[LEIAM AS NOTAS INICIAIS]

Era muito tarde e mesmo que no dia seguinte fosse sábado eu tinha que acordar cedo. Estávamos tanto tempo imóveis que me perguntei se Fred tinha pegado no sono. Com muito cuidado eu me levantei e ia a caminho da escada que levava ao dormitório quando esbarro em alguma coisa e produz um estrondo que poderia ter acordado todos os alunos na Grifinória.

_Que? O que foi isso? – ele perguntou assustado. – Ei, onde está indo?

_Dormir, já é quase quatro da manhã. – eu disse

_E ia me deixar aqui? – perguntou arqueando a sobrancelha.

_Ia. – disse sorrindo. – Agora que acordou vamos logo vai.

Ajudei-o a se levantar e me virei para subir para o dormitório, ele se apoiou em mim para pegar equilíbrio devido ao tamanho do sono que estava. Quando eu estava no segundo degrau ele me puxa pra trás e me segura no ar pela cintura.

_Seu lesado, me coloca no chão. – exigi

_Não!

_Me coloca no chão agora. – disse entredentes

_O que você acha? Que vai subir sem me dar um beijo de boa noite? – disse ele com um riso.

_Por Merlin viu. – disse revirando os olhos. – Então me coloca no chão primeiro.

Ele me pousou delicadamente no chão e ficou esperando o beijo de boa noite. Essa era a minha deixa de aprontar com ele. Sorri internamente.

Segurei o rosto dele com as duas mãos e me aproximei, quando nossos rostos estavam bem próximos eu virei o rosto dele com e beijei a bochecha dele.

_Não é esse beijo que eu estava falando. – reclamou

_Pois é esse que vai receber. – virei e subi para o dormitório deixando-o com cara de tacho.

Quando eu cheguei ao dormitório, estava indo para a minha cama mas, esbarrei na cama da Hermione, o que a fez acordar e perguntar.

_O que estava fazendo?

_Estava com o Fred lá em baixo. – sussurrei

_Com o Fred? O que estavam fazendo? – perguntou curiosa, também sussurrando.

_Ele disse que gosta de mim e eu descobri que também sinto uma forte atração por ele. O resultado: beijo. – disse resumidamente

_O que? O Fred e você? – perguntou se sentando na cama

_Sim.

_Está ai, gostei. – disse sorrindo. – Agora vamos dormir.

Assenti e deitei-me em minha cama. Bem que poderia dar certo não é? Tínhamos muito em comum, e ele é um gato né?

Fiquei pensando em várias coisas até que adormeci.

Acordei com umas batidinhas na janela, levantei-me para ver o que era e vi a Manchinha bicando a janela. Abri para que ela entrasse e ela trazia uma carta, era de mamãe e papai, abri-a rapidamente e comecei a ler.

Queridas,

Esperamos que estejam se divertindo e aprendendo bastante.

Nesse Natal pedimos que passem na escola, pois nós teremos que viajar até Atlanta porque um primo do papai morreu e precisamos ir ao enterro.

Estamos de coração partido por não podermos nos ver nesse Natal, mas mandaremos seus presentes.

Com amor,
mamãe e papai.

Que ótimo hein? Teríamos que passar o Natal aqui, e isso era perigoso para nos nascidos trouxas eu não sabia o que poderia acontecer a eles se eu permanecesse na escola, só me restava rezar.

_De quem é essa carta? – perguntou Hermione saindo do banheiro

_Papai e mamãe. – disse entregando para que ela pudesse ler.

Depois que terminou de ler disse:

_Bom, pelo menos podemos interrogar o Malfoy o mais cedo possível, que é amanhã. – disse sorrindo – Já tem o seu cabelo?

_Não. Você tem? – teríamos que ter um fio de cabelo para que pudéssemos ficar iguais a pessoa.

_Sim, da Emilia Bulstrode. Você precisa pegar ainda hoje.

_Está bem.

Fomos então para o Salão Principal tomar o café da manhã. Quando chegamos na porta Pansy Buldogue parou na minha frente e disse:

_Queria mesmo falar com você.

_Então fale oras. – Hermione continuou seu caminho para a mesa da Grifinória.

_Ainda bem que você me escutou e deixou o meu Draquinho em paz. Sabia que você tinha medo de mim. – disse com um sorriso de deboche.

Eu senti uma onda de raiva me invadir e como estávamos no Salão Principal eu decidir que era melhor deixa-la falando sozinha. Continuei caminhando para a mesa da Grifinória.

_EU AINDA NÃO TERMINEI DE FALAR COM VOCÊ SUA SUJEITINHA DE SANGUE-RUIM! – ela berrou e o salão foi tomado por um silêncio, nessa hora eu parei no lugar onde estava e escutei Hermione dizer:

_Deixa ela Belle, pelo amor de Merlin.

Eu apenas neguei com a cabeça e virei-me para a Buldogue.

_Repete. – pedi

_Eu disse que ainda não terminei de falar com você sua sujeitinha de sangue-ruim. – repetiu na maior cara de pau

_Escute aqui Parkinson para a sua informação eu não sou sangue-ruim, eu sou filha do Sirius Black, isso mesmo que você escutou SIRIUS BLACK e tenho muito orgulho de ser filha dele, sou mestiça. Mas, não me importo de ser chamada de sangue-ruim, eu não tenho preconceito nenhum e não me acho superior a ninguém aqui todos somos iguais e somos brilhantes de maneiras diferentes. Com uma única exceção é claro. Alguns sonserinos se acham superiores mas não são. Eles acabam sendo inferiores ao resto dos alunos pela total falta de educação e noção. Agora se não se importa eu prefiro não escutar mais a sua voz de taquara rachada. – todos me aplaudiram, os professores, os alunos apenas os alunos da Sonserina que ficaram quietos.

A Buldogue começou a andar na minha direção e quando chegou bem perto de mim levantou a mão para dar um tapa na minha cara, mas eu segurei seu braço antes que ela conseguisse. Torci ele para trás dela e aproveitei para arrancar um fio de cabelo dela.

_Não seja idiota Parkinson. – disse e soltei o braço dela.

Fui sentar-me na mesa da Grifinória, e logo atrás depois Fred sentou-se ao meu lado e disse:

_Estou muito orgulhoso do que você fez. E ainda disse a todos quem é o seu pai. Estou muito orgulhoso mesmo. – e quando ele disse isso me deu um selinho na frente de todos.

Rony, Harry, Simas, Dino, Lilá e Parvati olharam de boca aberta e disseram em coro:

_Como?  

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