Liebe: Zu Nahe escrita por Vanessa Mello


Capítulo 11
Uma nova chance (Parte 2)


Notas iniciais do capítulo

FINALMENTE o Gezão resolveu dar as caras *.*

capítulo postado por livre e espontânea pressão da dona Alessandra --'

mas eu fiquei uma semana sem postar, pra quem não notou.
então, nada mais justo que um capítulo pra me redimir i.i

perdoem essa humilde escritora, siim? *O*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/26116/chapter/11

Alessandra Kaulitz;

 

Ficamos naquele maldito papo-vai-e-papo-vem, tudo completamente desnecessário, porque ninguém ali queria estar onde estava. Estava ficando muito, muito feliz de estarmos aguentando firme. Em breve, Tom e eu iríamos embora dali, quando algo que eu não esperava aconteceu. Avistei Carla, trazendo em seu encalço todas as pessoas que trabalhavam conosco. Ela se aproximou, com um sorriso debochado. Ela era uma grávida linda, usando um terninho aberto(até porque ele não fecharia) cor de rosa muito claro, uma calça combinando, boca de sino, e um sapato baixo, preto, da cor da blusa leve que usava com o terninho. Eu mal podia acreditar que já haviam se passado 8 meses.

 

- Qual é, Ale, foi pra isso que saiu correndo da editora? E nem chamou? –falou, com a mão na barriga. – Meu bebê vai nascer com cara de picanha, está ouvindo?

 

- Mas isso seria inaceitável! –brinquei, levantando até ela.- Essa criança tem que ter a cara linda da mãe e do pai! –eu a abracei, colocando a mão em cima da barriga também.

 

- Não puxe o meu saco, não. Agora é tarde pra você. –ela fez bico, cruzando os braços.

 

- Ei, Ale, não vai apresentar o cara? –falou Tayra. Ela era o meu anjinho naquela loucura de editora, mas naquele momento ela ferrou com tudo. Me olhou com seus grandes olhos azuis vibrantes, acompanhada de todo mundo.

 

- É, Ale. Não vai apresentar? – Georg, meu secretário se pronunciou. Abri a boca . Céus, era impressão minha ou ele conseguira ficar ainda mais gostoso em apenas duas horas que eu não o via?

 

Ele era, como Carla e eu normalmente dizíamos secretamente, a gostosura em pessoa, o pecado na forma humana. Ás vezes, quando Bill estava vivo, eu achava que se não fosse ele, eu já tinha me entregado á Ge na minha sala. Oportunidades não me faltavam, uma vez(ou várias) que ele já tentara. Carla se afastou de mim no momento em que os olhares se viraram para Tom. Eu não entendia porque eles se estranhavam tanto. Ela andou até uma mesa, e nela se sentou. Respirei fundo. Queria tanto que eles se entendessem como no começo...

 

- Alee? –mais uma vez me acordaram naquele dia, mas dessa vez, era Georg.

 

-Haan? –franzi a testa, desnorteada.

 

- O cara, não vai apresentar? - ali me lembrei que ninguém além de Carla conhecia Tom. Tayra mordeu o lábio, e andou rápido até Carla, sentando-se de frente para ela.

 

- Ah, não, é meu cunhado. Não tenho nada com ele. Não. –balançei a cabeça várias vezes. – É apenas um almoço de amigos.

 

Ficamos em silêncio por um instante, antes que ele voltasse a falar.

 

- Certo, então... Nós vamos nos certificar que o bebê de Carla não vai nascer com cara de carne. –ele começou a se afastar, e todos foram com ele.

 

Sentei-me de novo, e Tom falou, bem perto de mim.

 

- O que foi? Você está triste. –a segunda frase não foi uma pergunta.

 

- Só queria que você e Carla pelo menos fingissem que se gostam, se é que se importam comigo como dizem. –falei, virando para o meu prato.

 

- Eu não fiz nada dessa vez, que fique claro. –ele disse, ofendido.

 

- Não dessa, mas...

 

- Ok, querida. Nós aqui já estamos indo embora, terminamos nossos afazeres. Esperamos você na festa deste ano. – Brigitt disse, se levantando. Todas as mulheres saíram junto com ela. Algo ali a incomodava, e pelo jeito que Carla me olhava, incomodava á ela também. Foi aí que notei o modo pouco comum que Tom e eu estavamos sentados.

 

Ele tinha uma mão na minha coxa, e outra no meu queixo, com a boca muito próxima da minha. Sua cadeira estava quase entrando na minha, de tão coladas. Me afastei, pigarreando.

 

- Mas ela está agindo assim como um ato reflexo ao seu. –disse, tomando um pouco de meu vinho.

 

Não falamos mais nada, o clima estava pesado demais. Muito, muito pesado. Terminamos de comer em silêncio, e Carla se aproximou quando Tom foi ao banheiro.

 

- Ei gata, posso falar um instante com você? –ela puxou uma cadeira.

 

- Fala como se precisasse de permissão. –respirei fundo, olhando-a nos olhos.

 

- Que tal ir em casa? Eu quero te mostrar uma coisa por lá. Podemos tomar um chá... –ela disse, e eu a interrompi.

 

- Já me convenceu. Esse tipo de coisa que as grávidas fazem, coisas tranquilas é exatamente do que eu preciso. –falei, mais leve.

 

- Bem, querida, tudo que eu tenho a dizer é que não é facil. –ela disse, me fazendo rir.- E, depois do trabalho que Gustav me deu, meu bem, ele tinha que me dar tranquilidade, querendo ou não. Mas se quiser mesmo, temos um belo e gostoso rapaz disponível ali na minha mesa. –ela pegou um garfo, e o fez de microfone, falando como apresentadora de programas de romance- Seu nome é Georg Listing, tem belos olhos verdes e um corpo que deve dar inveja secretamente no meu marido...

 

- Ok, eu já entendi. E passo. –falei, vendo Tom se aproximar. – Tom, eu vou dar uma passada na casa da Carla, mais tarde eu vou pro apartamento.

 

- Você não me deve explicações. –falou, extremamente azedo. Carla olhou pra baixo.

 

- Ele tem razão. –murmurou, levantando. – Eu estou esperando no carro. TCHAU, PESSOAL, ATÉ AMANHÃ! –ela gritou para nossos colegas.

 

- Tom, não desconte em mim também. –respirei fundo, pegando a minha bolsa, e a carteira.

 

- Eu pago, pode ir encontrá-la. –murmurou, abrindo a carteira também. Dei um beijo estalado no seu rosto,  antes de ir até Carla.

 

No caminho até a casa de Carla, nós fizemos o de sempre. Gritamos a música “A Thousand Miles” da Vannessa Carlton um trilhão de vezes, devido ao fato da casa dela ser afastada de tudo.

 

Carla morava numa mansão enorme, que mais parecia uma casa-praia, mas sem praia alguma por perto. Tinha três piscinas, e acho que isso já era suficiente. Não. A fubanga tinha até uma quadra de tênis. Mas isso porque ela esbanjava mais dinheiro que eu e Bill. Gustav e Carla eram o casal mais excentrico que eu já vira na vida. Passamos tanto tempo na viagem que ao chegarmos, o tempo estava fechando.

 

Respirei aliviada ao por os pés no chão. Eu não sabia como Carla não enjoava passando tanto tempo naquele carro. Entramos, e eu fiquei ligeiramente feliz, porque finalmente poderia desabafar. Havia um outro apelido para a casa de Carla, além de Mansão Fantasma. Era um porto seguro.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

off: Cazeth, não me mate. fubanga é um apelido HIPER CARINHOSO, tá?

off/

agradeço aos reviews, e a vocês, que ainda não desisitiram dessa negação chamada Vanessa.