A Luz Na Escuridão escrita por lili-alice


Capítulo 10
Capítulo 9: Combinados


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora gente, esse começo de ano realmente foi muito corrido, mas prometo voltar a postar regularmente



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Pdv: Edward

Quando Alice avisou-me que Julliet havia tomado uma decisão e que estaria chegando em minutos foi uma surpresa para mim, eu não sabia se estava pronto para começar a ajudar esta garota eu nem sabia ao certo se realmente queria.

-Não acredito que vocês estão fazendo isso- indignou-se Renesmee

-Se você não tivesse aprontado não teríamos de fazer nada- respondi seco

-Ah claro eu sou sempre a culpada por tudo, quer saber vá para o inferno Edward- e simplesmente Renesmee saiu da sala do mesmo jeito que entrou

Ignorei-a eu teria séculos para me resolver com Renesmee, quanto a Julliet eu teria agora.

-Carlisle ela já está chegando- falei ouvindo o carro se aproximar

-Eu sei, atenda a porta Edward e suba com ela para o meu escritório- disse ele subindo rapidamente para seu escritório

Todos da casam haviam decidido sair achavam mais fácil e mais conveniente conversarmos a sós, então assim que Carlisle subiu as escadas eu rapidamente abri a porta, Julliet se assutou, pois a pobre garota ainda ia bater na porta, sorri sem graça para ela, e ela apenas balançou a cabeça e encarou-me envergonhada.

-Fale para Carlisle que eu aceito a proposta dele... - falou prontamente, sua voz era baixa e nervosa

-Ele pediu para que você entrasse e subisse e então conversaremos com você- respondi calmamente e a garota sorriu

-P... posso entrar- Julliet gaguejou envergonhada, era estranho ver aquela menina envergonhada

-Ah claro – tentei sorrir cortês para a garota, que após entrar pareceu meio desconcertada ao encarar-me

Julliet entrou na casa com um olhar confuso e distante, ela analisava cada parte da sala com os olhos atentos e assustados, as coisas pareciam novas para ela, a garota que parecia ser durona parecia uma garotinha nervosa e perdida, reprimi a vontade de pegar em sua mão e avisar que estava tudo bem e que ela não precisava ter medo ninguém faria mal a ela, mas eu não poderia fazer isso seria perigoso, seria me aproximar de mais...

-Vamos subir?

-Ah sim...

Respondeu a garota ainda envergonhada, ela subiu as escadas timidamente seus passos estavam sendo dificultados pelo tanto que suas pernas tremiam, e assim foi até chegarmos ao escritório, onde Julliet entrou lentamente, seu coração batia em um ritmo tão frenético que chegava a ser assustador.

-É um prazer vê-la novamente Julliet- cumprimentou Carlisle

-Olá Dr. Carlisle- ela sorriu

-Entre e feche a porta Edward, precisaremos de você também nesta conversa

Fechei a porta adentrando totalmente no escritório, Julliet sem ao menos pedir já havia se sentado em uma cadeira à frente da de Carlisle, ela olhava para tudo atentamente, seus olhos continuavam assustados, porém estavam mais relaxados, eu daria tudo para ler seus pensamentos neste instante...

Carlsile encarou seriamente a menina assustada e trêmula a sua frente, ele queria ter certeza de que a garota estava certa do que ia fazer.

-Julliet você sabe que quando um viciado fica sem sua bebida e sua droga passa por momentos terríveis não?- encarou-a Carlisle

-Sim eu tenho uma noção básica do que é isso, mas acho que os que saem dessa vida ficam melhores depois não?

Carlisle sorriu com a resposta da garota, ela estava realmente disposta a ser ajudada, mas eu não achava que seria tão fácil assim.

-Então você está preparada para passar por fortes crises de abstinência?- perguntei encarando-a firmemente, Carlisle me repreendeu com o olhar

-Sim, estou preparada para tudo desde que...-

-Desde que?- perguntei

-Vocês salvem a minha avó, eu preciso dela mais do que vocês imaginam, e não estou fazendo isso por mim, já que acho que sou uma alma praticamente impossível de salvar, mas pela minha avó que merece que eu corrija pelo menos um pouco dos erros de minha vida- a garota falava isso com lágrimas nos olhos, como uma garota tão jovem poderia pensar não ter mais salvação para sua alma?

-Então você faz qualquer coisa, desde que sua avó seja salva no final?-perguntou Carlisle

-Sim, eu farei qualquer coisa, estou disposta a passar por crises de abstinência, trabalhar em qualquer outro lugar e até mesmo ser vigiada vinte e quatro horas por dia, desde que vocês salvem a pessoa mais importante no mundo pra mim- praticamente implorou Julliet, seus olhos estavam cercados por lágrimas

-Nós a ajudaremos, só quero deixar claro que, você terá que seguir a tudo que pedirmos, irá se ajudar, não fique se preocupando com sua avó neste momento, ela estará em boas mãos, preocupe-se apenas com você e sua saúde, quero você inteira para receber sua avó quando ela acordar, só devo lhe alertar que irá demorar um tempo o tratamento de sua avó, não será instantânea a cura dela – disse Carlisle pacientemente

-Eu imaginei algo assim... - respirou fundo a garota- Quanto tempo mais ou menos?- perguntou atenta

-Mais ou menos um ano- respondeu Carlsile

Eu já estava ciente de que demoraria um tempo até Julliet se recuperar e que a volta de sua vó não seria rápida, mas um ano era tempo de mais, e ao que tudo indicava eu teria de acompanhar essa garota durante um ano, eu não fazia ideia de como aguentar uma coisa dessa, eu e ela mal aguentavámos ficar um minuto no mesmo lugar.

-Um ano?- ela o encarou assustada

-Dependendo dos progressos feitos, pode durar um pouco menos, mas eu não garanto nada, esse é um processo perigoso, tenho que ser cauteloso- Carlisle explicou

-Mas como você irá fazê-la acordar?- perguntou a garota intrigada

-É complicado, mas acredite irá funcionar- respondeu confiante

-Por enquanto eu aceitarei essa resposta, mas depois o senhor poderia me dar explicações?- perguntou

-Claro que darei, mas então podemos começar a combinar como será sua “nova vida”? -perguntou Carlisle, que parecia empolgado em ajudar Julliet, ele era sempre assim tão preocupado em ajudar a todos

-Acho que sim- sorriu nervosa

-Quanto ao seu emprego, você acha que pode pedir demissão ainda hoje?

-Acho que sim, bom meu chefe não costuma aceitar bem esse tipo de coisa, ele costuma ser perigoso- Julliet mordeu os lábios nervosa, percebi que a garota temia o que o chefe poderia fazer

-Eu a acompanho até lá para você pedir demissão, seu chefe não iria tentar fazer nada com você perto de alguém – me voluntariei a ajudar Julliet, afinal agora eu seria seu companheiro por um longo tempo

-Obrigada- ela sorriu, seu sorriso era realmente grato

-Mas onde eu irei trabalhar?- perguntou preocupada

-Como eu disse o hospital está sempre precisando de auxiliares, eu consegui um emprego para você por lá, aposto que o salário é melhor do que o do seu antigo emprego- sorriu Carlisle

-Bom... o que eu farei com meus antigos amigos?

-Terá que se afastar deles, infelizmente eles não são boas companhias para alguém que está tentando se recuperar, isso também inclui seu namorado...

-Ex namorado- interrompeu Julliet secamente

-Melhor ainda que vocês tenham terminado assim seu afastamento desse mundo já começa ai, e Edward poderá te fazer companhia, até você encontrar novos amigos na escola

Ótimo terei que ser o novo melhor amigo de Julliet até na escola, Julliet pareceu gostar tanto quanto eu dessa ideia de passarmos muito tempo juntos, o problema é que eu estava em duvida, essa ideia não me parecia no total repulsiva, na verdade eu estava começando a ansiar por isso.

-Espera... deixe-me entender, eu terei que passar realmente vinte e quatro horas sendo vigiada por ele? -perguntou incrédula

-Nos primeiro meses talvez sim, pois há o perigo das recaídas, mas conforme esses riscos forem diminuindo, Edward só a auxiliará quando você precisar- respondeu prontamente Carlisle

Eu já sabia de tudo isso, eu havia combinado com Carlsile há um tempo sobre essas coisas, eu esperava que essa garota fosse rápida na recuperação, eu não gostava da ideia de me aproximar de outra humana atraente cujo os pensamentos eram indecifráveis para mim, o risco de me envolver era perigoso de mais.

-Ótimo – resmungou Julliet baixinho

-Está tarde e você tem escola amanha, acho melhor encerrarmos o assunto, você realmente aceita os termos propostos? - perguntou-me

-Para salvar a minha avó eu aceito qualquer coisa- respondeu

-Então Edward você poderia levar Julliet para casa?-

-Sim- levantei-me rapidamente da cadeira e olhei para a garota que ainda parecia um pouco surpresa e assustada – Vamos?

-Obrigada Dr. Cullen – a garota deu um meio sorriso direcionado a meu pai

-Pode me chamar de Carlisle, não estamos no hospital- sorriu meu pai, Julliet apenas sorriu em resposta

-Vamos?- encarou-me

-Depois de você- abri a porta esperando-a sair

E então nosso caminho foi silencioso até chegarmos em sua casa, Julliet parecia tão desconfortável quanto eu, respirei fundo algumas vezes antes de falar com a garota.

-Creio que amanhã será um de muitos dias que teremos que passar juntos, então acho que nossas brigas passadas não interessam mais- olhei-a de modo gentil, eu realmente não queria tornar aquilo mais desconfortável

-Eu também acho melhor esquecermos as brigas, já que você é a minha nova... babá- a garota demorou um pouco para encontrar as palavras que saíram meio sarcásticas de sua boca

-Então amanhã passarei para te buscar, por favor não se atrase

-Não irei me atrasar, não costumo me arrumar muito para ir a escola- respondeu

-Não é o que parece- falei sem pensar, Julliet apesar de seu jeito, não parecia no total uma garota desleixada no modo de se vestir

-As aparências enganam Cullen- piscou Julliet

-Por favor me chame de Edward, Julliet

-Por favor me chame de Jully, Edward- sorri com o deboche da garota

-Boa noite Jully

-Boa noite Edward- Julliet abriu a porta do carro na intenção de sair, mas eu segurei-a pelo braço, e a estranha corrente elétrica passou de novo por mim, percebi que ela também sentiu, seus olhos arregalaram-se um pouco

-Eu sei que será difícil mas vai valer a pena no final- encarei-a seriamente

-Espero que você esteja certo-e então a garota saiu do aperto do meu braço e desceu do carro

Esperei pacientemente até Julliet entrar em casa, e quando ela entrou fui direto para a floresta, eu precisava me distrair, caçar um pouco talvez, algo me dizia que daqui pra frente as coisas não seriam o que se chama de fácil.


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Notas finais do capítulo

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Beijos Lili



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