E Eu Vos Declaro... escrita por mulleriana, Nina Guglielmelli


Capítulo 21
A homenagem




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EPOV

Eu só percebi como estava cansado quando pude finalmente ver meu rosto no espelho do banheiro. Aquele devia ser o pensamento mais egoísta do mundo, levando em conta a garota exausta dormindo no quarto, mas tanta espera também não havia sido muito divertida pra mim. Estávamos no hospital desde a hora do almoço e já começava a anoitecer. Eu não tinha colocado absolutamente nada no estômago, e essa era a minha última preocupação no momento.

Apenas alguns meses atrás, ter um filho definitivamente não estava nos meus planos. Nada que envolvesse alguma responsabilidade estava sendo cogitado. Eu estava pronto para conseguir o emprego e a esposa que meu tio tanto queria para mim, mas uma criança tornava tudo... Real. Não era mais simplesmente uma mentira. Eu tinha 24 anos e era oficialmente um adulto. O pensamento me atingiu e eu não fiquei assustado, e sim ansioso. Aquela ansiedade boa e motivadora.

Eu mal via a hora de pegar meu filho nos braços pela primeira vez, aquela coisinha que mudou completamente todos os objetivos da minha vida. Mal tive tempo de vê-lo quando nasceu, já que, assim que Bella o segurou por poucos minutos, ele foi levado para alguns exames. Minha esposa conseguiu finalmente descansar, e eu a acompanhei, fingindo que não queria sair correndo atrás do nosso bebê. Eu fiquei andando pelo cômodo silencioso, entre o quarto e o banheiro, sem saber o que fazer comigo mesmo.

Finalmente, ouvi a batida leve na porta, e uma enfermeira entrou com um embrulho azul nos braços. Ela sorriu ao me entregar o bebê, que eu segurei bastante sem jeito. Ela o ajeitou cuidadosamente, falando baixinho ao perceber Bella dormindo perto de nós.

– É um bebê completamente saudável. – Ela disse, mas eu só conseguia olhar para ele. – Tudo funcionando perfeitamente. 3 quilos e 45 centímetros.

Aqueles números pareciam indicar algo muito pequeno pra mim, mas por sua expressão, acho que era uma coisa boa.

– Vou deixar você ter um tempinho com ele. Chame se precisar de alguma coisa. – Ela completou.

Eu apenas assenti, sorrindo brevemente para ela antes que saísse do quarto. Assim que me vi sozinho com meu filho, eu voltei a prestar atenção nele. Consegui segurá-lo apenas com um braço e ergui minha mão livre até perto de seu rosto. Eu observei, quase hipnotizado, enquanto ele movia seus dedinhos minúsculos em volta do meu indicador. Soltei uma risada baixinha, e o som deve ter chamado sua atenção, porque logo estava me encarando atentamente com aqueles lindos olhos. Meus olhos.

– Oi, você. – Eu murmurei, tocando seu nariz delicadamente com o dedo que ele segurava. – É bom te conhecer, garotão.

Algumas lágrimas ameaçaram escorrer por minhas bochechas, e eu não relutei. Eu ouvi um som vindo da cama e olhei para lá imediatamente, achando que Bella estava acordada, mas ela apenas se moveu durante o sono. Andei calmamente até a poltrona ao lado da cama e me ajeitei com ele ali, um pouco aliviado por conseguir apoiar o braço que segurava sua cabeça.

Não sei quanto tempo passei ali, mas não deve ter sido pouco. Eu analisava tudo; seu cabelo cheio demais para um recém-nascido, seus olhos sonolentos, seu nariz minúsculo e sua boca entreaberta. Sua mão tentava apertar cada vez mais meu dedo, e ele às vezes se mexia em meu colo, soltando resmungos adoráveis. Aos poucos eu estava aprendendo a segurá-lo confortavelmente, sem tanto medo de quebrá-lo ou algo assim.

– Edward? – Ouvi a voz sonolenta me chamar, e ergui o rosto imediatamente, sorrindo para Bella. Quando ela entendeu melhor o que via, apenas retribuiu o sorriso, tentando ficar sentada na cama. – Oi...

Eu fiquei em pé outra vez, devagar, me aproximando da cama. Entreguei o bebê a ela e arrumei o travesseiro em suas costas para que apoiasse. Ela o segurava nos braços como se já fizesse isso há anos.

– Por quanto tempo eu dormi? – Ela perguntou distraidamente, arrumando o cabelo quase na testa do bebê.

– Umas 2 horas, no máximo. – Sentei no canto da cama para abraçar seus ombros. - Ele voltou pra cá faz pouco tempo.

– Voltou? Está tudo bem? – Ela arregalou um pouco os olhos para mim.

Eu ri baixinho. – Assim que você dormiu ele precisou fazer alguns exames. Acho que é o procedimento normal. Ele está ótimo.

Eu sorri, e ela apenas assentiu, continuando a olhar para nosso filho. Eu fiz o mesmo. O som de sua respiração tranquila enquanto ressonava era a única coisa que ouvíamos no quarto. Eu sentia uma imensa vontade de pegá-lo no colo outra vez, mas não queria estragar o momento dela. Havia algo especial nisso.

– Qual nome você acha que combina com ele? – Ela perguntou calmamente, sem olhar para mim.

Parei por alguns segundos, só lembrando naquele momento que ainda não sabíamos como chamá-lo. Eu lembrei de sua ideia sobre escolher um nome que tivesse significado para nós, e tentei pensar rapidamente em algum. Com certeza seria difícil encontrar algo muito importante para nós dois, já que não tínhamos muitos interesses em comum. Analisei seu rosto enquanto pensava, e foi como se todos os últimos meses tivessem sido repassados em minha cabeça quando a ideia finalmente me veio.

– Talvez... – Eu murmurei ao passar um dedo levemente na testa do nosso bebê. – Você queria um nome com significado para nós, como... Uma homenagem?

Ela ergueu os olhos para mim, finalmente. Apesar de sua expressão curiosa, eu demorei um pouco para continuar, pensando no assunto. O nome que me veio em mente parecia bom o suficiente, e eu não queria que ela achasse o motivo da minha escolha estúpido.

– Eu pensei que nós poderíamos chamá-lo... Anthony. – Eu sorri um pouco, analisando sua reação. – Como meu pai. Porque... – Eu respirei fundo, procurando as palavras certas. – Se não fosse por ele, e tudo isso que ele armou, eu não teria me casado com você. E não teríamos ele agora.

Eu expliquei, me perguntando se estava soando muito ridículo. Para minha surpresa, Bella teve os olhos de repente cheios de lágrimas. Ela riu baixinho antes de responder com a voz trêmula. – Eu acho perfeito. – Murmurou.

Eu sorri largamente, apenas olhando enquanto ela ergueu um pouco os braços para beijar a testa de Anthony. Ele resmungou, mas não parecia estar reclamando. Ela repetiu o nome baixinho, sorrindo enquanto olhava para ele. – Mais um Anthony Masen para arrasar corações por aí, e eu sou a responsável por isso... Ah, meu Deus... – Ela disse divertida, praticamente para si mesma.

– Culpado, também. – Eu dei os ombros, fazendo ela rir outra vez. Eu sorri, me aconchegando mais perto deles ao mudar de assunto. – Ele é tão parecido com você...

– Você acha? – Ela ergueu o rosto para mim, secando as lágrimas de sua bochecha com a mão livre.

– Ah, sim... Olha só esse nariz arrebitado! – Minha voz saiu baixa, ao contrário da sua risada. Ela tapou a boca, arrependida, mas Anthony não pareceu se incomodar. Eu ri também, virando o rosto e beijando o topo de sua cabeça.

Eu estava perfeitamente aconchegado ali, abraçando minha esposa enquanto ela segurava nosso filho entre nós. Não estávamos exatamente conversando, mas de vez em quando algum comentário me fazia rir. Eu era pura felicidade. Mesmo pensando que a única coisa que acabaria com aquele silêncio seria Anthony faminto, nós ouvimos a confusão no corredor – e, pensando bem, não era algo tão imprevisível assim. As vozes envolvidas na discussão já eram muito conhecidas por nós.

A porta do quarto abriu e nós logo repreendemos os dois com um breve “shh”. Isso foi suficiente para o silêncio voltar e recebermos o sorriso imenso de Alice, emocionada. Emmett veio logo atrás, muito mais alto, sorrindo também com a cena. Assim que perceberam que estavam muito próximos um do outro, deram um passo para cada lado, afastando-se com uma careta.

– Ele é tão lindinho... – Alice mudou completamente sua expressão se aproximando da cama. – Eu posso? – Pediu, estendendo os braços.

Bella apenas sorriu e assentiu, deixando que sua amiga pegasse nosso bebê no colo. Ela estava a ponto de chorar enquanto o aconchegava em seus braços, mexendo em seu fino cabelo. Eu continuei abraçando os ombros de Bella, sorrindo ao observá-los. Era incrível como o clima sempre ficava aconchegante em volta de Anthony.

– Eu posso pegar um pouquinho também? – Emmett pediu, se aproximando.

– E você lá sabe segurar um bebê? – Alice murmurou, irritada, virando quase de costas para ele.

– Alice. – Bella a repreendeu, um pouco divertida. – Eu também não sabia. Deixa ele tentar.

Mesmo contrariada, ela virou novamente, passando Anthony para os braços de Emmett. Ele não teve problemas para segurá-lo. O bebê minúsculo não combinava com seus braços enormes, mas parecia aconchegado. Alice continuou perto, olhando de canto bastante desconfiada. Bella percebeu isso e começou a rir.

– Allie, pelo amor de Deus! Ele está se saindo muito bem. – Riu. – Desse jeito você vai ser a madrinha mais coruja do mundo.

Os olhos da garota se iluminaram, e ela praticamente esqueceu do bebê ao virar para nós. – Madrinha? Jura?

– Ué, é claro! – Eu respondi por ela. – Alguém precisa impor os limites que o padrinho não vai ter. Certo, Emmett?

Meu melhor amigo virou também, assentindo com um sorriso imenso. Acho que estava emocionado demais para responder qualquer coisa. Eu soltei minha esposa quando Alice quase deitou na cama para abraçá-la, fazendo todos rirem. O som alto não pareceu agradar muito Anthony, que começou a resmungar no colo de Emmett, e logo realmente chorava.

– Ahn, tudo bem... Agora é com você. – Emmett se aproximou e devolveu o bebê para Bella, sem saber como reagir.

Apesar de sua risada, ela logo me olhou aflita. Eu pensei que também estava incomodada com o choro, mas ela já sabia o que seu filho queria. O problema era outro. – Acho que não sei fazer isso. – Disse sobre nosso filho faminto.

– Eu vou chamar a enfermeira. – Eu tentei tranquiliza-la, apertando o botão na cabeceira da cama.

Enquanto esperávamos, Bella tentou balançar nosso filho junto ao peito para que se acalmasse, mas não adiantou completamente. Acho que o espertinho esteve tentando nos enganar com aquela imagem tão calma em suas primeiras horas de vida. Assim que a enfermeira chegou, Emmett e Alice nos deram licença – relutando um pouco.

Com rápidas instruções, minha esposa estava tendo um momento incrível ali, sem nenhuma dificuldade para amamentar nosso filho pela primeira vez. Eu sentei na poltrona ao seu lado, observando enquanto ela literalmente chorava de felicidade. A enfermeira elogiou tanto Bella quanto Anthony e então nos deixou a sós. Ela parecia concordar comigo que talvez nem tivesse sido necessária numa cena tão natural.

Quando nosso filho ficou satisfeito e voltou a dormir, Bella pediu que eu chamasse a enfermeira novamente, implorando por algo para beber. Ela recebeu não só um copo de suco, como o resto de seu jantar. Anthony foi levado para o berçário para passar a noite, e eu aproveitei para descer e conseguir algo para comer também, preocupado em voltar o mais rápido possível. Eu não queria deixar Bella sozinha com seus hormônios à flor da pele e sua teimosia. Um minuto a mais e ela já estaria fora da cama, contrariando as ordens que recebeu.

Rapidamente fui à lanchonete e consegui um sanduíche para mim. Eu comi ali mesmo, sem querer levar algo assim para perto de Bella, que estava ganhando uma dieta horrível no hospital. Quando estava voltando, prestes a pegar o elevador, percebi uma aglomeração no corredor seguinte. Eu estiquei a cabeça rapidamente, identificando quem eram as pessoas, mesmo de costas. Assim que dei alguns passos na direção delas, percebi que estava chegando perto do berçário, e entendi o motivo de tudo aquilo.

– Ah, Edward! – Rosalie se aproximou e me abraçou. – Ele não é a coisa mais linda desse mundo?

Eu ri, orgulhoso. – Precisa ver os olhos. – Eu disse, vendo que meu filho não olharia para nós tão cedo, incomodado com a luz. – Verdes e enormes.

Bastou um olhar para o lado e eu identifiquei minha tia chorando, abraçando Jasper. Pela primeira vez, não me irritei com suas emoções. Eu estava quase lá também. Carlisle saiu do lado deles e me deu um longo abraço, me parabenizando. Eu retribuí imediatamente, sincero. Esme foi a próxima, demorando um pouco mais. Quando terminei de abraçar Jasper, percebi que eu estava chorando também.

– Esse é Anthony. – Eu disse, olhando para minha tia. Ela assentiu, emocionada. Eu sabia o quanto uma homenagem a seu irmão significaria para ela. – Infelizmente vocês só vão conhecê-lo mesmo amanhã. Ele vai passar a noite aqui.

– Eu entendo. – Ela disse. – É melhor assim. Charlie teve um imprevisto no trabalho e Renée achou melhor eles voltarem juntos amanhã cedo. Nós também faremos uma visita. – Sorriu.

Eu agradeci e a abracei novamente, esperando que ela compreendesse o que eu queria dizer com aquele abraço. Lembrar do meu pai me fez lembrar também de tudo o que Esme e Carlisle já fizeram por mim. Eu não era do tipo que falava sobre sentimentos, e certamente não iria verbalizar o que sentia. Até um pouco assustado com minha própria sensibilidade naquele dia, eu os deixei apreciando Anthony mais um pouco e voltei para o quarto.

(...)

Foi uma noite realmente cansativa, talvez mais cansativa do que nossas horas de espera antes do parto. Eu me aconcheguei na poltrona ao lado da cama, mas foi impossível dormir, não sei se pela posição desconfortável ou pelos enfermeiros entrando e saindo toda hora do quarto. Quando amanheceu outra vez, eu percebi que estive sobrevivendo de pequenos cochilos. Assim como Bella, infelizmente. Ela não teve nem um pouco do descanso que merecia.

Levantei completamente sem fome. Eu só conseguia pensar que logo Anthony voltaria para o quarto conosco. Bella também não estava com muita vontade de comer, mas eu insisti, lembrando a ela que precisava amamentá-lo. Esse argumento foi mais do que suficiente para ela engolir qualquer coisa que trouxessem. Eu a ajudei a se levantar da cama, e então podia andar normalmente, contanto que não tivesse pressa para nada. Ela insistiu em tirar a camisola do hospital e tomar um banho antes de qualquer coisa.

Assim que a enfermeira subiu com nosso filho, não estava sozinha. Charlie e Renée acabavam de chegar no hospital. Ela deixou o bebê diretamente no colo de sua avó, que chorava e repetia seu nome sem parar, encantada. Charlie não sabia exatamente o que fazer, parecendo esconder suas emoções. Aquilo foi só o começo de um dia conturbado. Anthony passou pelos braços dos avós, mais tarde de meus tios, primos, Alice e Emmett outra vez. Felizmente o hospital só permitia dois visitantes por vez dentro do quarto, ou minha esposa teria surtado outra vez com todos eles. Quando conseguimos uma pausa para que ela o amamentasse, ouvi a reclamação que parecia estar presa em sua garganta desde cedo.

– Eu não aguento mais essas pessoas passando meu filho de braço em braço. Eu sou a mãe dele! – Ela murmurou, irritada. – Ele acabou de nascer e eu já tenho que ficar dividindo? Que merda é essa?

– Eles estão felizes com a chegada dele, é normal. – Tentei argumentar.

– Felizes... – Ela bufou, mexendo em seu próprio seio quando Anthony afastou o rosto por alguns segundos. Quando voltou a mamar, ela me olhou outra vez, com a mesma expressão. – Foram eles que aguentaram um bebê na barriga por 9 meses? Eu mereço minha recompensa agora!

Eu apenas revirei os olhos, relaxado na poltrona ao seu lado. Assim que tivesse a chance, perguntaria a Dra. Goff quando essas oscilações de humor finalmente passariam. Anthony desviou o rosto outra vez, satisfeito, e ela arrumou sua blusa de volta no lugar. Antes que ela continuasse reclamando, a porta do quarto abriu. Para nossa surpresa, Kate e Garrett entraram, num silêncio que só quem já tinha filhos entendia.

Visivelmente contrariada, Bella os cumprimentou e deixou que Kate pegasse o bebê no colo. Ela não faria nenhum escândalo ali, mas qualquer um perceberia seu rosto nada amigável. Ambos estavam emocionados, como todos os outros, mas havia algo diferente. Eles estavam muito mais calmos que nossas famílias, e logo Kate começou a dar dicas para Bella sobre o bebê, o que ela aceitou de bom grado (eu acho).

– Vanessa queria conhecer o bebê também, mas eu não queria trazer aquela pestinha pro hospital. Você precisa descansar. – Ela disse, segurando Anthony enquanto Garrett acariciava sua cabeça delicadamente.

– Ela pode brincar muito com ele depois. – Eu respondi por ela com um sorriso.

– Ele...? – Garrett olhou para mim, animado.

– Anthony. – Eu respondi da mesma forma, fazendo ambos sorrirem ainda mais.

O momento com o casal foi muito mais agradável do que pensávamos. Bella logo relaxou, conseguindo seu filho novamente enquanto conversávamos, os quatro. Eles perguntaram todos os detalhes, e eu fui elogiado por Garrett, que disse ter quase desmaiado no parto de Vanessa.

Em muitos momentos eu me peguei olhando para Bella, para a maneira carinhosa com que segurava nosso filho e o chacoalhava devagar em seus braços, para sua trança mal feita e seu rosto cansado que ainda assim a deixavam linda. Não era a primeira vez que eu reparava nesses detalhes, mas eu vinha tentando evitar, já que sempre acabava lembrando que logo não teria isso. Esse era o trato. O bebê nasceria e eu estava fora. Nós já tínhamos acordos demais e todos ficavam tortos de alguma maneira. Esse era o que mais doeria – ficar longe de Anthony – mas já estava na hora de realmente cumprir alguma coisa que dizíamos.

Por que, afinal, o que eu faria? “Então, Bells, nós temos um filho, nós temos um histórico estranho de beijos que sempre tentamos esquecer e, bom, eu não quero ir embora. O que acha disso?” Eu seria simplesmente chutado para fora do apartamento. Eu sabia que Anthony seria um vínculo eterno entre nós, mas não era suficiente. Não como eu queria. Ela não era minha esposa de verdade e já estava na hora de aceitar isso.

Bella percebeu meu olhar nela e era tarde demais para desviar. Ela sorriu, e eu retribuí imediatamente. Ela pediu seu copo de suco em cima da mesinha, e eu tristemente levantei para pegá-lo, aproveitando para cuidar dela pelo resto do tempo que podia.


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Notas finais do capítulo

Adoooooro um final malvado pra deixar todo mundo roendo as unhas! Mas, apesar disso, e aí? O que acharam do Daddyward babando no filhote? E o nome dele?
Tá bom, tá bom, pra não deixar todo mundo chorando com Edward indo embora, aqui vai o teaser e uma breve "opinião" da Bella sobre o assunto:
"Talvez eu pudesse simplesmente dizer isso a ele, não é? Dizer que eu o queria por perto e que meus dias se tornariam um caos cuidando de um bebê sozinha. Mas, se eu usasse essas palavras, acho que não estaria sendo sincera. O problema não era Anthony. Com ou sem um bebê pra cuidar, eu só o queria comigo."
Mais calmas ou mais ansiosas? Hahaha Até quarta!