Hogwarts: Não É Só Uma História escrita por Luan


Capítulo 9
Neve e Perigo


Notas iniciais do capítulo

Voltei com força total. Espero que gostem do capítulo.
Estou envergonhado pela demora, mil perdões. Espero que consiga me desculpar com esse capítulo.
Perdões pelos erros.
Vocês não vão esperar mais, já tem capítulo em breve.
Amo-os.
xoxo



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P.O.V Nate Burnwell

Havia decorrido certo tempo até o momento presente, que era exatamente uma semana antes de celebrarmos o dia de natal.

A neve caia com força, seus flocos se distribuíam por toda região e deitava sua longa capa branca e galada sobre tudo que estava em seu alcance. O sopro gelado fazia com que nossos pelos se arrepiassem e qualquer parte do corpo exposta aquele clima, já gerava uma complicação. O frio em Hogwarts era tão rigoroso que ficávamos com medo de por o pé para fora do castelo e ter o sangue congelado nas veias.

A grande duvida que pairava como uma densa nevoa era: ir para casa ou passar o natal em Hogwarts?

Para alguns casos não havia mais de uma opção como, o de Melany que era obrigada a permanecer em Hogwarts porque sua casa ficava em outro país, e de Thomas que não teria ninguém no aconchego de seu lar para compartilhar uma boa xícara de chocolate quente, devido ao trabalho exaustivo de seus pais, que os limitava de passar o natal em casa.

Outros casos apenas se balançavam na dúvida de querer ir ou não, e minha decisão era bem óbvia, eu iria passar em casa. Pois lá, teria companhia da minha querida e alegre família e passaria uns bons dias longe de tudo que me ligasse aos estudos. Apenas sentiria falta de meus amigos. Não que fosse muito longe, pois minha casa se localiza nas proximidades de Hogsmeade e logo eles iriam passar pelo vilarejo e eu poderia encontra-los.

O clima entre nós estava um tanto nublado. Stacie, desde a apresentação das garotas no Coral, não voltava a falar com elas, tendo um diálogo amplo e feliz. A única que ainda mantinha contato com Stacie era Destiny, que a auxiliava nos estudos para o Tribruxo. Mesmo assim, Stacie adquiriu uma nova amizade para sua lista, criando laços com uma garota que era sua miniatura e somava-se ao nosso grupo, sempre estando presente ao lado da maior, chamava-se Beverly Mermandle. Melina estava sorrateira e sempre comentando sobre um certo garoto que não me agradava nada sua presença, Max Sthender. Mesmo eu não aprovando nada o novo amigo de Melina, mantinha segredo absoluto de sua existência, como Melina me pedira, de todo coração.

Unidos e protegidos do frio em um canto do sexto andar de Hogwarts, em certa tarde, próximos a um gigante quadro de Serafina a Cretina e de uma aquecida lareira, resolvemos nos deliciar com o fim de uma tarde exaustiva de estudos, a tarde que dava inicio às férias de natal e também o último momento para decidir quem ficaria e quem partiria para sua devida casa.

Estávamos todos com grossos casacos e cachecóis. Stacie e Beverly concentravam-se dentro de lindas jaquetas encouraçadas, com tonalidades em azul e prata, seus cachecóis eram iguais e desconfiei que o visual montado por elas fora combinado. Melany também estava linda e graciosa, com luvas que chegavam até os cotovelos e um pequeno chapéu para o frio. Melina estava extremamente fofa com um gorro em forma de gatinho. Destiny portava um sobretudo clássico e branco, com os cabelos cacheados sobre os ombros e um cachecol digno de estudantes de Beauxbatons. Brandon a encarava admirado. Já os garotos estavam com gorros quentes e coloridos, e todos usando por baixo da jaqueta um pulôver copiosamente na mesma cor cinza. Até eu.

– Então, quem vai ficar? – eu perguntei, encarando as expressões de meus colegas.

Melany foi a primeira a levantar a mão, com os olhos carregados, como se quisesse dizer “como se você não soubesse”.

Thomas, que estava ao lado de Melany, levantou a mão, dando uma pequena troca de olhares com a garota e deixando um sorriso maroto transbordar pelos lábios.

Logan, que era o próximo da sequência, declarou que iria para casa e Zoey afirmou a mesma coisa.

Brandon permaneceu com a mão abaixada, assim como Melina e a nova amiga de Stacie.

Stacie soltou um gritinho de desaprovação e perguntou o motivo de ser abandonada, e com os olhos baixos, a garota respondeu que era obrigada, mas não que era seu sincero desejo.

E aos fins das contas, os únicos que permaneceriam em Hogwarts seriam Melany, Liam, Destiny e Stacie. E com somas exteriores, Brentt.

Dei impulso com as pernas e me levantei.

– Vou ir até o corujal e enviar uma carta para minha casa – eu disse. – avisa-los que estou voltando para o natal... Alguém quer ir?

Todos eles abalançaram suas cabeças em negativa.

– Ok, até mais – eu disse, já saindo do local.

Antes de marchar na direção do corujal, primeiro passei pelo meu comunal, para acrescentar à minha proteção contra o frio um grosso cachecol e luvas de couro de dragão branco, presente do natal anterior, que meu avô havia me presenteado.

Quando eu enterrei minhas botas na neve, senti falta da minha cama quente e minhas cinco camadas de cobertas. O vento soprava sem piedade e as gotas de chuva que não congelavam em pleno voo, me atingiam no rosto, provocando uma dor detestável. Envolvi o cachecol envolto do pescoço e da boca, deixando apenas os olhos para fora e mesmo assim, colocava as mãos como barreira de proteção.

Com dificuldade, achei a torre do corujal e iniciei minha subida. Os degraus estavam lisos e perigosamente fáceis para tomar um tombo e quebrar o pescoço. Subi, me agarrando ao corrimão nada convidativo de pedra.

O corujal estava vazio e era imundo, com excremento de coruja em todo o chão revestido por palha. As aberturas nos cantos altos das paredes serviam para o livre tráfego das aves. O ruído dos pios me enchiam a cabeça e o bater de asas produzia uma náusea terrível. Milhares de corujas de diversas cores e tamanhos se amontoavam em seus poleiros e me encaravam lá de cima. Ali fazia frio, mas não era uma coisa que as afetava.

Me aproximei de uma pequena murada ali perto e retirei um pequeno recipiente de vidro, com tinta em seu interior, depositando-o em cima do mínimo muro. Após, tirei uma das luvas brancas e levei os dedos aquecidos à boca, chamando por minha coruja cor de creme. Ziggy veio apreçado, com as asas batendo com força e logo se acomodou em meu ombro, dando bicadinhas amorosas em minha cabeça e em minha orelha.

– Fala, amigão – eu disse, dando um tapinha na ave, quase o derrubando.

Ziggy piou.

– Desculpa... – com rapidez, retirei uma das penas carameladas de Ziggy, que protestou, desferindo bicadas leves em minha orelha.

Do bolso da jaqueta, retirei um pergaminho amassado, mas ainda em situações de se usar. Tentei retirar os grandes amassos, pressionando o pergaminho contra a pedra e quando terminei, estava até que mais ou menos. Destampei o frasco de vidro e mergulhei a ponta da asa de Ziggy no liquido azul escuro.

Após ter uma boa tática de como utilizar a pena, dei os primeiros rabiscos no pergaminho, e no final consegui um bom resultado.

Amáveis, Vovô e Vovó

Estou indo passar o natal em casa. Não vejo a hora de provar aquele porco assado que a vovó faz com tanta maestria e ouvir as histórias de guerras que o vovô adora contar (mesmo que eu já saiba tudo o que acontece e com o auror Fredrick Splencer e como ele venceu 30 Comensais da Morte sem sua varinha). Estou com saudades até mesmo da pirralha da Suzan e também estou levando uma lembrança de Hogwarts para ela. Minhas tarefas de Herbologia. Enfim, estou voltando, família, espero vê-los em breve.

Com amor, Nate.

– Ótimo – sussurrei.

Dobrei o pergaminho em um pequeno envelope amador e o prendi com um cordão na perna de Ziggy.

Um pequeno tapinha na cabeça da ave e ele entendeu seu trabalho. Abriu suas asas medianas e partiu em voo, sumindo na nevasca que assolava os terrenos de Hogwarts.

Quando voltei no castelo, já estava escuro e o manto noturno já havia caído.

...

Acordei. Soltei um profundo bocejo e passei as mãos no rosto, como se isso levasse o sono embora. Ao menos, devolveria minha visão.

Me levantei e dei uma boa olhada em volta. Os garotos roncavam sonoramente em posições esquisitas e com as bocas abertas, permitindo com que suas salivas escorressem pelos seus queixos e molhassem seus travesseiros. Cômico.

Tirei meu pijama listrado nas cores amarelo e preto, e vesti meu uniforme. Lavei meu rosto e escovei meus dentes, pronto para um café da manhã digno.

A neve caia calma lá fora, preenchendo todos os espaços exteriores da janela, criando uma capa lívida. O pouco sol que penetrava as janelas era pouco para uma iluminação fervorosa.

Cheguei ao Salão e meus colegas estavam no mesmo lugar de costume.

O Salão mantinha a clássica decoração de natal. As doze árvores natalinas e gigantescas se espalhavam pelo recinto. Erguiam-se quase até o teto enfeitiçado que fazia chover pequenos flocos que sumiam antes de tocarem o topo de sua cabeça. As mesas tinham uma longa toalha de mesa vermelha, com bordados dourados, simbolizando clássicos lembretes do natal. Arranjos nas paredes também lembravam a linda data.

Bati a sola do tênis contra o chão até a mesa onde eles se encontravam e me lancei ao lado de Thomas.

– Bom dia, pessoal – eu disse, já me apossando de gordurosas fatias de bacon.

Stacie e Beverly me mandaram olhares horrorizados.

– Bom dia – responderam todos.

– Já arrumou suas malas? – me perguntou Melina.

Ergui os olhos para a garota que sentava exatamente à minha frente. Hoje seus cabelos tomavam uma cor branca. Combinando com o clima, pensei.

– Érrm, não – sorri, sem graça.

– Então depois faça, vamos partir amanhã – avisou Logan.

Balancei a cabeça positivamente e continuei a degustar da minha carne.

Quase ao final de nosso café da manhã, a Diretora apareceu, distribuindo nossas autorizações para o povoado de Hogsmeade, todos nós assumimos um espirito eufórico, pois logo depois da volta das férias, teríamos alguma distração antes das aulas começarem. Perfeito.

A Diretora também avisou que logo após as férias, se dava inicio para a primeira tarefa do Torneio e foi aí que Stacie enviou um olhar preocupado para a mesa da Corvinal, onde estava um grupo de garotos franceses.

Subi para meu dormitório, a fim de arrumar minha mala. Joguei dentro do malão minhas roupas e sapatos. Estava indo para casa e lá havia tudo que pudesse necessitar.

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P.O.V Destiny Hettshaw

Eles haviam partido.

Passar as férias em vossas casas e com suas famílias. Eu havia enviado uma carta para minha casa, noticiando-os que este ano eu ira opta por ficar em Hogwarts, assim tomaria o tempo disponível para estudar mais e me aprofundar em algumas matérias que tinham tomado meu interesse. Unido da carta também enviei minha autorização para participar dos passeios de Hogsmeade. Eu tinha que comprar algumas penas.

Naquela amanhã acordei cedo estudar e logo encontrei Stacie fora de meu dormitório, implorando para que a ajudasse com o Torneio e avisando-me que faltavam pouquíssimos dias. É claro que eu iria auxilia-la.

Eu era a única que Stacie tinha diálogos fluentes, mas aos poucos eu fazia com que ela entendesse que aquela apresentação havia sido um jeito prático para entrarmos para o Coral e que ela não precisava disso, pois tinha talento suficiente para conseguir entrar sozinha.

Dirigimo-nos para a biblioteca e nos lançamos em uma mesa espaçosa. Enquanto Stacie tamborilava suas longas unhas na madeira, me estarrecendo com um som incessante, eu reunia alguns livros com informações de Torneios acontecidos no passado.

Puxei uma série de volumes antigos, com capas grossas e folhas amarelas, todos matrapilhos. Peguei todo tipo de título que me fizesse acreditar que tinha alguma ligação ao Torneio. A Incrível Confraternização de Bruxos em Jogos, Jogos Bruxos e Grandes Acontecimentos, A Sociedade Bruxa Jogadora, Torneios Importantes, Tribruxo Um Grande Torneio, O Torneio Tribruxo e Tribruxo O Maior Acontecimento Histórico de Jogos Que Une Toda A Comunidade Bruxa Estudante Em Um Único Evento. Esse último eu achei bem contundente.

Depositei a torre de livros na mesa em que Stacie estava sentada e distribui alguns para minha pesquisa e alguns para que ela fizesse o mesmo trabalho. Stacie foi logo agarrando o livro menor e na terceira página já havia se cansado.

– Como você consegue? – ela fechou o livro com um movimento supérfluo.

Pobres páginas envelhecidas.

– Eu já estou acostumada com todo esse escarcéu, mas sou inócua a isso.

– Oi? – Stacie me encarou.

Ri.

Sentei-me ao lado de Stacie e puxei o maior livro. Pelo canto do olho, pude ver a garota crispar os lábios. Abri a gigantesca página, o livro gemeu com o ato.

A Incrível Confraternização de Bruxos em Jogos”.

– Bem, vamos ver... – desci as linhas manchadas com o dedo indicador, procurando algo a respeito do Torneio.

– Você precisa fazer essa unha – ralhou-me a loira.

– Shh.. – tentei ignorar o comentário espinafro.

Procurei em todas as páginas do livro imundo, mas ao final a única coisa que consegui foi uma renite alérgica devido à poeira que se desgarrava daquelas páginas.

Passei a procurar no próximo livro e não encontrei nada.

– Isto é um despautério! – puxei mais alguns livros antigos das estantes. – Isto está sendo uma antítese de tudo que eu imaginei.

– Destiny, querida – Stacie lixou a ponta de suas unhas, com uma lixa que eu nem imaginava de onde ela havia retirado. – Fale minha língua, por favor.

Enquanto eu mergulhava nos livros, Stacie ficava atenta para suas unhas e planejando a roupa do dia seguinte. Eu ri da situação. Melhor assim.

– Apenas achei aquilo que já sabia – eu disse, me sentando delicadamente próximo da loira. – Três tarefas obrigatórias com a soma de provas exteriores da preferencia dos organizadores, três competidores de casa escola bruxa. Nada demais.

– Ah, que pena... – Stacie disse com um falsete na voz. – Vamos então?

Mesmo que Stacie não tivesse ideia do perigo mortal que fosse enfrentar, eu também já estava começando a querer sair daquele lugar. Sim, por incrível que pareça, já estava com agonia demasiada de ficar incarcerada ali.

– Ok, vamos, talvez outro dia... – Stacie ajudou-me a levantar, pois já havia ficado de pé por um tempo.

– Espera – disse a garota. – Tem um livrinho aqui, você já viu?

Ela apontou para um pequeno livro de capa vermelha, parecia o mais novo dali. As folhas não eram manchadas e não havia dobras em suas extremidades.

– Esse ainda não... – me aproximei do livro e o abri.

O título estava borrado, era alguma coisa citando tal de Harry Potter, era a única parte do livro que estava daquele modo.

Harry Potter, eu já lera sobre este homem em algum lugar...

Passei as pequenas páginas do livro com velocidade e quase gritei quando li aquelas palavras.

Palavras no fim de um capítulo, com pequenas letras e quase invisíveis.

– Stacie – eu hesitei. – A primeira tarefa será dragões.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram?
Me falem tudo por review, me sinto falta deles. Eu vivo por eles. :(
Enfim, beijosss.
Se quiserem mais de mim leiam a fic Fake Diamond.
Beijos cupcakes de amora.



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