Liebe: Zu Nahe escrita por Vanessa Mello


Capítulo 9
Conflitos


Notas iniciais do capítulo

me perdoem a demora, mas tem uma hora que a imaginação falha.

aqui, a tão esperada briga de Alessandra e Ellen. quem ganha?

FIIIGHT! -pirei.



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- Ale, eu... Você... Você não pode ficar com o Tom. –falei, escondendo a minha aliança no bolso.


 


- Como é, Ellen? –disse ela, cerrando os olhos.


 


- Ele está enganando você. Ele...


 


- Como você se atreve, Ellen? –disse ela, quase chorando de novo.


 


- O que? –falei, sem entender.


 


- Como você pode fazer isso comigo, Ellen? Você não está vendo que desde que Bill foi embora, eu não sou feliz? E que agora que Tom está aqui comigo, agora eu posso tentar ser feliz de novo?


 


- Você não pode ser feliz vivendo uma mentira, Ale! –quase gritei.


 


- Escuta, Ellen, Tom nunca mentiu pra mim. Do que você está falando agora? –ela disse, sem paciência.


 


- Ele... Ele... Ale, por favor, não me faça perguntas, só me ouve! Não fica com ele, você não pode fazer isso! Você vai estar cometendo um grande erro! –eu recomeçei a chorar, não queria ter que entregá-lo para Alessandra, dizer tudo que ele estava fazendo, mas também não queria dizer que fora ele quem me pedira para interná-la, porque de um modo ou outro, eu ainda gostava dele.


 


- Olha, Ellen, isso está ficando muito estranho. Você não pode mandar na minha vida, e isso que você está me pedindo... Isso é loucura! Por favor, Ellen, pare com isso...


 


- Pare com isso você, Alessandra! –eu realmente gritei com ela.


 


- Como é? –ela disse, entrando de vez no estágio da raiva.


 


-VOCÊ ESTÁ COMETENDO UM ERRO, UM ERRO ENORME, VOCÊ NÃO PODE FICAR COM O TOM, SIMPLESMENTE NÃO PODE FICAR COM ELE! –falei, perdendo o controle.


 


- E porque não? Porque a garota mimada não quer? Ellen, faça-me um favor, me deixa em paz! Eu tenho a minha vida, você tem a sua. Assim como eu não mando em você, você não me dá ordens. Se eu tiver que ficar com o Tom, eu vou ficar com o Tom, e você não tem nada a ver com isso. Pare de agir como um bebê chorão a cada vez que alguém não faz o que você quer, está ficando ridículo com o passar do tempo.


 


- Eu prefiro ser um bebê chorão do que ser como você, que é só o marido morrer que já vai pra cima do cunhado!


 


- RETIRE ISSO! –ela também começou a chorar. – Eu não sou assim, não sou!


 


- Eu não vou retirar, porque você é uma pessoa sem escrúpulos, Alessandra! Você não liga pros sentimentos de ninguém, quer sempre ser a primeira, quer ser o centro das atenções e nunca pensa se as suas atitudes estão ou não de acordo com a opinião das pessoas ao seu redor.


 


- E como é que você pensa que está agindo, nesse instante? –ela voltou a voz a um tom baixo, mas não menos frio ou amargo.


 


Carla apareceu na porta, com um buquê de flores na mão.


 


- Eeei, crianças... O que está havendo aqui? –falou, entrando, ficando no espaço entre mim e Alessandra.


 


- Nada, Ellen já estava de saída. Não é mesmo, Ellen? –falou Alessandra, me olhando com uma falsa amizade. Eu sabia que ela podia estar pensando em qualquer coisa enquanto falava, menos em amizade.


 


-É, eu estava sim. Até, Carla. –falei, saindo do quarto, com uma decisão.


 


Andei até o enfermeiro que havia mais próximo.


 


- Com licença? –falei, tocando seu ombro.


 


- Senhorita? Ah, sim, eu sei quem é. É a responsável pela paciente do quarto 67, não é? Alessandra, certo? –disse, com dúvida.


 


- Sim, exatamente. –disse, fazendo sinal de desinteresse com as mãos.


 


- Uma boa paciente ela. Está sempre acatando ao que lhe impomos...Está certo que ela foi um tanto difícil no começo, mas também, que paciente não é? –percebi que ele viajava, falando consigo mesmo, não comigo.


 


- Bom, é que eu queria encerrar a estada dela aqui. Ela já está muito, muito melhor. Nossa família até acha que agora podemos deixá-la sozinha em casa. Eu gostaria de parabenizá-los. –menti.


 


- Ah, eu vou chamar o diretor do hospital. Esse tipo de coisa só se aceita depois da avaliação, que é ele quem faz. –ele começou a se afastar.


 


- Ah, mas espere. Tem um favorzinho, que eu gostaria que você fizesse para mim. –falei, colocando a mão dentro da carteira.


 


- A senhorita está pensando em me subornar para fazer alguma coisa? –ele olhou para o dinheiro que coloquei em sua mão, incrédulo.


 


-Só um pequeno favor, meu senhor. Está lembrado do remédio que davam para ela, no começo... Algo que a fazia dormir, e quando acordava, não ter memória do que se passou há alguns dias?


 


- Sim, estou. –disse, com medo.


 


- Qual a dose necessária para que ela não tenha memória dos últimos meses? –falei, com brilho nos olhos.


 


- Uma dose muito, muito alta. Uma dose que pode deixá-la inconsciente por semanas. –falou, recuando um passo.


 


Eu dei um passo na direção dele também.


 


- Essa dose tem algum tipo de risco? –falei, pensando também na segurança dela.


 


- Não. Porque essas perguntas, senhorita? –falou, recuando mais um passo.


 


- Porque eu preciso que você dê essa dose para ela. Por favor, não fique com medo. É apenas para quando ela sair daqui, não ficar atordoada por tudo que já passou. Entenda a minha preocupação... –menti, forjando um choro.


 


Ele enxugou meu rosto.


 


- Tudo bem, senhorita. Eu entendo. Eu vou ajudar! –disse, saindo da minha vista.


 


Aos olhos de algumas pessoas, o que eu estava fazendo era maldade. Mas não para mim. Era apenas o jeito de levar de volta para ela a vida normal que tinha, antes de eu dar ouvidos a Tom, e interná-la. Ou tão normal quanto a vida dela podia ser.


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Notas finais do capítulo

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obrigada os reviews, se não se importam de deixá-los, mais uma vez... -abusada, tow sabendo.

beijão ;*