo. Rapidamente minha raiva some e eu a abraço por impulso.

– Nunca. – Falo e Clove fica em silêncio ela não retribui meu abraço por alguns instantes, mas depois de algum tempo seus braços finos envolvem minha cintura.

 – Porque acha que eu iria lhe bater? – Pergunto. (n\a: Reação de todos: porque será né Cato? ¬¬)

– Por nada. – Diz ela desviando o olhar. Sabia que ela estava mentindo.

– Se você quiser pode me contar Clove. – Seguro seu queixo e puxo de forma delicada, ela volta me encarar. – Pode confiar em mim Clove. – Digo

– Não posso não. – Sussurra. Ela estava certa realmente não podia confiar em mim, mas como ela sabia disso?

– E porque acha isso Clove? – Pergunto.

– Não sei, só sei que não posso confiar em você. – Responde ela incerta e der repente como se ela se lembrasse de algo, ela se afasta de mim. Clove se vira pra sair, mas logo se vira rapidamente e se aproxima de novo.

 – Ah e claro você falou que nunca ia rir de mim na frente daquelas vadias! E o que você fez? Riu, deixou ela me humilhar, ainda bem que eu bati naquela vadia e devia ter batido em você também! – Explode ela e eu a puxo com força a fim de cala-la com um beijo, mas antes que eu pudesse realizar o ato, a garagem se abre com um estrondo.

– Não se preocupe amiga! Não vou deixar aquele palhaço pegar você! – Gritou uma Annie segurando um taco de baseball.

– Annie? – Chamo a garota.

– Cato? – Faça ela me olhando confusa.

– Tá e eu sou Clove, todos se conhecem. – Diz Clove impaciente, correndo até a amiga.

– Clove porque você está só de calcinha? – Pergunta Annie com os olhos arregalados.

– Ai meu Deus! Isso é um short, ninguém vê. – Exclama Clove, mas a garota entra e volta com um casaco enrolado na cintura.

– Poxa preferia você sem. – Falo.

Clove me lança um olhar feio e Annie ri baixinho.

– Annie o Finnick está ai?

– Está dormindo já Cato.

– Ah ok, amanha eu falo com ele. – Digo . – E Annie quase morri do coração com você.

   Annie ri e entra Clove segue ela, mas no mesmo instante é empurrada pra fora.

– Vá se despedir. – Escuto Annie sussurrar tão alto, que parecia que estava fazendo isso em um alto falante.

 Clove revira os olhos e vem em minha direção.

– Tchau Cato. – Grita Clove olhando em direção a garagem. – Satisfeita Annie?

– Sem graça. – Escuto Annie e rio.

– Clove eu tenho que te explicar, eu fui idiota em ri de você e -

– Você não me deve explicações Cato. – Diz Clove me interrompendo.

– Devo sim.

– Não somos nada um pro outro. – Fala ela logicamente.

– Ai. – Escuto novamente Annie.

– Annie para de fofocar. – Dessa fez escuto Katniss.

– Só não somos porque você não quer. – Falo ignorando as meninas ali, elas provavelmente iriam até me “ajudar” incentivando Clove a me dar uma chance.

– Você é maluco. – Sussurra Clove. – Só pode estar brincando comigo.

– Ei, porque a gente não pode ser sei lá, amigos. – Falo sorrindo.

– Só amigos? Ele tá de sacanagem. – Escuto Katniss falar alto.

– E porque isso der repente? – Pergunta ela erguendo as sobrancelhas. Tá essa ela me pegou.

– Percebi que você é legal. – Falo. Nossa essa foi horrível!

– Legal? – Ela fica pensativa. – Cato está frio, eu vou indo. – Diz ela com certeza arrumando uma desculpa pra sair dali.

– Tudo bem. – Falo e me inclino beijando sua bochecha. – Tchau amiga.

– É... Tchau. – Ela fala confusa e entra.   Depois disso fico um tempo pensativo. O que estava acontecendo comigo porra? Agora eu não sei conquistar uma garota. Na verdade eu nunca tentei sempre as tive em minhas mãos, mas agora é diferente. E eu acho que estou gostando disso.