E Eu Vos Declaro... escrita por mulleriana, Nina Guglielmelli


Capítulo 20
O quase chá de bebê




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BPOV

– Bella, você precisa de mais alguma coisa? – Rosalie arregalou os olhos para mim ao me entregar o copo de suco.

– A única coisa que eu preciso é que você me deixe em paz. – Eu respondi antes de beber o primeiro gole.

– Tudo bem, querida. Eu vou estar bem ali no quarto com Esme e Renée. É só gritar. – Ela sorriu antes de se afastar.

Uma das melhores coisas da gravidez é que eu podia ser uma vadia mal educada e ainda ser agraciada por isso. Se alguma coisa me incomodava, eu simplesmente falava, e todo mundo colocava a culpa nos meus hormônios e me perdoava. Pela primeira vez, eu não precisava fingir que estava gostando de alguma coisa. E, naquela fase e com aquela barriga, poucas coisas me agradavam.

Com certeza a última coisa que me deixaria feliz era minha casa sendo invadida por três mulheres malucas, mexendo nas coisas do meu filho e trocando tudo de lugar. Eu logo percebi que não conseguiria fazer nada para tirá-las dali. Eu sentei sozinha na sala, aproveitando o que eu esperava ser um dos últimos dias da minha gravidez, mas a simples cena onde eu relaxava em frente a televisão com um copo de suco já era uma tortura. Os dias em que me sentia bonita e especial foram deixados para trás e substituídos pelos últimos meses, onde eu era apenas uma mulher enorme e reclamona. Talvez eu tivesse conseguido algum glamour no meio de todos esses gases, mas isso foi logo deixado pra trás.

Eu estava ocupada demais resmungando sozinha para notar meu marido entrando no apartamento. Só quando ele tocou meu ombro eu virei o rosto, encontrando seu rosto cansado. Ele também não estava em suas melhores semanas com uma mulher grávida para aguentar. Eu virei um pouco o corpo para olhar para ele.

– Boa tarde. – Ele sorriu um pouco, erguendo uma sacola plástica para me mostrar. – Eu trouxe cachorro-quente para o almoço, já que foi a primeira coisa que encontrei quando saí da loja, e... O que? – Ele parou ao ver minha careta. – Voltou a fase dos enjoos, é?

– O almoço é só para dois? – Eu indiquei o corredor com a mesma expressão, e ele parou para ouvir o som que vinha de lá. – Pelo que parece, eu não sou capaz de arrumar as coisas para a chegada do meu próprio filho. – Respondi sua pergunta muda.

Edward riu, abrindo as sacolas em cima da bancada. – Eu sabia que elas fariam isso. Estava até demorando. Quando Kate engravidou, elas ficavam o tempo todo lá, analisando as roupas e tudo mais. – Ele explicou.

– Acho que está um pouco tarde para encontrarem qualquer coisa errada, não é? – Quase rosnei.

Antes que ele pudesse responder, nós dois olhamos para o corredor, prestando atenção ao que Renée dizia ao voltar para a sala. Esme e Rosalie a seguiam quase pulando de felicidade.

– Querida, estou tão orgulhosa! Tudo está perfeito! As prateleiras, os enfeites... Além de tudo, está seguro, vocês tem até uma babá eletrônica! – Minha mãe quase chorava ao me elogiar. – Os armários estão cheios de todo o essencial. Você realmente pensou em tudo!

– É, eu li algumas coisas sobre o assunto. – Resmunguei, irritada novamente. – E, na verdade, a iniciativa foi do Edward. Ele pintou o quarto e...

– Mas, mesmo com tudo isso, você perdeu a melhor parte! – Esme completou, vindo para a minha frente também. Eu mordi a língua para não xingá-la. – Você devia ter um chá de bebê atrasado, não é?

Eu ergui as sobrancelhas, séria, antes de responder no tom mais baixo que consegui. – Desculpe. Um o quê?

Como se tivesse percebido minha irritação de longe, Edward deu a volta na bancada da cozinha e se aproximou de nós, rindo nervosamente. – Tia, eu não acho que isso seja necessário. Nós realmente já temos tudo.

– Mas é sempre tão divertido! – Esme continuou a falar, mas minha risada irônica a atrapalhou.

Eu tentei ficar em pé com certa dificuldade, e Edward logo me ajudou, deixando que eu me apoiasse em seu braço para levantar. Eu entreguei o copo de suco para ele enquanto encarava sua tia.

Um chá de bebê? Um. Chá. De. Bebê? – Eu rosnei, olhando no rosto das três mulheres paradas ali. - Quer dizer que, bom, além de eu ter aguentado durante um mês inteiro aquele monte de detalhes ridículos pro meu casamento, onde eu não podia sequer opinar, agora eu tenho que deixar vocês controlarem tudo de novo com uma porra de um chá de bebê? – Eu senti Edward tentar me chamar conforme minha voz aumentava, mas eu empurrei sua mão para longe. – Eu juro! Essa foi a última vez que vocês invadiram a minha casa, tentaram controlar minha vida e me assustaram com toda aquela conversa sobre o que eu ia enfrentar na gravidez. Caso não tenham reparado, ela já está quase acabando, foi realmente um saco e vocês não fizeram porra nenhuma pra melhorar!

– Nós não estávamos tentando te assustar. Era só a verdade. – Esme disse com aquele tom calmo que eu odiava. – E, querida, estar grávida é a parte fácil. Vocês serão pais de primeira viagem agora e precisarão de ajuda!

– Eu não quero ajuda! – Eu gritei outra vez, e pude perceber todas dando um pequeno passo para trás. – Eu quero simplesmente ficar sozinha na minha casa, cuidando do meu filho! E se eu errar em alguma coisa, é problema meu! E do meu marido! – Eu dei um tapa no peito de Edward, que respirou fundo com a dor. – Eu sei o que eu estou fazendo. Eu li livros, assisti vídeos e programas, eu já procurei tudo o que preciso! A única coisa que eu quero agora é descansar e não ter que me preocupar com a porra da minha...

Eu esqueci o final da minha própria frase com aquela sensação inédita. Minha mão próxima de Edward segurou firme seu braço e minha expressão irritada mudou completamente; eu olhei para baixo e vi meu vestido cada vez mais molhado. A água escorria por minhas coxas e eu sabia o que significava; já havia sentido algumas fracas contrações pela manhã. Mal tive tempo de entender meu próprio sentimento, porque o caos se instalava ao meu redor.

– Meu Deus, Bella! Sua bolsa estourou! – Renée gritou, segurando meu rosto. – Você precisa ir agora ao hospital! Tudo bem, vocês tem tudo preparado, não é?

Ela continuou a falar, andando em volta do sofá. Esme e Rosalie correram direto para o quarto do bebê. Eu virei o rosto para encarar Edward, ainda me segurando, e sua expressão demonstrava a última coisa que eu esperava que ele tivesse naquele momento: Calma. Ele me analisava, pronto para ajudar caso eu precisasse, mas eu ainda não havia tido tempo suficiente para surtar.

Quando ele estava prestes a me dizer alguma coisa, eu o interrompi, tombando um pouco o corpo para frente com a dor repentina em meu ventre. Ele deixou o copo rapidamente em cima da mesa e me segurou com ainda mais firmeza. Eu respirei fundo, afundando meus dedos em seu pulso e voltando a ficar reta aos poucos.

– Tudo bem, Bella, eu vou te levar para o hospital e vai ficar tudo bem. Respire fundo. – Ele disse, e eu logo obedeci.

Antes que Edward se afastasse para buscar minha bolsa já preparada, Rosalie fez isso. Eu teria agradecido se ainda não estivesse tão irritada. As três mulheres começaram a falar uma por cima da outra, olhando para mim e dizendo (como sempre) o que eu deveria fazer. Esme pegou o celular e começou a falar com alguém, mas todo o barulho em volta de mim não me deixou entender sua conversa. Eu me sentia prestes a desmaiar. Finalmente, quando a dor me deu uma pausa eu consegui soltar a frase que queria, apertando meus olhos.

– Eu quero todas vocês fora da minha casa! – Gritei. – Agora!

Quando abri os olhos outra vez, elas me encaravam, perplexas. Eu não baixei a guarda.

– Talvez seja melhor nos encontrarmos no hospital. – Edward disse após algum tempo, muito mais educado.

Rosalie foi a primeira a se mexer, deixando a bolsa em cima do sofá. Ela entendeu, como sempre entendia minhas crises. Andou direto para a porta, olhando para trás apenas para esperar que as outras a seguissem. Renée e Esme disseram algumas coisas rapidamente, me desejando boa sorte, e então se afastaram, deixando o apartamento finalmente em silêncio. Minhas contrações haviam parado por um momento, mas eu sabia que logo voltariam.

Edward me levou até perto da porta e me deixou ali, apoiada no batente. Elas realmente voltaram, mais fortes. Ele se afastou o mais rápido possível para pegar a bolsa e as chaves do carro. Eu fiz como já havia aprendido, me concentrando na minha respiração para esquecer a dor. Não era suficiente. Demorou um pouco para eu ter consciência da mão de Edward na minha, firme apesar dos dedos um pouco trêmulos. Ele arrumou minha bolsa em seu ombro e abriu a porta, me guiando cuidadosamente até o elevador.

– Agora vamos esperar a próxima e ver quanto tempo dura. – Ele disse calmamente quando viu meu rosto aliviado outra vez.

Eu respondi quase em cima dele, mudando completamente de assunto. – Ai meu Deus, eu vou ter um bebê. – Murmurei com os olhos arregalados, apertando cada vez mais seus dedos.

– Eu sei, mas isso não é motivo para desespero, já que nós nos preparamos para...

– Você entende o que está acontecendo? – Eu puxei a gola de sua camisa com a mão livre, olhando para ele cada vez mais assustada. – Euvou ter um bebê! Eu! Você não vai precisar se preocupar com um frango assado passando pelo meio das suas pernas!

A porta do elevador abriu para nós no térreo no exato segundo em que eu me curvei, uivando de dor. Edward continuou a segurar minha mão ao conferir o relógio no outro pulso.

– Intervalo de 3 minutos... E alguma coisa a mais. – Ele disse, olhando de relance para mim até que eu suspirasse outra vez. – E duração de 55 segundos... Vamos, nós vamos chegar lá antes que você perceba o carro te levando.

Edward me colocou no banco do passageiro e jogou a bolsa no banco de trás, quase ao mesmo tempo. Ágil e calmo, ele dirigiu até o hospital, aproveitando o curto caminho para ligar para minha obstetra. Se eu não estivesse tão preocupada com meu próprio momento, estaria realmente estranhando sua reação. Ninguém diria que esse era seu primeiro filho.

Realmente, antes que eu pudesse perceber, estava numa cadeira de rodas sendo guiada até a recepção. Eu estava no meio de uma contração quando paramos para falar com a funcionária; ela foi muito atenciosa ao pedir que uma enfermeira nos levasse até o quarto enquanto a Dra. Goff não chegava. Já praticamente instalados, eu tirei meu vestido e coloquei apenas uma camisola do hospital, tentando relaxar naquela cama não muito confortável.

Edward aproveitou nossos primeiros minutos ali para avisar Emmett e Alice. Seu telefonema me fez lembrar, com um suspiro aliviado, que minha mãe e Esme ainda não estavam ali. Acho que finalmente entenderam que não poderiam fazer muito – pelo que eu havia lido sobre trabalhos de parto, eu ainda estava longe do meu. Assim que ele desligou e sentou ao meu lado, minha médica entrou no quarto, sorrindo tranquilamente para mim.

– Como estão suas contrações? – Ela perguntou, colocando suas luvas.

– Estão vindo de 3 em 3 minutos. – Edward respondeu por mim, acariciando meu cabelo.

– E quanto duram?

– Muito. – Eu resmunguei, fazendo os dois rirem baixinho.

A Dra. verificou minha dilatação, e anunciou, otimista, que eu estava com quatro centímetros. Ela disse que a partir dali seria um processo exaustivo, e tudo iria depender do meu progresso. Além disso, explicou que a anestesia também poderia ajudar na dilatação, mas eu optei por não receber nada. Eu queria meu parto da maneira mais natural possível.

Depois disso, eu e Edward passamos por duras 6 horas de espera. Ele estava sempre ali, deixando que eu apertasse sua mão até o sangue escapar dos meus dedos. As contrações ficavam cada vez mais fortes e frequentes, e nada conseguia me distrair. Nossas famílias chegaram um pouco antes do parto, passando apenas para me desejar boa sorte, e então ficaram na sala de espera. Fora essa rápida visita, éramos apenas eu e meu marido, que tentava constantemente puxar algum assunto para me acalmar.

– Tudo bem, qual é o seu segredo? – Eu perguntei com a voz cansada, começando a me irritar. – Como pode estar tão calmo? Você vai ter um filho! Quer que eu fique repetindo isso pra você? Seu filho vai nascer, Edward!

Ele riu, brincando com meus dedos. Eu não usava mais aliança devido ao inchaço em minha mão. – Eu não sei, acho que ficar arrumando aquele quarto pra ele foi relaxante até demais.

– Você não está com medo? – Murmurei. – Não de agora, do parto, mas... De todo o resto?

Ele abriu um sorriso imenso antes de olhar em meus olhos. – Morrendo. E isso é incrível.

Meus olhos encheram de lágrimas com suas palavras, mas antes que pudesse responder, a Dra. entrou no quarto. Ela percebeu meus olhos molhados e logo notou que era de alegria. Sem dizer nada quanto a isso, checou meu colo pelo que devia ser a terceira vez, anunciando calmamente que eu estava pronta para ter meu bebê.

Edward sorriu para mim com a notícia, beijando as costas da minha mão. Tudo começava a ser preparado a minha volta; a enfermeira chegou para ajudar, recebendo rápidas instruções da médica, e eu não pude deixar de acompanhar tudo um pouco perdida.

– Está tudo bem. – Edward disse apenas para mim, chamando minha atenção para seus olhos. – Eu estou aqui.

Um sorriso enorme apareceu em meu rosto enquanto eu subia minha mão livre para seu rosto, acariciando-o. – Sim. Você está. – Eu disse com a voz embargada.

Contrariando todas as vezes em que eu imaginei aquele momento, ele realmente estava ali, olhando para mim como se eu fosse sua maior heroína. Ele continuou ali quando a Dra. Goff me ajeitou, quando a enfermeira se posicionou do lado oposto de Edward e quando uma contração forte me obrigou a começar a empurrar. Eu devia ter me arrependido naquele segundo de não pedir nenhuma anestesia, mas eu só conseguia pensar que logo teria meu filho em meus braços. Isso valia qualquer sofrimento.

– Relaxe agora. – A médica pediu calmamente, e eu apenas respirei fundo, sentindo Edward secar o suor da minha testa. – Você está indo muito bem, Bella.

Cerca de um minuto mais tarde eu precisei empurrar outra vez, e eu o fiz com toda a força que podia, apertando os dedos de Edward até quase machucá-lo. Apesar dos incentivos das duas mulheres, ele não dizia nada, e eu não o culpava por estar um pouco chocado. Eu continuei com toda a força que podia, e a dor, ao invés de me fazer desistir, só me incentivava a acabar logo com aquilo e conhecer o meu bebê.

– Só mais uma vez, Bella. – Ela disse após alguns minutos. Eu não sabia há quanto tempo estava ali, mas parecia muito. – Eu já estou quase com ele.

Eu esperei que estivesse sendo sincera e respirei fundo uma última vez, cerrando os dentes e segurando em meus joelhos. Eu gemi sem vergonha com a dor, resistindo a gritar um palavrão bem quando meu filho vinha ao mundo.

No exato segundo em que eu joguei minha cabeça no travesseiro, prestes a desistir, pude ouvir o choro alto perto de mim. Meus olhos quase fechados praticamente se arregalaram, e eu pude vê-lo quando a médica o puxou cuidadosamente e então o ergueu. Meu rosto ficou inundado com as lágrimas, e eu quase não percebi o beijo de Edward em minha testa com a exaustão já tomando conta de mim.

Perguntaram a ele se queria cortar o cordão umbilical e meu marido, com as mãos trêmulas, obedeceu com um sorriso enorme no rosto. Assim que levaram nosso bebê para que o limpassem, ele se juntou a mim outra vez, e eu pude ver seus olhos vermelhos por conta do choro. Eu ri, realmente cansada. Antes que pudesse lhe dizer qualquer coisa, a enfermeira voltou e me entregou aquela coisinha minúscula enrolada em um cobertor tão delicado quanto ele. Naquele segundo, eu não conseguia me lembrar de ter sentido dor alguma.

– Ele é lindo. – Edward murmurou, passando a mão pelo cabelo castanho do menino. – Como você.

Eu me obriguei a desviar o olhar daquela pessoinha perfeita e olhei para Edward, com um misto de felicidade e surpresa. Sem medo de ser rejeitado, ele se aproximou e deixou um beijo casto em meus lábios, que eu retribuí imediatamente. Nós só nos afastamos ao ouvir um resmungo vindo de nosso filho, e ambos olhamos para ele, encantados. O bebê abriu os olhos pela primeira vez, incomodado com a luz. Quando Edward ergueu uma mão para fazer uma sombra acima de suas sobrancelhas, ele conseguiu realmente nos olhar, exibindo lindos olhos verdes para seus pais.

– E você. – Eu sussurrei, puxando seu queixo cuidadosamente para beijá-lo outra vez.



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Notas finais do capítulo

Agradecimento de hoje vai pra Kurama! Adorei a recomendação!
Tá, eu sei, passou um pouquinho da meia noite e tals, mas só é outro dia quando eu durmo! Ainda é quarta, tá bom? Então tá bom.
Narrar um parto foi uma coisa inédita pra mim, mas eu adorei. Vamos perdoar qualquer errinho aí por motivos óbvios, essa é uma das coisas que nenhuma pesquisa no mundo vai explicar a sensação real. As mamães de plantão tão liberadas pra dar depoimento.
Na minha cabeça a fic sempre foi dividida em três "fases", e agora está entrando na terceira. Prometo mais uns 10 capítulos no máximo pra vocês verem como Beward se vira cuidando de um bebê, e é claro, como eles vão superar essas diferenças em comum e ter seu final feliz de novela que todo mundo ama. Além disso, bom, também prometo um drama, afinal eles tão metidos em uma baita mentira, né?
O teaser da semana, já aviso, é de babar... Afinal, quem não curte um Daddyward?
"Eu observei, quase hipnotizado, enquanto ele movia seus dedinhos minúsculos em volta do meu indicador. Soltei uma risada baixinha, e o som deve ter chamado sua atenção, porque logo estava me encarando atentamente com aqueles lindos olhos. Meus olhos. - Oi, você. - Eu murmurei, tocando seu nariz delicadamente com o dedo que ele segurava. - É bom te conhecer, garotão."
Até quarta!